Segunda Chance escrita por Sophie Valdez


Capítulo 19
O fim dos Dursleys


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores e leitoras!

Obrigada a todos que comentaram, eu aprecio muito. Sei também que temos novos leitores, portanto BEM VINDOS! E espero que gostem do novo capítulo.

Boa leitura! *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/497350/chapter/19

A decoração da casa refletia tudo que Petúnia sempre queria, uma casa arrumada, cheia de detalhes e estampas floridas. James carregou a desmaiada Sra. Dursley e a colocou na poltrona enquanto Lily observava cada canto da sala de estar. Acima da lareira tinha uma coleção de fotos. Lily reconheceu seus pais na foto de casamento de Petúnia, dia em que ela foi claramente omitida da família. Ela ainda se lembrava de como sua mãe tentou convencê-la a ir, contrariando as vontades de Petúnia. O Sr. e Sra. Evans pareciam felizes na foto e Lily sorriu com isso, mal dava para pensar que eles iriam estar mortos dois anos depois da foto, vítimas de um acidente de carro.

As outras fotos seguiam com a família que Petúnia criou. Ela e o marido em um encontro de casais, Petúnia grávida e depois segurando um bebê gordinho. Depois disso as fotos eram todas no mesmo menino. Lily nunca tinha conhecido seu sobrinho, Duda, mas o que via nas fotos batia com a descrição que Harry fazia do primo.

_ Ele realmente parece uma morsa, hm? – James diz se juntando a esposa que olhava as fotos.

_ Não tem nenhuma foto do Harry. – Lily comenta baixinho olhando pro marido. – Se não soubesse, diria que ele nunca morou aqui.

_ Esse nunca foi o lar dele afinal. – James diz com um ar triste no momento que escutam passos na escada. O casal se virou e observou o sobrinho apareceu na sala olhando para algo nas mãos que não conseguiram identificar.

_ Mãe, acho que o tablet quebrou outra ve... – Duda ergueu os olhos do tablet e olhou para o casal desconhecido que estava na sua sala, e então olhou para sua mãe inconsciente na poltrona. – Vocês são ladrões? – pergunta engolindo em seco.

_ Olhe bem. – James diz arqueando as sobrancelhas. – Acha que parecemos ladrões?

_ Não somos ladrões Duda. Somos seus tios. – Lily diz da maneira mais calma possível. – Somos os pais do Harry.

_ Isso é impossível. – Duda babulcia. – Eles estão mortos. Estouraram e deixaram Harry para meus pais lidarem.

_ Primeiro, nós não estouramos. – James diz com uma careta. – Segundo, não estamos mortos. Terceiro, nunca quisemos que Harry ficasse com vocês.

_ James, acho melhor nós... – a frase de Lily parou no momento que Petúnia soltou um gemido e se mexeu, colocando a mão na testa.

_ Mamãe..!? – Duda exclamou indo até Petúnia, se desviando exageradamente dos Potter.

_ Duda querido, acho que tive um desmaio... Um sonho estranho... – Petúnia murmura se levantando da poltrona agarrada ao braço grosso do filho. – Pensei ter visto... AH! – no instante que seus olhos entraram em foco e viram o casal Petúnia soltou um grito e caiu novamente na poltrona. – N-Não é p-po-possível...

_ Sim, é possível. E não desmaie outra vez. – Lily diz ficando sem paciência, cruzando os braços e encarando a irmã. Ela não tinha mais estomago para o drama de Petúnia. – Somos nós Petúnia. Sou eu, Lily.

_ Não é possível, você... – a voz de Petúnia parecia falhar a todo segundo, seus olhos estavam esbugalhados e sua mão segurava a base do pescoço. – V-Você...Você.... morreu, eu... morreu..!

_ Petúnia, por favor se acalme. O único jeito de podermos explicar é se você se acalmar. – Lily tenta passando a mão na testa.

