Segunda Chance escrita por Sophie Valdez


Capítulo 3
Primeiros encontros


Notas iniciais do capítulo

Oi queridos leitores!

Olha eu realmente estou muuuuuuuuuuuito animada com essa fic! Porque eu vi que vocês estão gostando, afinal o número de reviews foi incrivel! Obrigada!

Boa leitura!



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Se uma pena caísse no chão da cozinha do Largo Grimmauld, todos ouviriam, tamanho era o silencio que se propagou, afinal aquilo era um absurdo! Todos sabiam que James e Lilían Potter tinham morrido á anos, não podiam estar ali...Mas estavam.

Sirius piscava os olhos lentamente, como se esperasse que o casal sumisse em uma piscada, como se fossem uma alucinação. Seu coração batia rápido e descompassado, em harmonia com sua respiração. Era impossível, uma loucura... mas ele conhecia os olhos de Lily, e os cabelos de James. Aqueles ali eram seus amigos, seus irmãos, sua família.

Lupin estava com a boca seca e levemente aberta. Seu cérebro trabalhava dolorosamente tentando achar uma explicação lógica para o que estava vendo. Aquela mulher era Lily, sua querida amiga, e aquele homem era James, seu irmão de outra mãe. Mas nenhuma magia poderia trazê-los de volta... Até agora pelo jeito.

James se alternava em encarar Sirius, Lupin e os outros membros da ordem. Para ele Sirius não poderia ficar mais pálido do que estava agora, e ele podia ouvir os parafusos de Lupin trabalhando na cabeça dele, tentando achar uma explicação. James via a emoção nos olhos de todos, misturado com surpresa. Era estranho, mas James podia imaginar o que eles estavam sentindo. Pelo jeito ele tinha morrido a anos... Imaginar perder alguém querido e depois revê-lo a anos fazia James entender as reações naquela sala.

Lily quase se levantou e abraçou Sirius, afinal a expressão dele era tão sofrida e emocionada, ao mesmo tempo conflituosa... Quase como ele soube da morte do irmão, irmão que sempre brigou com ele. Lupin provavelmente procurava uma explicação lógica, como sempre. Lily se surpreender ao ver os olhos marejados da Prof. Minerva, e olhar de surpresa extrema de Alastor Moody, que tinha os dois olhos fixos nela e no marido.

_ Hoje a tarde Lily e James acordaram na casa deles em Godric’s Hollow, chegaram no meu escritório atordoados, falando que Voldemort os havia atacado ontem e que o seu bebe, Harry, havia sumido. – Dumbledore conta causando exclamações surpresas.

_ Então, eles estão... vivos? – Minerva pergunta com a voz esganiçada e o diretor confirma com a cabeça.

A ruiva então encara o homem que mais a intrigava ali, Severo Snape. Ela sabia que, se ele estava ali, era sinal de que Severo havia mudado, e isso a deixava feliz. Há pouco tempo, antes do ataque de Voldemort, ela havia convencido James a se desculpar com Snape, se tivesse chance, e ela almejava muito isso. Seus olhos cruzaram com o negro profundo do antigo amigo e ela pensou em sorrir, mas não teve chance.

O som da cadeira de Snape caindo no chão pareceu despertar todos ali. Os mais lentos puderam ver a barra da capa dele passar pela porta antes dele batê-la com força. Lily sentiu um aperto no peito pensando que talvez fosse esperança demais da parte dela pensar que Severo Iris ter mudado tanto.

Novamente Lily ouviu o som de cadeiras, agora se arrastando. A primeira foi de Sirius, a segunda foi de James, e logo os dois davam um abraço tão apertado e cheiro de emoção e Lily sentiu seus olhos lacrimejarem. Sirius não sentia vergonha alguma em soluçar e deixar grossa lágrimas rolarem pelo seu rosto, afinal era realmente verdade, ele estava abraçando seu irmão, seu melhor amigo.

_ Ei Almofadinhas, o que é isso? Amoleceu nesses anos sem mim? – James pergunto sorrindo entre lágrimas que também fugiram dos seus olhos quando viu a emoção do seu amigo.

