Frozen 2 - Faces de um Espelho escrita por Bardo Maldito


Capítulo 5
Capítulo IV - Intriga


Notas iniciais do capítulo

Gente, peço desculpas pela demora. Esses dias, aconteceram várias coisas que nem sabia direito quando ia arranjar tempo pra postar... meu pc deu problema, veio gente aqui em casa... eu inclusive tenho que estudar pra um seminário da faculdade amanhã, só estou postando esse porque prometi pra uma grande amiga minha que ia postar hoje. Aqui, não acontece nada de muito relevante, mas abre as portas pro próximo, que esse eu garanto, vai ser chocante.
Boa leitura!



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A viagem de navio é calma. Anna está observando a paisagem do mar, um sorriso estampado no rosto. Respira fundo, com um sorriso no rosto... sobe na beirada e abre os braços, fechando os olhos. Sente o sol e o vento em seu corpo, enquanto se maravilha com a delícia que é navegar... quase pode ouvir uma música de fundo tocando, falando sobre como seu coração sempre vai seguir em frente...

– Anna?

Quando ouve isso, Anna abre os olhos e, se desconcentrando, perde o equilíbrio. Cambaleia por alguns segundos tensos, quase caindo pra fora do navio, quando Elsa surge a seu lado e segura sua mão, fazendo-a voltar em segurança ao convés.

– Você ficou maluca? O que estava fazendo? - pergunta Elsa, preocupada

– Ah... nada. Só... parecia uma boa ideia - Anna diz, meio sem graça

– Você quase caiu. Não faça mais isso, Anna. Ou vou ter que ficar de olho em você a viagem inteira?

Enquanto Elsa discute com Anna, escondidos entre sacos de batata, os bracinhos finos de Olaf cobriam a boca de Kristoff.

– Ei, ei, ei. Quer estragar tudo? - diz ele

– A Anna quase caiu. Não foi por isso que eu vim? Pra salvar ela dos iminentes perigos? - pergunta Kristoff

– Isso até pode ser, mas ela já está segura. - diz Olaf - E se você se deixar revelar, vai ter que explicar por que está aqui... e a Anna vai ficar brava.

– Tsk... estou começando a achar que essa não foi uma boa ideia - resmunga Kristoff

– Ora, foi uma ótima ideia O que pode dar errado?

Logo após Olaf falar isso, o monte de batatas bufa.

– Calma, Sven. Assim que chegarmos em terra, você pode respirar de novo. - diz Kristoff - Você é um teimoso, deveria ter ficado em Arendelle.

– Mas eu não podia deixar você ir sozinho, você pode precisar de minha ajuda! - responde Kristoff, falando como se fosse Sven

– Sei, sei... só não vá...

Quando Kristoff diz isso, todos ouvem um barulho de vômito bem alto. Anna está apoiada na beirada do navio, despejando todo o conteúdo de seu café da manhã no mar.

– ...enjoar. - completa Kristoff

*

Após muitos contratempos, a viagem finalmente termina. O navio de Arendelle chega no território real das Ilhas do Sul, durante a noite. Elsa e Anna são recebidas por uma bela comitiva, que as leva de carruagem até o palácio da família real das Ilhas do Sul. Olaf, Kristoff e Sven os seguem pelo caminho, discretamente, até o momento que chegam no palácio.

Elsa suspira, na porta do palácio.

– Como nós combinamos, Anna. Deixe que eu lide com eles. - diz Elsa

– Está certo, eu entendi. Por que está falando isso, acha que vou abrir a boca e estragar tudo?

Elsa tem vontade de responder “sim”, mas decide não dizer nada. Então, caminha com dignidade pelo palácio, seguida por Anna, que tenta manter a compostura, sem tantos resultados.

Até que chegam à sala do trono. Lá está toda a família real das Ilhas do Sul... e realmente, são MUITOS irmãos. Além de Hans e de Adrian, também havia mais onze irmãos. Porém, Anna notou que todos ali eram velhos ou feios, embora Adrian fosse o mais velho e feio de todos... nenhum deles possuía a beleza e o charme de Hans, que estava de pé ao lado deles, se recusando a encarar as visitantes.

E, no trono, estava um homem magro e inexpressivo, de idade já avançada, mas que parecia ter sido muito atraente em sua juventude, provavelmente a quem Hans puxou sua aparência cativante. Estava vestido em vestes ricas e impecáveis, uma grande coroa brilhando em sua cabeça. O rei Kai, das Ilha do Sul.

E de pé ao seu lado, vestida em mantos negros, sorrindo ao ver as visitantes... Lady Hela.

– Sejam bem-vindas... Rainha das Neves Elsa, e princesa Anna, de Arendelle. - diz o rei, com voz rouca - É uma honra recebê-las nas Ilhas do Sul.

– Viemos para o casamento do príncipe Adrian. E para lidar com um certo problema diplomático. - diz Elsa, com voz educada, mas ainda assim firme

– Ah, sim. - diz o rei, inexpressivo - Eu certamente tive uma ideia infeliz ao mandar a vergonha de nosso reino para o aniversário de sua Alteza, princesa Anna.

Anna nota que, ao ouvir essas palavras, Hans aperta o punho com força, a ponto de ele estremecer.

