Eu estava realmente animado. Graças a ameaça na parede e os ataques (depois de Collin, até eu estava começando a temer esse história) descidiram formar um Clube de Duelos, adorei a ideia, principalmente porque eu ia poder testar minha habilidades em combate... O que talvez fosse meio injusto, já que de acordo com meus professores eu tinha o nível de um terceiro anista no final do primeiro semestre

Hoje seria o primeiro dia, Tonks e John descidiram que invés da aula do curso normal eu iria para o Clube de Duelos, o que foi um favor bem legal da parte deles, mesmo que fosse sobre o pretexto de me testar.

– Quem será o professor? - Hermione pergunta, enquanto agrupávamos envolta do palco dourado. - Alguém me disse que Flitwick foi campeão de duelos quando era moço, talvez seja ele

– Desde que não seja... - Começo, mas termino com um gemido.

Lockhart vinha entrando no palco, parecendo um ameixa podre com sua roupa, e estava acompanhado por ninguém menos que Snape.

O universo definitivamente me odiava, sério, só podia ser isso

– Aproximem-se, aproximem-se! Todos estão me vendo? Todos estão me ouvindo? Excelente! O Professor Dumbledore me deu permissão para começar um pequeno clube de duelos , para treiná-los, caso um dia precisem se defender, como eu próprio já precisei fazer em inúmeras ocasiões, quem quiser mais detalhes, leia os livros que publiquei. - Ele diz em voz alta dando um de seus sorrisos escandalosamente brancos. Essa coisa realmente existe?– Deixe-me apresentar o meu assistente, Profº. Snape. Ele me conta que sabe alguma coisa de duelos e desportivamente concordou em me ajudar a fazer uma breve demonstração antes de comerçarmos. Agora, não quero que nenhum de vocês se preocupe, continuarão a ter o seu professor de poções mesmo depois Demi o derrotar, não precisam ter medo!

O lábio superior de Snape crispou-se. Imagino como Lockhart ainda sorria, se fosse eu a estar sendo encarado daquela forma por Snape eu provavelmente estaria em guarda tentando lembrar de todos os feitiços de defesa que eu conhecia.

– Tomara que se matem. - Rony cochichou, dou uma pequena risada.

Lockhard e Snape se viraram um para o outro e se cumprimentaram com uma reverência (Lockhard todo cheio de pose e Snape com raiva). Em seguida empunharam as varinhas como se fossem espadas, Lockhard explicou sobre a posição e começou a contar. Mal o "ês" do três acabou de ser pronunciado e Snape lançou o feitiço que desarmou e ainda jogou o loiro longe.

Eu quase, quase, me juntei aos sonserinos dando vivas.

– Muito bem! - Lockhard diz se levantando tonto - Isso foi um feitiço de desarmamento, como viram, perdi minha varinha, ah, muito obrigada Srta. Brown... Sim, foi uma excelente demonstração, Professor Snape, mas se não se importa que eu diga, ficou muito óbvio o que o senhor ia fazer, se eu tivesse querido detê-lo teria sido muito fácil, mas achei mais instrutivo deixá-los ver... - Lockhard se interrompe percebendo o olhar assassino de Snape — Chega de demonstrações! Vou me reunir a vocês agora e separá-los aos pares. Prof. Snape, se o senhor quiser me ajudar...

Os dois caminharam entre os alunos, formando os pares.

Lockhart juntou Neville com Justino Finch-Fletchley, mas Snape chegou até nós primeiro.

— Acho que está na hora de separar o trio de ouro — caçoou. — Weasley você luta com Finnigan. Potter...

Automaticamente virei para Hermione.

— Acho que não — disse Snape, sorrindo estranhamente. — Sr. Malfoy, venha cá. Vamos ver o que o senhor faz com o famoso Potter. E a senhorita, pode fazer par com a Srta. Bulstrode.

Draco se aproximou com arrogância, sorrindo. Atrás dele caminhava uma garota da Sonserina, que lembrava me lembrava uma foto que vira em Férias com bruxas malvadas. Era grande e atarracada, e seu queixo pesado se projetava para a frente, agressivamente.

Hermione lhe deu um breve sorriso que ela não retribuiu.

— De frente para os seus parceiros! — mandou Lockhart, de volta ao tablado. — E façam uma reverência!

Eu e Draco mal inclinamos as cabeças, sem tirar os olhos um do outro.

— Preparar as varinhas! — gritou Lockhart. — Quando eu contar três, lancem seus feitiços para desarmar os oponentes, apenas para desarmá-los, não queremos acidentes, um... Dois...

Ergo a varinha, mas Draco começara no “dois” e seu feitiço iria me acertar em cheio se eu não usasse um movimento defensivo com a varinha para bloquear feitiços hostis. Seus olhos se estreitaram procurando saber como eu me defendi.

— Rictusempra! - Grito.

Um jorro de luz prateada atingiu Draco no estômago e ele se dobrou, com dificuldade de respirar.

— Eu disse desarmar apenas! — gritou Lockhart assustado por cima das cabeças dos combatentes, quando Draco caiu de joelhos.

Riu, nem foi um feitiço de verdade, o golpeei com o Feitiço das Cócegas, e ele mal conseguia se mexer de tanto rir. Recuei, com a vaga impressão de que seria pouco esportivo enfeitiçar Draco ainda no chão e dou uma rápida olhada em volta, Lockhart e Snape eram os únicos que prestavam atenção em nós, mas ao olhar para um canto do salão pude ver Tonks e John , mas isso tudo foi um erro; tomando fôlego, Draco apontou a varinha para minhas pernas, e disse engasgado:

— Tarantallegra! — e no segundo seguinte minhas pernas começaram a sacudir descontroladas numa espécie de marcha rápida.

