Frozen 2 - Faces de um Espelho escrita por Bardo Maldito


Capítulo 2
Capítulo I - Um Outro Futuro pra Mim


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui já é mais Frozen. E como Frozen não é Frozen sem músicas... haverá músicas nos capítulos. Todas escritas por mim. Não, eu não sei tocar nenhum instrumento musical, então infelizmente são só as letras. Mas no futuro... quem sabe eu não converso com amigos que entendam do assunto, e fazemos as músicas?
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/497078/chapter/2

A princesa Anna, de Arendelle, abre os olhos. Se senta na cama, e se espreguiça, olhando a janela, por onde entra o sol.

– Ai, ai... bom dia. - ela diz, enquanto passa as mãos por seu cabelo bagunçado - Espere. - ela diz para si mesma - Por que eu acordei tão cedo? Que dia é hoje? - ela para pra pensar por alguns segundos, e então sorri de orelha a orelha - Meu aniversário!

Anna pula da cama, se trocando rapidamente. Então, para à frente de sua porta.

– Ok... calma... tenho que me controlar. Melhor deixar eles fazerem da forma que querem.

Anna suspira e sai do quarto, andando calmamente... por alguns passos, até tropeçar em uma pequena (bem pequena) dobra no tapete, e então esbarrar em uma armadura ornamental, derrubando-a no chão e desmontando-a completamente.

– Ai, meu Deus! Tenho que arrumar isso, e se alguém vê? - ela diz, exasperada, enquanto junta as partes da armadura

– Bom dia, Anna!

Anna vira a cabeça, e lá está Olaf, um pequeno boneco de neve que caminha até ela sorrindo, com uma pequena nuvem sob sua cabeça, despejando flocos de gelo que impedem que ele derreta.

– Ah, bom dia, Olaf. - diz Anna, enquanto tenta juntar as partes da armadura

– É um bom dia mesmo, né? Aliás... - ele caminha até Anna e a abraça com seus bracinhos de graveto - Parabéns pelo seu...

– Olaf, não! - ela tapa a boca de Olaf com a mão

– O quvê, nhóm é xeu nhivesárro? - ele diz, ou tenta dizer, com a mão de Anna sob sua boca

– É, é sim. Mas eu sei que a Elsa e o Kristoff vão querer fazer uma surpresa, e querem fazer de conta que esqueceram. Então, eu tenho que fingir que também não lembro.

– Ahhh...chá entjendi. - diz Olaf - Annha... dá pra tjira xua mão da minha buoca?

– Ah! Me desculpe, Olaf! - ela tira a mão

– Nossa, eu achei que ia morrer. - ele diz - Não tava conseguindo respirar... - então, ele fica em pânico - Anna, eu não tou conseguindo respirar! Eu vou morrer!

– Você não respira, Olaf. Calma. - diz Anna

– Ah, é... não preciso dessa besteira de ar. Sem ofensa, sem ofensa...

– Tudo bem, Olaf. - Anna ri - Eu vou dar uma volta. Se encontrar a Elsa, ou o Kristoff, não conte pra eles que eu lembro do dia de hoje. Será nosso segredo, tudo bem?

– Segredo? Então, eu... eu sou um agente secreto?

– Ah, bem...

– Eu sou um agente secreto! Eu sou um agente secreto, eu sou um agente secreto...! - Olaf cantarola em altas vozes, enquanto saltita pelos corredores

Anna ri, para então se levantar e colocar a armadura no lugar.

– É... meu aniversário. Um futuro.

Então, Anna começa a caminhar pelos corredores, cantarolando também.

Um ano que passou sensacional

E veio o dia especial

Futuro, me espere, aqui vou eu

Mais um ano chega novinho

Cheiroso, limpo e brilhante

Prevejo um futuro empolgante

Depois da chuva, vem a calma

E um arco-íris vem brilhar

Sem medo e sem receio eu vou andar

Eu vejo um outro futuro pra mim

Que se aproxima pra me ver

Eu vejo um outro futuro pra mim

Que me alcança pra valer

Eu vejo um outro futuro

Que vem chegando

Que vem marcando

O meu presente

Pra mim...