_ Me acalmar? – Petúnia repete. – Tenho fantasmas na minha sala de estar! Fantasmas... Fan...tasm...

_ Mamãe... mãe, eles são... são mesmo... – Duda babulcia abraçando a mãe pelo lado. James, que estava encostado na lareira de saco cheio com tudo aquilo se divertiu ao perceber o quão estranho era a diferença entre mãe e filho. Duda tinha a largura de uma dúzia de Petúnias... Ou mais.

_ Duda, vá para seu quarto. E fique lá. – Petúnia diz se recuperando por um momento. Se ela fosse passar por alguma esquisitice causada pela irmã, seu filho não iria sofrer nada.

_ É... fique lá Duda. – James diz em tão de deboche vendo o menino correr escada acima. James odiava pensar que aquele saco de batatas já havia batido em Harry.

_ Como é possível? – Petúnia diz engolindo em seco e encarando o casal. Lily ficou ligeiramente surpresa com a firmeza da voz de Petúnia e do modo como ela estava se acalmando. – Isso é magia negra, não é? Trazendo mortos à vida...

_ Não sabemos o que nos trouxe de volta, é um mistério para todos nós. – Lily responde sentindo um pouco de frustração. – Mas somos nós Petúnia, voltamos a vida...

_ Há quanto tempo? – Petúnia indaga pigarreando. – Há quanto tempo estão vivos?

_ Em torno de um mês. – Lily diz rapidamente.

_ Já encontraram seu filho?

_ Sim, no mesmo dia. – Lily diz. – A propósito, soubemos que seu filho foi atacado por um dementador... Ele está bem?

_ Não graças à sua raça. – Petúnia grunhiu. – Meu filho está bem porque é forte.

_ Percebi. – James comenta com sarcasmo baixinho, mas sendo ouvido pelas outras duas.

_ Bom, eu não me preocupo se estão vivos e como estão. Mas se estão aqui é porque vieram buscar os pertences do seu filho. – Petúnia diz se levantando da poltrona e ajeitando o vestido. – Tudo que ele tem foi comprado com nosso dinheiro.

_ Não é muito, pelo o que ouvi. –Lily diz respirando com força e encarando a irmã. – Harry nos contou como foi criado por todos esses anos Petúnia, e sinceramente, eu juro que não acreditei que você pudesse ser tão má com uma criança inocente.

_ Nós fomos bons demais para seu filho Lily. – Petúnia retruca nervosa, com as narinas e pupilas dilatadas. – Aquele menino sempre teve comida, um teto, um lugar para dormir, e mesmo com todos os problemas que ele nos criava nós continuamos com ele. Deviam agradecer.

_ Agradecer? Meu filho vivia em um maldito armário embaixo da escada! – Lily brada irritada com a atitude superior de Petúnia. – Vocês o tratavam como um rato, escondiam ele, tinham vergonha dele... faziam o pobrezinho trabalhar!

_ E o que queria? Que tratássemos seu filho como um príncipe? – Petúnia indaga soltando uma risada desgostosa. – Lily, sempre tão presunçosa!

_ Ele é seu sobrinho Petúnia. Você devia pelo menos ter lhe dado uma cama descente, uma infância saudável. – Lily exclama enquanto James apenas encarava sua cunhada com os braços cruzados. Ele não via motivo para discutir com ela, sentia que aquilo tinha que ficar por conta de Lily.

A discussão parou quando uma chave girou na porta da frente. O Sr. Dursley entrou resmungando algo e jogando o casaco no cabide. James imediatamente se lembrou daquele cara bufando assustado noites atrás e se segurou para não rir com a lembrança.

_ Petúnia! Temos que resolver aquele problema no gramado. Welber já começou a fazer piadinhas....

_ Válter. – Petúnia diz breve e firme chamando a atenção do marido para a sala. Os olhos de Válter se arregalaram por baixo das grossas sobrancelhas ao ver o casal na sala. Eles se pareciam com o casal de aberrações que haviam morrido anos atrás deixando Harry nas mãos deles.

