Como Ser Criado Por Um Maroto [SENDO REPOSTADA] escrita por MFR


Capítulo 11
Ganho um Pelúcio e conheço o Mininstro




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Como vocês gostam de ser acordado no dia de seus aniversários? Eu, bem, prefiro não ser acordado, mas como todo dia 31 de julho eu acordo encharcado. Não, Sirius não joga água em mim, quem dera fosse assim, Sirius simplesmente se transforma em cachorro, pula em cima de mim e começa a lamber minha cara até que eu acorde. Nojento, sim é.

Obviamente, hoje não foi diferente. Só que eu pensei que já que estávamos com visitas, Sirius ia ter o bom senso e a compaixão de não me acordar assim, mas cara, eu estava errado, ele fez até questão de chamar todos para verem essa cena!

Eu estava todo feliz, sonhando que voava acima da lua – sonho idiota, então não espalhe –, quando sinto algo pesado e macio cair em cima de mim, meu rosto foi imediatamente encharcado por algo pegajoso que eu tinha certeza não ser água.

Abro os olhos fazendo careta e tento empurrar ele.

– Droga, Sirius, saia daqui! – Digo virando o rosto para que ele não lambesse minha boca.

O empurro para fora da cama, ele cai se transformando de volta e começando a dar risada.

Me sento tentando limpar minha cara e ouço mais gargalhadas.

– Vocês estavam aí e nem me ajudaram, não é? – Pergunto irritado.

– É–é que fo–foi hilário. – Fred gagueja de tanto rir.

– Temos que usar isso como pegadinha. – Jorge diz ao gêmeo.

– Podemos usar um gato. – Fred diz.

– Ou um claberto...

– Poupe–nos de seus planos idiotas, Fred e Jorge. – Gina diz revirando os olhos.

– Hey, nossos planos...

– Não são idiotas, maninha.

– Unh. – Sirius suspira pensativo se sentando, ainda no chão. Ele esta passando tempo demais na forma animaga, está pegando as mesmas manias. – Na minha época as pegadinhas eram melhores.

Os gêmeos logo se viram na direção do meu padrinho, Fred até tinha uma mão sobre o peito numa encenação de facada, seguro a risada prevendo alguma pegadinha que logo meu padrinho sofreria.

– E quem é você para dizer algo? – Jorge pergunta muito ofendido.

Sirius se levanta com pose, girando a mão durante uma reverencia. Como um ilusionista trouxa.

– Senhor Almofadinhas ao seu dispor. – Sirius se apresenta com o apelido antigo, é claro que ele não contava que os Weasley's fossem o reconhecer.

Os dois adolescentes se olham entre si, e depois para o meu padrinho, depois entre si de novo e então negam boquiabertos:

– Não!

– Sim. – Sirius confirma.

– Você é um dos Marotos? – Jorge pergunta incrédulo e com uma pontada de adoração.

– Vocês nos conhecem? – Sirius pergunta enrugando uma sobrancelha. Ele não devia fazer isso, ele está ficando velho, vai que as rugas continuem.

– Claro! – Os dois gritam se aproximando.

– Roubamos o mapa da sala do Filch no primeiro ano. – Fred alega.

– Devemos tanto a vocês! – Jorge encenando lagrimas.

– Sério? Eu não imaginava que o mapa ainda estivesse com aquele velho... – Sirius raciocina.

Como ele pode estar tão calmo? – me pergunto mentalmente antes de jogar meus cobertores para o lado.

– Opa, opa, opa! – Interrompo pulando da cama, nem me importando com minha cara ainda babada ou de pôr os óculos, eu tropecei no tapete, mas liguem – Vocês estão com o Mapa Do Maroto? – Pergunto.

– Você o conhece? – Eles perguntam em coro.

– É claro que eu conheço. – Digo acenando com desdém com mão diante dessa pergunta estupida. – Onde que ele está?

– Esta em casa. – Respondem os gêmeos.

– Vocês vão me mostrar quando voltarmos para Hogwarts. – Digo apontando o dedo para eles.

– Ta... – Jorge concorda.

– Tudo bem. – Fred também concorda.

