Sobrevivendo ao inferno escrita por Kiara Hale


Capítulo 1
Capítulo 1 - Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, é a minha primeira história, então espero que gostem.
Aproveitem!



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Nem todo mundo planeja o fim do mundo, mas todos tem uma vaga idéia de que é possível acontecer um apocalipse. Porém ninguém dá muita importância para isso, ou seja, ninguém está realmente preparado, nunca.

Mas quando chega o momento, todos tentamos sobreviver não importa o quanto isso possa custar. Como o apocalipse começou? Muitos sobreviventes no inicio da epidemia julgaram o governo por um vírus ter se espalhado pelo país, mas ninguém sabe exatamente o que ou qual o tipo de vírus que provocou a epidemia. Mas na minha opinião nada disso importa, não mais.

Desde que isso começou eu me perdi da minha família, quando tudo começou eu estava sozinha, tive que fugir. Eu não podia ficar naquela vizinhança, a cada minuto a epidemia se alastrava mais rápido. As vezes me sinto um monstro por ter abandonado minha família, mas foi necessário, eu tinha que sobreviver.

Não tive muitas opções de para onde eu iria, na verdade eu não sabia para onde eu iria. Pensei que alguns dos meus amigos poderiam ainda estar vivos, mas no fundo eu sabia que não. Sabia que os únicos que seriam basicamente capazes de sobreviver a isso eram os Dixon.

Daryl e Merle eram meus amigos a muito tempo, nos conhecemos a mais ou menos uns 7 anos. Mas também nós não nos víamos a muito tempo. Por isso tive medo de que não os encontrasse.

A última vez que os vi foi em um bar a poucos quilômetros da minha casa, pelo que me lembrava eles também não moravam longe dali naquela época. Tive uma pontada de dúvida quanto a isso, pois quando se tratava dos Dixon, não era muito fácil encontrá-los, Daryl principalmente, eles são muito imprevisíveis, e a essa hora já poderiam estar bem longe da Geórgia.

Talvez isso fosse apenas uma paranóia minha, talvez ainda estivessem ali, talvez eu ainda tivesse chance de revê-los, e o mais importante, talvez eu ainda tivesse a chance de ser uma sobrevivente, com eles.

Naquele dia, afastei todos aqueles pensamentos. Não podia mais ficar ali parada, tomei a iniciativa de vasculhar a casa, pegar tudo o que eu precisava e sair dali o mais rápido possível antes que eu fosse morta.

Quando eu saí de lá, fui correndo até a garagem do prédio pegar minha moto, uma Heritage Softail Classic. As chaves estavam na ignição, mas não sei o porquê, era para estarem guardadas comigo, mas isso realmente não importa agora.

Me dei conta de que o tanque estava pela metade, naquele momento não tinha como saber até onde eu iria, então aquilo era um problema.

Se eu tivesse apenas um momento para tomar uma atitude melhor, com certeza eu o faria, mas infelizmente eu não tive.

Conduzi a moto em direção à casa dos Dixon ao leste daquele antigo bar, sinceramente minhas esperanças estavam esgotadas por completo, tudo o que eu precisava naquele momento era ver a moto de Daryl estacionada na frente da garagem da velha casa.

Virei a esquina, chegando na rua certa, pelo o que eu conseguia me lembrar, isso se eu estivesse certa, a casa não havia mudado absolutamente nada. E sim, a moto de Daryl estava lá. De repente uma onda de felicidade e esperança me invadiu, se pelo menos Daryl ainda estivesse ali eu teria uma chance de sobreviver, mas não sozinha.

Segui com a moto até o portão da frente, não desci da moto, apenas observei a casa por um tempo para saber se realmente havia alguém ali. Foi quando quase tive um ataque cardíaco.

A porta da garagem se abriu lentamente, me dando tempo para pegar uma faca em minha mochila, com a faca em mãos eu desci da moto cuidadosamente enquanto o portão se abria.

Fiquei estrategicamente parada em frente o portão esperando pelo possível ataque, naquele exato segundo Daryl me imobilizou com uma chave de pescoço posicionando uma arma em minha cabeça.

-O que diabos você...

Tentei dizer quando ele me cortou.

-É melhor ficar quieta, se ficar quieta talvez você não sinta a bala perfurar seu crânio. Ele sussurrou em meu ouvido.

-Daryl! Não seja estúpido, sou eu! Eu disse tentando não me engasgar, estava começando a perder o ar com o golpe.

Não sei ao certo se ele reconheceu minha voz ou algo do tipo mas ele me soltou assim que completei a frase.

-Alice? Ele perguntou enquanto eu recuperava o fôlego.

-É claro! Respondi. –Sabia que estaria vivo.

-Como sabia que eu ainda estava aqui?

-Não sabia. Apenas deduzi que você e Merle seriam os únicos que conheço capazes de sobreviver a isso.

-Não pensou que poderíamos já ter fugido? Daryl perguntou arqueando a sobrancelha.

-Na verdade pensei. Mas como não tinha opção melhor decidi passar aqui, então, onde está seu irmão?

Daryl não respondeu, porque como nós dois sabíamos Merle tinha uma mania irritante de interromper conversas quando ouve seu nome ou quando é mencionado de alguma forma.

-Olha quem voltou! Merle exclamou vindo em minha direção com uma garrafa de uísque na mão. –Alice, eu não esperava te ver de novo, muito menos agora. Achei que estivesse morta.

-É bom te ver também Merle. Respondi com um sorriso falso. –Se serve de consolo, não achei que estivesse morto, mas queria que estivesse.

-Ah, ela continua doce como um limão não é irmãozinho? Merle se dirigiu à Daryl como se eu não estivesse presente.

Daryl passou pelo irmão sem encará-lo, Merle riu e me deu as costas voltando para a garagem.

-Se quisermos mesmo viver temos que sair dessa porra desse inferno! Merle disse para nós dois tomando um grande gole de uísque.

-Acha que não sabemos?! Daryl disse.

***

Já estava quase tudo pronto para irmos embora, pegamos todas as armas necessárias facas e coisas do tipo. Colocamos todos os suprimentos necessários na carroceria da picape. Graças ao Merle o tanque da minha moto estava cheio e pelo menos por mim já podíamos partir.

-E agora? Para onde vamos? Perguntei.

-Qualquer lugar, menos aqui. Daryl me respondeu ligando a ignição da moto. Merle odiava motos então ele estava dirigindo a picape.

-Por mim só sair dessa merda já é o suficiente. Respondi.

Por enquanto eu consegui o que eu queria, Daryl e Merle eram como uma família para mim de certa forma, e agora tudo que realmente precisamos fazer é achar um lugar seguro, e sobreviver.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, posto o próximo capítulo em breve, continuem acompanhando a história, beijos!



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