_ O que é isso? – ele indaga grosseiramente. – Quem são estes?

_ Eles são... São os Potter. –Petúnia diz e Lily revira os olhos. Desde que se casou Petúnia passou a chamá-la de Potter, como se fosse um alivio não ter mais o mesmo nome que ela. – Eles estão vivos de alguma forma, por magia negra. – a voz de Petúnia abaixou no final da frase.

_ Cuidado! – Válter resmunga indo até a janela e fechando todas as cortinas com força. – Alguém pode escutar! – James encarou o homem com um misto de perplexidade e curiosidade, porque aquele trouxa era um completo idiota. Válter, depois de dar mais uma ajeitada nas cortinas se virou para o casal, com a cara redonda vermelha. – Mas que falta de respeito! Vocês são dois vagabundos irresponsáveis, isso sim!

_ Desculpe, o que disse..? – Lily indaga incrédula.

_ Que são vagabundos irresponsáveis! – Válter repete apontando o dedo para o casal a sua frente. – Fingiram a morte só para se livrar do filho! Jogaram ele na nossa porta e nos fizeram arcar com aquele moleque todos esses anos. Nas nossas costas!

_ Nós nunca quisemos abandonar nosso filho. Nós morremos naquela noite. – James diz ficando irritado com aquele imbecil. – E saiba que se pudéssemos ter escolhido Harry ficaria com qualquer um, menos vocês.

_ Se é assim, porque o garoto ficou conosco? Comendo da nossa comida, vivendo no mesmo teto, arriscando nossa integridade. – Válter diz ficando cada vez mais vermelho.

_ Harry tem mais integridade do que você tem em seu dedinho do pé. – James rebate avançando alguns passos em direção ao Dursley, que recua. – E fique sabendo que no momento eu estou me segurando para não explodir essa sua cara gorda. Harry nos contou tudo que passou nessa casa, e eu acho uma grande cara-de –pau a sua vir nos cobrar de algo.

_ Se voltaram, ótimo. Sumam daqui. – Válter responde. – Estará nos fazendo um favor se nunca mais entrar em contato.

_ Acha que pode maltratar nosso filho por anos e sair sem nenhuma punição? – James indaga sorrindo de uma maneira um tanto diabólica. Lily odiava aquele sorriso, fazia ela se lembrar de como James às vezes maltratava Snape.

_ Acho que deviam ir embora e nos deixar em paz. – Válter responde. – Já nos causaram problemas demais. Mas antes, podiam nos pagar por todo esse gasto extra, hm? Vocês não têm montanhas de ouro em túneis protegidos por dragões? – ele completa com tom de zombaria.

_ Sim, temos. Mas não lhe daremos um galeão. – James rebate cruzando os braços. – Vocês merecem algo pior...

_ James. – Lily o chama.

_ Depois de todos esses anos tratando Harry como um verme, um elfo doméstico... Vocês o deixaram passar fome, frio...

_ James...

_ Eu devia transformar vocês em ratos e largá-los em uma rua suja para serem caçados por gatos.

_ James! – Lily exclama calando o marido que já empunhava a varinha. – Guarde isso. – ele diz olhando para a varinha nas mãos do marido. – Por hora.

_ Lily... Eles merecem algum castigo. – James murmura se aproximando da esposa e segurando seu ombro carinhosamente. Os olhos de Lily foram dele para a irmã e ela balançou a cabeça.

_ Primeiro... – Lily diz alto, limpando a garganta. – Eu quero saber o porquê. Porque maltrataram meu filho? Uma criança inocente?

_ Seu filho é uma aberração Lily, assim como você. – Petúnia diz secamente. – Ele se tornou um problema, fazendo coisas estranhas o tempo todo, arriscando nossa imagem.