Andando, Anna se encontra com Elsa, sua irmã mais velha e rainha de Arendelle. Uma mulher bonita, de cabelos tão loiros que quase chegam à completa brancura, trajando um vestido longo e belo, parecendo ser feito de cristais de gelo sobre pura seda. Sua maior fonte de apoio e consolo no mundo.

Durante anos, Elsa evitara contato com Anna, por ter medo de machucá-la com sua mágica. Desde que nascera, Elsa conseguia criar gelo, fazendo dele o que bem quisesse. Mas com um acidente no qual Anna acabou machucada, os pais das meninas proibiram Elsa de mostrar seus poderes a Anna, e fizeram com que a menina, com medo de si mesma, se escondesse de tudo e de todos. Até que, após a morte dos pais, cujas vidas foram perdidas em um naufrágio, Elsa se tornou a rainha do reino de Arendelle e, por acidente, acabou revelando seus poderes para todos. Após muitos incidentes, porém, Elsa aprendeu a controlar a si mesma, e a aceitar a si mesma, e o relacionamento das duas irmãs se tornou mais claro e límpido que nunca.

Elsa está conversando com um dos criados do castelo.

– Não, não, não... o chocolate favorito da Anna é com castanhas, precisamos desses para a f... - ela para de falar assim que nota Anna chegando - ...para a faxina! É... Anna tem bom gosto, e o chocolate que ela gosta certamente será do agrado do pessoal que vai fazer a faxina, durante um intervalo pra lanchar, e... ah, bom dia, Anna!

– Oi, Elsa. - ela sorri para a irmã

– Está um dia bonito, não é? - Elsa olha para a janela - Ah, isso é tudo, Ulfric. - ela diz para o servo, que faz uma reverência e se retira, com um risinho no canto da boca que não passa despercebido por Anna

– Está, sim. - Anna diz - Escute, Elsa. - ela faz uma falsa expressão intrigada - Eu acordei pensando que hoje fosse algum dia especial... sei lá, talvez aniversário de alguém... hoje não é aniversário do Sven?

– Quê? Do Sven? É claro que não, é o se... - Elsa pigarreia - Caham, é o sexto dia da semana. Somente um dia comum, Anna. Por quê?

– Ah, por nada. Bom, se divirta pensando no lanche do pessoal da faxina! - Anna diz, enquanto sai andando, meio saltitando.

Quando toma distância, Anna começa a rir.

– Elsa, sua boba... a quem você pensa que engana? Pra quem passou tanto tempo se escondendo, achei que você soubesse mentir melhor. - ela para e olha pra cima, como que revirando velhas memórias - É... se escondendo...

Então, Anna recomeça a caminhar e cantarolar.

Nunca pensei que poderia seguir

Mesmo que a mudança tenha tardado a vir

E a grande revolução chegou pra ficar

Encaro o passado sem hesitar

E vejo o futuro me abraçar

Me aperte

Me mostre

O que vem a seguir

Parando perto de uma janela, Anna olha pela mesma e enxerga Kristoff, que estava trazendo um grande fardo no trenó atrelado a Sven, sua rena de estimação, e muito seu amigo. Anna se escondeu no canto da janela, antes que Kristoff a visse. Kristoff é o Entregador de Gelo Oficial de Arendelle, um trabalho um bocado desnecessário quando a própria rainha possui capacidade de criar gelo à vontade, mas uma função que o rapaz desempenhava com orgulho. Ele normalmente vem entregar grandes blocos de gelo, mas dessa vez, Anna poderia apostar a sua vida que não é gelo que há por baixo dos panos que cobrem o fardo no trenó de Kristoff.

Kristoff é namorado de Anna já há quase um ano. No ano anterior, ele ajudara Anna a encontrar sua irmã após o acidente no qual a rainha se revelou, e depois viera a se apaixonar por ela. Embora Anna inicialmente estivesse apaixonado por outra pessoa (cujo nome, nos dias de hoje, é um tabu de se dizer na presença de Anna), logo passou a retribuir o sentimento de Kristoff. Hoje em dia, é uma de suas maiores fontes de amparo, alguém por quem possui um amor que, diferente de um “fogo de palha” que queima intensamente e por pouco tempo, é um amor constante e durável.

