Unbroken escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 38
Clarity


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo!!! Eu não ia postar hoje, nem sei quando eu iria postar, mas ai eu entrei no Nyah e vi ali um "Myyh Di Angelo recomendou Unbroken" e eu simplesmente explodi de alegria o suficiente pra vim postar o capítulo mais romantico que a autora de você já escreveu. Bem, talvez não o mais romantico, mas eu sou péssima em romance e o acho romatico.
MYYYYYYH, esse capítulo é tudo seu amor, arrasou na recomendação, eu gostei muito!
E mano, Percy narrando de novo, que delicia sz E leiam a tradução da música Clarity, quase chorei de tão Unbroken que é. Botei até o trecho em portugues pq nem todo mundo tem paciencia de traduzir. E aaah, eu também estou muito feliz por termos conseguido 400 comentários! Tipo, é a minha primeira fanfic e tudo o mais, achei um máximo, obrigada a todas as leitoras.
Enjoy!



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"Se o nosso amor é uma tragédia, por que você é meu remédio? Se o nosso amor é insano, por que você é minha clareza?"

Quando cheguei em casa após a faculdade, eu dormi quase por um dia inteiro, o que não era nada responsável, mas tudo bem. Eu não via a loura desde que fomos ao pub irlandês e depois fomos para o Twin Perks dormir e ver o sol nascer, uns três dias, e admito que aquilo não fazia muito bem para mim. Felizmente Atena não desconfiou de nada sobre aquele dia, Annabeth sabia arquitetar suas mentiras muito bem, tenho que admitir. Era estranho, mas eu sentia saudades da risada dela e das caretas que ela fazia quando eu discordava de algo.

Eu não sabia se ela estava em casa; tão pouco sabia se eu poderia aparecer lá sem Atena correr atrás de mim com uma faca, mas eu tentei arriscar. Eu precisava pelo menos vê-la. Peguei o celular e mandei uma mensagem pedindo para ela aparecer na sacada do seu quarto.

Abri a porta da minha própria sacada e me apoiei no guarda-corpo, olhando para o quarto escuro de Annabeth. Eu poderia invadi-lo, como já fiz diversas vezes, mas agora era diferente... estávamos tendo algo e eu não queria deixa-la sufocada ou presa.

Quando a luz do quarto se acendeu eu senti meu coração palpitar mais forte, o que me fez pensar: que porra é isso? Mas tudo bem...

A loura apareceu na sacada sorrindo, vestindo um moletom cinza e calça jeans. Os cabelos estavam caindo ondulados pelos ombros, o que a deixava ainda mais californiana. Suspirei e sorri, mas quando eu ia falar algo ela levou o dedo indicador para cima e encostou levemente nos lábios, pedindo silêncio. Franzi o cenho confuso e ela pegou o celular, digitando algo. Fiquei ainda mais confuso, mas assim que meu celular apitou eu entendi.

“Minha mãe está no escritório, se falarmos ela vai nos escutar. Desce e vamos para a praia... Estou com saudades, e isso é estranho :s”

Abri um sorriso enorme para ela e acenei positivamente com a cabeça, logo me virando e entrando o quarto. Vesti uma blusa e desci correndo pelas escadas, abrindo a porta dos fundos e saindo na calçada em frente a praia.

Esperei minha loura com as mãos no bolso da calça, embaixo de um poste de luz. A praia estava vazia, as ondas lambiam a areia da praia incansavelmente e a noite estava bem fria. Arrependi-me de não ter pegado um casaco.

Ouvi a porta se abrir e me virei para ver Annabeth vindo em minha direção. Ela me abraçou e se afastou sorrindo, com os olhos brilhando.

— O que foi? – eu perguntei, era até estranho ver Annabeth de bom humor por tantos dias.

— Nada, é porque aconteceu algo engraçado – ela respondeu. Esperei ela completar a informação, mas ela não fez e eu tive que ser obrigado a perguntar.

— O que aconteceu de tão engraçado?

— Ok, não é engraçado. É, mas também é nojento – ela fez um suspense, rindo. Começamos a andar pela calçada e eu ousei a pegar a sua mão; felizmente ela não soltou. — Seu pai estava lá em casa de novo, no escritório com minha mãe. Eles disseram que estavam resolvendo algo sobre a empresa, mas eu estou muito desconfiada.

— Isso realmente é muito nojento – fiz uma careta, não conseguindo nem imaginar Poseidon e Atena juntos... Eca.

Pelo menos o pré-requisito inicial a mulher já tem: ela não gosta de mim e nem eu dela. Nunca gostei de nenhuma mulher que meu pai arranjou após minha mãe, e também nunca aceitei o fato de ele ter traindo minha mãe enquanto ela estava doente, mas com o passar do tempo decidi não me importar mais com isso. Ele vai queimar no inferno mesmo. Mas tipo, Atena, eca. Eu faço sexo com a filha dela e isso definitivamente nunca aconteceu com as outras namoradas de meu pai.

— Ok, mas não vamos falar sobre meu pai e sua mãe, vou acabar vomitando – eu disse, fazendo uma careta.

