Segunda Chance escrita por Sophie Valdez


Capítulo 5
Vou estar ao seu lado.


Notas iniciais do capítulo

OI meus lindos!

Obrigada pelos muitos reviews, até cansei respondendo kkkkkk

Espero que gostem do caps, é tanto para falar que as vezes eu me embolo!
Ps. : Título horrivel, eu sei, soooorry!

Boa leitura.



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James e Lily fecharam a porta do quarto dos meninos e se abraçaram em silencio. Tudo aquilo era muito, simplesmente muito. Lily, apesar de não querer admitir sentia a mesma aflição do seu filho. E se eles fossem dormir e sumissem? Afinal não era para os dois estarem ali, deviam estar mortos, e com esse pensamento a ruiva estremeceu nos braços do marido. James, ao sentir o tremor dela percebeu que Lily tinha os mesmos pensamentos que ele, tinham medo de deixar seu filho novamente, deixá-lo sozinho, e pelo visto a mercê de grandes perigosos.

_ Lily meu anjo, vamos? Temos que conversar com os outros.

_ Sim, vamos. – Lily responde, mas antes de darem dois passos escutam seus nomes no quarto a direita.

_ Totalmente impossível Gina! Eles morreram, não deviam estar aqui, é um milagre. – escutam uma menina falar.

_ Por isso mesmo que devemos ficar felizes Mione, é um milagre! – escutam a outra, Gina, responder. – Não devia ficar aí pensando na lógica de tudo, devia ficar apenas feliz, por Harry! Ele tem seus pais de volta!

_ Exato. Harry está radiante, mas e se isso não durar? E se os Poter sumirem do mesmo modo que surgiram? Harry já tem muito na cabeça... Vai ficar arrasado!

_ Eu não acho isso, mas se está tão preocupada porque não vai falar com ele?

_ Já foram dormir.

_ Eu aposto que Harry está muito bem acordado, ele não ia dormir rápido depois de tudo isso. Possivelmente ele esta deitado olhando pro teto e decidindo se tudo isso é sonho ou se realmente a sorte sorriu para ele.

_ Como pode saber tanto do Harry se mal fala com ele?

_ Eu o observei bastante nos últimos anos...

_ Eu sei. – James e Lily escutam uma risada e logo uma barulho abafado. – Ok, ok... Então, porque não vem comigo falar com os meninos?

_ Estou com sono. E tire esse sorriso do roto, eu não quero mais nada com Harry. Resolvi seguir aquele seu conselho.

_ Ótimo, eu volto daqui a pouco está bem?

James que sempre foi ágil puxou Lily pelo braço e eles desceram os primeiros degraus da escada quando a porta do quarto se abriu e Hermione saiu, entrando no quarto da frente em seguida.

O moreno, ainda meio absorto na primeira parte da conversa que ouviram começou a descer para a cozinha com a mulher ao seu lado, até que Lily quase o fez cair da escada de susto quando deu um grito.

_ Lily? Que foi? – ele perguntou preocupado e Lily apontou para trás dele com olhos arregalados. Na parede havia uma coleção de cabeças de elfos domésticos, cada uma em seu vidro.

_ Ué, você não viu quando subimos? – James pergunta levantando as sobrancelhas.

_ Não, eu fiquei observando Harry e os amigos dele. – ela responde com a voz alarmada. – Céus, quem fez isso com os pobrezinhos?

_ Eles são decapitados quando ficam velhos demais para trabalhar, mas acho que é uma tradição exclusiva dos Black. – James responde franzindo o nariz ao olhar as cabeças. – Não é bem uma decoração muito harmoniosa...

_ É horrível! – Lily exclama e logo os dois se sobressaltam com um resmungo. Um elfo vivo, com a cabeça e os corpos nos devidos lugares subia silenciosamente arrastando um balde. Ele poderia muito sujo e desleixado na opinião de Lily que era acostumada com os elfos de Hogwarts.

_ Sangues ruins na nobre casa dos Black... o que minha senhora diria... Uma vergonha... – ele resmungou passando encolhido por eles.

