Worse Than Nicotine escrita por Dama do Poente


Capítulo 35
Epílogo: Estreia Premiada


Notas iniciais do capítulo

Sim, pessoal! É isso mesmo: epílogo! Chegamos ao fim de Worse Than Nicotine!
Eu preciso confessar que, quando postei, não pensei que me apegaria tanto a uma história, ou aos leitores: fiz muitas amizades graças ao Nico cineasta e a Thalia modelo!
Obrigada à todos que acompanharam essa fic, que pacientemente esperou os 3 meses que estive sem computador e, principalmente aos que deixaram recadinhos de incentivo!!
Espero que gostem desse último capítulo!



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P. O. V Nico:

― Qual o sentido de tanto segredo? Apolo resolveu se juntar a Annabeth e redecorar o estúdio? ― Thalia pergunta, segurando firme em minha mão, com medo de cair.

Dois anos se passaram desde que nos reencontramos. Era seu aniversário de 24 anos, nosso sexto aniversário de casamento ― segundo Vegas ―, e a estréia de meu mais audacioso projeto.

Ainda na época do sexto período de faculdade, quando vários de meus roteiros de ficção foram recusados, meu professor orientador pediu para conversar comigo. Ele me explicou o motivo de um dos meus roteiros ter sido rejeitado, e também perguntou se eu não gostaria de incrementá-lo e transformá-lo em meu projeto final; ele me ofereceu ajuda e eu aceitei ao desafio. Foi uma das melhores escolhas que pude ter feito: a bancada gostou tanto do projeto, que os integrantes me proporcionaram a chance ― e os equipamentos ― para transformá-lo em um dos curtas a serem produzidos por minha turma.

― Apolo e Annabeth estão por trás disso, mas não tem nada a ver com decoração, meu amor! ― a paro e tiro a venda de seus olhos, sendo agraciado pela visão de suas lindas íris azuis.

Pareciam dois faróis ali naquela escuridão. O clarão que me guiava.

― Eu amo você, Thalia! Acho que amo desde sempre, e não me contento em saber que só você e nossas famílias sabem disso! ― lhe digo, acariciando sua face levemente rosada.

― Nico, o que você fez, querido? ― ela pergunta um tanto aflita.

― Feliz aniversário, Thalia Grace-di Angelo! ― sorrio, antes de abrir a porta da sala de cinema da faculdade.

Todos os nossos amigos estavam ali ― ou quase todos, já que eu não via Leo e Reyna em lugar algum ― e a cumprimentaram entusiasticamente. Mas aquela não era a surpresa em si.

Tempos depois, quando enfim estávamos sentados juntinhos, em uma fileira só para nós, a surpresa começou.

― Eu não era um cara de muitas virtudes, e isso é um fato inegável! Eu tinha na ira uma de minhas melhores amigas, e naquela garota também! Afinal, assim como eu, ela era uma desvirtuada. Ela me levou a um vicio que até hoje não consegui deixar de lado, ou melhor: dois vícios! A nicotina, e ela.

― Nico di Angelo, você não fez... ― Thalia sussurra, conforme as imagens vão se passando na tela.

― Meu pai costumava me alertar sobre os perigos de fumar... Me alertar e me crucificar por fumar. Ele dizia que a nicotina viciava mais rápido que qualquer outra droga, mas ele se enganava nisso... Qualquer um que tenha dito tal coisa estava enganado: eles não a conheciam. Ela sim viciava rápido: seus olhos, seu sorriso, suas manias... Tudo nela era viciante. E eu não resisti! Também, como poderia? Viciante, uma fonte de calma no caos de minha vida... Eu não via malefícios em amá-la! Não havia um lado ruim em ser viciado em Thalia!

― Você... Escreveu sobre nós?! ― Thalia pergunta, virando-se para mim.

De certa forma, era exatamente isso! Desde que ela voltara, eu só conseguia escrever sobre ela: seus beijos, suas carícias, seus vícios, nossos vícios, ela! Claro que aquilo na tela era uma versão mais leve de nossa pecaminosa vida, mas ainda assim havia beleza.

