Worse Than Nicotine escrita por Dama do Poente


Capítulo 24
Hope...


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: ANA BEATRIZ DI ÂNGELO MUITOOO OBRIGADA PELA LINDA RECOMENDAÇÃO! QUERIA TER PALAVRAS PARA AGRADECER APROPRIADAMENTE, MAS... É, ELAS ME FALTAM NESSAS HORAS :3
Segundo: voltei! E com boas e más notícias..
As boas: yay, nada de hiatus nessa fic! Ela está toda digitada e eu só tenho que escrever agora o epílogo ^~^
As ruins: as outras fics estão oficialmente em hiatus. Por que? Porque eu estou tentando dar um rumo pra minha vida kkk (vida de vestibulando não tem rumo), e para isso tenho que determinar tudo o que vai acontecer nas fics! Espero que entendam.
Obrigada à todos que comentaram o último capítulo! Vocês não sabem como um review pode mudar vidas!!
Espero que gostem desse capítulo.



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P. O. V Autora:

— Por que estão todos com essa cara? — a modelo pergunta ao entrar em casa novamente

Acabara de responder ao que pareceu ser uma minicoletiva de imprensa, salvando todos ali de serem expostos. Não conseguia entender porque a encaravam como se observassem um animal demasiado exótico.

— Pensaram que você fosse abrir a boca e falar tudo! — Allegra responde, jogada no sofá, vendo algo em seu celular — Seja lá o que tudo for... — e obviamente ela estava chateada: era parte daquela família como qualquer outro ali, e tinha direito de saber o que estava acontecendo.

Mas ela era “jovem demais” para saber dos problemas da família, os pais disseram.

Mesmo notando o tom de voz da sobrinha, a resposta dada arrancara uma risada de deboche de Thalia. A incredulidade do motivo era terrível.

— Quantos anos acham que eu tenho? — ela pergunta, em tom de deboche — Doze?

— Ei! — a sobrinha protesta — Ofendeu, tá?

— Você tem uma idade mental mais velha que a minha: releve! — a tia responde, parecendo realmente mais nova que a sobrinha.

Revirando os olhos, os pais — incluindo Apolo e Ártemis — e a advogada retiram-se, a fim de terminar a reunião, iniciada no almoço, de forma mais calma.

Silena, ainda triste, lembra-se de um compromisso e sai, arrastando sua irmã mais nova com ela — impedindo, assim, que Jason conseguisse conversar com Piper —; Percy puxou Hazel para um canto qualquer da sala, bem afastado dos outros, e pediu-lhe que fizesse algo por ele — mesmo de longe, foi possível ver o brilho nos olhos de Hazel —; Allegra estava concentrada demais em seu seriado para prestar atenção nas conversas ao redor.

Annabeth e Thalia, sentadas na escada, tentavam se acalmar mutuamente. A primeira detestava a pressão criada pela mãe — Atena sempre parecia exigir o melhor de todos, fosse um de seus funcionários, fosse um indivíduo qualquer que tivesse o infortúnio de encontrá-la —, a simples presença dela despertava isso; já Thalia tentava por os pensamentos em ordem — eles teimavam em orbitar, num movimento de rotação incessante, enquanto a translação ocorria ao redor de Nico, como se ele fosse a estrela mais brilhante de seu sistema, como se ele fosse o Sol que a aquecesse.

E por falar em Nico, ele e sua irmã mais velha encontravam-se juntos, próximos a janela. Um silêncio tenso, e nada comum, reinava entre eles.

— Que coisa mais clichê! É o tipo de cena no livro em que o autor diz que o silêncio tem um trono e o coroa como rei... — Nico bufa, rompendo o silêncio — Como foi? — ele pergunta bem baixo, soando atencioso.

— Foi o que? A humilhação de contar ao papai que tem um vídeo meu em um site pornô? — e a acidez presente na voz de Bianca não passava de tristeza profunda.

— Bia, você sabe que a culpa não é sua. E tenho certeza de que o papai concorda comigo. — o irmão comenta, suavizando a voz, tentando acalmar a irmã

— Você tem razão! — ela suspira — Papai é o cara mais legal do mundo...

