Como Ser Criado Por Um Maroto [SENDO REPOSTADA] escrita por MFR


Capítulo 24
O Diário Secrétissimo


Notas iniciais do capítulo

Bônus para Ly Anne Black

"♦ Passo a passo de como ter boas férias ♦

entre padrinho e afilhado.


1º passo: Se seu afilhado fazer birra, leve-o para um passeio em seu colo.

"É meu aniversário daqui uns dias, então estou me permitindo umas férias. Não que eu realmente trabalhe, mas é que viajar é diferente de ficar em casa sem fazer nada.

— Acorda, Harry. - Digo balançando o menino.

— Nauuum. Me dexa dormi. - Ele faz manha.

— Vem. - Insisto sorrindo e continuo o balançando. Iriamos de avião (aeromoças ficavam tão bem uniforme) o taxi já esperava a gente e ele não quer levantar. - Oque foi Harry? Não ama mais seu padrinho?

Depois de tentar mais um pouco eu desisto. Harry estava vestido com um conjunto novo de calça e camisa de pijama, para mim não tinha problema nenhum um menino de seis anos viajar assim.

Com Harry dormindo em meu colo desço até o térreo do prédio."


2º passo: Encontre um hotel bem legal...

" - Esse lugar é TÃO legal! - Harry diz.

Ele pulava para tudo o que é lado no quarto apartamento do Hotel.

— Que bom que gostou. Escolha um dos quartos que eu vou pedir comida.

— EBA! Quero pizza de brigadeiro! - Ele grita entrando em um dos quartos.

— Pizza de brigadeiro no almoço, claro. - Murmuro pegando o telefone do quarto para fazer o pedido.

Normalmente eu faria uma super festa em meu aniversário, uma festa cheia de gente que eu quase nunca vi. Era uma tentativa infantil de eu sentir que ainda tinha amigos.

Mas como Harry odeia as festas, eu descidi que uma viagem ia bem. Mas só dessa vez."


... mas com quartos separados para você e seu afilhado, privacidade.

"- É seu filho?

Sorrio enquanto eu observava Harry brincando na areia da praia.

— Afilhado. - Corrijo olhando para a moça que acaba de se aproximar

— Ah. E os pais dele?

Com o sorriso morto eu respondo:

— Morreram.

Sim, eu estava na praia, acompanhado de uma bela moça, tomando uma água de coco maravilhosa e triste por meus amigos.

— Sinto muito. - A moça diz.

— Esta tudo bem, já faz muito tempo.

— Você vai cuidar dele pelas ferias?

Dou uma risada sarcástica.

— Não, sou seu tutor dês de que ele se tornou órfão.

Ela fez uma carinha de pena.

— Ah, você deve gostar muito dele. Mas... Sabe... Gostaria de ir tomar uma bebida comigo hoje a noite? Depois que ele dormir, é claro."


3º passo: Caso alguma data importante caia durante a viagem, faça questão de comemorar ou dar presentes.


"- O colar é mais bonito! - Harry diz.

— Quem vai usar sou eu. - Rebato.

— Mas eu vou dar o presente, para o seu aniversário!

— Eu que vou pagar, Har... - Começo

— Nosso dinheiro é o mesmo. - Ele me corta e se vira para o vendedor - Vamos levar o colar, senhor. - Harry diz e entrega o colar para o vendedor que olhava para nossa discussão com cara que "vão embora logo!"

— Não! - Nego e tiro o colar da mão do moço e entrego a caixa do relógio.

— O colar!

— Relógio.

— Colar!

— Relógio

— Colar!

— Relógio.

— Colar!

— Relógio! - Começo a me irritar.

— Colar, colar, colar, colar, colar!

— Relógio, relógio, relógio e relógio!

— Colar, colar, colar, colar, colar!

— Relógio, relógio, relógio e relógio!

— COLAR! - Ele praticamente grita.

— Colar! - Digo.

— Relógio! - Ele diz serio, com os punhos fechado e batendo o pé. - Anh? - Ele murmura confuso com o que disse.

Sorriu e me viro para o vendedor.

— Vamos levar o relógio."


4º passo: Conheça a cultura, costumes e a gastronomia de onde viajar.


