Como Ser Criado Por Um Maroto [SENDO REPOSTADA] escrita por MFR


Capítulo 5
Adeus padrinho, olá Hogwarts




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Meu despertador toca inutilmente, eu já estava acordado.

Hoje é dia 1º de setembro e eu vou para Hogwarts. Estava animado em ir para escola, mas triste por ficar sem meu padrinho.

Foi eu pensar no rabo e o cachorro apareceu.

Sirius entra em meu quarto, sorrindo vem ate a minha cama.

– Feliz em ir para escola? – Ele pergunta.

– Estou. – Digo simplesmente.

– Não parece. – Ele percebe.

– É que eu gosto de ficar aqui em casa com você. – Explico.

Sirius me observa rapidamente e então se senta na minha frente.

– Os melhores anos da minha foram naquela escola, as pessoas mais importantes na minha vida, com exceção de você, eu conheci no expresso de Hogwarts. É uma escola boa e cheio de mistérios para você desvendar. Eu sei que vai gostar.

Confiando em Sirius aceno, se ele disse que eu ia gostar eu daria um jeito de amar.

– Tome um banho e desça para comer, Likih fez suas coisas favoritas.

Tomo a banho mais demorado da minha vida e desço. Sobre a mesa de jantar tinha tudo o que eu mais gostava: hambúrguer, suco de amora, coca cola, panquecas de chocolate, entre outras coisas.

Me sento na mesa e Likin (uma das elfas domesticas) aparece.

– O que vai querer, senhor? – Ela me pergunta.

– Coca e hambúrguer. – Respondo, em breve eu ia para uma escola só com bruxos, era melhor eu me encher de trouxices.

Depois de comer quase dois hambúrgueres eu empurro o prato para longe.

– Tudo pronto? – Sirius pergunta.

– Tudo sim. – Digo animado.

Levantamos e nos direcionamos até a porta da casa, Monstro, Likin e Muse (nossos elfos) esperavam ao lado da porta.

– Sentirei saudade, mestre. – diz Likin com os olhos azuis piscina meio molhados.

– Também sentirei, baixinha. - Digo a elfa - Se cuide, Muse. - Desejo ao elfo de olhos roxos e pele negra - Morra, Monstro.

– Pirralho imprestável... – Monstro murmura entrando na casa depois de uma reverência forçada.

Os malões foram colocados no compartimento debaixo do banco da Harley, o compartimento era aumentado com magia.

A Estação de Londres estava cheia, fiquei feliz por ter colocado uma roupa trouxa. Fui seguindo Sirius pela multidão e quando chegamos na passagem para plataforma 9¾ olho apreensivo para ele.

Sirius sorri, me faz segurar o carrinho com o malão junto com ele e saímos correndo juntos até darmos de cara com o expresso de Hogwarts.

Meu padrinho amplia seu sorriso em direção ao trem, ele solta o carrinho e põe o braço em meus ombros. Ele coloca o malão no vagão de bagagem e se vira para mim.

Dou um gemido, não queria me despedir.

Faltava ainda dez minutos então ele me leva até um banco. Sirius não se senta ao meu lado com o braço sobre meus ombros.

– Ah, Harry. – Ele suspira. – Vou sentir tanto a sua falta.

– Eu também vou. – Digo.

Não chore como uma criança! – Digo a mim mesmo.

– Quero te dar um presente. – Ele diz sacando um espelho do bolso do casaco. – Eu e seu pai usávamos para conversar quando estávamos em castigos separados. – Ele explica me dando o espelho. – Se quiser falar comigo é só dizer meu nome.

– Não precisa, Sirius... – Começo a dizer.

– Bobagem! – Ele me interrompe – É uma forma de eu falar com você, afinal.

– Tudo bem, então. – Aceito, segurando o choro.

Ele me abraça pousando queixo no topo da minha cabeça, passo os braços em sua volta.

Você pode achar que isso um pouco sentimental demais para dois caras, mas não. Eu nunca passei mais que poucas horas sem ele, cada machucado e cada doença que eu tive foi ele que curou. Ele é tudo o que tenho, é minha família. Meu pai e melhor amigo.

Ficamos assim até que só faltava um minuto para o trem sair. Nos levantamos e eu subo no trem com sua ajuda, mas fico na porta.

Ele me abraça mais uma vez.

– Tchau, Sirius. – Digo.