_ E então decidiram trancar o pobre garoto em um armário!? – Lily diz encarando a irmã com descrença. – Petúnia... ter ódio de mim eu entendo, eu aceito. Mas meu filho? Se fosse o contrário, se fosse seu filho deixado sobre os meus cuidados, eu cuidaria dele como se fosse meu próprio filho. Porque por mais que nossa relação tenha sido terrível por anos, nada justifica descontar em uma criança inocente!

_ Se não fosse por nós ele estaria em um orfanato agora! – Válter exclama empinando o nariz e esticando aquele papo enorme.

_ Seria ótimo se tivessem feito isso! – James diz soltando um riso seco. – Harry teria sido muito mais feliz.

_ Não adianta falar do passado. – Lily diz em seguida, respirando fundo. – Eu só quero que saibam... que o que fizeram a ele foi desumano. Vocês se gabam de serem normais, mas são as verdadeiras aberrações aqui.

_ Saiam da minha casa. – Válter rosna apontando para a porta da breve. – E nunca mais apareçam!

James no momento que viu aquele trouxa crescendo para cima de Lily se impôs na frente da esposa e empunhou a varinha, apontando-a direto no nariz vermelho de Válter.

_ Vamos deixar as coisas claras aqui. – James diz em um tom sombrio. – Você é um trouxa sem nenhuma habilidade especial que tratou muito mau meu filho. Eu posso estourar seus miolos a qualquer momento e com muito prazer. Então, se quiser continuar com essa cabeça horrível no lugar é melhor entender que não pode nos dar qualquer ordem, nem sequer uma sugestão. Nós saímos daqui quanto quisermos. Entendeu?

Válter engoliu em seco e assentiu. Lily podia ver seus olhos mostrando medo e fúria ao mesmo tempo enquanto Petúnia apertava com força o estofado da poltrona. No passado, Lily poderia ficar triste com uma situação daquela, mas agora não mais. Ela tentou, por anos, fazer Petúnia ter uma boa relação com ela e nunca conseguiu. E agora era Lily que não queria relação nenhuma com aqueles dois.

_ Onde é o quarto do Harry? – Lily pergunta querendo encerrar aquele assunto. Ela estava cansada e com uma leve tontura.

_ Segunda porta a esquerda no segundo andar. – James responde ainda encarando Válter.

_ Como sabe onde é? – Petúnia indaga levemente esganiçada.

_ Eu já vim aqui. – James comenta dando de ombros. – Nós pregamos uma peça em vocês enquanto dormiam. Acordaram aos gritos com o filho correndo pelo quarto.

_ Foi você! – Válter rosna avançando, mas tomando cuidado para desviar da varinha.

_ Foi sim, e daí? – James indaga encarando o homem. – O que vai fazer? Hum?

_ James vá até o quarto de Harry e pegue tudo que parecer ser dele. – Lily diz cruzando os braços. – Eu quero ter certeza de que nosso filho nunca mais pise aqui nessa casa.

_ Vai deixar por isso mesmo? – James indaga se virando para a esposa com a sobrancelha arqueada.

_ Só faça isso James, por favor. – Lily murmura respirando fund e James assente, e depois de olhar de uma maneira ameaçadora para os Dursley James subiu as escadas até o quarto. – Eu gostaria de falar com minha irmã a sós. – Lily diz depois de James sair.

_ Não vou permitir que fique sozinha com minha esp...

_ Está tudo bem Válter. – Petúnia diz erguendo o queixo. – Nos deixe sozinhas.

Válter, á contra gosto, atravessa a sala com passos pesados deixando as duas mulheres sozinhas na sala.

_ Eu realmente não entendo Petúnia. – Lily diz em um tom baixo, olhando para a irmã que continuava em pé, atrás da poltrona. – Seu ódio por mim, eu já superei, sério. Mas eu nunca imaginei que pudesse fazer mal a uma criança. Ao meu filho, seu sobrinho.