– Foi uma ideia infeliz, sua Majestade rei Kai das Ilhas do Sul. - diz Elsa - Por pouco, não considerei tal ato um insulto. Porém, em nome da relação que há entre nossos reinos, decidi comparecer pessoalmente para a resolução desse problema.

Lady Hela sorri maliciosa, provavelmente por saber que Elsa estava mentindo.

– Eu desejava mostrar-lhes que o pequeno rufião que lhes fez mal está completamente domado. Como um cão na coleira. Peço sinceras desculpas se o ato lhes ofendeu.

Anna nota que tais humilhações realmente transtornavam Hans, que agora encarava os próprios pés, aparentemente cheio de vontade de dirigir o olhar de ódio para seu pai. E... a maioria dos príncipes parecia dar um meio riso ao ouvir isso.

Anna percebe o que estava começando a sentir, e repete baixinho pra si mesma “Não sinta pena dele, não sinta pena dele...”

– Não discutamos mais isso. - diz Elsa, que embora tenha se sentido realmente ofendida, queria que a audiência acabasse o mais cedo possível - O passado está no passado. Coloquemos nossas vistas no futuro. No casamento de sua Alteza, o príncipe Adrian.

– Ah, sim. Meu herdeiro, que fará do reino das Ilhas do Sul um lugar ainda mais próspero. - ao ouvir isso, o príncipe Adrian estufa o peito (ou a pança), orgulhoso

– E será uma honra assistir tal união. - diz Elsa

– Majestade... - diz Lady Hela - Nossas convidadas devem estar cansadas da longa viagem. Suponho que seja indelicado mantê-las ainda mais.

– Ah... tem razão. - diz o rei, tocando uma sineta, ao que surgem dois servos - Mostrem a nossas convidadas seus reais aposentos.

Elsa e Anna se curvam graciosamente (Anna nem tanto), e seguem os servos até seus quartos. Soberbos e magníficos, não deixam nada a desejar.

– Bom... por quanto tempo mais teremos que aguentar isso? - pergunta Anna, assim que os servos saem

– Conversarei com Lady Hela logo. - diz Elsa - O casamento está marcado para daqui a dois dias: amanhã, irei investigar tudo que puder sobre a origem de minha mágica.

– Investigaremos, você quer dizer. - corrige Anna

– Anna...

– Não comece, Elsa. Se eu vim até aqui, foi pra estar junto de você. Não pode me deixar pra trás sempre. - diz Anna, bufando

– Não... você tem razão, Anna. Porém... com Lady Hela, prefiro lidar sozinha. Ela não é uma pessoa confiável.

– Bom... você que sabe. - Anna se larga em uma das duas camas do grande aposento - Enquanto isso, eu vou... eu vou... - porém, nem termina de falar, e começa a dormir. Realmente, a viagem havia sido muito exaustiva.

Elsa sorri, se inclina para a irmã e lhe dá um beijo na testa, antes de sair do quarto.

– Espero que tenha achado seus aposentos confortáveis. - diz uma voz, logo que Elsa sai do quarto

E lá estava Lady Hela, no corredor, caminhando até Elsa.

– Você estava nos espionando? - pergunta Elsa, a voz tão fria quanto o gelo que conjurava

– É claro que não, sua Majestade. - diz Lady Hela - Apenas... pressenti que gostaria de falar comigo o mais cedo possível.

– E pressentiu certo. - diz Elsa - Estou aqui. Agora, me diga como farei para ouvir as tais histórias de que me falou. Você as conhece, não é?

– Sim, certamente... - diz Lady Hela, com um risinho - Mas sua Majestade não confia em mim, não é?

Elsa quase diz “sim”, mas se aguenta.

– Não se preocupe. Eu não a culpo. E justamente por isso... - ela caminha até uma janela - Naquela montanha que você vê, próxima daqui, mora uma velha xamã. Ela conhece toda as histórias das Ilhas do Sul. Pode ouvir coisas interessantes dela.

– E por que eu devo confiar nisso que você diz? - pergunta Elsa

– Talvez não devesse. Mas se fosse o caso... não teria vindo, não é mesmo? - diz Lady Hela - Acredite, uma vez que você encontre a xamã, não duvidará de suas palavras.

– Saiba que se um fio de meu cabelo sequer for alvo de violência ou insulto, Arendelle cortará definitivamente suas ligações com as Ilhas do Sul, não importando que ligações tenhamos. - diz Elsa

– Ora, que palavras cruéis... deveria acreditar em mim quando lhe digo que não lhe desejo mal, sua Majestade. - diz Lady Hela - Mas... se me permite a observação... sua Majestade se referia apenas a si própria. Não pretende levar a princesa Anna?

Elsa parece hesitar. Porém, no momento seguinte diz: - Minhas intenções não são de seu pecúlio, Lady Hela.

– Certamente, certamente... - Lady Hela ri baixinho para si mesma - Bom... se estamos resolvidas, a deixarei descansar. Amanhã será um longo dia, que trará muitas respostas. - então, Lady Hela faz uma reverência e sai

Elsa coloca a mão sobre a testa, suspirando. Então, retorna a seu quarto.

No fundo do corredor, olhos miram o espaço aonde as duas figuras que conversavam estavam.

O brilho de uma adaga reluz sob a luz dos castiçais nas paredes.


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Notas finais do capítulo

Bom, está aí. Espero que tenham apreciado, e até o próximo!