Sobrevivendo ao inferno escrita por Kiara Hale


Capítulo 12
Esperança


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, capítulo novo. Esse capítulo é meio que um auxiliar para o próximo, porque, com certeza vocês terão muitas surpresas, a fic está quase chegando ao final, então preparem-se para as bombas kkk. Boa leitura, beijos!



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Naquele momento, todo o ar que havia em meus pulmões simplesmente se esvaiu, não fui capaz de pronunciar uma palavra se quer. Talvez eu estivesse mais apavorada do que Maggie, como assim? Ela realmente havia me contado aquilo? Maggie estava mesmo grávida?!

–Espere, o que você... Quero dizer, como tem certeza? Você já fez o teste? –Não sei se isso é o que eu deveria dizer, mas as palavras apenas saíram da minha boca, mas infelizmente não tenho certeza de que foram totalmente compreendidas, porque tenho quase certeza de que me perdi no caminho. –

–Bom, sim. Eu fiz o teste, na última vez que saímos, eu fui sozinha até a farmácia e encontrei um. –Maggie respondeu, ela continuava pálida. –

–Já contou ao Glenn? –Perguntei. –

–Não, ainda não contei a ele, estou com muito medo Alice. E se ele terminar comigo? E se ele não quiser esse bebê? O que eu vou fazer? Não posso fazer isso sozinha, eu não consigo! –Antes que eu pudesse responder ou tentar consolá-la, ela começou a chorar, não que eu estivesse surpresa com sua reação, mas se tem uma coisa na qual sou realmente horrível é consolar as pessoas, por isso achei que fosse entrar em pânico ou começar a chorar junto com ela. –

–Maggie...

Ela deu um soluço alto me fazendo parar de falar, não sabia ao certo se devia ou não continuar, mas de qualquer maneira eu o fiz.

–Maggie, olhe, só quero que saiba que não está sozinha. Somos uma família okay? Estamos aqui por você, sempre estaremos. Você tem a mim, tem a Beth e principalmente, você tem o Glenn. –Disse a abraçando, tentando ser o mais carinhosa possível. –

–Mas e se...

–Por favor, não diga isso. Glenn te ama mais do que tudo nessa porcaria de mundo, e isso é muito mais do que óbvio, Maggie, ele não vai terminar com você! Se ele te ama mesmo como todos sabemos que ele ama, ele com certeza vai enfrentar isso com você.

Maggie finalmente parou de chorar e quebrou o abraço, secou suas lágrimas e sorriu para mim.

–Obrigada, me desculpe se te deixei em uma situação constrangedora. –Ela brincou. –

–Não, tudo bem. Foi bom ajudar. –Respondi retribuindo o sorriso. –

–Eu só vim falar com você porque, eu não sabia ao certo com quem falar, entende? Eu não queria contar isso para Beth dessa forma. Digo, ela é minha irmã é claro, mas não acho que seria o certo, não agora.

–Claro, eu entendo. Estarei aqui se precisar ok?

–Okay, obrigada Alice. –Maggie me deu um beijo na bochecha e saímos juntas até o bloco de celas novamente. –

***

Chegando no Bloco C, Maggie logo avistou Glenn e foi ao seu encontro, ela piscou para mim discretamente sorrindo, me fazendo retribuir o gesto e sorrir também.

Além disso, passei os olhos pelo “cômodo”. Carl e Beth conversavam sobre algo animadamente, e para minha completa surpresa Merle e T-Dog também conversavam, ambos fumavam cigarros perto de uma janela, e discutiam sobre um assunto que eu não pude distinguir o que era.

Daryl e Rick também falavam sobre algo que parecia ser um tipo de plano, alguma busca por suprimentos em alguns lugares mais afastados da prisão talvez, como aquela parecia ser a única conversa na qual eu me encaixaria, fui até lá.

–Precisam de ajuda rapazes? –Perguntei me aproximando de ambos, que no momento encaravam um mapa em cima de uma mesa improvisada. –

–Na verdade sim. –Rick me disse. –

–Em que eu posso ajudar?

–Preciso que você fique aqui hoje, mantenha a ordem, Maggie e Glenn vão ficar também. Eu e os outros vamos procurar suprimentos nos comércios mais próximos. –Rick disse, mas continuou me encarando quando percebeu que eu não havia ficado muito animada com a ideia. –

–Alice, por favor! Você precisa ficar, precisa descansar, não podemos continuar te arriscando, você é boa atiradora, é boa com as flechas, sabe lutar, se te perdemos vai ser pior. Eu confio em você, nós confiamos, mas precisamos que faça isso por enquanto. –Ele argumentou. –

–Rick, caso não tenha percebido, Daryl é tão bom quanto eu,talvez até melhor. –Sorri discretamente quando percebi que Daryl me encarou no momento em que terminei a frase. –Enfim, se está tentando me poupar, pelo fato de você precisar de mim não vai fazer diferença levar Daryl, ou eu quer dizer, acredito que nós dois tenhamos o mesmo valor para a segurança do grupo.

–É claro que tem. Mas para ser sincero, a ideia de você ficar aqui não foi minha. Foi do Daryl. –Ele completou. –

–Me desculpe, o que disse?! –Exclamei surpresa, direcionando meu olhar à Daryl no mesmo segundo. –

–Acho melhor vocês conversarem sozinhos. –Rick se retirou quando percebeu que eu estava a ponto de socar Daryl. –

–Não me olhe como se quisesse me matar, ok? –Daryl finalmente se virou para mim. –

–Como não Daryl?! Eu não quero ficar! A cada dia que eu perco eu...