– Fique bem, meu garoto. – Ele se afasta e segura meu rosto - Faça bagunça, mas estude e tire boas notas. – Ele me aconselha. – E me orgulhe. – Ele conclui dando um tapinha de brincadeira na minha testa.

Sorriu acenando e me afasto do meu padrinho.

A ultima visão que eu tive foi Sirius com sua jaqueta de motoqueiro marrom, um sorriso maroto, seu cabelo liso preso na nuca e a camisa meio aberta mostrando a tatuagem no peito que significa poder e respeito.

Todas as cabines pareciam cheias, mas encontro uma com só um garoto ruivo.

– Hey, posso sentar? O resto esta cheio. – Peço.

– Claro, sente. – Ele concorda. Sorriu e me sento em sua frente. – Prazer, meu nome é Rony, Ronaldy Weasley.

– Sou Harry Potter.

Como esperado ele me reconheceu, mas diferente dos outros ele não agiu diferente pelo resto da viagem, só pediu para ver a minha cicatriz.

Durante a viagem eu comprei comida para nós dois, ele ficou constrangido por ser pobre, mas eu expliquei que não me importava com isso, que tinha vivido a vida inteira com gente rica e metida que eu odiava, depois disso a conversa voltou a fluir.

Mas como não podia faltar alguém veio atrapalhar.

Um garoto da minha idade, um pouco mais baixo que eu, cabelo lambido, com um terno preto entrou na nossa cabine.

Queria saber por que um menino com 11 anos tem um terno?

– É verdade o que estão dizendo? Harry Potter esta nessa cabine?

Parecia que todas as pessoas ricas que eu conheci tiveram sua "metidez" espremida e dada no sangue desse loiro.

Melhorei minha expressão - para não demonstrar qualquer fraqueza - e me levantei cruzando os braços sobre o peito.

– Sou eu. – Digo, faço uma cara de desinteresse - E você?

O orgulho dele pareceu vacilar um segundo, mas logo depois ele volta ao normal.

– Draco Malfoy...

Rony ri com o nome.

O mauricinho manda um olhar venenoso ao ruivo.

– Acha meu nome engraçado? Nem preciso perguntar o seu. Cabelo ruivo, vestes de segunda mão, deve ser um Weasley. – Me seguro para não enfiar a mão na cara desse babaca. Draco se vira para mim. – Você deve saber que umas famílias são melhores que outras. Você não vai querer ser amigo das pessoas erradas, nisso eu posso te ajudar.

O loiro estende a mão para mim, em retribuição olho com nojo para ele.

– Eu posso descobrir sozinho quem são as pessoas erradas... É Malcol, não é? – Pergunto esquecendo seu nome.

– Malfoy. – Ele corrige.

Aperto os dentes reconhecendo o sobrenome.

– Malfoy? Como Lucius Malfoy? – Pergunto entre dentes.

– Sim, ele é meu pai. - Draco responde sorrindo por seu pai ser reconhecido por mim, como se essa informação me agradasse.

Na minha infância inteira eu tive colegas que agiam como Draco. E que esperavam que por eu ter status – rico para trouxas e famoso para bruxo - seria arrogante com os outros, mas não. Sirius havia me ensinado como era bom ter amigos que não ligavam para sua posição social, e que pessoas como Draco devíamos evitar.

E mesmo com tantos concelhos sobre como ser uma pessoa gentil, meu padrinho também me ensinara a nunca ser passado para trás e defender o que eu acreditava.

Então quando eu vi, já tinha jogado Draco para fora da cabine e o loiro bate a cabeça numa das janelas.

– Fique longe de mim. – Digo lentamente.

Draco se assusta e seus "capangas" tentam ajuda-lo a se recompor. Algumas pessoas nos encaram, dou um passo para trás entrando de volta na cabine.

– Qual o seu problema? – Draco pergunta indignado.

Não respondo, apenas volto para minha cabine e fecho as cortinas.

– O que foi isso? – Rony pergunta.

Cubro meu rosto com as mãos e respondo algum tempo depois.

– O pai dele é ou era um Comensal da Morte. – Respondo e Rony arregala os olhos. – Eu simplesmente não me segurei quando reconheci o nome.

Rony fica quieto por um segundo, mas depois sorri e me acalma:

– Tudo bem, cara. Depois daquilo ele nunca mais chega perto de você.

Sorriu pelo apoio, eu me daria bem com Rony.

– Pelo bem daquela cara de doninha dele espero que seja verdade. – Digo com o queixo apoiado na mão.


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