Worse Than Nicotine escrita por Dama do Poente


Capítulo 2
Drunk


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi pessoas! Fiquei muito feliz pelos recadinhos que me deixaram :3
Espero que gostem desse aqui.
Ah, e aqui está a apresentação dos personagens! http://pseudosparadoxos.blogspot.com.br/2014/04/worse-than-nicotine.html



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P. O. V Nico:

Eu devo ser o pior irmão mais velho do mundo! “Por que, Nico?” Você deve estar se perguntando, certo?

Bem, a resposta é simples: porque enquanto eu me pegava com a rainha do superficial, ou fumava, ou bebia, ou jogava com meus amigos, eu me esqueci da minha irmã mais nova, que estava jogada no sofá quando eu cheguei.

— Se eu morresse, a culpa seria totalmente sua! — Hazel murmurou, com a voz congestionada por causa da gripe — Você se esqueceu de mim, não é?

Pensa rápido, Nico, pensa rápido! Uma boa desculpa para sua irmã não te matar.

— Eu encontrei velhos amigos, e perdi a hora conversando! — boa desculpa, garoto, agora só falta ela acreditar.

— Ah, sim! Interessante modo de conversar! — ela pegou o celular e me mostrou um vídeo.

Que você acerta se falar que é uma versão em HD do desafio de Thalia.

— Tá, desculpa, eu esqueci que minha irmã mais nova está doente, esqueci que tinha que vir pra casa cedo. Mas a culpa foi dela! — apontei para a garota que me beijava no vídeo.

— Tanto faz, Nico! Tudo o que eu menos quero é discutir, então depois eu brigo com você! — ela espirra — Agora, seja um bom irmão, e faça algo útil.

— Bem que eu gostaria, mas to tão mal quanto você e...

— Não se atreva se jogar nesse sofá, usando está roupa molhada! — ela recupera suas forças por tempo o suficiente para me fazer levantar do sofá.

— Desculpe! E não grite: só vai piorar a sua garganta! — passei por ela, e lhe dei um beijo na testa — Espera um pouco aí!

— Quê? — ela pergunta, mais concentrada no celular do que em minha pessoa.

— Quem te enviou esse vídeo?

— Frank! — ah, claro, tinha que ser.

Apesar de ser três anos mais velho que minha irmãzinha, Frank não perdia a oportunidade de dar em cima de Hazel sempre que podia! E ela também não o impedia. Isso em nada me alegrava.

— Não gosto nada da amizade de vocês dois... — murmurei enciumado.

— Deixe de bancar o irmão ciumento! Bianca se mudou daqui por causa disso! — e ela estava certa.

Até cinco meses atrás moravam três pessoas naquele apartamento: Bianca, minha irmã mais velha, eu, e Hazel, minha meia-irmã mais nova. Bianca e eu éramos filhos do primeiro casamento de nosso pai, e Hazel do segundo. Vivíamos muito bem com nosso pai e nossa madrasta ― a minha segunda madrasta, e a primeira de Haz ― até que a mãe dela foi morar conosco. Deméter irritou tanto a nós, que fizemos uma reunião de irmãos e imploramos para morarmos sozinhos.

Conseguimos isso e estávamos nessa há dois anos, até que Bia começou a namorar. E, não me levem à mal, mas eu estava apenas seguindo meu instinto ao dizer que aquele cara não presta; mas ela não me ouviu e ainda não me ouve. E desde então, ela se mudou para a casa dele.

— Eu não vou falar mais nada, faz o que você quiser! — suspirei — Agora, vai pro seu quarto, tente dormir e qualquer coisa me chame, ok?

— Ok! — ela dá de ombros e se levanta do sofá. Eu a sigo, levando suas coisas e sua coberta. — Nico?

— Hum?

— Não se preocupe sobre o Frank: nós dois sabemos que ele é boa pessoa! — e ela estava certa, porém meu instinto de irmão mais velho sempre falava mais alto.

Contudo era hora de sufocá-lo um pouco, e ser apenas um irmão legal e compreensivo.

— É, ele é sim! — sorri para ela, sendo sincero — Vá para seu quarto, daqui a pouco passo lá para ver como você ta! — não esperei uma resposta e já fui entrando no meu quarto.

