Segunda Chance escrita por Sophie Valdez


Capítulo 9
Cicatriz e conversas


Notas iniciais do capítulo

Oi lindos leitores!
Obrigada por lerem e fic e obrigada para quem comenta! Adooro o comentários de vcs!

Demorei para postar porque fiquei meio bloqueada com a história, espero que gostem apesar de ser um caps meio chatinho, e prometo que o proximo será melhor!

Beijos e boa leitura!



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Harry encarava o casal a sua frente com certo receio. Ele havia adiado a conversa sobre a cicatriz alegando que precisava tomar banho e tomar café, e conseguiu adiar mais ainda quando a Sra. Weasley ficou sabendo da pequena e inocente aventura deles a noite, a senhora quase, pois o casarão a baixo, seus gritos competiam com o quadro da Sra. Black e os meninos Weasleys ficaram de castigo e com as orelhas vermelhas.

Mas agora nada mais impedia e ali estavam, só os três, em uma das salas do Largo Grimmauld enquanto os outros se ocupavam com a limpeza dos cômodos do fim do corredor. O menino conseguia ver que seus pais estavam ansiosos em saber sobre aquilo, principalmente por ter flagrado ele no meio de um dos pesadelos, que estavam se tornando mais intensos e freqüentes. Mas apesar de gostar da sensação de ter pessoas tão preocupadas com ele, Harry não gostava de deixá-los dessa forma. Não queria criar mais problemas para os dois.

_ Então... – Lily começou quebrando o silencio e tentando parecer calma, mas ela não estava calma, na verdade longe disso, ela estava muito nervosa. – Como é isso com a cicatriz? Você sabe porque ela dói? Sirius e Remo disseram que você tem visões... que visões? É muito doloroso? Não há nada para parar isso?

_ Lily se acalme! Você está me deixando tonto! – James diz segurando o braço da mulher.

_ Eu estou preocupada! – Lily exclama olhando para o marido.

_ Eu também! Mas esse desespero não vai ajudar em nada! – ele retruca afroxando o aperto no braço e lhe acariciando, e aos poucos a ruiva começa a se controlar.

_ Me desculpe Harry. – ela diz olhando pro menino que acena com a cabeça, sem achar que ela precisasse se desculpar. Lily respira fundo mais uma vez antes de lançar um sorriso tremulo pro filho e encarar o marido. – Desde quando você é o sensato James?

_ Sempre. – James diz se fingindo ofendido e a abraçando apertado. – Aprenda Harry, sua mãe parece ser uma mulher gentil e doce, mas é a ruiva mais esquentada e explosiva que eu já conheci!

_ E eu posso saber quantas ruivas o senhor conheceu? – Lily diz em um tom brincalhão enquanto Harry não consegue parar de rir.

_ Muitas, mas nenhuma chega aos seus pés. – James diz roubando um beijo dela e a fazendo bufar.

_ Muitas... muitas... – ela murmura. – Aprenda Harry... – continua imitando o marido. - ...seu pai já foi um dos maiores galinhas que o mundo já viu! Não seja como ele!

_ Ok. – Harry responde sorrindo para a cara indignada do pai.

_ Tudo bem, agora vamos voltar ao assunto principal. – James diz se ajeitando no sofá. – A cicatriz. Nos conte tudo sobre ela.

_ Hm... Bem... Eu não... – Harry tenta começar, pensando por ONDE começar. – Quando eu era menor, ela nunca incomodou... Na verdade eu até gostava muito dela...

_ Porque você gostava de uma cicatriz? – Lily pergunta sem se conter.

_ Cicatrizes podem significar alguma coisa. São como lembranças, fotos... – James tenta explicar. – Como essa cicatriz que eu tenho no queixo. Foi quando eu caí em uma pegadinha do Sirius e no fim acabei caindo na cozinha e batendo na mesa. Sempre que eu olho para ela eu me lembro de nunca confiar no Sirius quando ele diz algo sobre comidas incríveis dando sopa por aí...

_ Vão se passar séculos e eu não vou entender esses dois. – Lily diz baixinho para o filho enquanto James reserva uns segundos para a nostalgia.