_ Eu nunca pensei que ia ficar tão feliz em ouvir uma besteira sua! – Sirius diz com a voz embargada. Lily limpa as lágrimas sorrindo abertamente para aquela cena até sentir uma mão no seu ombro. O sorriso surpreso e ainda meio incrédulo de Lupin a faz sentir uma emoção enorme e a ruiva não se segura antes de se levantar a abraçar o amigo, que sempre esteve com ela, desde os 11 anos. Remo abraçou a mulher que ele sempre considerou como uma irmã mais nova ainda receoso, como se ela fosse sumir a qualquer momento. Ele se afastou segurando os ombros de Lily e sorriu novamente.

_ Lily? – ele pergunta com a voz rouca.

_ Como vai Remo? – Lily pergunta sorrindo pro amigo que suspira feliz, finalmente acreditando naquilo tudo. E então ele levanta o olhar, encarando o homem de cabelos negros espetados. Em dois passos rápidos James e Remo se abraçaram, rindo e chorando ao mesmo tempo enquanto Lily foi erguida por um abraço de urso de Sirius.

_ Ah Lily! – ela exclama feliz segurando o rosto da amiga entre as mãos. – E-Eu senti... tanta a falta de vocês! Esses anos foram... muito ruins! E... eu tentei vingá-los mas... E Harry! Vocês tem que vê-lo, ele é igualzinho o James, mas tem os seus olhos e sua generosidade...

_ Sirius, respira! – Lily diz rindo da felicidade do amigo. – Eu sinto muito por tudo que você passou...

_ E ver Harry é o que mais queremos no momento. – James diz abraçando a mulher de lado.

_ Mas antes de verem o menino, eu não poderia... dar-lhe um abraço? – Minerva pergunta se levantando a sorrindo pro casal.

_ Professora Minerva! – Lily diz abraçando a senhora.

_ Tia Minnie! – James diz abraçando as duas num abraço enorme. Sirius e Remo sorriram ainda mais ao ouvir o antigo apelido da professora, a muito esquecido... morto com o criador dele.

Logo, Lily e James se viram entre abraços alegres e ainda muito incrédulos dos integrantes da Ordem. Os novos bruxos se apresentavam com entusiasmo e estupefaçam.

_ Bom, acho melhor dar a reunião por encerrada. – Dumbledore diz se impondo depois de um tempo. – Mas antes, queria dizer que não faço a menor idéia sobre o que trouxe os Potter de volta. Na verdade, é um mistério, e eu não sei como decifrá-lo; E também queria pedir para que isso fique em segredo, por favor, não contem nem para suas familiares se achar que a notícia pode se espalhar.

_ Não se preocupe Dumbledore, tenho certeza de que todos vão ficar de bico calado. – Moody diz em um tom severo. Os bruxos se despedem e vão saindo em grupos, ainda surpresos com tudo o que houve.

_ Bom, agora que a multidão se desfez... Muito prazer, Molly Weasley. – a senhora ruiva diz apertando ternamente a mão de Lily e lançando um olhar doce a James. – Não sabem como é bom conhecer os pais de Harry, ele é um menino tão especial! E vai ficar tão feliz..!

_ A senhora conhece muito meu filho? – Lily pergunta curiosa e um tanto aliviada. Ela viu o amor nos olhos de Molly quando falou de Harry, e a preocupação com o filho diminuiu um pouco. O filho era amado.

_ Nós conhecemos Harry desde os 11 anos. – O homem ruivo diz abraçando Molly pelos ombros. – Meu nome é Arthur Weasley. E nosso filho, Rony, é muito amigo de Harry desde o primeiro dia em Hogwarts... Então Harry já é de casa a tempos!

_ É um prazer conhecê-los. – James diz sorrindo. – Eu consigo ver que vocês gostam muito do meu filho.

_ Claro! E ah! Esse é Gui, nosso filho mais velho. – Molly diz apresentando o moço ruivo e aperta a mão deles com energia.

_ Puxa, Harry realmente se parece com o Senhor! – Gui diz olhando para James que sorri com um brilho no olhar. Um barulho de vidro quebrado chama a atenção quando a jovem de cabelos rosa se abaixa para recolher os cacos de uma xícara.

_ Ah, desculpe! – ela diz ficando com os cabelos vermelhos, e isso faz Lily se lembrar de algo... de uma menininha de cabelos vermelhos que foi no seu casamento, qual era o nome mesmo?