Cada momento especial

É encontrado na minha vida

E mesmo que eu me sinta assim perdida

Eu tenho amparo

Eu tenho amor

Minha irmã pra mim voltou

E tenho meu alguém especial

Que nunca me abandonou

Eu tenho sorte...eu tenho tudo...

Eu tenho um grande e belo futuro!

Kristoff está trabalhando no trenó, mas parece pressentir e olha na direção de Anna, que imediatamente se esconde. Julgando ser sua imaginação, Kristoff torna a seguir seu caminho, enquanto Anna, sorrindo, corre e saltita pelos corredores do castelo.

Por isso vou viver!

Por isso vou vencer!

Por isso, em frente vou seguir!

E com isso vou crescer!

Eu vejo um outro futuro pra mim

O passado ficou pra trás

Eu vejo um outro futuro pra mim

E tão bem isso me faz

Eu vejo um outro futuro

Que vem pra mim

Que vem assim

Sem avisar

Me surpreender

Pra mim...

E sem fim!!!!

Enquanto canta e saltita, Anna chega até a sala do trono, aonde estavam Elsa e Kristoff.

– Ah...bom dia, gente! - diz Anna

– Bom dia, Anna. - Kristoff diz - Está com vontade de dar um passeio?

– Um passeio? - ela diz, enlaçando seu braço no braço de Kristoff - E pra onde pretende me levar?

– Ah, eu estava pensando em irmos ver minha família... faz tempo que não vamos visitá-los.

– Sua família? Por que quer ver sua família justo hoje? - Anna pergunta, para em seguida assumir um ar malicioso - Por acaso quer que ela esteja reunida para me pedir em casamento?

Sven se vira para Anna, com os olhos arregalados. Kristoff engasga.

– Quê? O quê? Não, eu... não é por nenhum motivo, eu... quer dizer, eu gosto de você, eu te amo, você sabe, mas eu... - ele se enrola pra falar, fazendo Anna rir

– Só estou brincando, seu bobo. - ela dá um pequeno peteleco carinhoso no nariz de Kristoff - Posso ir, Elsa?

– Claro que pode. - Elsa diz - Só esteja de volta antes do anoitecer, por favor.

– Por quê? Por acaso vai ter algo especial hoje à noite? - Anna pergunta, assumindo nova malícia

– Quê? Claro que não, Anna, pare com essa ideia boba. - diz Elsa - Por acaso acha que é o que, aniversário do Sven? - ao ouvir isso, Sven olha para Elsa, intrigado

– Ah, não, estou sendo boba. - diz Anna, puxando Kristoff pelo braço - Vamos, Kristoff, vamos, ou não chegamos antes do anoitecer!

– Então... até breve, Majest... - Kristoff tenta dizer, se despedindo de Elsa, mas não consegue terminar de falar, com Anna correndo

– Até, e se divirtam. - diz Elsa

*

– Mas ela está mais fofa que nunca! - diz uma troll, enquanto aperta as bochechas de Anna

– Sério, Kristoff... você tirou a sorte grande. - diz um outro troll, dando uma cotovelada na canela de Kristoff

– Anna, Anna! Me pega! - um dos pequenos trolls pulam no colo de Anna, que o ampara bem desajeitadamente, enquanto outro pula em suas costas

– Ai... é... é muito legal ver vocês. Eu estava com saudades. - diz Anna

– Ora, nós é que ficamos muito felizes de Kristoff trazer você! - diz uma troll - Afinal, hoje é dia do seu...

– Não! Não fale nada! - Kristoff diz

– O quê? Não posso falar que... - ela parece compreender - Ah, já entendi. Querem fazer uma surpresa, não é?

– Surpresa? Que surpresa? - Anna pergunta, fingindo não saber de nada

– Ah... nenhuma surpresa. Nada. Nadinha! - diz Kristoff - Ahn... não é, Sven? - Sven balança a cabeça negativamente

– Ah, então tá. - Anna diz, colocando as crianças no chão

– He, he, he...