_ Continua o mesmo rabugento HEIN Monstro? – James indaga com um sorriso torto que logo some. – Acho melhor você parar de falar esses xingamentos ridículos...

_ Então é verdade, o Sr. Potter retornou da morte junto com a esposa... – Mostro continua resmungando como se falasse consigo mesmo. – Monstro não recebe ordens do senhor...

_ Então trate como uma sugestão que devia seguir. – James responde e continua a descer até Lily o assustar novamente, dessa fez rindo. – Tá rindo do que mulher?

_ Nada, eu só... achei engraçado a idéia de nós dois ouvindo a conversa das meninas pela porta... como se fossemos duas crianças curiosas... – Lily diz continuando a rir, um riso nervoso.

_ Bom, nós éramos o assunto principal. – James responde dando de ombros e sorrindo, mas por achar o sorriso de Lily lindo do que por achar graça da coisa. – Pelo jeito a Gina gosta do nosso filho...

_ Acho que devemos saber da vida dele antes de nos metermos nos relacionamentos amorosos... – Lily diz ficando séria. – Mas ela é uma boa menina...

_ É ruiva.

_ E daí?

_ Nada, mas parece ser um carma dos Potter não? Minha mãe era ruiva, você é... – James diz abraçando Lily de lado.

_ Nem sabemos se ele gosta dela. – Lily diz sem deixar de esconder uma ponta de ciúmes. – E ele é muito novo...

_ Ele tem 15 anos. – James comenta rindo na cara de Lily.

_ Ainda ontem ele era um bebê! – Lily exclama e abbre a porta da cozinha onde os Weasleys, Remo, Sirius e Tonks conversavam. – Onde está Olho Tonto?

_ Teve que ir para não sei onde. – Tonks responde gesticulando e derrubando um copo de água em Remo no ato. – Oh, me desculpe Remo, eu realmente sou um desastre, desculpa...

_ Tudo bem. – Remo responde rindo e se secando. James repara um certo enrubescer nas bochechas do amigo e troca olhares com Sirius que possui um sorriso torto. Eles se sentam enquanto Molly serve todos com xícaras de chá fumegante.

_ Como Harry estava? – Sirius pergunta ficando um pouco mais sério encarando o casal.

_ Ele estava ainda em... digamos, estado de choque... – Lily responde bebericado o chá. – Acha que vai dormir e quando acordar não estaremos mais aqui.

_ Ele não é o único. – Sirius murmura um tanto amargurado. James observa os dois amigos com a testa franzida, porque aqueles dois não são exatamente os Marotos que ele conhecia, aqueles ali eram homem sérios, amargos e um tanto cansados. Ele via que os dois tinham passado por grandes problemas e sofrimentos, enquanto ele... bem, ele tinha morrido. – Tá olhando o que viado? Era para eu estar olhando para vocês sem acreditar!

– Cervo, Sirius, Cervo... – James responde abrindo um sorriso ao ver que apesar d tudo marotos nunca mudam totalmente. Sirius também sorri, sorriso este que pega muitos ali na mesa de surpresa.

_ Desde que eu reconheci você priminho, nunca tinha visto um sorriso tão feliz como este. – Tonks comenta animada.

_ É porque até hoje eu convivia com um vazio constante que me impedia de sorrir assim. Eu não poia sorrir tanto com a falta do meu irmão, e da minha maninha... – Sirius diz olhando pro casal Potter. – Mas hoje, hoje esse buraco foi preenchido novamente.

_ Virou poeta durante minha morte? – James pergunta embora tivesse visivelmente emocionado. Lily, que nunca foi tão controlada quanto o marido se levantou e pulou no pescoço de Sirius, o abraçando fortemente. Sirius sorriu mais uma vez em meio a lágrimas fujonas.

_ Sirius, eu sinto muito por tudo que ouve... – Lily sussurrou para o amigo. – Saiba que nunca passou pela minha cabeça que fosse culpado pelo o que aconteceu ok?

Sirius ao ouvir aquilo tencionou os músculos em choque. Como ela saia que ele se culpava? Ela mal voltou à vida, pouco sabia dos acontecimentos... Bom, mas aquela ali era a Lily.