Acho que os assustei um pouco pela seriedade que eu falei, mas melhor prevenir, não é? Só entendam que esse Mapa era uma das poucas coisas do meu pai que eu poderia ter contado e eu sempre ouvi falar das travessuras de meu pai e de seus amigos, eu precisava conhecer, segurar aquele mapa por pelo menos um momento.

– O que esse mapa tem de especial? – Rony pergunta.

– Além de mostrar cada pessoa e cada lugar de Hogwarts em tempo real? – Pergunto retoricamente, e depois continuo – Meu pai ajudou a fazê–lo, e ele também. – Termino apontando para Sirius.

Depois de dizer isso todos ficam em silencio, até Sirius se cala, vejo os gêmeos trocando um olhar cheio de significados – que eu não entendo – e Rony coçar a nuca constrangido por ter perguntado isso.

Gina, logo ela, é a primeira a se manifestar.

– Bom... Ãh, feliz aniversário, Harry. – Ela deseja meio constrangida.

Ela acaba deixando o clima mais leve. Valeu, Gininha.

.

– Pronto, Harry? – Sirius me pergunta.

Era de noite, a festa daqui a pouco começaria, tudo estava organizado, tudo em seu lugar, sem imprevistos, sem nada que atrapalhasse. Eu estava vestido e a música já começava a tocar baixo por trás da casa onde aconteceria a festa.

Olho para o grande espelho do meu banheiro, o terno que Sirius escolhera era perfeito, caia muito bem em mim, meu cabelo estava bagunçado, mas graça ao novo corte mágico não era nada demais.

– Sim Sirius, estou pronto. – Digo e ele abre a porta do banheiro encostando–se nela.

– O terno ficou bom. – Sirius diz olhando para mim com um sorriso de lado.

– Também achei. – Concordo apertando mais a gravata vermelha. Olho para meu padrinho e sorriu – O seu também está ótimo.

– Claro, sou lindo. – Sirius concorda, paro de sorrir e bufo.

– E convencido. – murmuro

– Isso mesmo. – Ele admite se posicionando do meu lado no espelho – Eu não te dei seu presente.

Meu padrinho sorri e me estica um embrulho de tecido preto. Retribuo o sorriso virando o saquinho em minha mão e vendo uma pulseira cair. A simples pulseira masculina era de um couro muito preto, com dois enfeites simples metálicos entre uma plaquinha com a inscrição “Black&Potter”, ela era fechada por uma pequena fivela. E eu tinha certeza que cada parte metálica era feito de ouro.

– Uau! – Me admiro – Demais Sirius! – Agradeço tentando colocá–la em meu pulso.

– Me deixe colocar. – Sirius se favorece fechando a pulseira com facilidade. – Serviu, que bom.

– Valeu. – Digo abraçando ele.

– Não a quê, Harry. – Sirius diz retribuindo o abraço, mas logo nos separando – Vamos os convidados devem estar chegando.

Acabou que a festa estava sendo divertida.

Hermione foi a primeira a chegar, ela me deu um livro enorme de capa dourada com a gravura de uma vassoura; logo depois chegaram o resto dos Weasley, senhora Weasley me deu um bonito suéter vermelho; então foram chegando mais e mais gente, grande parte da Grifinória veio, isso incluía quase todos do time de quadribol e todos que estudaram no primeiro ano comigo. Alguns conhecidos da Cornival e da Lufa–lufa, ninguém da Sonserina - fazer o quê?

Muitos conhecidos de Sirius apareceram – perdi a conta de quantas vezes ouvi: "você é muito parecido com seu pai, menos os olhos você tem os olhos de sua mãe".

Até Dumbledore viera, ele discretamente me entregara uma caixa grande de bombons, sorriu e foi aproveitar a festa. O diretor parecia realmente interessado na mesa de doces.

Hagrid chegou com tudo, vestido com um terno estranho e com um embrulho que se mexia, fiquei com medo por um minuto – depois do bebé Norberto eu perdi certa confiança sobre o que ele pensava de animais – mas no final eu adorei o presente. Era um Pelúcio, um bicho peludo, fofo, preto, geralmente é usado por duendes para caçar pedras e metais preciosos, mas como esse nasceu doente ele é meio cego e bem fraco Hagrid o resgatou, e agora ele ficaria aqui em casa onde Sirius – que se apaixonou por ele na hora que colocou o olhos em cima – cuidaria bem dele, dei o nome de Raposa (o sentido esta nos olhos de quem vê) porque adorava ver esses bichinho quando viajávamos quando criança.