–Ally, preste atenção. Rick tem razão, não podemos mais te arriscar. Eu sei que o único motivo pelo qual você quer sair não é a comida. E também sei que você não vai desistir, mas por favor me ouça. Um dia de espera não vai te matar, ficar aqui vai te fazer bem. Pelo menos, se você não quer fazer isso pelo grupo, faça por mim, faça por si mesma. –Daryl falou, eu sabia que ele queria me proteger, e eu não me incomodava com isso,mas por um momento ficar em casa não era o que realmente me incomodava. –

–Tudo bem, eu fico. Mas se quer saber, ficar aqui não é o que me incomoda agora. –Sibilei. –

Daryl me encarou confuso por um instante, e eu lhe dei um sorriso fraco.

–O que me incomoda, é saber que você pode não voltar. –Confessei. –

–Vou voltar, eu sempre volto Ally. –Ele me abraçou me acomodando em seu peito, então Daryl beijou minha cabeça carinhosamente me fazendo ter um rápido déjà vu quando ele repetiu o mesmo gesto daquela noite, da primeira boa noite de sono que tivemos em semanas, quando ainda estávamos abrigados naquele prédio. –

***

O grupo já havia saído há quase duas horas, segundo o relógio de Glenn. Maggie, Beth e eu conversávamos para tentar manter o clima agradável, enquanto Glenn e Carl estavam fazendo a vigia lá fora.

E pelo que eu já havia percebido, Maggie já tinha contado à Beth sobre a novidade de que ela teria um sobrinho ou sobrinha, a jovem Greene sorriu, seu sorriso era tão grande que parecia não caber em seu rosto.

–Isso é sério? –Beth perguntou animada e sorridente para a irmã. –Glenn já sabe? O que ele disse?

–Sim, Beth é sério. E quanto ao Glenn eu não contei para ele ainda, então por favor não diga nada por enquanto tudo bem?

–Claro! –Beth disse, abraçou a irmã lhe dando um longo beijo na bochecha. –

–Beth, eu tenho certeza que sua irmã vai ser uma ótima mãe, não acha? –Perguntei fazendo a garota me encarar com os olhos brilhando com a notícia. –

–A melhor possível. –Ela respondeu carinhosamente fazendo Maggie sorrir com os olhos marejados. –

Poucos segundos depois Glenn e Carl voltaram, o que fez Maggie rapidamente se levantar e secar as lágrimas que rolavam em seu rosto contra a sua vontade. Beth e eu percebemos nossa deixa e saímos com Carl ao nosso lado.

***

Algumas horas depois, todos estávamos cansados de esperar o grupo voltar principalmente eu. Não podia mais ficar ali sem notícias, é lógico que eu estava preocupada com todos, mas principalmente com Daryl, e meu nervosismo se tornou bastante óbvio quando ouvi Beth me chamar.

–Alice? Você está bem? Você parece meio pálida. –A garota gentilmente se dirigiu até mim. –

–Estou bem Beth, obrigada. –Respondi com a voz levemente trêmula. –

–Não devia se preocupar, eles sabem se cuidar. Logo estarão de volta. –Ela tentou me tranquilizar. –

–Eu sei disso, estou tentando. Beth? Será que você se importa de dizer aos outros que vou ficar na minha cela?

–Tudo bem, vou avisá-los. Boa noite. –Ela sorriu para mim e saiu. –

***

Por acaso eu já disse que não sou uma pessoa muito paciente? Pois é, eu não sou! Esperar por algo simplesmente não me faz bem, eu não consigo suportar. Já parecia ter se passado uma eternidade! Eles ainda não chegaram, eu estava encolhida na cama enterrada em cobertores por causa do frio, e mesmo por baixo de três cobertores eu ainda era capaz de tremer.

Quando finalmente ouvi um movimento, fiquei alerta mas não tive coragem de me levantar. Assim que o portão de minha cela foi aberto eu sabia que era Daryl, quando tive certeza de que era ele deixei um suspiro de alívio escapar.

–Olha, eu não quero parecer pegajosa, mas você quase me matou do coração seu filho da mãe! Achei que tivesse morrido! Da próxima vez que for sair sem mim pelo menos use os sinais de caça, sei lá dê algum sinal! Que merda Daryl! –Exclamei irritada, jogando os cobertores em cima dele, só então que percebi que foi burrice fazer aquilo, porque comecei a congelar instantaneamente. –

–Primeiro, eu também te amo Ally; Segundo, eu estou bem, todos estamos; e terceiro, não devia ter jogado os cobertores, porque é óbvio que você está congelando. –Ele completou recolocando os cobertores sobre mim e depositando um beijo leve em minha testa. –

Daryl se deitou ao meu lado, me fazendo adormecer mais rápido do que eu imaginei que conseguiria, todos estavam de volta, salvos, seguros. Daryl estava ali, comigo.

Por enquanto estávamos bem, mas sabíamos que grandes conflitos estariam por vir, mas a questão é o quão próximos eles estariam de nos atingir. Não há como saber, só nos resta uma opção. Esperar.


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Notas finais do capítulo

E aí? Qual vocês acham que é o motivo da Alice querer sair da prisão, com certeza não são os suprimentos kk. O que acharam do capítulo? Se gostaram ou não por favor me digam nos comentários. Beijos! Até o próximo capítulo!



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