— Parem! Parem! — berrou Lockhart.

— Finite Incantatem! — grito para os meus pés que pararam de dançar.

Draco parou de rir e podemos erguer a cabeça.

Uma névoa de fumaça verde pairava sobre a cena. Neville e Justino estavam caídos no chão, ofegantes; Rony estava segurando um Simas branco feito papel, pedindo desculpas pelo que fez (acho que deve ter usado o feitiço Petrificus Totalus); mas Hermione e Emília Bulstrode ainda lutavam; Emilia dera uma chave de cabeça em Hermione, que choramingava de dor; as varinhas das duas jaziam esquecidas no chão.

Dei um salto à frente e fiz Emilia soltar Hermione. Foi até difícil: a garota era muito maior do que eu, mas eu era mais forte, benditos esportes!

— Ai, ai-ai, ai-ai — exclamou Lockhart, passando por entre os duelistas, para ver o resultado das lutas. — Levante, Macmillan... Cuidado, Srta. Fawcett... Aperte com força, vai parar de sangrar em um segundo, Boot...

— Acho que é melhor ensinar aos senhores como se bloqueia feitiços hostis — disse Snape, parando no meio salão.

Ele olhou para Snape, cujos olhos negros brilhavam, e desviou rápido o seu olhar.

— Vamos arranjar um par voluntário, Longbottom e Finch-Fletchley, que tal vocês...

— Uma má ideia, Prof. Lockhart — disse Snape, deslizando até ele como um enorme morcego malévolo. — Longbottom causa devastação até com o feitiço mais simples. Vamos ter que mandar o que sobrar de Finch-Fletchley para a ala hospitalar em uma caixa de fósforos. — O rosto redondo e rosado de Neviile ficou ainda mais rosado. — Que tal Malfoy e Potter? — sugeriu Snape com um sorriso enviesado.

Hu, isso ia ser divertido.– Penso com um sorriso maldoso no rosto. - O herdeiro The Marauders está na área!

— Ótima ideia! — disse Lockhart, fazendo um gesto para mim e Draco irmos para o meio do salão, enquanto os demais alunos se afastavam para nos dar espaço.

— Agora, Harry — disse Lockhart. — Quando Draco apontar a varinha para você, você faz isto.

Ele ergueu a própria varinha, tentou um complicado floreio e deixou-a cair. Snape abriu um sorriso quando Lockhart a apanhou depressa, dizendo:

— Epa, minha varinha está um tanto excitada demais...

Snape aproximou-se de Draco, curvou-se e sussurrou alguma coisa em seu ouvido. O garoto riu também. Estreitei os olhos, irritado. Não que eu quisesse ajuda de Snape, mas eu tinha que ser instruído (sem necessidade) pelo inútil do Lockhart?

— Professor, já posso ir? - Pergunto impaciente.

— Apavorado? — murmurou Draco, falando baixo para Lockhart não poder ouvi-lo.

— Sonhe, doninha. — respondo com um sorriso de canto.

Lockhart deu uma palmada bem-humorada em meu ombro. Argh!

— Faça exatamente como fiz, Harry!

– Deixar a varinha cair? - Pergunta, mas ele não me ouvia.

— Três... Dois... Um... Agora! — gritou ele.

Draco ergueu a varinha depressa e berrou:

— Serpensortia!

A ponta de sua varinha explodiu. Eu observei, perplexo, uma comprida cobra preta se materializar, cair pesadamente no chão entre nós e se erguer, pronta para atacar. Os alunos gritaram recuando rapidamente, abrindo espaço.

Tinha que ser logo cobras? Não podia ser um animal que eu não soubesse conversar?

— Não se mexa, Potter — disse Snape tranquilamente, sentindo visível prazer em me ver parado imóvel, cara a cara com a cobra irritada. — Vou dar um fim nela...

— Permita-me! — gritou Lockhart.

E brandiu a varinha para a cobra, ao que se ouviu um grande baque; a cobra, em lugar de desaparecer, voou três metros no ar e tornou a cair no chão com um estrondo. Enraivecida, sibilando furiosamente, ela deslizou direto para Justino Finch-Fletchley e se levantou de novo, as presas expostas, armada para o bote.

Nem ao menos pensei nas consequências, nada importava, apenas falei alto e claramente "deixe-o em paz!" e ela ficou docil me olhando, ate rastejou alguns metros para perto de mim dizendo que não ia ataca mais ninguém.

Fechei os olhos sentido os olhos de todos sobre mim. Quando os abri encarei o lugar onde a cobra estava até agora pouco, mas o feitiço perdeu o efeito e ela sumiu, e depois olhei para Justino recebendo o olhar que eu esperava.

— De que é que você acha que está brincando? — gritou, e antes que eu pudesse responder alguma coisa, Justino virou as costas e saiu do salão enfurecido

Suspiro e me encaminho para fora do salão, passo por Tonks e John que me olhavam incrédulos, me sinto meio culpado por eles terem saído de suas casas sem nem me dar aula, mesmo sabendo que eles ganhavam um bom salário para isso.

Rony e Hermione me seguiram, mas bem atrás pois eu corria com toda a velocidade que eu tinha.