É o Vovô Troll, o troll mais velho e sábio de toda a tribo, e também um xamã experiente, que se aproxima de Anna com um sorriso no rosto.

– O tempo passa tão rápido... parece até que fazem mais de dez anos que eu vi você pela primeira vez, princesa Anna de Arendelle. - diz o Vovô Troll

– É... e é mais ou menos isso, não é? - diz Anna

– É, é sim... - ele diz, sorrindo - Anna, se abaixe um pouquinho.

Anna se abaixa, ficando à altura do velho troll. Vovô Troll pega sua mão e a olha nos olhos com ternura.

– Anna, você tem um futuro lindo pela frente. Você pode talvez pensar que é uma pessoa comum se comparada à sua irmã Elsa... mas isso não é verdade. Você tem muito amor no seu coração. Um amor desmedido, que muda todos ao seu redor.

– Não acho que seja tanto assim... - diz Anna, meio encabulada

– Olha só o Kristoff! - diz um dos pequenos trolls - Ele era um manezão que não se preocupava com nada, que só andava pra lá e pra cá com o Sven, sem ligar pra nada... e olha pra ele agora! Ele nem cheira mais tão mal quanto cheirava antes!

– Obrigado, Mateo. - diz Kristoff, sarcasticamente

– Mateo tem certa razão, Anna. - diz o Vovô Troll, rindo ligeiramente - Você não consegue entender bem como é o grande poder que está em seu coração. Mas o amor pode fazer grandes mudanças. E você tem muito amor. Mudou Kristoff, mudou sua irmã Elsa... você pode fazer muito.

– Ora... obrigada. - diz Anna

– Mas... - ele continua - ...grandes poderes trazem grandes responsabilidades, como já disse uma vez o mentor de um grande herói. Da mesma forma que o poder de Elsa teve que ser controlado para agir em nome do amor, você tem que controlar o seu amor para sempre trazer o bem.

– Eu... entendo.

– Mesmo que hoje não seja nenhum dia especial... - o Vovô Troll ri, enquanto tira de dentro das roupas um pequeno colar, feito de cordão mesmo, com uma pedra brilhante esculpida no formato de um coração - ...tome isso, como um presente de nós, que também somos sua família.

– É... é lindo. - Anna parece muito emocionada - Muito obrigada.

– Ah, deixe que eu coloco! - Kristoff diz, indo até Anna e, pegando o colar, passando-o em torno do pescoço de Anna

– Você tem um grande coração, tão grande que muitas vezes pode parecer grande demais para caber em seu peito. - continua o Vovô Troll - Mas você nunca pode deixar seu coração ser maior que você. Viva de acordo com seu coração... e cresçam juntos.

– E não se esqueça de crescer junto com o Kristoff também! - diz um dos filhotes trolls, fazendo todos rirem

– Sério...muito obrigada. A todos vocês. - diz Anna, os olhos marejados de lágrimas

– Ei, daqui a pouco vai anoitecer! - diz uma troll - Não é melhor vocês voltarem, para a festa-surpresa da Anna?

– Agnes! - diz Kristoff - Você vai estragar a surpre...!

Porém, Kristoff para de falar quando Anna lhe dá um beijo no rosto.

– Eu não ouvi nada, Kristoff. Nem desconfio da surpresa de vocês. Vamos logo, vai ter chocolate com castanhas! - ela diz, se levantando e correndo para o trenó - Tchau, pra todos vocês!

Kristoff suspira.

– É... não tem jeito. - então, ele sorri e acompanha Anna


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, aqui está!
Espero sinceramente que tenham gostado. Críticas ao meu estilo de escrita são sempre bem-vindas!
Trabalharei ao máximo pra postar um capítulo atrás do outro,porque procrastinar é algo que realmente me faz mal. Então... como eu disse, se eu demorar mais de dois dias pra postar um capítulo, podem me cobrar do jeito que quiserem. Se quiserem, podem até jogar pedras na minha casa, porque eu QUERO ser cobrado, pra não deixar a preguiça desperdiçar minha ideia.
Bom, obrigado pela leitura!