Unbroken escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 6
Anger


Notas iniciais do capítulo

AI GENTE PLEO AMOR DI DEUS SOCORRO COM ESSE CAP OIEROEIEOIE SOCORRO! BEIJO QUASE BEIJO TANTO FAZ MAS BEIJO! I'M LOVE IT, AI AI, LEIAM, LEIAM ANTES QUE EU INFARTE COM ESSE CAP !
Enjoy it



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"But don't look back in anger!"

– Ai meu Deus, essa noite devia ser perfeita! Devíamos estar comendo salgadinho e bebendo, brincando de alguma coisa, todos deviam está rindo e fazendo piadas – disse Piper, se lamentando no peito de Jason, no sofá da casa da fraternidade do garoto.

E eu? Como eu me sentia naquela situação? Eu não fazia a mínima ideia. O motivo da briga não foi por minha causa, mas ela me causou uma grande frustração emocional: lembrou-me muito a briga de Luke e Matt, oque fez com que meu cérebro surtasse em ilusões. Eu havia quebrando uma garrafa de cerveja na cabeça de um garoto chamado Percy Jackson, filho do sócio de minha mãe, e ele estava deitado inconsciente no sofá maior. Eu estava sentada na poltrona, com as pernas junto ao corpo, chorando silenciosamente. Piper decidiu me dar um tempo para esfriar a cabeça. Poucos segundos após a briga acabar, Nico e Thalia voltaram para a sala e viram oque aconteceu, imediatamente Leo saiu da sala, Bianca foi atrás dele e eles não voltaram. Deviam ter ido embora, sem dúvida. Mais tarde, Nico e Thalia foram embora também, alegando que “o clima estava tenso demais para eles”.

Eu fiquei, embora eu não sabia direito o porque, primeiramente eu queria pedir desculpas para o Percy. Mesmo ele sendo daquele jeito, e tendo merecido aquela garrafada, o que eu fiz foi contra meu comportamento, contra o que eu sou. Também fiquei ali porque estava de carona e teria que esperar Piper para me levar pra casa. Piper se levantou do sofá e pegou uma água para mim, dando-me também um calmante. Eu parecia tão descontrolada assim? Oque eles pensariam que eu era? Uma louca desumana quebradora de garrafas?

– Mas que inferno, minha cabeça doí pra cara... – murmurou Percy, indignado no sofá, começando a se mexer aos poucos. Eu, Piper e Jason nos viramos para ele, receosos de seu comportamento. Sabiam que Percy fazia oque bem entendesse sem medir esforços.

– Percy... – eu digo, saindo do transe e indo até o sofá que ele estava, sentei na beirada do sofá, me sentindo péssima. Acho que péssima chega até ser eufemismo.

– Você... – ele rosnou, seus olhos faiscaram, como chamas verdes no oceano. – Temos algumas contas para acertar – ele disse, fazendo uma meia careta, dava para perceber claramente que ele estava sentindo uma baita dor de cabeça.

– Acho melhor vocês conversarem, e Percy, vê se não machuca a Annabeth – disse Jason. Me senti grata por sua voz demonstrar um pouco de ameaça, mas me senti horrível por está no meio de dois amigos.

Piper e Jason foram para o quarto de novo, talvez terminar oque estavam fazendo, pensando que Percy não me machucaria. Eu tinha minhas dúvidas sobre isso, porém, parecia que eu estava sobre efeito sedativos por conta da lembrança.

– Me desculpe, de verdade – sussurro, colocando a mão na testa do garoto, onde se formava um galo enorme e tinha uns pontinhos vermelhos, de cortes que o vidro provocou. Ele se sentou no sofá.

– Qual é o seu problema, ein? – ele sussurrou, para que ninguém ouvisse, mas isso não o impediu de ser grosseiro. – Primeiro me dá um fora, depois chuta o lugar proibido e agora quebra uma garrafa na minha cabeça? Você me odeia tanto assim ou oque?

– Me desculpe. Eu tenho muitos problemas e eles me deixam nesse modo defesa, mas isso não vem ao caso, não é da sua conta. Eu realmente sinto muito por ter feito isso com você. Eu sei que você estava me ignorando, e sinceramente, pode continuar, eu não me importo. Só quero distancia de você, pois você é sinônimo de confusão.