_ Se eu não tivesse dado a idéia, se não tivesse convencido vocês a colocar Pedro como fiel... – Sirius comentou um pouco mais alto que ela.

_ Você não tinha como saber. – James diz assustando um pouco Sirius e Lily. – Todos nós confiávamos em Pedro... E por culpa dele nós morremos, e você foi preso... MALDITO RATO!

_ James!

_ Sr. Potter, as crianças!

_ Desculpe. – James murmura se acalmando sobre os olhares dos presentes. – Mas saibam que quando eu achar aquele rato eu vou matá-lo...

_ Não acho que é uma boa vingança você virar um assassino. – Lily comenta tirando, sem perceber, um sorriso de Remo.

_ Porque você sorriu? – Gui pergunta meio perplexo para Remo. – Esse assunto é muito sério...

_ É que Harry já disse uma coisa parecida Gui, e eu me lembrei. – Remo conta e ao ver os olhares curiosos continua. – Quando Harry tinha 13 anos, eu e Sirius encontramos Pedro. Foi aí que eu descobri a verdade, assim como Harry... Nós dois – aponta para Sirius. -... íamos matar Pedro mas Harry nos impediu. Disse que o pai não ia querer que seus dois melhores amigos virassem assassinos... Não por algo tão patético quanto Pedro.

_ Desde de que voltamos eu escuto partes da vida de Harry, e todas parecem... perigosas, ruins... – Lily comenta voltando a se sentar ao lado do marido. – Sabe, é muito estranho, acordar e saber que morreu a anos atrás, que seu filho já está crescido e que você não sabe nada sobre ele! Eu gosto de todos vocês mas, me sinto muito mal em perceber que vocês conhecem mais o meu filho do que eu!

_ Eu entendo sua aflição Lily, mas não se preocupe. – Molly diz indo até a ruiva e apertando sua mão. – Harry é um menino maravilhoso, logo vocês vão estar íntimos como deve ser.

_ E ele vai contar tudo sobre a sua vida amanhã não é? – Tonks indaga internamente animada com a idéia de saber tudo sobre Harry Potter apesar de achar que será um momento muito intimo.

_ Vai demorar um dia inteiro... – Arthur murmura e percebendo o olhar dos Potter dá uma tossida. – Olha, podemos contar como nós conhecemos Harry! O que acha?

_ Pode ser... – Lily diz se animando. – Quem vai começar?

_ Eu. – Sirius diz apoiando os cotovelos na mesa. – Bom, tudo começou quando eu recebi um patrono do Pontas dizendo que a Lily tinha entrado em trabalho de parto e que ele estava prestes a desmaiar...

_ Sirius nós não precisamos ouvir essa parte. – James diz dando um tapa na própria testa enquanto Remo dava uma risada curta, o lobisomem estava feliz por ouvir as brincadeiras dos seus amigos novamente. Passara anos achando que dois dos marotos tinham morrido pela traição de um terceiro, depois descobriu a verdade e voltou a ter Sirius como um irmão e agora... Agora estavam os três juntos novamente, os três verdadeiros marotos. E ainda tinha Lily, que completava sua alegria.

_ Ora... – Sirius exclama sorrindo, mas nos segundos seguintes o sorriso dele vai se perdendo até sua expressão voltar para um estado de pesar. – Ok, depois que vocês morreram eu vi o Harry, Hagrid o resgatou da casa e não quis me dá-lo, só agora eu sei o porque... Bom, eu fui atras de Pedro e... fui preso. – Os olhos de Sirius pareciam mais negros do que nunca enquanto o maroto se lembrava da funesta prisão. – Todos aqueles anos a única coisa que me mantinha consciente era o fato de eu ser realmente inocente. E um dia quando o ministro foi até lá eu pedi a ele o jornal, e eu vi, na capa, Pedro.

_ Como..? – James começou mas Lily lhe deu um beslicão. A ruiva estava muito interessada em tudo aquilo.