Parei no closet, peguei uma toalha e uma calça de moletom, e segui para o banheiro. Só água fria para tirar o excesso de tudo no meu sistema: álcool, nicotina, Thalia...

Eu a havia visto por 20 minutos e já estava completamente maluco. Que espécie de magia é essa?! Era algo que supermodelos punks tinham?

— Concentre-se em cuidar da sua irmãzinha, Nico! — me censurei ao vestir a calça. — É a única coisa que importa! A supermodelo punk é um mero detalhe! — sim, eu estava auto-aconselhando, e não tem problema algum nisso.

E, como prometido e auto- aconselhado, fui até o quarto de Hazel assim que saí do banheiro. Ela estava deitada, toda encolhida no escuro. Somente as luzes de Nova York iluminavam aquele lugar

— Virou vampira e esqueceu-se de me avisar? — acendo a luz do quarto ao entrar.  

— A luz estava me dando dor de cabeça! — ela tossiu de novo, tampando o rosto com o lençol.

— Hazel, você tomou os remédios? — perguntei só por perguntar, eu sabia que a resposta seria negativa, como foi — Hazel, você não é mais criança que precisamos correr atrás para tomar remédio! — fui até a cabeceira da cama e chequei sua temperatura ao encostar minha mão em sua testa. — Meus deuses, você está ardendo em febre!

— Não, eu to bem! — ela disse, num suspiro fraco.

— Não, não está! — abri seu armário, e escolhi uma roupa quente qualquer. — Veste isso, vou me trocar e te levar ao hospital.

— Nico, isso nem combina com... — como ela consegue pensar em moda numa hora dessas?

— Só veste alguma coisa! — eu disse, voltando pro quarto e trocando de roupa.

Aquela noite, claramente, estava longe de terminar.

P. O. V Jason:

Claro que fiquei feliz quando soube que minha irmã estava voltando para Nova York, claro que fiquei mais feliz ainda quando ela me pediu para ir à festa. Só fiquei decepcionado por ela ter ficado bêbada e ter agarrado meu amigo. Porque, até onde eu sabia, ela tinha um namorado.

Se bem que, há muito tempo que eu não sabia mais nada sobre ela. Ninguém sabia.  

— Thalia o que deu em você? — perguntei, quando chegamos ao meu apartamento.

— Jason, eu já sou maior de idade: posso ficar chapada e dar pra quem eu quiser! — ela respondeu, e ia se jogar no sofá se eu não a impedisse.

— Mas precisava querer fazer isso na frente de todo mundo? E o que seu namorado vai pensar?

— Ele que pense o que quiser: ele não se preocupou comigo quando me traiu! — ela se soltou do aperto no meu braço e foi subindo a escada — Vou tomar um banho!

— Aquela é a tia Thalia? — Allie pergunta, surgindo da cozinha — Pensei que ela estivesse na Europa.

— E ela estava, mas... Allegra, o que faz aqui? — me virei para minha sobrinha adolescente. Dá pra acreditar: com 19 anos, eu tenho uma sobrinha de 12.

— Meu pai tinha um plantão, então ele me deixou com a Artie. Mas eu vi você chegando e falei que ia subir assim ela poderia descansar melhor. — ela explicou — Algum problema, tio Jay?

— Não, Allie, claro que não! — respondi e sorri — É só que sua tia ta meio bêbada e... — fomos interrompidos pelo som de algo caindo. — Thalia! — subi correndo e segui na direção do meu quarto, onde a luz estava acesa.

A luz do banheiro também estava acesa, e foi ali que encontrei Thalia caída, entre a pia e a banheira.

— Thalia, consegue me ouvir? — a chamei, e ao meu lado Allie já ligava para uma ambulância.

— Huum, Jason, seu banheiro é tãooo branco! — Thalia murmurou visivelmente alterada — Me deixa levantar, e achar um banheiro menos claro!

— Você não pode levantar! Bateu com a cabeça, e tem que ficar onde está até a ambulância chegar! — eu a mantive no chão.

— Allegra, você está tão bonita! — Thalia falou meio abobalhada — Já pensou em ser modelo?

— Eu sou, tia, mas só para as peças que você desenha, esqueceu? — Allie pergunta — Papai jamais deixaria que eu fosse para longe de casa.