_ Acha que sou um monstro por isso? – Petúnia indaga, o queixo tremendo levemente. – Se eu fosse um monstro aquele moleque nunca teria vivido conosco. Válter iria mandá-lo para um orfanato, mas eu não deixei. Eu salvei a vida do seu filho. – a expressão de Lily se contorceu em surpresa com a frase da irmã. – No dia que deixaram o bebê aqui na nossa porta, ele veio com uma carta. Nela dizia que tinham morrido e que Harry podia correr perigo, ele só estaria protegido se continuasse vivendo com alguém com o mesmo sangue de sua mãe. O seu sangue, meu sangue. Viver comigo protegeu seu filho por todos esses anos.

_ Petúnia, eu sei disso. Eu fiz o feitiço de proteção. – Lily diz passando a mão pelo rosto, impaciente. – Mas isso de nada explica o porquê de maltratar meu filho como fez!

_ Eu tentei. – Petúnia diz balançando a cabeça nervosamente. – Acha que foi fácil cuidar de duas crianças? Eu dei tudo de mim para cuidar de Duda e Harry, e tentei, tentei muito tratá-lo como uma criança normal. Válter muitas vezes queria mandá-lo embora mas eu negava, dizia que talvez, se ele fosse criado conosco, talvez... ele pudesse ser normal. Mas Harry tem seu sangue afinal. Ele começou a fazer anormalidades, nós tínhamos que esconde-lo, senão as pessoas começariam a perceber. Válter tratou aquilo como um desastre, mas para mim foi um alívio quando Harry foi chamado para aquela escola. Longe pelo menos ele não causa problemas.

_ Você está escutando a si mesma Petúnia? – Lily indaga franzindo a testa, impressionada com o tom da irmã, como se ela tivesse 100% da razão em tudo que falava. – Acha mesma que pode se considerar uma heroína? Não importa o que fez, o que importa é o que não fez! Harry era uma criança inocente e você o julgou se baseando em emoções de anos atrás.

_ O que queria que eu fizesse?

_ Queria que tivesse cuidado do meu filho da maneira que um ser humano cuida de uma criança. – Lily responde. – Nada justifica o que fez Petúnia. Foi crueldade.

Petúnia se manteve calada, encarando a irmã com o nariz empinado, mas sem realmente manter contato visual, parecia apenas paralisada na pose superior. Lily olhou para ela alguns segundos e então se virou, dando o assunto como encerrado. Passou pelo armário sob a escada e passou a mão na pequena porta, reparando no quão pequeno era aquele lugar. Lily quase podia imaginar um garotinho miúdo vivendo ali, e isso lhe dava lágrimas nos olhos. Se pensar em tudo que ela havia sonhado para seu filho...

*

James entrou no quarto passando a mão pelos cabelos e encarou o cômodo, a irritação se tornou curiosidade. Era ali que Harry passava a maior parte das férias. James andou até a cama e sorriu ao ver que seu filho também não via razão em arrumar a cama, em cima dos lençóis ainda tinham alguns livros e pergaminhos deixados para trás na hora de fazer as malas, e as portas do guarda-roupa estavam abertas mostrando algumas roupas. James não iria pegar nenhuma roupa dali, ele mesmo iria comprar roupas para o filho, o mesmo para os sapatos e ele percebeu serem meio grandes.

James já estava fechando a mochila quando viu a foto sobre o criado mudo. Na foto ele e Lily estavam abraçados, girando e rindo para a câmera. Ele se lembrava dele dia, foi quando Lily lhe contou que estava grávida. Eles saíram para comemorar sem ligar para segurança ou algo assim, tiveram uma ótima tarde e noite com amigos e então Marlene McKinnon resolveu que eles mereciam uma foto para marcar o momento. James estava um pouco bêbado e Lily não parava de rir...

_ Pronto? – Lily indaga aparecendo na porta e flagrando o marido sentado na cama e olhando para uma fotografia dos dois. Ela se lembrava bem daquela foto. – Como ele tem isso? – Ela indaga pegando a foto nas mãos com carinho.