_ Tinha uma foto dos Weasley, em uma viajem para o Egito. – Sirius conta olhando momentaneamente para os três ruivos ali presentes. – E no ombro de um deles, de Rony, eu reconheci Pedro na forma animaga dele, e o jornal dizia que Rony ia a Hogwarts, onde Harry estava, então eu fugi...

_ Não sabia de tudo isso. – Molly comenta assombrada.

_ E eu não sabia que Perebas era Pedro Pettigrew! – Gui exclama assustado. – Isso é horrível! Aquele comensal esteve em nossa família por anos!

_ Quando eu soube, reuni todas as minhas forças e fugi de lá em forma de cão, dementadores não sentem muito animais então não foi difícil. Nadei até a costa e sai em direção a Hogwarts enquanto o mundo bruxo entrava em colapso com a fuga do notório assassino Sirius Black. – nesse ponto Sirius dá um risada seca vendo o absurdo do medo das pessoas. – Eu fiz de tudo para pegar Pedro. Em forma de cão fiz amizade com um gato, o gato da Hermione, Bichento... Cadê ele?

_ Está da quarto com a Mione. – Tonks responde olhando por baixo da mesa.

_ Bem, continuando... Eu cheguei até a invadir o castelo para pegar Pedro, mas não consegui... Até uma noite quando vi Harry, Hermione, Rony e Pedro. O rato queria fugir das mãos de Rony e quase conseguiu, e eu como não via alternativa agarrei Rony e o levei pela passagem do salgueiro até a Casa dos Gritos.

_ Como assim agarrou meu filho? Foi você que quebrou a perna dele? – Molly pergunta estreitando os olhos a Sirius.

_ Ele nunca te contou? – Sirius pergunta inocentemente.

_ Não... Disse que tinha se metido numa confusão com Harry, mas não que era com você. Nós soubemos que era inocente só a alguns meses atras. – Molly responde fazendo um gesto impaciente com a mão. – Mas eu quero saber direito essa história de atacar meu filho!

_ Era a única maneira de pegar o rato! – Sirius responde levantando as mãos. – Harry e Hermione vieram atras para salvar o amigo, e nós tivemos uma discussão... Harry me deu um monte de socos...

_ Que horror! Porque? – Lily exclama abismada.

_ Todos achavam que era eu o traidor que entregou vocês. Era isso que Harry achava, e ele queria vingá-los. – Sirius responde sorrindo. – Grande garoto o Harry. Acontece que Remo apareceu, ele era professor na época, e com a ajuda dele nós conseguimos contar a verdade para Harry, transformamos Pedro e tentamos matá-lo, mas Harry achou melhor entregá-lo aos dementadores para que eu fosse inocentado.

_ Inteligente da parte dele. – Lily sussurra admirada com o filho.

_ É, mas no fim Pedro fugiu, Remo se transformou, eu e Harry fomos atacados pelos dementadores, eu fui preso novamente...

_ O que? Remo se transformou? E HARRY? DEMENTEADORES? O QUE..? – James indaga não conseguindo reter tanta informação.

_ Foi uma noite bem agitada... – Remo comenta com um ar triste. – Mas ninguém teve ferimentos sérios James. E Harry ajudou Sirius a fugir logo depois.

_ É, leve me soltou e eu fui embora com um hipogrifo, Bicuço. – Sirius diz deixando os Potter momentaneamente boquiabertos. – Mas desde então eu tenho uma ótima relação com Harry. Ele sempre me escreve, eu sempre tento acompanhar o que acontece com ele... Nós planejávamos morar junto quando tudo isso acabasse.

_ Sempre soube que você seria um bom padrinho afinal. – Lily diz sorrindo para o amigo. – Você sofreu muitas injustiças, mas é um bom padrinho sempre que tem a chance.

_ E não é difícil sabe? Harry é muito parecido com vocês dois. – Sirius diz arrancando sorrisos orgulhosos do casal. – Ele é extremamente corajoso, leal, justo e bondoso. Tem muita curiosidade, é um imã para confusão e é um ótimo jogador de Quadribol. – na última parte o sorriso de James ficou ainda maior.

_ Harry é um menino esperto, persistente e integro. – Lupin acrescenta. – Apesar de ser meio explosivo as vezes.

