Amizade e Amor escrita por beabea, beabea786


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoal aqui estou eu novamente. Queria ter postado antes, mas todos nós sabemos que o Nyah teve fora de ar para resolver alguns problemas, mas agora que ele voltou eu consegui arranjar tempo para conseguir postar o novo capitulo.
Espero que todos gostem.
Kiss, bea



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(duas semanas depois)

Aquelas duas semanas que se tinha passado a seguir ao anuncio do professor Cinna sobre o trabalho foram totalmente inúteis para a minha vida, passava quase os intervalos todos com o Finnick para tentarmos terminar o trabalho que parecia que nunca mais tinha fim. Peeta e eu voltávamos sempre para casa juntos e como não conseguíamos passar juntos o tempo livre que tínhamos na escola passávamos os fins de semana na casa um do outro a encher as barrigas de porcarias, não estou a reclamar nem nada disso na realidade acho que esses dias eram o pico mais alto da minha semana por isso vejam lá o quanto estas duas semanas foram desagradáveis.

Finnick não era difícil de aguentar, na realidade quando começávamos a falar com ele nunca mais se calava, parecia até que tinha engolido um gravador por estar sempre a repetir a mesma coisa todos os dias.

–Vais ver o jogo de sexta á noite? - questiona-me Finnick interrompendo assim a minha leitura uma segunda vez em apenas cinco minutos.

–A tua conversa de conveniência é ridículo. - confesso sem nenhum medo de o ofender, pelo o que percebi durante aqueles meses de aula que já iam Finnick não se deixava ofender por nada e isso admirava-me muito.

Estávamos sentados numa das mesas mais afastadas da biblioteca, eu tentava manter o rosto enfiado no livro que eu tinha encontrado com um assunto que me agradava mas tornava-se difícil quando de minuto a minuto Finnick metia-se comigo para tentar fazer conversa.

–Vai um cubo de açúcar? - pergunta-me ele depois de alguns minutos em silencio, cheguei até a pensar que ele já tinha desistido de falar comigo mas estava redondamente errada.

Não consegui evitar olhar para Finnick não conseguindo acreditar que ele me estava a fazer aquela pergunta, na sua mão direita estendida na minha direção estava um cubo de açúcar sem nenhuma deformação como os outros anteriores que eu tinha reparado que ele comera. Estava pronta para responder alguma coisa, mas foi impedida pelo o toque da campainha dando sinal que estava na hora da próxima aula.

–Salvo pelo o gomgo. - anuncio levantando-me da cadeira e pegando na mochila para poder levar o livro que seria a minha leitura de noite naquele mesmo dia.

–Não vens? - pergunto quando percebo que Finnick não está acompanhar-me como era esperado acontecer.

–Vou ficar aqui um pouco mais. - responde Finnick olhando para um lugar especifico da biblioteca.

Não consegui evitar seguir o seu olhar sendo facilmente respondida ás minhas duvidas quando encontrei Annie Cresta entretida a ler um livro que me parecia ser um romance visto que ela estava no corredor dos romances.

–Vocês até que ficam bem. - comento em voz alta chamando assim atenção de Finnick que olhou rapidamente para mim, percebi que ele pensava que eu já me tinha ido embora.

–Achas?

–Porque é que não falas com ela?

–Não tenho coragem.

–Estás a brincar certo? Estamos a falar do mesmo Finnick que levou o tempo todo a chatear-me para manter uma conversa comigo? - pergunto percebendo o quanto o Finnick gostava da Annie, notava os seus olhos a brilhar quando olhava para a Cresta. Será que eu era assim com o Peeta?
–Eu simplesmente bloqueio quando estou ao pé dela, consigo imaginar aquilo que lhe vou dizer mas depois que abro a boca só me saiem disparates por isso achei melhor parar de tentar…

–Finnick não podes simplesmente desistir de falares com ela, acredito que tu és um dos únicos da nossa turma que fala com ela e ao fazeres isso estás a isola-la mais e acho que disso ela já está farta. Tens que lutar, Finnick. Não desistas. - declarei num tom de voz entusiasta, queria que ele acreditasse que era capaz de conquistar a Annie. Ele merecia alguém especial.

–Olha quem fala.

–O que queres dizer com isso? - questiono não entendendo o comentário anterior feito por ele.