Na tela, o primeiro beijo que eu dera em Thalia era retratado. Acontecera em uma festa, quando tínhamos 13 anos... Infelizmente já fumávamos e bebíamos nessa época, mas foi ali que eu descobri um vício maior...

― No início não: era um roteiro de ficção, sobre paradigmas de viciados. E outro sobre um casal com uma relação de codependência. Aí meu professor orientador me ajudou a transformá-los em um roteiro só, e eu percebi como se parecia conosco e resolvi adaptar... ― lhe resumo a história ― Espero que não se incomode!

― Me incomodar? ― ela sorriu, os olhos banhando-se em lágrimas e olhou para tela ― Você colocou seu coração nisso, expôs sua alma e seu amor por mim nesse texto... Roteiro!! E ainda uniu nossa família para me mostrar isso! Allie está tão linda, que é uma pena ela estar sendo eu! Um desperdício!

Rimos disso, tentando não soar alto, para não incomodar aos outros.

― Tem alguma chance de isso ter uma continuação? ― ela pergunta, encostando-se em sua poltrona, erguendo uma mão para acariciar meu rosto com barba por fazer.

― Talvez, se você quiser, quem sabe...

― É que eu acho que você deveria escrever mais capítulos além desse vício! ― ela sorriu.

― Verdade? E sobre o que eu deveria escrever? ― me aproximo, sentindo o sabor de seus lábios nos meus.

Ela sorri, me dando o beijo mais casto que já me deu em todos os anos. Então, pega uma de minhas mãos e a leva até sua barriga.

Apenas me afasto, olhando em seus olhos, constatando a felicidade e as lágrimas nele. E seu sorriso enorme, sem um único traço de ironia. Era um sorriso tenro.

― Thalia... ― sussurro baixinho, sem fôlego ― Então, é por isso que...

Há pouco mais de três semanas, Thalia jogara fora todos os maços de cigarros que tínhamos, e me pediu para entrar com ela em um projeto para “desnicotizar” nossa vida. Reclamei bastante, mas aceitei... Para ela foi mais fácil, ela reduzira seu nível de cigarros desde que Allie havia sofrido nas mãos de Órion; para mim ainda era difícil: nicotina estava tão impregnada em mim quanto Thalia, mas continuei por ela, e agora eu entendia o porquê!

― Eu estava na rua com a Allie, ouvindo-a reclamar sobre Will e o medo que ela tinha de ter algo mais sério com ele, quando passei mal e fui parar no hospital. Implorei que Apolo e Allie ficassem quietos sobre isso, e eu só pretendia te contar no seu aniversário... Mas depois disso tudo, eu não pude mais manter segredo!

E agora quem chorava era eu! E sequer tinha notado isso, até que ela se inclinou e beijou meus olhos.

― Você me deu mais presentes do que poderia imaginar, Nico di Angelo! ― ela sussurra baixinho.

Eu não era mesmo um cara de muitas virtudes e isso era mesmo um grande fato, assim como Thalia também não era a mais virtuosa das mulheres. Eu nunca me orgulhei de ser um viciado em cigarro, mas sempre teria orgulho de quem me levou àquele vício.

E, por mais louco que parecesse, já sentia orgulho e um amor cego por quem estava ali, quietinho ou quietinha, no ventre de Thalia.

― Hey, bebê! Aqui quem fala é o papai! ― sussurrei, inclinado na direção da barriga de Thalia, sentindo meu coração transbordando de amor. ― Para nos conhecermos melhor, vou te contar a história de duas pessoas que se amavam muito.

― E que se chamavam papai e mamãe...

― Thalia, nosso filho merece saber nossos nomes.

― Ele vai saber... Com o tempo...

― Mas... ― e continuamos com nossa discussão boba e nossa conversa com aquele pequenino já muito amado.

Como seria para todo o sempre!


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Notas finais do capítulo

E é isso pessoal! O fim dessa fanfic que tanto amei escrever!!
Ela nunca terá uma continuação: algumas coisas são melhores sem. Mas tem dois spin offs, um Leyna e o outro Alliam (Allegra e Will) para que matem a saudades dessa fic lá.
Obrigada por me acompanharem em mais essa.
Mil beijos a todos ♡



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