— Ah, não vá mesmo! É um caminho traiçoeiro, muitos tentam te enganar, muitos ganham seu coração e o jogam fora como se fossem migalhas de pão! É uma vida muito ingrata! — e, para nossa surpresa, Thalia começa a chorar.

— Vai ficar tudo bem, maninha! — eu disse, porque pareceu ser a coisa certa a se dizer.

— Jason, não use frases prontas! — e essa era Thalia: mesmo bêbada e depois ter batido a cabeça, ainda seria mandona e racional.

— Tá bem! Não vai ficar tudo bem, mas podemos tentar! — reformulo, e ela parece ponderar. Eu até teria tentado falar outra coisa, mas naquele instante a ambulância chegou, e Allie foi abrir a porta.

— Não queria que ela me visse neste estado! — Thalia murmura quando estamos sozinhos.

— Allegra é uma menina forte! Ela suporta todas as brincadeiras sobre o seu nome, e ainda dá um tapa metafórico na cara de cada um que a zoa! — respondi.

— É, mas eu sou a heroína dela. Uma das mulheres que a criou como mãe! Não quero que ela passe o que eu passei! — e ela se referia à nossa mãe, que bebia mais que tudo.

— Ela não vai! Você sabe que Apolo é super protetor e ele sempre cuidou muito bem da Allie! — e era verdade: mesmo tendo apenas 18 anos e sendo pai solteiro, já que a mãe de Allie morreu durante o parto, Apolo sempre cuidou muito bem de Allie. Melhor do que nossos pais cuidaram de nós.

— Ela está aqui! — escutamos a voz de Allie.

Os paramédicos entram no banheiro, e eu dou espaço para eles. Observei em silêncio, enquanto eles colocavam minha irmã cuidadosamente na maca.

— Allie, volte para... — eu ia mandá-la voltar para a casa de Ártemis, mas há essa hora ela já estaria dormindo — Seu pai vai me matar quando chegarmos ao hospital.

— E vai mandar fazer um check-up em mim, mas, vamos!

— Alguém tem que ir com ela na ambulância! — um dos paramédicos informa.

— Allie, você vai com ela, e eu vou dirigindo, ok? — pergunto, e ela concorda.

Eu não queria nem ver a cara de Apolo ao ver a confusão que o esperava.

P. O. V Nico:

Hazel estava sendo atendida, e eu estava acabando de falar com Bianca ao telefone, quando algo inesperado aconteceu. Quando o carma me surpreendeu mais uma vez, e eu quase comecei a acreditar na cartomante da feirinha.

— Com licença, com licença, possível vitima de concussão! — os paramédicos gritavam.

— DOUTOR GRACE, POR FAVOR, COMPAREÇA À... — e eu parei de prestar atenção, quando um loiro apareceu como um louco no corredor.

Seus cabelos compridos estavam agitados, e por pouco ele não pareceria com uma versão mais jovem de Albert Einstein, enquanto sussurrava rispidamente para duas pessoas cujos rostos eu não conseguia ver.

— Allegra, ta tudo bem? Cadê a Ártemis? Jason o que ta fazendo aqui? Meus deuses, o que aconteceu com a Thalia?

— To bem, tia Artie ta na casa dela, tio Jay veio porque tia Lia estava bêbada e caiu no banheiro! — a menina explicou, e eu imediatamente a reconheci.

— O que você ta fazendo com eles? — o médico pergunta, olhando seriamente para a criatura fofa que era sua filha.  

— Já que meus tios estavam em casa, achei mais vantajoso ir pra lá do que incomodar a Tia Artie! — a menina respondeu.  

— Apolo, você não deveria estar atendendo? — Jason desconversa.

— Ai, merda! Mocinha, vamos ter uma séria conversa quando eu voltar pra casa! — e Apolo volta a correr pelo corredor do hospital.

— Também amo você, papai! — a menina devolve, e se vira para Jason — Tio Jay?

— Hum?

— A tia Lia! — a menina o lembrou, e não pude conter um sorriso mediante aquilo.

— É mesmo! — e ele caminhou em direção ao balcão da recepção, onde eu estava encostado, vendo tudo. — Nico? O que você ta fazendo aqui?