— Depois do Papai Noel! — ambos riem, lembrando da velha brincadeira de infância.

Dando um profundo suspiro, Bianca conta ao seu irmão o que acontecera naquela manhã. Mesmo de longe, Hazel sabia que era exatamente isso o que a irmã fazia; um sorriso tenro tomou conta dos lábios de Hazel quando ela se lembrou da conversa.

“A irmã mais velha tremia. Não de frio ou medo, mas vergonha.

O pai era um homem justo e bondoso, e amava os filhos com todas as forças; Bianca e Hazel bem sabiam, e também tinham em mente que tal notícia o magoaria. Mas não contar seria apenas pior.

—Papai está, Tânatos? — Hazel pergunta ao assistente do pai, ao encontrá-lo no meio do caminho entre os elevadores e a sala da presidência.

O assistente confirma e sorri antes de seguir curso, deixando-as com Caronte, o secretário, que tagarelou enquanto as levava para a sala de reuniões.

O pai, ao contrário de muitos presidentes de empresa, fica feliz pela interrupção e rapidamente dispensa seus sócios.

—A que devo a honra dessa visita? — ele pergunta, convidando-as a se sentarem — Querem chocolate?

E tanto carinho foi o suficiente para fazer Bianca desmoronar. Em meio às lágrimas, a garota conta ao pai tudo o que aconteceu, ficando com o rosto rubro — fosse de vergonha, fosse de raiva.

Viu o pai se levantar e respirou fundo, esperando por um sermão que não veio... Nunca viria.

— Eu sinto muito, Bia! — o pai murmura, ajoelhando-se na sua frente e segurando suas mãos — Me desculpe, ok?

Isso a surpreendeu. Surpreendeu à Hazel também.

— Desculpá-lo pelo quê?

— Por não ter te protegido. — ele responde, exasperado — Eu deveria ter procurado saber mais sobre esse cara, devia tê-lo conhecido antes de permitir que...

— Não é culpa sua, pai! Assim como não é da Bia! — Hazel se aproxima também — Só uma pessoa é culpada, e é ele.

— Sua irmã tem razão, meu anjo! Não se martirize por algo que não tem culpa, ok? — e o pai a abraça, puxando a irmã mais nova para o abraço também — Eu amo vocês, meninas. E ninguém que as machucar vai sair impune!”

— Considerando a presença de Atena Chase, tenho certeza de que não vai faltar punição! — Nico observa, torcendo para que virasse verdade.

P. O. V Silena:

Dado os recentes acontecimentos, o que eu menos queria era sair de casa — tinha a impressão de que todos sabiam sobre o vídeo, de que todos falariam algo a respeito —, mas, com as irmãs que tenho, eu jamais escaparia ilesa.

— Até entendi sua deprê por causa da Thalia: brigar com a melhor amiga é foda, mas não vou permitir que você fique assim por causa de homem, viu? — Clarisse me sacode pelos ombros, arrancando-me de meu torpor.

Quem ela pensava que era? Alex Turner de saias me mandando sair dessa?

— Você não entende! — suspiro — Não é tristeza: é humilhação! — respondo, falando pela primeira vez no dia. Até ali eu só fizera chorar — É muito humilhante ver um vídeo seu num site pornô!

Ficamos em silêncio após meu grito surtado, e eu cheguei até a pensar que ela havia entendido... Mas era com Clarisse que eu falava, não com Piper — que a essa altura havia escapulido para se encontrar com o amigo no shopping.

— Teve muitos acessos? — Clarisse solta, quebrando o silêncio e minha paciência

Sacré Bléu! — grito, enfiando a cara no travesseiro, desejando sumir.

Não bastava Luke ter abalado minha amizade com Thalia, agora tinha que acabar com minha dignidade...

— Se tiver muitos acessos, significa que você é gata, gostosa e poderosa. E, sendo minha irmã, você deve ser mesmo...

— Nem temos o mesmo DNA, Clarisse! — a interrompo, minha voz saindo abafada por ainda estar com a cara no travesseiro.