–Tu és apaixonada pelo o Peeta assim como ele é por ti.

–Estás enganado Finnick, o Peeta gosta da Delly. - confirmo sendo-me doloroso lembrar-me da revelação que Peeta fez á duas semanas atrás dele estar a gostar da Delly, a minha melhor amiga.

–Mas não negas que não gostas dele, pois não?

Não tive coragem de lhe responder

–Então porque é que não lutas por ele como estás a dizer para eu fazer com a Annie?

–É diferente. - afirmo não tendo a coragem de olhar nos olhos de Finnick.

–Onde é que é diferente, Katniss? Tu és apaixonada por ele, eu sou apaixonada por ela, ela não me corresponde, ele não te corresponde. Tens que dizer, Katniss!

–Ele é o meu melhor amigo! - rebento finalmente gritando a última parte sendo ameaçada com um “silencio” vindo da bibliotecária.

Fitei por vários segundos o Finnick que não teve a coragem de me dizer nada, sabendo que o assunto tinha chegado ao fim dei as costas ao Finnick e caminhei para fora da biblioteca percorrendo logo de seguida o caminho que me levaria para fora do edifício escolar já que a minha próxima aula seria Desporto, a aula que eu mais odiava.

–Finalmente encontrei-te. Estava quase a pedir para a Julie fazer um anuncio. - fala Peeta aparecendo de repente á minha frente assustando-me.

Julie trabalhava no jornal da escola e fazia os anúncios por intercomunicador quando o diretor pedia, Peeta conseguia convencer Julie sempre que queria fazer um anuncio.

–Eu estava na biblioteca com o Finnick. - informo dando a volta a Peeta que continuava á minha frente e logo de seguida continuei o caminho até ao edifício desportivo.

–Outra vez? Será que eu preciso de ficar com ciúmes? Nesta semana ainda não conseguimos passar um intervalo todo juntos sem sermos interrompidos pelo o Finnick. - declara Peeta fazendo com que eu olhasse de soslaio para Peeta quase não acreditando que ele estava mesmo a supor a ideia de ter ciúmes do Finnick.

–Olha quem fala, quando eu consigo ter um intervalo livre do Finnick tu tens que ir ter com a Delly. Quem é trocada a maior parte das vezes sou eu não tu. - respondo tentando entrar num tom de brincadeira mas acabou por me sair mais sério daquilo que eu esperava.

–A culpa não é minha se o professor Cinna nos atribuiu um trabalho tão difícil.

–Vamos mas é andando que a professora já deve estar no pavilhão pronta para nos marcar falta. Falamos depois. - confirmo sabendo que aquela conversa ainda não tinha acabado.

Estava a sair do balneário já com equipamento vestido quando vi Finnick entrar no balneário ainda não estando equipado, será que ele tinha ficado na biblioteca aquele tempo todo? E se teve será que ele seguiu o meu conselho e falou com a Annie? Esperava que sim.

–O que fazes aí especada, Katniss? - ouço Delly a perguntar-me já estando ela no corredor que ligava os balneários ao pavilhão desportivo.

–Estava… Estava…

–A professora já começou a fazer a chamada. - avisa Delly interrompendo aquilo que ia dizer, mesmo não tendo a mínima ideia do que me ia sair da boca.

Apressei o passo sabendo que não podia receber mais nenhuma falta naquela aula.

–Quero cinco voltas na pista. - ordena a professora enquanto guardava alguns papeis nas pastas que tinha trazido.

–Estou aqui professora.

–Atrasada novamente, Everdeen. Será escusado dizer que já te marquei falta.

–Mas eu já estou aqui.

–Se quiseres fazer a aula podes ficar se não saí. Já levas-te falta á mesma. - informa a professora encolhendo os ombros dando a entender que não ia fazer nada para mudar a minha falta o que era totalmente injusto visto que a Katherina tinha acabado de chegar á aula e não tivera que ouvir aquele sermão todo.

Irritada com a professora e sabendo que se ficasse naquela aula acabaria por fazer alguma loucura, saí do pavilhão seguindo pelos os balneários sozinha já que Delly estava a fazer aula por não ter levado falta.

–Katniss, vais-te baldar? - pergunta Peeta com um sorriso de desafio nos lábios, ele melhor que ninguém sabia que eu não me baldava não por prazer.