— Hazel ta doente! Sua febre aumentou então eu vim trazê-la! — respondi calmamente.

— E você ta assim, calmo desse jeito? — a moreninha pergunta, sempre soando racional demais para sua pouca idade.  

Allegra Grace era sem dúvida a pessoa mais fofa e inteligente de Nova York. Ela estuda na mesma escola que Hazel, porém em uma série diferente. Recentemente se tornara minha aluna de italiano, mas eu a conhecia desde que era um bebê de um ano: era sobrinha de Thalia, e mal sabia que fora por ela que eu conhecera sua tia e o significado do termo confusão.

— Se eu me estressar, ela vai ficar mais estressada ainda! — esclareci, usando o típico tom de voz calmo com o qual sempre conversávamos. — E, eu espero, não é nada sério: ela está apenas...

— Nico di Angelo, se você tiver deixado nossa irmãzinha ficar doente com essa sua irresponsabilidade crescente e deprimente, você vai se arrepender de ter nascido! — e minha irmã mais velha chega me interrompendo, sem demonstrar calma alguma.

— Bom te ver também, Bianca! — murmurei.

— Gente, nós estamos num hospital! — a sobrinha de Jason nos lembra.

Bianca rapidamente recupera sua compostura, sorri para os Grace e me olha seriamente. O tipo de olhar que significava: conversa séria, agora. E eu nem tive tempo de me despedir de Jason e Allegra.

— Como ela está? — Bianca me puxa para as poltronas ali perto.

— Quando eu a trouxe, ela estava com febre! E espirrando muito! — respondi baixo.

— E você a deixou sozinha, para ir numa festa? O que você tem na cabeça?!

— Se estava tão preocupada com ela, por que não foi visitá-la? — retruco inconformado com a hipocrisia — Enfim, não te chamei para brigarmos. Eu to cansado de brigas, e precisamos cuidar da Hazel.

— Está certo, desculpe-me! — ela pigarreia.

E somos salvos do momento de silêncio constrangedor pela aparição do médico. Aquele que estava falando com Jason ainda há pouco. O pai de Alle... Enfim, vocês me entenderam: Apolo voltou, dessa vez muito mais calmo.

— Como ta a Thalia? — Jason pergunta.

— Eu ainda não sei! Eu vim falar sobre Hazel Levesque!

— O que ela tem? — Bianca agarra meu braço, e provavelmente o fura com suas unhas.

Como ela consegue trabalhar com isso?! Como ela consegue fazer qualquer coisa com aquelas garras?

— Nada demais! Ela está bem, é apenas uma gripe comum, que já teria passado se ela tivesse tomado os remédios certos! — o médico informa — Vocês compraram os remédios certos?

— Comprei os remédios que o médico tinha passado, agora, saber se ela tomou é outra coisa! — informo.

— Compreendo! — ele olha na ficha — Demos um medicamento para abaixar a febre, e ela vai ser liberada assim que a temperatura estabilizar. Mas, se quiserem, podem ir vê-la; ela está no quarto 221B!

E sem mais delongas, ou antes que eu pudesse notar a ironia no número indicado, Bianca me puxa em direção ao quarto de Hazel.

P. O. V Jason:

— Estou na minha pausa, mas tenho poucos minutos, por tanto se virem e me expliquem o que está acontecendo! — Apolo exige, assim que chegamos ao seu consultório.

— Thalia chegou hoje de tarde no meu apartamento, no momento em que eu me arrumava para ir ao aniversário de Connor. Ela disse que iria comigo, eu só teria que esperar um pouco. Ela se arrumou e nós fomos; chegando lá, não sei por que, ela começou a beber como nunca na vida e estava mais alta do que o normal. Caiu na piscina, se recuperou, ficou com o Nico...

— Quem é Nico? — Apolo pergunta.

Era incrível como ele convivia com Nico há anos, mas sempre se esquecia que esse era o nome do italiano. Talvez fosse o costume de chamá-lo de Menino Angelo, ou pelo fato de ter tanta coisa em sua cabeça, porém uma parte de mim achava que ele fazia isso de propósito apenas para importunar Thalia e o próprio Nico.

— Aquele cara que estava na recepção... Irmão da Levesque! Melhor amigo da Thalia, amigo meu...