— O ambiente interfere muito no código genético, e você conviveu no mesmo ambiente que eu, então devemos ter algo em comum... Às vezes até ajo como uma patricinha.

Confesso que essa última me fez rir. Clarisse é poderosa, mas não do tipo de pessoa que precisa de um salto 15 para isso: um simples olhar seu e a coisa muda de figura.

— O que quero dizer, Silena, é que você não pode deixar esse energúmeno te abalar de novo. Ele é quem deve ficar preso, não você. Portanto, você vai, agora mesmo, se arrumar para encontrar aquele professor gato. E ai de você se chegar em casa me dizendo que o encontro foi “legal”: quero detalhes sórdidos! — e com essa declaração de Clarisse, encontro forças para me levantar.

— Espere um minuto, Clari! — digo, quando a vejo saindo.

— Já disse que odeio esse apelidinho tosco! — ela revira os olhos — O que tu quer, Silly?

Deixei passar o fato d’ela me chamar de boba ao usar meu apelido

— Por que não foi ao almoço na casa dos Grace? — isso era bem mais importante do que discutir apelidos — Nem adianta dizer que estava ajudando Ares, porque esse acordou cuspindo marimbondos, dizendo que sua “filhinha não estava em casa”

— Saí mais cedo... — ela começa

— Ele me acordou as seis para perguntar sobre você... — estreito meus olhos, pegando-a na mentira.

— Tudo bem: eu dormi no Frank.

— Não envolva o pobre coitado do seu irmão nisso! Sabemos que o menino está tão ocupado cuidando da avó adoentada, que nem a namorada o tem visto.

Clarisse estava nervosa: ninguém nunca desconfiava dela ou a refutava. Ninguém, exceto eu.

— Ok! Eu estava por aí, com um velho conhecido. — ela admite num suspiro.

— Que conhecido? Fazendo o quê?

— A única que tem direito a exigir detalhes sórdidos sou eu — ela assume uma postura defensiva.

— Diga logo para quem você deu! — reviro os olhos, sem paciência para subterfúgios.

— Não digo, nem Chris me torture! — ela responde, e sai do quarto, apressada.

— Vou descobrir quem é esse tal de Chris, e você sabe disso! — grito para ela.

— Se fizer algo útil com Charles nesse meio tempo, nem vou me incomodar com isso! — ela grita de volta.

Mas a simples menção do nome de Charles me faz entristecer um pouco: eu não merecia alguém como ele. Por mais que o quisesse.

P. O. V Autora:

Era um horror ter que depender do irmão mais novo para chegar à um encontro, mas não havia muita coisa que Charles pudesse fazer enquanto seu carro estava na oficina. Claro, ele podia pegar um táxi, mas motos eram bem mais úteis e eficientes no trânsito de Manhattan.

— Valeu, mano! Obrigado por me poupar um atraso!

— Sem problemas, Charlie! — Leo sorri — Mas você bem que podia ajudar ao FBV... — ele comenta inocentemente.

— FBV? — Charles faz a pergunta que não deveria ter feito.

— Fundo de Benefícios do Valdelícia! Ou, como os meros mortais chamam, minha poupança. — o caçula responde, sorrindo abertamente.

— Você merece é um chute na poupança, isso sim! — embora revirasse os olhos, Charles sorriu ao passar uma nota de 50 dólares ao irmão. Leo poderia envelhecer, mas sempre seria o elfinho do Papai Noel.

— Ligue-me se precisar de carona para casa. — e Leo se afasta, tão feliz quanto crianças em dia de Halloween.

Por mais clichê que fosse, Charles estava prestes a se encontrar com Silena para irem ao cinema. Se fosse qualquer outra garota, ele arranjaria um modo de negar, mas quando o assunto era a modelo... Ela o tinha de joelhos com apenas um olhar, e ele sequer reclamaria sobre os caprichos dela.

Conheciam-se há pouco tempo, e mesmo assim ele faria tudo por ela. Confeccionaria mil anéis de diamantes para ela. Qualquer coisa para tirar o olhar triste que estampava aquele rosto delicado.

— O que aconteceu? — pergunta, docemente — Por que está tão triste?