_ Só quando tem razão. – Sirius rebate.

_ Ele tinha razão quando te atacou na Casa dos Gritos?

_ Sim, ele pensava que eu tinha traído os pais dele! – Sirius responde.- Mas no geral, ele é legal.

_ Harry é um menino muito gentil e educado. – Molly diz com carinho. – Me lembro da primeira vez que o vi... na estação King Cross, totalmente perdido e sozinho. – Lily abaixa o olhar ao ouvir que seu filho estava perdido e sozinho, onde estava sua irmã? Petúnia maltratava Harry? O abandonará? – Foi super educado ao perguntar como se chegava ao Expresso de Hogwarts e eu fiz muito gosto quando ele ficou amigo de Rony.

_ É fascinante conversar com ele. – Arthur completa animado. – E é um menino de muita coragem!

_ Sim, paciente e corajoso para agüentar todas as perguntas que papai faz sobre os trouxas e suas quinquilharias. – Gui diz rindo.

_ Eu conheci Harry hoje, e o achei muito maneiro. – Tonks diz sorridente.

_ Conheci Harry ainda no Expresso, quando ia para Hogwars como professor. – Lupin diz. – Nós ficamos amigos bem rápido, ele sempre vinha conversar comigo mesmo sem saber que eu era amigo de James. Harry tem em sua personalidade a mistura das de vocês dois. E principalmente, tem a, digamos, inclinação para problemas de James.

_ Idiota! – Lily exclama tanta um tapa no marido apesar de sorrir. – Olha só, é tudo culpa sua!

_ Não é minha culpa se ele puxou minha má sorte! – James diz rindo. – Coitado, pobre Harry...

_ Ele parece ter se metido em MUITAS confusões. – Lily diz ficando mais séria. – E esse dementadores de hoje? Porque o atacaram?

_ Bem, como Dumbledore os informou, Voldemort retornou. – Remo diz causando arrepios nos Weasleys e em Tonks. – E Harry e Voldemort... tem um tipo de ligação...

_ Ligação? – Lily indaga esganiçada.

_ É, bom, Voldemort desapareceu quando tentou matar Harry, e ele tenta se vingar do menino desde então. – Lupin explica cauteloso. Lily e James dão as mãos tentando se acalmar diante do fato de seu filho ser o alvo principal de Voldemort. – Acreditamos que o ataque de hoje foi comandado por você- sabe-quem.

_ Voldemort está trabalhando na surdina, com seguidores infiltrados no ministério. – Sirius continua. – Nós somos a única resistência a ele até agora.

_ Vocês estão recomeçando uma guerra. – James diz rouco. – Eu e Lily nunca saímos dela...

_ É... – a ruiva concorda no mesmo tom, desejando acabar com tudo aquilo.- E o que vocês sabem? O que Voldemort planeja?

_ Ele está reunindo seguidores, não só bruxos como gigantes, dementadores, vampiros, lobisomens... – Remo conta estremecendo no fim. – Hagrid está em uma missão para recrutar alguns gigantes para nosso lado. Eu tento fazer o mesmo com os lobisomens...

_ Apesar de ser inutilmente perigoso... – Tonks resmunga.

_ Mas além disso Voldemort está atras de outra coisa. – Sirius diz encarando os amigos. – Ele quer a profecia.

_ Que... A profecia? Que Dumbledore nos disse? – Lily indaga com o coração acelerado. – A profecia dizia que um menino nascido no fim de julho poderia acabar com Voldemort... E esse menino podia ser Harry. Por isso fugimos e nos escondemos, mas... Dumbledore nos disse que Voldemort SABIA dela.

_ Mas ele não soube da profecia completa segundo Dumbledore. – Sirius explica.

_ Completa? Tem mais? – James pergunta ficando nervoso. – E o que é? Porque Dumbledore não nos contou que tinha mais? Porque não nos contou a profecia completa? O que diz o final?

_ É isso que Voldemort quer. – Arthur diz enquanto Lily tenta acalmar o marido. – Quer a profecia completa. Nós temos nos revezado no Departamento de Mistérios para guardar a profecia mas é difícil com o ministério contra nós.