"- O outro era mais legal. - Ele continua.

— Esse é um restaurante típico, Harry, vamos comer aqui. - Digo tentando em vão pegar sua mão de volta para que ele não se perdesse no restaurante (e de quebra continuar fazendo ele andar).

— Hun, eu quero ir no outro. - Ele insiste fazendo bico e cruzando os bracinhos.

— Você vai gostar desse. Provar um tipo novo de comida.

— Eu não conheço o tipo de comida do outro.

Me viro e o pego no colo. (1º passo)

— Estamos na Bahia, você come comida japonesa quando irmos para o Japão!"


5º passo: Nunca, de forma nenhuma, deixe seu afilhado tomar banho por horas na piscina fria pegando sol quente na cabeça...


"- Esta doendo. - Ele geme.

— Calma, a poção já vai fazer efeito. - Afirmo sorrindo.

Ele tosse e eu me sento com as costas apoiada na cabeceira da cama do hotel. Pego sua mão e logo ele abraça minhas pernas afundando o rosto em meu quadril. Começo a cantarolar qualquer coisa até perceber que era o hino de Hogwarts, o rosto de Harry relaxa e ele para de tossir, ele dormira."


... A não ser que você seja um bruxo que sabe fazer algumas poções. Mesmo assim evite.


— Por Sirius Órion Black"



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Dois meses depois do natal, e a coisa ficava só mais estranha.

E Snape passara tanto dever de casa que acho que provavelmente estaria na sexta série quando terminar tudo. Rony estava acabando de comentar que tinha que perguntar a Hermione quantos rabos de rato devia usar na Poção de Arrepiar Cabelos quando um vozerio no andar de cima chegou aos nossos ouvidos.

— É o Filch — murmuro enquanto subíamos depressa a escada e parávamos, escondidos, apurando os ouvidos.

— Você acha que mais alguém foi atacado? — perguntou Rony tenso.

Ficamos quietos, as cabeças inclinadas na direção da voz de Filch, que parecia um tanto histérica - o que não é lá muito raro.

—... Sempre mais trabalho para mim! Enxugando o chão a noite inteira, como se já não tivesse o suficiente para fazer! Não, isto é a última gota, vou procurar o Dumbledore...

Os passos dele cessaram e uma porta bate à distância.

Esticamos nossas cabeças para espiar mais além do canto. Filch, pelo que víamos, estava em seu posto de vigia habitual: mais uma vez no local em que Madame Nor-r-ra fora atacada. E vimos imediatamente a razão dos gritos de Filch.

Uma grande inundação se espalhava por metade do corredor e aparentemente a água ainda não parara de correr por baixo da porta do banheiro da Murta Que Geme.

Quem é Murta Que Geme? Bom, é uma fantasma que Hermione apresentou à mim e a Rony quando fugíamos de um monitor da Cornival e paramos em seu banheiro - fugíamos porque era período de aula e tínhamos faltado. Era uma fantasma adolescente, que gostava de chorar, gritar e tomar banho em canos de vasos sanitários.

Quando Filch - finalmente - parou de gritar, pudemos ouvir os lamentos da Murta ecoando pelas paredes do banheiro.

— Agora, o que será que ela tem? — exclamou Rony.

— Vamos até lá ver — digo calmamente e, levantando as vestes bem acima dos tornozelos, atravessamos aquela água toda até a porta com o letreiro INTERDITADO. Não lhe demos atenção e entramos.

Murta Que Geme chorava, se é que isso era possível, cada vez mais alto e com mais vontade do que nunca. Parecia ter-se escondido no seu boxe habitual. Estava escuro no banheiro porque as velas haviam se apagado com a grande inundação que deixara as paredes e o piso encharcados.

— Que foi, Murta?— pergunto.

— Quem é? — engrolou Murta, infeliz. — Vêm jogar mais alguma coisa em mim?

— Por que eu iria jogar alguma coisa em você? - Pergunto indo em direção ao seu boxe.

— E é a mim que você pergunta! — gritou Murta, surgindo em meio a mais uma onda líquida, que se espalhou pelo chão já molhado.