— E meu professor de italiano! — Allegra continua, revelando-me esta novidade: cada dia que se passava, di Angelo era mais parte da minha família do que antes.

— Continuando, ela ficou com ele, e depois resolveu ir embora. Eu, como bom irmão que sou, dirigi; até porque, não queria que nada de ruim acontecesse. Mas, quando cheguei em casa, me distraí com a Allie, e esqueci da Thalia no banheiro, e bem, ela caiu e agora estamos aqui.

— Por que vocês crescem e se rebelam, por quê? — Apolo perguntou, passando as mãos pela juba que ele chama de cabelo.

— Falou o ser que teve filho aos 18 anos... — murmurei.

— Eu nunca deixei minhas responsabilidades de lado, e nunca saí por aí, bebendo a doidado! Mas, enfim, esqueçam, vamos descobrir o que houve com a...

— Cara, eu tinha esquecido que você era tão chato! — se disserem que foi Thalia quem entrou, vocês acertam.

— Mas o que você ta fazendo aqui? — parecia que Apolo teria um colapso.

— Allegra Grace, da próxima vez que um de seus tios desmaiarem, volte instantaneamente para meu apartamento, onde sei que estará segura! — Ártemis entra no consultório também.

— Primeiro: Thalia, o que você ta fazendo aqui? Segundo: Artie, Allie, recepção, por favor! — e imediatamente as duas últimas o obedecem, e posso ouvir Ártemis brigar com Allegra pelo corredor. — Comece a falar, moça.

— Viram que eu era sua irmã, fizeram os exames o mais rápido possível e quando viram que não tinha nada, me liberaram. — e Thalia mente descaradamente.

— E eu estou te internando! — Apolo responde no mesmo tom — Agora que voltou, vamos ver se consigo por um pingo de juízo na sua cabeça! — e levanta, pegando Thalia no colo, deixando uma última ordem para mim: — Você, casa! E leve minha filha com você e acalme minha amiga!

E depois desse tenro momento em família, eu realmente esperava que Allegra se salvasse da maldição da família Grace, e não ficasse como Thalia!

P. O. V Nico:

— Fico feliz em ver os dois juntos de novo! — Hazel diz.  

— Poupe a voz, maninha! — Bia a repreende.

— Tinha me esquecido que vocês podem ser super protetores quando querem! — Hazel resmunga — Mas, enfim, acho que vou ficar doente mais vezes: é o único de ver os dois juntos nesses últimos tempos. — e isso pesou muito na consciência.

Antes da minha crise de irmão ciumento e da mudança de Bianca, costumávamos ser bem unidos; e conseqüentemente eu me estressava menos. Mas, hoje em dia, eu parecia uma bomba relógio, que só se acalmava depois de uns três cigarros.

— Vamos dar um jeito nisso! — prometi, olhando para Bianca.

— É! Não iremos chegar àquele ponto! — ela aponta com o queixo, e eu quase não acredito no que vejo.

— Você é o pior irmão mais velho que alguém já teve! — Thalia gritava a plenos pulmões.

— Se sou o pior irmão mais velho, só porque quero te internar depois de você ter tido uma concussão, então sim, eu sou! — o doutor Grace responde.

— Você... Nico! — sabe-se lá como, ela pula dos braços do irmão, e corre até mim. — A culpa é sua?

— Minha? — do que essa maluca ta falando?!

— Sua! Se não tivesse me embriagado com sua presença, eu provavelmente não estaria aqui!

— Converse quando estiver sóbria! — o irmão a tira de lá, antes que a situação se torne mais constrangedora.

— Embriagada com sua presença? — minhas irmãs perguntam, com sorrisinhos maliciosos estampados em seus rostos.

— Vou. Ali. Fumar! — não as esperei, e saí. Andei até a esquina, onde meu carro estava estacionado.

Acendi um cigarro, e dei uma tragada longa, achando que aquilo aliviaria minha mente de todos os estresses da noite, mas foi bem ao contrário. O cigarro apenas me fez lembrar morangos e tequila, o sabor exato dos lábios de Thalia naquela noite.

 


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Notas finais do capítulo

E então?? Gostaram do cap? E da apresentação dos personagens??
Beijos!!