_ Eu gostava dela porque era ligada a uma das únicas coisas que eu sabia de vocês. – Harry conta dando de ombros. – Enfim, quando eu entrei em Hogwarts e descobri sobre quem eu era, foi aí que começou. Sentia ela doer e formigar as vezes, e só depois entendi que isso acontecia quando Voldemort estava por perto... Por causa de Quirrell.

_ O Duas caras. – James comenta.

_ Depois, sempre foi assim. – Harry continua. – Quando Voldemort estava perto minha cicatriz doía. É quase como um alerta... Mas ano passado as coisas mudaram um pouco.

_ O que? O que aconteceu? – Lily diz quando Harry faz uma pausa. – Fala logo menino, pare de suspense!

_ Eu tive um sonho. – Harry responde nervoso. – Sonhei com Voldemort, e ele falava com dois seguidores... Crouch Jr. e Pettigrew. – James aperta o punho com força sentindo o estomago revirar ao ouvir sobre o ex-amigo vira casaca. – Eles planejavam uma coisa... que envolvia minha morte.

_ Absurdo! – Lily exclama sem se conter e logo faz sinal pro filho continuar.

_ No fim, eu descobri que aquele sonho realmente aconteceu. – Harry diz. – Eles realmente tiveram aquela conversa... eu meio que tive uma visão dela. E quando isso ocorreu minha cicatriz também doeu. Dumbledore diz que isso é porque eu tenho uma ligação com Voldemort, depois do que houve... do que houve... naquela noite.

Lily e James assentiram entendendo o que o menino quis dizer.

_ O diretor me contou que algo aconteceu, e que de certa forma Voldemort tranferiu algumas habilidades para mim. – Harry diz abaixando o rosto, agora extremamente envergonhado. – Como a oflidiogosia...

_ Mas...mas isso é errado! – Lily diz mexendo no sofá como se controlasse para não se levantar. – Você não pode ter isso Harry! Essas visões ou seja lá o que forem... Fazem mal a você!

_ Não... Quer dizer, incomoda um pouco... – Harry diz coçando a nuca. – Mas eu já me acostumei a ter esse “alerta de perigo”.

_Harry, falar com cobras é algo que você pode se acostumar. – James diz pausadamente. – Mas ter visões com Voldemort não!

_ Nós vimos você hoje cedo. Isso faz mal a você! – Lily repete com urgência e segura carinhosamente os ombros do filho. – Não pode... Não é certo! Eu não quero que você tenha isso Harry!

_ Está tudo bem, não precisam ficar tão preocupados. – Harry diz colocando a mão sobre a da mãe.

_ Harry, somos seus pais. – James diz conseguindo soltar uma risada curta. – É obvio que vamos nos preocupar!

_ Dumbledore devia fazer alguma coisa! – Lily continua alternando os olhares entre os dois. – Ele...ele pode fe-fechar sua mente, ou bloquear os sonhos... Eu vi você hoje cedo... eu...

_ Não é todo dia. – Harry diz tentando tranqüilizá-la. – Na maioria das vezes eu tenho sonhos comuns. Bom, não são bem... comuns... sabe, sempre são meio malucos... Mas são sonhos normais!

_ Entendo... – James diz suspirando e bagunçando os cabelos do filho. – Mas ouça Harry, sempre que algo acontecer, com sua cicatriz, sonhos... Qualquer coisa, nos conte.

_ Isso, pode nos chamar no meio da noite. – Lily diz abrindo um sorriso tremulo. – E se sentir dor, ou uma simples pontada...

_ Tudo bem, eu conto... Prometo. – Harry responde um tanto feliz com todo aquele carinho. Apesar de ter o cuidado dos Weasleys e de Sirius, AQUELE carinho era diferente.

O sorriso contido de Harry não passou despercebido por Lily, que suspirou pesadamente. Seu filho era tão bom, que não merecia tantos problemas. Ela se inclinou e o abraçou apertado, tentando se acalmar por ele. É claro que ele não se importava tanto, ele tinha 15 anos! Mas ela sabia que isso que estava acontecendo não era normal.