— E a quem mais ele ia perguntar? — Rony pergunta sarcástico, mas Murta nem o escuta

— Estou aqui cuidando da minha vida e alguém achou que é engraçado jogar um livro em mim...

— Mas não deve machucar se alguém joga um livro em você — argumento. — Quero dizer, ele atravessa você, não é mesmo?

Epa. - Penso, dando um passo para trás.

— Acho que disse algo errado. — Rony diz enquanto Murta se estufa, para depois gritar com sua voz aguda:

— Então vamos todos jogar livros na Murta! Porque ela não é capaz de sentir! Dez pontos se você fizer o livro atravessar a barriga dela! Muito bem, ha, ha, ha! Que ótimo jogo... EU NÃO ACHO!

— Ok... Desculpe, não queria magoa-la. - Digo - Mas afinal quem jogou o livro em você? — pergunto tentando fugir de sua ira.

— Eu não sei... Eu estava sentada na curva do corredor, pensando na morte, e o livro atravessou a minha cabeça — diz Murta, olhando feio para mim. — Está lá, foi levado pela água...

Olhamos embaixo da pia para onde Murta apontava. Havia um livro pequeno e fino caído ali. Tinha uma capa preta e gasta e estava molhado, como tudo o mais naquele banheiro aliás. Adiantei-me para apanhá-lo, mas Rony de repente esticou o braço para me impedir.

— Que foi?

— Você está maluco? — diz Rony. — Pode ser perigoso.

— Perigoso? — pergunto rindo. — Deixa disso, de que jeito poderia ser perigoso? Ele vai fazer o que? Me afogar em tinta?

— Você ficaria surpreso — diz Rony, olhando apreensivo para o livro. — Os livros que o Ministério da Magia tem confiscado, papai me contou, tinha um que queimava os olhos da pessoa. E todo mundo que leu Sonetos de um bruxo passou a falar em rima para o resto da vida. E uma velha bruxa em Bath tinha um livro que a pessoa não conseguia parar de ler. Passava a andar com a cara no livro, tentando fazer tudo com uma mão só. E...

— Está bem, já saquei. - Interrompo com os olhos ainda no livrinho que continuava no chão, empapado e indefinível.m— Bem, não vamos descobrir se não dermos uma olhada.

Abaixo para me desvencilhar de Rony e apanho o livro do chão.

Vejo num instante que era um diário, e o ano meio desbotado na capa informando que tinha cinquenta anos de idade.

Abro ele ansioso. Na primeira pagina, mal e mal, consigo ler o nome “T. S. Riddle”, em tinta borrada.

— Calma aí — diz Rony, que se aproximara cautelosamente e espiava por cima de meu ombro. Medroso, prufh. — Conheço esse nome... T. S. Riddle recebeu um prêmio por serviços especiais prestados à escola há cinquenta anos.

— Como é que você sabe? — pergunto admirado.

— Porque Filch me fez polir o escudo desse homem umas cinquenta vezes durante a minha detenção — diz Rony com raiva. — Daquela vez que ele me ouviu dizer que era bem feito a Madame Nor-r-ra ter sido petrificada, se tivesse que polir um nome durante uma hora, você também se lembraria.

Separo as páginas molhadas revirando os olhos. Estavam completamente em branco. Não havia o menor vestígio de escrita em nenhuma delas, nem mesmoAniversário de tia Magda ou dentista às três e meia.

— Não entendo por que alguém quis se livrar dele — comenta Rony, curioso.

Viro as costas do livro e vejo impresso o nome de uma papelaria na Rua Vauxhall, em Londres.

— O dono deve ter nascido trouxa — digo, pensativo. — Para ter comprado um diário na Rua Vauxhall...

— Bom, não vai servir para você — diz Rony. E baixando a voz: — Cinquenta pontos se você conseguir fazer ele atravessar o nariz da Murta.

Porém meto o diário no bolso.

Ha-ha, não consigo explicar nem para mim mesmo porque fiz isso.

O fato era que, embora tenha certeza de que nunca ouvi falar em T. S. Riddle antes, ainda assim o nome parecia significar alguma coisa, quase como se Riddle fosse um amigo que tivera quando era muito pequeno, e meio que esquecera.

E eu tinha certeza - absoluta!– que já vi esse diário.


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