_ Nymphadora Tonks. – a moça diz apertando a mão de James e Lily solta uma exclamação que faz Tonks se desequilibrar tropeçando no próprio pé e quase caindo, sendo amparada com Remo.

_ Tonks! Nymphadora Tonks, isso! – Lily diz olhando a moça impressionada. – Você foi no meu casamento, tinha só uns oito aninhos!

_ É claro, é priminha do Sirius... – James comenta se recuperando de susto dado pela esposa. – Você pediu permissão para ficar com o cabelo igual o da Lily...

_ Ah, então eram vocês os noivos? – Tonks pergunta sorridente. – Eu me lembro do casamento, e dos cabelos ruivos e de ter quebrado um vaso de flores e ter levado uma bronca... Mas não me lembrava dos noivos! Quem diria que eram os Potter’s!

A conversa deles é interrompida por um barulho no andar de cima.

_ Nós temos que chamar os meninos... – Molly diz olhando pro teto. – Vocês tem algum plano de como contar pro Harry sobre...isso?

_ Não podemos só deixar ele vir e dizer: “Olha Harry, seus pais voltaram!” – Sirius diz pensativo.

_ Se vocês fizerem isso ele vai desmaiar. – Gui comenta rindo.

_ Faz assim, eu vou conversar com ele na sala de estar e conto tudo, vocês ficam aqui – Sirius diz apontando para Lily e James. – e eu mando Remo chamar vocês... Remo você me ajuda com Harry?

_ Claro, embora eu acho que ele vai desmaiar de qualquer jeito. – Remo responde sério. Lily reluta com um instante mais concorda, rezando para a conversa não ser demorada. Porém, ela também estava nervosa. Tinha conhecido seu filho quando ele era um bebe, e agora ele já era um rapaz. E se ele não gostasse deles?

_ Ok, mas não demore por favor. – James diz ansioso. Ele também estava doido para ver seu filho e fazer as mil e uma perguntas que tinha. Mas algo martelava na sua cabeça, a sensação incomoda de que Harry era um desconhecido para eles.

Sirius, Remo e Molly assentem e saem da cozinha. De lá eles ouvem o barulho de vozes agitadas e alguns risos.

_ Quem mais está aí? – James pergunta tentando afastar o nervosismo.

_ Meus filhos mais novos, Rony, Gina, e Fred e Jorge. – Arthur responde rápido. – E também a melhor amiga dos meninos, Hermione Granger.

_ Acho que vamos ter que explicar a eles enquanto Sirius conversa com Harry não? – Tonks pergunta animada. Eles ficam em silencio por uns instantes até um grupo entrar na cozinha. Molly vinha em frente, um tanto ansiosa. Logo atrás dela vieram dois jovens rapazes, idênticos e sorridentes, com um brilho curioso no olhar que James conhecia bem. Depois, vieram duas meninas, uma ruiva e uma de cabelos castanhos, e um menino alto e também ruivo fechava a fila.

Eles olharam curiosos a cozinha e pararam surpresos e boquiabertos, olhando para o casal.

_ Own! – os gêmeos exclamaram juntos. – Legal!

_ Oh meu Merlin! – o ruivo mais moço exclamou ainda boquiaberto.

_ São eles, são... os pais do Harry! Ele vai ficar tão feliz! – a ruiva diz em conflito entre sorrir e ficar assustada.

_ Isso é... impossível! – a morena diz com a mão sobre a boca, os encarando com olhos arregalados. – As leis da magia são claras, não tem como ressuscitar os mortos!

_ Pelo jeito as leis estão erradas! Como sempre. – um dos gêmeos diz se estende a mão para o casal. – Muito prazer, eu sou o Fred.

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Enquanto isso, na outra sala.

_ É muito bom te ver Sirius. – Harry diz abraçando o padrinho. Harry percebe que Sirius está diferente, com um brilho forte no olhar e um sorriso grande, apesar do menino ver que ele está tenso. – O que foi?

_ Harry, eu preciso te contar uma coisa. – Sirius diz se sentando. Lupin continua em pé no canto da sala e Harry se senta em uma poltrona de frente pro padrinho.