— Nada! — ela pigarreia — Não aconteceu nadinha.

Ela mentia, ele sabia. Mas não a pressionaria: deixaria que ela lhe contasse quando quisesse.

— E como foi ontem? Você e sua amiga Thalia fizeram as pazes?

Ela murmura afirmativamente, e eles se prendem ao filme. Ou tentam, pelo menos.

— Eu estou indo contra meus próprios princípios, mas Silena, o que você está escondendo? Você sabe que pode me contar qualquer coisa. — ele diz, exasperado

— Você me odiaria se eu contasse! — ele quase riu da impossibilidade de tal ato.

— Nada no mundo me faria odiá-la, Silena!

E essa foi a gota d’água. As lágrimas, que Silena tão bravamente lutou para conter, voltaram a correr pela pele de porcelana. E a verdade cavou seu caminha garganta a cima, soluço após soluço. E ele não a odiou. Não sentiu pena. Apenas a ajudou a sair da sala escura do cinema.

— Ei, olhe para mim. — ele pede, segurando-lhe o rosto como se segurasse a mais exótica das flores — Silena, eu...

Mas não havia palavras a serem ditas; não por ele que nunca fora bom com elas. Era um homem de ações, e foi agindo que a acalmou: com um beijo leve como uma pluma, e carregada de sentimentos como uma partícula é carregada de elétrons.

— Charles...

— Shiu, não fala nada, ok? Saiba apenas que é maior que tudo isso, e que nada vai me fazer odiá-la.

P. O. V Jason:

O mundo desabava ao meu redor e, enquanto eu assistia horrorizado, as rachaduras aumentarem, me obrigava a remendá-las e focar em outra coisa: como universitário, eu não tinha direito de me preocupar com nada, exceto o número exorbitante de trabalhos e projetos.

— Nosso trio é o mais impossível de todos: uma estagiária amedrontada, um franco-canadense bancando o enfermeiro da avó, e um filhinho de papai cheio de problemas em casa. — Reyna resmunga, tentando conter um bocejo.

Ela havia me contado sobre o incidente em seu estágio — o que me deixou, claramente, nervoso —, e me contou sobre como Leo a ajudou — o que me fez torcer por eles e pedir pra ser o padrinho... Nem preciso dizer que ganhei uns tapas por isso...

— Alguma notícia sobre a avó do Frank? — pergunto, mergulhando uma batata-frita no ketchup

— Na mesma... Mas a Sra. Z é dura na queda: tenho certeza que ela vai ficar bem... O Frank, e a gente, no entanto...

Maldito trabalho de Gestão Mercadológica. Maldita hora que dividiram o grupo e meu trio ficou responsável pela produção.

— Odeio essa faculdade. Odeio meu pai ter uma empresa. Odeio meus irmãos mais velhos não quererem administrar a empresa. Fala sério: por que eu preciso dessa aula? — pergunto, deixando o desespero transparecer.

— Porque você precisa aprender a lidar com o mercado. E sim, eu concordo com o que pensa: esse trabalho é chato e estressante, e o aluguel de lojas no shopping é um absurdo, considerando o nosso “capital inicial”, mas vamos dar a volta por cima! Somos a Equipe Júpiter!

Equipe Júpiter: cada grupo recebeu um nome específico, que deveria fazer parte do nome da empresa — fosse a razão social, fosse o nome fantasia —, e nós calhamos de ser a Júpiter, o que, estranhamente, animou Reyna.

E ela estava lá, estranhamente animada, tagarelando sobre tudo — desde o trabalho até sobre seus filhotes de cachorro —, quando teve os olhos cobertos por mãos ligadas a um cara que eu conhecia.

Leo piscou para mim, ao mesmo tempo em que Piper se sentou ao meu lado.

— Mãos finas, porém com calos nos indicadores; pulsos finíssimos, relógio grande demais... Hum... Não sei... Acho que é um cara desajustado mentalmente, que se acha gostoso pra dedéu e que se chama Leo! — Reyna murmura, levando um sorriso aos lábios de Leo, que se inclina para beijá-la.

Sinto vontade de correr e marcar a data do casamento deles.