_ Acho que é melhor irmos dormir não? – Molly diz depois de uns minutos de silencio. – Todos estão cansados, e vocês dois passaram por muita coisa, a última lembraça de vocês não é o ataque de você-sabe-quem? – ela pergunta pro casal.

_ Sim... – Lily responde estremecendo ao lembrar do bruxo, de sua risada e do raio verde lhe acertando.

_ Pois bem. Vamos para a cama. E você Tonks, não vai sair em missão amanhã cedo? – Molly continua e a jovem auror afirma sumindo em seguida bocejando. Logo os Weasleys se despedem sumindo e sobra só quatro na cozinha.

_ Vou dormir também. – Remo anuncia se levantando calmamente se indo até os amigos. Ele abre os braços e envolve uma Lily surpresa em um abraço carinhoso e apertado. – É bom ter você de volta Lils. – se separa e abraça um pouco mais forte James. – E você também Pontas. Os marotos novamente unidos... Pelo menos os verdadeiros marotos.

_ Não precisamos de Pedro.- James diz se afastando um pouco de Remo e puxando Sirius para um abraço triplo. – Eu confio minha vida a vocês.

_ Eu também. – Sirius confirma sorrindo. – Agora vamos dormir, estou caindo de sono... – ele dá um longo bocejo e eles sobem em silencio até chegarem no fim do corredor. – Espero encontra-los amanha hein!?

_ Claro Sirius, não vamos mais embora. – Lily diz lhe dando um sorriso enquanto convencia a si mesma com aquelas palavras. Remo lhes acenou e entrou no quarto ao lado do de Sirius e Lily e James se encaminharam pro quarto que a Sra. Weasley tinha arrumado para eles.

Lily se surpreendeu quando achou uma camisola e um pijama dobrados na cama. Anotou mentalmente que tinha que comprar roupas novas. James foi até um banheiro e voltou se enfiando no pijama. Lily fez o mesmo parando um minuto em frente a um espelho. Seu reflexo continuava o mesmo, uma mulher de 23 anos ruiva e de olhos verdes, mas algo ali a incomodava...

_ Sei o que está pensando. – James comenta observando a esposa. – Deviamos ter uns 40 anos agora. Viu como Sirius e Remo estão? Mas nós continuamos com a mesma idade que... que morremos.

_ Isso me assusta James. – Lily desabafa se deitando ao lado do marido na cama. – Assim como eles pensam, eu tenho medo de fechar os olhos e voltar a ficar... morta.

_ Nós não vamos... – James sussurra acariciando os cabelos da esposa. – Nós... continuaremos aqui está bem? Eu prometo meu amor, que amanhã você vai acordar, e eu vou estar aqui ao seu lado, assim como Harry...

_ Ah James! – Lily exclama antes de abraçar o marido com força e começar a chorar descontroladamente.

James sem entender muito o motivo do choro apertou a esposa contra seu peito. Ele não suportava vê-la chorando, era horrível.

Já Lily, ela não chorava exatamente por medo, e sim por se lembrar que a pouco tempo havia visto seu James, o seu amor ser morto por Voldemort. Ela não conseguia imaginar sua vida sem ele.

_ Shiiu... Calma meu lírio.. – James sussurrou ajeitando-se na cama e puxando Lily de modo que os dois se deitassem abraçados e confortáveis. Lily se acalmou aproveitando o seu marido ali, vivo, e sem perceber ele se rendeu ao sono e dormiu.

James observou a ruiva em seus braços ainda por um longo tempo, se lembrando do ataque de Voldemort. Seu único pensamento no momento era proteger sua família, mas ao ver o clarão verde ele desejou dar um último abraço em Harry e beijar Lily. E agora ela estava ali, eles estavam ali, juntos novamente. E como o pensamento que nada mais os separaria James também foi fechando os olhos e adormeceu com óculos e tudo ao lado de sua amada.


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Notas finais do capítulo

E então? Curtiram? Não curtiram?

Comentem por favor e até o próóximo!!