_ Você vai me contar uma coisa? Que maravilha! – Harry comenta irritado. – Eu passei o verão todo querendo notícias.

_ Eu sei, mas agora não é hora para isso. – Sirius diz tirando um muxoxo de Harry. – Eu preciso te falar sobre os seus pais. – Harry de repente se torna interessando, apesar de não demonstrar. – Harry, se eu te falasse que seus pais poderiam voltar a vida, o que você diria?

_ Que você endoidou de vez. – Harry responde sincero. A idéia de ter os pais de volta era incrível, mas ele sabia que era impossível.

_ Pois é Harry... Eu responderia a mesma coisa, até hoje. – Sirius continua deixando o menino confuso. – Até hoje, por que...hoje, agora a pouco eu descobri que seus pais, de uma forma desconhecida ... Ressuscitaram.

_ Hãm... Que? – Harry diz. Na verdade foi a coisa mais inteligente que ele conseguiu pensar. Ele ouviu direito?

_Harry, hoje mais cedo seus pais apareceram no escritório de Dumbledore, alegando que ontem foi 31 de outubro e que Voldemort os havia atacado e que você... havia sumido. – Remo explica encarando a cara confusa do menino.

_ Eu sei que é confuso e inacreditável Harry, mas é a verdade. – Sirius diz sorrindo. – Seus pais estão vivos novamente!

_ O...o...o... – Harry gagueja sem conseguir acreditar no que ouvia. – E-eles estão vivos?Meus pais?

_ Sim.

_ E onde eles estão? Eu... eu quero vê-los eu... – Harry diz se levantando atordoado e Sirius faz um sinal para Remo que saí da sala.

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_ Esperem uns dez segundos e entrem ok? – Lupin diz pros amigos os deixando na porta da sala e entrando.

Lily aperta com força a mão do marido procurando confiança. Ela queria ver o filho mais tinha medo da reação dele.

_ Ele vai gostar de nós. Não vai?

James olha nos olhos verdes da esposa tentando formular uma resposta positiva, mas ele mesmo estava inseguro.

_ Vai.

_ Nós entramos no três. – Lily diz respirando fundo e olhando para a porta. – Um.

_ Dois... – James continua segurando a maçaneta.

_ Três.

Lily entra apressada na sala e demora um segundo para fixar seus olhos em olhos idênticos, verdes vivo. Naquele momento toda aquela preocupação besta sumiu, porque não importa a idade, a condição... Aquele ali era seu Harry.

James sorriu abertamente quando viu sua sósia mais nova. Apesar de não sabe nada sobre ele, aquele menino fazia seu peito se encher de orgulho e carinho. Ele não precisava saber e conhecer seu filho a fundo agora para saber que seu filho era um menino incrível, o seu garoto.

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Harry estava com o coração martelando forte contra seu peito, e ele sentia que a qualquer momento ele ia explodir, eu ter um infarto.

A idéia de que seus pais estavam ali, e vivos, era totalmente absurda, mas isso não o impediu de se encher de esperança. Ele acreditava, porque via que seu padrinho não estava mentindo... Mas aquilo era tão... tão louco! Era como se seu maior e mais impossível sonho fosse finalmente se realizar.

Entretanto, quando Lupin voltou Harry sentiu uma preocupação. E se seus pais não gostassem dele? E se ficassem decepcionados com o que ele se tornou?

A porta de abriu e Harry se esqueceu como se respira. Ele só via os dois. A mulher de cabelos acaju e olhos verdes idênticos aos dele sorria com olhos marejados de lágrimas. O homem de cabelos espetados e óculos também sorria, orgulhoso, mas também emocionado.

Eram eles ali. Seus pais. De mãos dadas.

Harry queria dizer alguma coisa, mas as palavras sumiram de sua mente. Queria correr e abraçá-los mais suas pernas não o obedeciam. E para seu desespero sua visão ficou turva, seus pais ficaram borrados e ele desmaiou.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Eu sei, vão me matar por parar o capítulo aí.... sorry...

Uma coisinha. Eu sei que os reencontros foram corridos mas não se preocupem, eu vou aprofundar mais no decorrer dos caps!

COMEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEM

Beijos

— Mal feito, feito. Nox.