— O que falar desses casais que estão juntos há pouco tempo, mas que eu já quero ver casando? — murmuro para Piper, na tentativa de fazê-la rir.

Mas tal coisa não acontece: ela não ri, ela não faz nada, apenas encara o vazio. Certamente se lembrando do almoço, como Silena estava abalada, e eu a entendia: também era muito apegado à minha irmã mais velha, e ver Thalia triste me deixava destruído.

A risada de Reyna — eu podia apostar que Leo havia acabado de contar sua melhor piada — me desperta, assim como a Piper.

— Eita que esses dois estão mesmo em Júpiter! — Reyna ri, e eu nunca a tinha visto rir tanto — Por que estão quietos?

— Por que eles não são supremos como nós, ¡cariño! — Leo nos faz rir, piscando para nós.

— Ah, bem... Estou só...

— Com raiva! — grito, interrompendo Piper, quando uma idéia genial surge em minha mente

— Raiva? — três pares de olhos me encaram.

— É, raiva! Porque ela não consegue olhar para mim sem esquecer o terrível jantar de dezembro ou o almoço de hoje! — respondo, tentando chamar a atenção do casal de hispânicos.

Felizmente, consegui.

— Bem-vinda ao grupo, Pips! Ser amigo de um Grace dá nisso! — Reyna a tranqüiliza, assentindo de olhos fechados como se disse “eu sinto sua dor, companheira”

— Eu que o diga, Rey! Sofro com isso há 15 anos ou mais... — Leo suspira dramaticamente.

Eu amava aqueles dois. E ia dar um jeito de se casarem. Eles pareciam se comunicar mentalmente e saberem o que eu precisava para o momento... Porque, eu podia ser irmão de Apolo — o Don Juan da cidade... Ou pelo menos ele costuma ser — e irmão de Thalia — a dona do jogo, e de tudo que ela pusesse os olhos —, mas eu não tinha nada de meus irmãos. Não havia uma célula mulherenga em meu corpo, muito menos uma célula orgulhosa que me impelisse em alguns planos arriscados.

— Acho que Jay deveria levar a Piper para sair, não acha, Leo? — Reyna comenta, me avaliando criticamente.

— Eu não apenas acho, como tenho certeza absoluta! — Leo assente, como se estivesse concordando com a declaração de independência.

Virei para Piper, sorrindo. Ela parecia um pouco nervosa e chocada com a recente mudança na conversa, mas eu não podia parar agora.

— Então, o que me diz de amanhã à noite?

P. O. V Autora:

Naquela noite, enquanto Jason levava Piper para casa e prometia passar ali na noite seguinte, Silena e Charles mergulhavam em uma espiral de carinho, Leo e Reyna continuavam a rir de pequenas coisas e muitos outros se perguntavam sobre os limites entre amizade e amor, o coração de alguém batia descompassado.

Apesar de não ter se identificado para a polícia, sabia que seria descoberta — o bilhete e a mensagem que recebera eram provas disso —, por isso acho que seria prudente ficar em casa. No entanto, nem ali se sentia segura.

Seu marido lhe perguntara o que acontecia, mas ela não lhe contou — temia pela segurança dele, do filho e dos enteados. Disse apenas que estava nervosa e foi à cozinha, preparar um chá.

De fato chegou até a cozinha, porém uma queimação, que segui um estampido alto, a impediu de preparar a bebida calmante, derrubando-a no chão, deixando-a atordoada. Tentou levantar, mas notou ser impossível, e ficou ali, no chão, sentindo o impacto de outro tiro, ouvindo o som de uma briga e um ofegar. Ela podia jura que era seu fim, quando sentiu mãos firmes em sua cabeça, puxando-a para seu colo.

— Não se atreva a morrer, Esperanza Valdez! — e a voz de Hefesto é a última coisa que ela escuta, antes de ser levada pela escuridão.


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Notas finais do capítulo

Não me matem :v Tenho certeza de que vocês gostarão do que acontecerá a partir daqui!
Espero que tenham gostado do capítulo!! Mas me contem pelos reviews, ok?!
Beijoos!!