A orla da praia por sua vez estava cheio de turistas que entrava e saindo de hotéis e estabelecimentos. Eu e Annabeth decidimos ir num fliperama e vamos ignorar o fato de ela ter me ganhado em praticamente todos os jogos. Menos o de basquete e o de corrida, é claro. Compramos milk shake e continuamos a andar pela calçada da praia, o que era até uma novidade para mim, pois parecíamos realmente um casal de namorados. Conversávamos animadamente sobre todos os assuntos que aparecia em nossa cabeça, desde os cabelos estranhos das pessoas que passavam até sobre faculdade. Eu me sentia incrivelmente bem e leve com Annabeth, e por mim eu nunca sairia de perto dela por justamente isso. Joguei o copo vazio de milk shake no lixo e passei o braço pela cintura dela, sentando num banquinho de frente para a praia.

— Eu tenho um presente para você – eu disse.

Annie virou a cabeça para mim, com os olhos curiosos. Sorri e tirei do bolso um colar simples, uma corda preta com um pingente de coral vermelho. Fiz um sinal para ela se virar e assim ela fez, tirando o cabelo do pescoço para eu colocar o colar. Assim que eu o feche, depositei o beijo demorado no pescoço dela e ela se virou, com o pingente entre os dedos.

— Nossa, Percy... é lindo! Uau! – ela exclamou, rodando o pingente nos dedos.

— É um pedaço de um dos corais mais raros do mundo... eu encontrei esses dias perto da Ilha Angeles. Achei que combina com você – eu dei um sorriso de lado, vendo-a ficar com as bochechas coradas.

— Obrigada! Eu amei!

Ela encostou a cabeça em meu ombro e eu a abracei de lado. Ficamos quietos por uns segundos, e mesmo que eu tivesse com os olhos vidrados no mar eu podia perceber os dedos dela no pingente. O silêncio estava confortável, e eu nem me importava com aquele momento de paz, pois a Annie estava ali.

— Percy? – ela me despertou, a voz num sussurro engasgado.

— Sim? – tentei não me alarmar muito pelo tom de voz dela. Ela não respondeu, então eu fiquei preocupado e inclinei meu rosto para o lado, afastando-o um pouco dela para poder olhar em seus olhos. Meu coração se afundou quando vi que os cinzas estavam marejados. Segurei o rosto dela com as duas mãos e a fiz olhar para mim, mesmo tentando virar o rosto — Annie? O que aconteceu?

Naquele momento mais nada importava a não ser deixa-la bem e feliz, o que era bem tenso já que estávamos assim nas últimas horas e agora ela se encontrava desse jeito. Ela respirou fundo e piscou algumas vezes, secando os olhos.

— É meio bizarro falar isso, estou arriscando muita coisa, mas... eu me sinto sufocada demais escondendo isso de você – ela respirou fundo. Ok, agora eu estou extremamente preocupado e curioso. Eu odiava Annabeth e seus suspenses. — Percy... Eu acho que estou apaixonada por você, mais do que eu vinha negando nessas últimas semanas. Acho que estou apaixonada por você o suficiente para reconstruir meu coração e deixar que você cuide dele. E eu não sei como você conseguiu fazer isso, sinceramente não sei. Mas você conseguiu destruir todas as minhas barreiras.

Naquele momento eu só conseguia vê-la, como se nada mais importasse naquele mundo. Suas palavras me atingiram de forma estranha, mas eu me senti bem. Maravilhosamente bem. Eu dei um sorriso que mal cabia no meu rosto e me levantei do banco, carregando ela junto comigo. Eu a beijei com volúpia, segurando sua cintura com força e sentindo meu corpo esquentar em contanto com o dela.

— Cara... eu seria um idiota se te magoasse, prometo que irei cuidar de você, de tudo – eu sussurrei contra os lábios dela. Sabia que ela não acreditaria nas minhas palavras facilmente, ela era racional demais para isso, e eu também sabia que o caminho para provar minhas palavras era árduo, mas eu estava disposto.

A segurei firme pela cintura e a rodei no ar, arrancando um riso gostoso e melodioso da garota. Eu ri também, me sentindo até nervoso com aquela novidade. Eu nunca havia batalhado tanto por uma garota (e uma garota nunca havia demorando tanto para finalmente ficar comigo), mas agora eu via que foi isso que fez a diferença. Se Annabeth não me rejeitasse tanto talvez ela seria apenas mais uma para mim. Agora, eu sentia uma sensação estranha, como se nada mais importasse.

Dei uma risada, segurando a mão dela e subindo em cima do banco, carregando-a contra vontade junto. Coloquei a mão como funil na boca e gritei:

— Annabeth Chase é a minha namorada!

A loura olhou para mim espantada e em choque, até um pouco envergonhada por causa dos olhares curiosos que recebíamos. Eu gritei mais uma vez e ri. Ok, não estava muito bem; havia tomado dois copos de tequila, o suficiente para me deixar alegre, mas não me importava. Eu queria que todos soubessem. Annie colocou as mãos em funil na boca também e gritou:

— Perseu Jackson é o meu namorado!

Eu a olhei sorrindo e a beijei. E após anos de escuridão, eu finalmente havia encontrado minha claridade.

"Porque você é um pedaço de mim
Eu desejo que eu não o precisasse
Perseguindo implacavelmente
Ainda luto sem saber por que"


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Notas finais do capítulo

Tudo flores, tudo amor, tudo beijinhos. Sou tão legal que agilizei esse negócio de namoro ai, embora no começo a Annie não vai levar muito a sério, but ok. No próximo capítulo vou desenterrar a parada de Thalia e o assassino dela vai aparecer C:
Então até o próximo capítulo, amores!
You know you love me.