James tinha os mesmos pensamentos. Ele tentava pareceu calmo para não colocar preocupações na cabeça do filho, que já parecia bem cheia. O fato da cicatriz ser um alerta podia ter suas vantagens, mas nada justificava seu filho sentir dores e sofrimentos.

_ Nós vamos conversar com Dumbledore hoje. – James diz fazendo os outros se soltarem. – Vai ter uma reunião... certamente ele virá.

_ Eu não teria tanta esperança se fosse você. – Harry murmura carrancudo e Lily levanta a sobrancelha. – Ele não parece disposto a esclarecer duvidas, ou pelo menos as minhas...

_ Sei que Dumbledore deve ter uma razão para estar... Recluso. – Lily responde pensativa. – Provavelmente está tentando te poupar querido...

_ Eu não quero ser poupado! – Harry exclama ficando nervoso. – EU estava lá quando Voldemort voltou, EU que sempre luto com ele! Mereço ser pelo menos informado de uma coisa ou outra!

_ Primeiro, se acalme pequeno Potter. – James diz levantando o dedo indicador. – Segundo, todos sabemos que você já passou por muita coisa, mas você só tem 15 anos! Não precisa ficar cheio de preocupações e ficar pensando em Voldemort o tempo todo.

_ Dumbledore deve quer que você seja um adolescente normal. Ou o mais normal possível. – Lily completa.

_ Acontece que eu nunca fui muito normal. – Harry responde com um suspiro pesado e o casal Potter se entreolha dividindo preocupações.

_ Mas está na hora de ser. – James diz. – E eu vou te ajudar nisso. Para começar vamos ter uma conversa séria sobre garotas, quadribol e as vantagens de ter o mapa do maroto.

_ James, quando Harry nasceu eu deixei claro que você não ia estragar ele. – Lily retruca forçando uma expressão brava e abraçando os ombros do filho. – Harry não é como você. Ele é inteligente, doce, gentil, cavalheiro...

_ Eu sou isso também! – James exclama ofendido e olha pro filho. – Sua mãe é maluca.

_ Seu pai é um idiota.

_ É bom saber que vocês se amam tanto. – Harry exclama rindo e o clima melhora um pouco.

_ Eu vou fazer um lanche pro pessoal. Molly está muito sobrecarregada nessa casa. –Lily informa dando um beijo em cada um e indo para a cozinha.

_ Você gosta muito dela não é? – Harry indaga já sabendo a resposta ao ver o pai encarando a porta por onde a ruiva saiu.

_ Eu amo sua mãe demais. – James responde bagunçando os cabelos e se encostando no sofá. – Não sabe o desespero que eu senti quando Voldemort apareceu na nossa casa... Eu senti medo, muito medo por vocês.

Harry ficou em silencio, pensando no quanto seu pai devia estar sendo sincero, afinal ele parecia ser orgulhoso, tão orgulhoso quanto ele próprio.

_ No fim deu tudo certo. – Harry diz por fim. – Quer dizer... Agora.

_ Você não sabe o tanto de coisas que eu planejei fazer com você... Coisas que não dá mais. – James continua. – Mas vamos deixar isso pra lá, o que importa é que eu estou aqui com você, e nós vamos nos divertir.

_ Por falar nisso. – Harry diz colocando a mão no bolso e retirando um pergaminho dobrado e velho. – Acho que devia estar com saudades.

_ Ah, o mapa. – James diz de forma saudosa girando o pergaminho na mão. Harry sorriu ao ver o brilho maroto nos olhos do pai. – Não sabe como foi difícil fazer ele.

_ Eu ainda não consigo imaginar como vocês fizeram isso.

_ Simples, eu sou genial! – James exclama rindo. – E Sirius e Remo também nunca foram burros.

_ Uma vez eu me perguntei se minha mãe tinha algo a ver. – Harry comenta dando de ombros.

_ Sua mãe? Nunca! – James responde. – Ela era monitora-chefe, toda certinha, brava... E me odiava.

_ Minha mãe te odiava? – Harry repete confuso. – Mas porque?

_ Longa história campeão. – James diz evasivo. – O importante é que agora nos amamos... Mas agora vamos falar de você.