–A stora já nos marcou falta, não vale a pena ires para lá.

–Tu sabes que eu podia convencer a professora a tirar a falta, não sabes? - pergunta Peeta erguendo uma sobrancelha na minha direção.

Aquilo que ele dizia era a mais pura verdade, Peeta conseguia convencer qualquer pessoa com as suas palavras. Era quase incrível de ver.

–Eu também não estava com muita vontade de suar. - comento encolhendo os ombros imitando assim o ato de á minutos atrás da mulher que se considerava professora.

–Sendo assim eu vou me vestir. - afirma Peeta com uma grande descontração.

–O quê?! Não Peeta, tu vais á aula como disses-te tu consegues convencer a professora a tirar a falta.

–Eu não vou fazer a aula sendo que tu vais estar sabe-se lá onde.

–A Delly está na aula. - declaro sabendo que aquela informação faria Peeta mudar de ideias, enganei-me redondamente.

–Então onde vamos? Estou com algum apetite de um gelado, passamos pela sorvetaria?

–Eu consigo fazer mudar-te de ideias? - questionei sabendo qual seria a resposta.

–Não.

–Cinco minutos e saio. - respondo antes de entrar no balneário atrás de mim.

–Estou a contar. - ouço Peeta a grita no outro lado da porta fazendo com que eu me risse com a sua resposta ridícula.

Tentei despachar-me o mais rápido possível acabando assim quando faltava um minuto para o tempo que eu tinha estipulado que iria demorar, aproveitei esse minuto para olhar-me ao espelho e perceber o quanto horrível estava o meu cabelo naquele dia. Sabendo que não tinha tempo para dar um jeito naquele pedaço que parecia palha decidi fazer uma trança demorando mais ou menos para endireitar o cabelo.

–Estava quase para te ir buscar lá dentro. - comenta Peeta quando finalmente me aproximei dele.

–Tive que dar um jeito ao meu cabelo. - respondo apontando para o meu cabelo preso na trança um pouco desajeitada.

–Não percebo onde, ele estava ótimo para mim.

–Isso é porque és homem e não percebes de assuntos de mulheres.

–Dou-me por feliz por isso acontecer se não enlouquecia.

–Anda logo se não eu perco o apetite pelo o sorvete que me vais pagar. - provoco agarrando no seu braço e puxando-o para fora do pavilhão antes que a professora decidisse vir cá fora ver o porque de tanto barulho.

–Tu perderes o apetite de um sorvete? Nem num milhão de anos. E quem é que te disse que eu é que ia pegar o teu vicio por sorvete? - pergunta Peeta enquanto destrancava o seu carro.

–Ora, foste tu que convidas-te és tu que pagas. Nunca ouviste que o convidado nunca paga? - questiono com um sorriso engenhoso nos lábios, adorava distorcer aquilo que o Peeta dizia.

–És horrível, já ouviste isso também?

–Eu sei que me amas.- respondo corando logo de seguida por estar a dizer aquelas palavras.

–Sim pois… Vais ser sempre o meu recheio de glacé. - admite Peeta utilizando a alcunha que ele me dera quando tínhamos mais ou menos uns seis anos.

–Ainda não esqueces-te essa estúpida alcunha? - pergunto incrédula por perceber que Peeta se lembrava de uma coisa tão… Tão insignificante mas que fazia, ao mesmo tempo, parte de mim.

–A alcunha não é estúpida ainda mais quando fui eu que a pós.

–Arranca mas é com o carro antes que eu decida ir a pé. - fala já sentindo o meu estomago a protestar pela presença de algum açúcar lá dentro.

Chegamos depressa demais ao nosso destino terminando assim as nossas provocações infantis, ocupei uma mesa que estava vazia e Peeta fez o favor de ir pedir os nossos sorvetes sem se dar ao trabalho de perguntar qual era o que eu queria visto que ele sabia o que eu sempre pedia.

Os pedidos foram entregues rapidamente fazendo com que um silencio confortável invadisse a nossa conversa, tudo para saborearmos melhor o sabor do nosso sorvete.

–Estás suja aí. - informa Peeta apontando no seu rosto o local onde eu estaria suja.

Sem nenhuma vergonha por aquilo me estar acontecer tentei limpar-me com o guardanapo que me tinham entregado.