_ Harry disse que Hagrid havia juntado fotos nossas. – James responde olhando para a foto nas mãos da esposa. – Lembra desse dia?

_ Como não lembrar? Um bando de bêbados e eu tendo que cuidar de todos... –Lily diz rindo com um pouco de melancolia, um bolo estava se formando na sua garganta. – Marlene tirou a foto... Quem iria pensar que ela estaria morta um ano depois...

_ Muita coisa mudou naquele ano. – James diz pegando a foto e colocando na mochila. – Eu peguei tudo que me pareceu importante.

_ Ótimo. – Lily diz limpando a garganta. – Vamos embora daqui.

*

Os Dursleys estavam reunidos na sala quando Lily e James desceram, Válter e Petúnia pareciam ter chupado limão enquanto Duda encarava os tios com pavor.

_ Eu espero que fique bem Duda. – Lily diz passando por eles.

_ E eu espero que pague por tudo que fez ao meu filho. – James diz encarando o menino. – Infelizmente eu não posso fazer nada com você...

_ Nem pense em fazer algo ao meu filho. – Petúnia grunhi baixinho.

_ Por quê? O que tem de errado em maltratar o filho dos outros? – James indaga com sarcasmo. – Você fez isso por anos com o nosso.

_ Vamos embora. – Lily diz puxando o marido pela manga e abrindo a porta.

_ Apesar de tudo fico feliz que esteja viva. – Petúnia diz no momento que Lily saia pela porta, a ruiva não se virou, mas parou. – Mas nos deixe em paz agora.

Lily não respondeu, saiu da casa e respirou fundo, batendo a porta atrás de si. James estava na calçada encarando a casa com a testa franzida.

_ Vamos?

_ Um minuto. – Lily diz olhando para os lado sob o olhar curioso do marido. A ruiva puxou a varinha do bolso e depois de se certificar que a rua estava vazia apontou a varinha para o jardim da casa. A grama no mesmo instante começou a crescer e adquiriu um terrível tom marrom.

_ Sério? – James indaga rindo ao ver o estrago.

_ Tente cortar. – Lily diz apontando para a grama que chegava aos joelhos deles. James deu de ombros e puxou um punhado com a mão, a grama então voltou a crescer e adquirir um tom ainda mais feio.

_ Oh Meu Merlin, Lily! – James exclama sorrindo para a mulher. – Você destruiu o jardim da sua irmã.

_ Conhecendo Petúnia, isso será considerado o fim do mundo para ela. – Lily comenta olhando o que fez com orgulho. É claro que aquilo não se comparava em nada com o que os Dursleys fizeram a Harry, mas ela queria encerrar aquele assunto. Deixar para o passado.

_ Quem dera eu tivesse uma ideia brilhante assim. – James comenta com as mãos no bolso. – Eu só joguei dez bombas de bostas no quarto deles quando subi pro segundo andar. – Lily encara o marido com um sorriso torto no rosto e as sobrancelhas arqueadas. – O que foi? É a única que pode fazer algo?

Lily abriu a boca para responder o marido mas só viu um clarão antes de ser jogada no chão por James. Tudo ao redor girou enquanto ela se segurava em James e segundos depois eles estavam no chão em frente ao Largo Grimmauld.

_ O que foi isso? – Lily indaga assim que recupera o fôlego.

_ Tinha alguém lá. – James responde se levantando a ajudando a esposa, ele encarou o rosto dela se certificando que ela estava bem e então respirou fundo, olhando ao redor. – Tinha alguém lá. Alguém nos atacou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tan, tan, tan, taaaaaaaaan ~música de suspense.


O que acharam pessoal? Gostaram da treta em Potter e Dursley? Desculpa se foi decepcionante, mas eu não queria que James e Lily atacassem eles ou coisa do tipo, não vejo o casal Potter agir dessa forma. Mas agora Petúnia e Válter vão ter o pior gramado na rua ! :o

E o final? Perguntas? kkkk
Espero os comentários.
Beijos beijos beijos