Agora eu dançava junto com Hermione, Rony e Gina – tive que arrastar a ruiva para que ela dançasse. E quando a música acabou todos vão beber e recobrar o fôlego.

– Ah, finalmente te achei! – Sirius aparece e me puca pelo braço em direção a entrada da festa.

– O que foi? – Pergunto ainda sendo arrastado.

Sirius sorri.

– Eu não tinha certeza que ele viria, não quis te contar sem ter certeza.

– Quem?

Ele não responde naquela hora e nos afastamos da festa. Parado meio que no escuro um homem loiro com aspecto doente se encontrava. Ele tinha muitas cicatrizes no rosto e seu cabelo mau cortado parecia aumentar seu ar de debilitado, estava vestido numa casaca surrada e tinha em sua mão um embrulho.

– Harry, esse é Remus Lupin, meu melhor amigo e de seu pai. – Sirius o apresenta.

– Olá, Harry, é um prazer finalmente conhece–lo. – O homem diz se adiantando com a mão estendida.

Fico boquiaberto que por um momento antes de sorrir e apertar sua mão.

– Digo mesmo, senhor Lupin, sempre ouvi falar muito do senhor.

– Ora, me chame de Remus. – ele pede calmamente e então se vira para meu padrinho – Você falou muito, é? – Lupin pergunta a Sirius.

– Se você quer saber se ele sabe que você é um lobisomem, Aluado, é ele sabe. – Sirius diz.

Lupin parece engolir em seco antes de voltar a sorrir em minha direção. Trato logo de mudar de assunto.

– Mas por que não esta se divertindo na festa? – Pergunto.

– Ah, é... unh... – Ele murmura. – Bom, Harry, eu só vim mesmo para te conhecer e entregar seu presente. Não estou bem disposto hoje, é melhor eu voltar para casa.

– Tem certeza?

– Tenho sim. – Ele afirma. – E tome, seu presente. – Ele se lembra e me esticando o embrulho. – Não é grande coisa, mas acho que vai gostar.

Pego o livro, "Guia Prático de Defesa, Anti-Artes das Trevas" estava escrito na capa com uma gravura descascada,

– Ah, muito obrigado! – Digo animado já abrindo o livro.

Sirius ri.

– Você não podia arrumar um presente melhor, Remus, ele é um viciado em DCAT.

– Cala a boca, Sirius. – Digo ainda olhando para o livro. – Muito obrigado mesmo, Remus.

– Não foi nada. – Ele murmura de volta, com seu sorriso finalmente chegando a seus olhos.

– Por favor, Aluado, fique um pouco, daqui a pouco será o parabéns. – Sirius pede.

– Não, Sirius, eu realmente não estou bem. Mas eu juro que assim que eu melhore, venho visita–los.

– Então venha rápido. – Peço.

Ele ri, fraco e sinto que se forçasse um pouco mais teria uma crise de tocidas.

– Pode ter certeza. – Ele concorda. – Até mais, Harry, é mesmo muito bom conhece–lo, você é incrivelmente parecido com seu pai. Tchau, Almofadinhas.

E acenando com a cabeça desparata.

– É... – Ia começar a dizer sobre como era legal conhece-lo, mas sou interrompido pelo barulho de chicote característico da aparatação.

A maioria das pessoas convidadas já tinham chegado, mas mesmo assim não demoramos para reconhecer que não eram convidados da festa.

Observo dois homens de feição séria e vestidos de preto e um senhor mais velho se aproximar com uma capa roxa que seria elegante se não fosse a cor chamativa.

– Ãh, quem são eles? – Sussurro.

– Acho que é o ministro. – Sirius responde.

Arregalo os olhos e Sirius faz uma careta. Ele nunca perdoou o ministério por se negar a proteger meus pais e não parecia na a vontade em ter que interagir com o líder dele.

– Olá. – O ministro cumprimenta calidamente. – Talvez não saibam quem sou, então vou me apresentar, meu nome é Cornelius Fudge, sou o ministro da magia e vim especialmente para conhecê-lo senhor Potter.


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