_ De mim?

_ Isso, sobre garotas! – James diz abrindo um sorriso. – E então? Você é um garanhão? Pega muitas gatinhas?

_ Hãm... Não, e não. – Harry responde fazendo uma careta. – Nunca tive muito tempo para...

_ Qual é Harry! Sempre há um tempo para garotas! – James retruca balançando os ombros do filho. – Ok, então pelo menos o senhor tem uma paixonite? É gamado em alguém?

_ Gamado? – Harry diz rindo. – Não... quer dizer... sim... Eu... eu posso go-gostar de uma menina...

_ Humm... Nome?

_ Cho Chang. – Harry diz rápido, corando bastante e abaixando a cabeça. James acena levemente segurando a decepção pelo filho não ser apaixonado por Gina. Ele ia adorar servir de cupido, mas agora não seria tão simples.

_ Pensei que talvez fosse Gina... –James solta sem conseguir ficar quieto.

_ Gina? – Harry pergunto se engasgando. – Não! Nós não... Ela era meio... Não, ela é irmã do Rony!

_ E daí?

_ E daí que não!

_ Ok, então vamos focar na Cho Chang. – James diz em desistência. – Como ela é?

_ Cabelos negros, lisos... ela é asiática. – Harry começa coçando a nuca. – Olhos negros, sorriso... um sorriso bonito... Ela é apanhadora da Corvinal.

_ Incrivel! E porque você não está com ela? – James pergunta confuso.

_ Lembra o cara que morreu meses atras? Cedrico? – Harry diz olhando para o pai de lado.

_ Diggory, claro... Conheci o pai dele.

_ Bem, Cho era namorada dele. – Harry explica suspirando e tentando não lembrar de Cedrico morrendo e de todo o resto.

_ Sempre um Diggory atrapalhando um Potter. – James murmura e Harry o olha confuso. – Amos já quis namorar sua mãe...

_ Eu nunca culpei Cedrico... Talvez um pouco... Ah, ele está morto!

_ E a menina está provavelmente carente e precisando de consolo... – James diz lentamente abrindo um sorriso. – Talvez você se dê bem esse ano!

_ Não vou me aproveitar dela!

_ Eu não disse isso! – James exclama rindo e logo Lily chama todo mundo para um lanche. Harry logo começa a conversar com Rony e Hermione em um canto mais afastado. Lily e James já haviam reparado que seu filho dividia sempre seus segredos com aqueles dois, e gostavam de ver que o filho tinha ótimos amigos.

_ Sobre o que conversaram quando eu saí? – Lily pergunta se sentando entre James e Sirius na mesa. James termina de comer seu sanduíche antes de responder.

_ Coisas de homem Lily. De pai e filho. – James diz.

_ E eu não posso saber?

_ Não.

_ Odeio você.

_ Mentira, você me ama. – James diz a puxando pela cintura e lhe dando um beijo demorado.

_ Ei, tem crianças aqui! – Sirius diz e só então o casal se solta, encontrando o amigo tampando os olhos de Harry entortando seus óculos, enquanto o menino ria.

_ Só se a criança for você Sirius, todo mundo aqui tem idade suficiente para ver um beijo. – Gina diz surpreendendo todo mundo.

_ Você já beijou alguém Gina? – Jorge pergunta incrivelmente sério.

_ Talvez, porque quer saber? – Gina responde ficando vermelha com a atenção.

_ Somo seus irmãos! – Fred retruca ficando ao lado do irmão. – Você já beijou? Quem foi o desgraçado?

_ Não vou contar. – Gina diz firmemente.

_ Pensei que gostasse do Harry! Porque beijou outro se gosta do Harry? – Rony diz levando um tapa de Hermione em seguida. Gina se levanta revirando os olhos e sobe para o quarto enquanto Harry parece ligeiramente interessado em um guardanapo.

_ Parem de encher a irmã de vocês se não quiserem que eu aumente o castigo de vocês. – Molly diz severamente para os filhos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Comentem e deem sugestões!
No proximo teremos audiencia no ministério, Dumbledore e talvez Snaaape.... kkkk

Beeijos!