–Já está? - pergunto enquanto via Peeta a deliciar-se com o seu sorvete favorito: o de morango.

–Ainda não.

–Será que me podes ajudar? - pergunto entregando o guardanapo a Peeta quando pela terceira vez que eu tentava ele dizia que não estava.

Ignorando o guardanapo que eu estendia, Peeta aproximou a sua mão do meu rosto fazendo com que sem a minha ordem a minha respiração parasse como se soubesse que aquele ato era desconhecido. Com o seu polegar senti ele a passar no lugar onde estava sujo sentindo finalmente esse local limpo.

Estava pronta para agradecer quando reparei Peeta a colocar o seu polegar na boca saboreando assim o sabor do meu gelado.

–A próxima vez tenho que pedir esse sabor. - comenta Peeta sorrindo logo de seguida para mim.

–Dizes sempre isso, mas nunca o fazes. - falo quando finalmente o meu coração estava normal e eu sabia que a minha voz não me iria acusar.

–Mas agora é diferente, eu antes não tinha provado outro sabor mas agora que provei sei qual vai ser o próximo que vou escolher.

Revirei os olhos não conseguindo evitar perceber os argumentos de Peeta.

–Já acabas-te?

–Porque? Queres comer aquilo que sobrou? - pergunto provocando Peeta quando vi que o loiro já tinha terminado de comer.

–Queria levar-te a um lugar.

–Certo, certo. Bom já acabei sim. - respondo finalmente recebendo logo de seguida um agradável sorriso vindo do Peeta.

Ficamos alguns minutos a discutir quem pagava fazendo com que o empregado perdesse a paciência e dissesse que o sorvete era por conta da casa, sorri em direção ao Peeta ao ouvir aquelas doces palavras sendo que o sorriso ficou um pouco abalado quando escutei o empregado a ir se embora a resmungar alguma coisa. Tinha quase a certeza que era sobre nós, mas eu não ligava não quando estava a ter o melhor dia daquela semana de tédio.

–Onde é que vamos? - pergunto quando já estamos a viajar de carro já alguns minutos, a música de fundo era calma e proporcionava um ambiente confortável como muitas vezes acontecia quando estava na presença do Peeta.

–Um lugar que o meu pai me levou uma vez. - responde Peeta fazendo com que eu olhasse atentamente para Peeta.

O pai de Peeta tinha morrido á mais ou menos dez anos, na altura tínhamos sete anos e eu lembro-me tão bem como se fosse hoje. Peeta ficou arrasado, não falava comigo e ficava trancado no seu quarto o dia todo por momentos cheguei a pensar que a nossa amizade iria acabar assim até que um dia o Peeta chegou ao pé de mim, abraçou-me fortemente e pediu-me desculpas como se aquilo que ele fizera nas semanas que se passaram tivesse errado.

Peeta olho para mim desviando atenção da estrada por alguns segundos e abriu um sorriso para dar a entender que estava tudo bem, retribuindo sorri e pousei a mão na sua perna apertando o local embaixo de mim como um ato de carinho.

–Falta muito? - pergunto tirando rapidamente a mão da perna dele ao perceber que já tinha passado algum tempo com a mão no local.

–Tu nunca gostas-te de ser surpreendida. - comenta Peeta olhando para mim de soslaio com um sorriso nos lábios.

–Não é eu não gostar, é só que não me sinto segura ao não saber o que vai acontecer. -tento justificar o melhor possível.

–Não precisas de te justificar, Katniss. Eu sei como te sentes, mas garanto-te que vai gostar desta surpresa. Tens é que confiar em mim.

–Eu confio. - admito.


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Notas finais do capítulo

Que acharam? Pelos vistos Katniss não está a ser tão cuidadosa a esconder os seus sentimentos sendo que o Finnick já notou. Viram a presença da Annie no capitulo? Mais lá a frente veremos aproximação do Finnick e da Annie e tenho a certeza que vocês vão gostar.
Que acharam desta saida da Katniss e do Peeta? Foi apenas um momento para vos mostrar como se desenrola normalmente um dia em volta da amizade deles.
Qual será o lugar que o Peeta quer mostrar a Katniss?
Vocês vão ficar encantados com o proximo capitulo, mas para eu postar preciso de comentarios talvez também Recomendações, que acham?
Kiss, bea