– Sim, seu problema deve ser loucura, pois não há nada aqui para se defender. Não sou sinônimo de confusão – ele disse ríspido. Me levantei do sofá, ficando de pé em frente a ele - Você não é a única coitadinha do mundo que tem problemas, eu também tenho problemas. E nem por isso eu saiu quebrando garrafa na cabeça dos outros – ele se exaltou, estava quase gritando. Sabia que Jason e Piper conseguiam ouvir lá de cima.

– Você não sabe nada sobre mim, Jackson, cala sua boca! – gritei, com raiva.

Senti raiva dele, mas naquele momento, ele sentado no sofá, sentindo dor e tentando acompanhar a situação, eu pude ver que ele era quase que um ser humano. Calcei minhas sapatilhas, não me despedi de Jason e Piper para não interromper oque eles faziam; quando cheguei à porta, senti braços firmes segurarem meu braço, me parando.

– Porque você não vem calar? – ele disse, desafiador.

– Ahn? – digo sem entender, mas em uma fração de segundos a boca de Percy Jackson estava colada na minha.

Eu não o beijei, não permiti isso. Mas acho que ele só queria me provocar, uma vez que nem pediu passagem para a língua. Ele encostou sua boca na minha e mordeu levemente a parte inferior, antes de se afastar de mim e retirar sua mão firme em minha cintura.

– Sua cara, está meio que “uau, ele me beijou, ele beija bem”. Confesse que quer me beijar... – o cafajeste, safado, idiota e ordinário disse. Se encostou ao batente da porta e cruzou os braços, com aquele sorriso malicioso nos lábios que eu acabara de provar (mesmo não querendo).

Fechei a cara para ele.

– Você. Não. Me. Beijou – digo pausadamente – Aquilo não foi um beijo.

– Você que sabe

– Não sabia que você beija as pessoas que você está com raiva – digo, sarcástica.

– Você foi a única exceção, sinta-se sortuda – ele disse. Ele estava me fazendo ficar mexida com ele, era isso que ele queria. Ele sabia que eu não era de pedra. Jackson é realmente igual a uma criança, quando não consegue um brinquedo arruma outras formas de consegui-lo.

Me virei e andei em direção a saída do campus da universidade. Não era muito longe, apenas três minutos andando.

– Annie – gritou alguém ao longe.

Annie? Que diabos me chama de Annie?

Me virei para ver quem era só para ver Percy correndo em minha direção. Ótimo. Se ele soubesse da verdade, não iria ficar me procurando.

– O que você quer, Cabeça de Alga? – eu digo quando ele estava ao meu lado. Eu não parei para falar com ele, continuei andando a caminho de meu carro.

Ele demorou um pouco para falar, como se estivesse pensando o porquê de eu ter chamando-o de cabeça de alga.

– A Piper praticamente mandou eu te levar para casa, ela não quer que você vá sozinha nesse estado, e aliais, ela que era sua carona.

– Que diabos de estado que eu estou? – eu digo, exaltada.

– Você não consegue nem andar em linha reta direito, cara – ele disse unindo as sobrancelhas.

– Claro que eu consigo, eu quero ir para casa sozinha. Você não ia dormir ai hoje?

Parei e virei para ele, percebendo que realmente eu estava no zig zag estranho. No escuro, ele ficava com um aspecto mais sombrio, o que era bastante perigoso, já que nas séries de televisão eu sempre fico com o vilão. Desde que ele seja bonito, claro.

– Eu ia, se a festa fosse realmente boa e eu ficasse tão bêbado que nem me lembraria do meu nome, e eu também pensei que ficaria a noite toda com Rachel, mas nada disso aconteceu. Então vou para casa.

– Isso só pode ser castigo.

– Oque?

– Nada, vamos.

O caminho todo de casa só se ouvia o som do carro rolando no asfalto. Longos 20 minutos de volta para casa. Percy não fez questão de puxar assunto, percebi que ele parecia estar com mais raiva do que mostrava, ele segurava o volante com tanta força que seus dedos estavam brancos. O carro corria numa velocidade absurda, mas eu não me importei em chamar a atenção dele. Se morrêssemos ali, por acaso, seria lucro.


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Notas finais do capítulo

Cometem, acho que seu dedo não vai cair... :)