Unbroken escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 36
Black


Notas iniciais do capítulo

Eu estou péssima. Eu estou destruida. Eu não consigo me definir nesse momento. Esse capítulo... ele... acabou comigo... Socorro, não tenho nem forças de usar o caps. Cara, esse capítulo foi o de longe o mais dramático que já escrevi. Sou ou não a rainha do drama? pois é. Eu CHOREI nele. Não chorei nem lendo ACEDE - ok, não muito -, mas chorei escrevendo esse capítulo. Por aviso logo: peguem os lenços e ouçam a música.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496717/chapter/36

"Chasing these shadows around this darken room I' ve laid here so long I don' t even want to move. I need a minute now to heal"

“– É o Percy, você está com aquele idiota.

– Não estou, não sinto nada por ele também. Agora, me solte antes que eu grite até minhas cordas vocais estourarem – ameacei, olhando-o severamente.

O aperto dele se afrouxou e eu sai andando o mais rápido possível para longe de Scott. Enquanto andava, quase que flutuando, olhei para baixo e vi meus pés descalços afundarem na grama lamacenta a medida que eu corria. Meu vestido era colado ao corpo, mas sua barra ia até a altura do tornozelo e era bege com uma renda branquíssima por cima. Meus cabelos estavam soltos e lisos até minha cintura. Eu não estava com um vestido azul e cabelos até o ombro? Tudo estava estranho, mas eu continuei a correr, até que parei em frente a porta de entrada do baile, onde Percy conversava com seu amigo Chris.

Eles conversavam animadamente, Chris me olhava de forma estranha a medida que eu me aproximava lentamente deles. Meus olhos estavam cravados nas costas de Percy, o coração batendo forte e o olhar distante, como se já soubesse de tudo que iria acontecer. Chris se virou e foi embora, sorrindo para mim, e Percy olhou para trás, fazendo seus olhos se encontrarem os meus. Tão bonitos, tão hipnotizantes. Eu poderia mergulhar neles por toda a minha vida. Eram tão perigosos e convidativos. Ele era um mar inexplorável, que eu adoraria tentar explorar. Era algo distante, mas perto. Eu poderia fugir de todas as maneiras possíveis, mas nunca conseguia mudar o que o destino tinha preparado para mim. E sem dúvidas era ele: Percy. Eu poderia negar com todas as forças que não estava apaixonada por ele, mas eu estava. E era um sentimento mais forte do que eu imaginava. Era um delírio, uma insanidade. E eu estava realmente ficando louca.

— Annabeth? – ele me chamou, após o que pareceu anos. Pisquei, surpresa, e olhei para seu rosto e depois para meu vestido. Antes tão impecavelmente branco, agora ele estava todo sujo de vermelho, como se alguém tivesse decidido a jogar um balde cheio de sangue em cima de mim.

Dei um passo para trás, horrorizada e olhei para frente novamente. Mas o cenário mudou. Eu não estava mais no gramado da universidade e sim numa garagem cheia de tralhas. O local era vagamente conhecido por mim, assim como seu cheiro de ferrugem e a sua pouca luminosidade. Algo pingou na minha bochecha e eu olhei para cima, vomitando logo em seguida. Andei para trás, tropecei em algo e cai sentada. O corpo de Percy estava pendurado no teto, uma corda envolvia seu pescoço, sua cabeça pendia para o lado e seus pés balançavam no ar.

Gritei com todas as forças que meus pulmões tinham e me levantei, saindo correndo e tropeçando novamente, dessa vez não em uma coisa velha na garagem, mas sim em uma pedra em um bosque. Ergui a cabeça, o coração batendo forte, e olhei para os lados. Estava sozinha, no escuro e desorientada. Comecei a correr, usando minhas últimas forças para continuar em movimento. Então finalmente eu achei alguém. Na verdade, eu me achei.

A Annabeth que eu via estava de cabelos curtos, o vestido azul deslumbrante e a expressão calculista dominando o horror que sentia. Percy estava do lado dela, posto protetoramente em frente da garota. Clarisse estava toda suja de terra, com uma cara de fúria, e Thalia... Thalia estava sentada aos pés de Clarisse, com terra até nos cabelos e respirando ruidosamente. Ambas estavam de costas para mim, e atrás delas tinha um enorme buraco de terra que parecia ter sido mexido a pouco tempo.

Eu andei mais um pouco entre as árvores, tendo uma visão melhor da cena. Era uma cova, ou parecia ser. Prendi a respiração e a Annabeth gritou, seguido por Clarisse e Thalia. Tudo se transformou num borrão e eu continuei a andar mesmo assim. Até que cai na cova.”

Annabeth...

Assustada, me sentei e olhei para os lados, a procura de algo a me agarrar a realidade. Por um momento de puro pânico, eu não conseguia lembrar qual era meu nome, onde eu estava e o que tinha acontecido. Minha respiração estava acelerada e meus olhos impacientes. Passei a mão na cintura nervosamente, onde até instantes estava coberto com um vestido branco cheio de sangue... agora a parte de meu corpo estava nua e eu apenas vestia lingerie por baixo da coberta.

Fechei os olhos, soluçando baixo, e mãos agarraram meus ombros fazendo-me estremecer. Eu iria surtar a qualquer momento, eu podia sentir isso. Sentia-me caindo da insanidade, mas eu não conseguia lugar. Tinha algo errado, eu sei que tem, posso sentir me devorando, me enlouquecendo.

— Abre os olhos... Annie, calma, sou eu – a voz tentou soar tranquilizadora, mas teve efeito contrário a mim. Senti dedos tocarem meu rosto, mas eu afastei desesperada, me encolhendo na cabeceira da cama e puxando o edredom pra mim.

Solucei, tentando controlar a respiração e me atrevi a abrir os olhos lentamente. Um par de íris esmeraldinas me encarava de forma preocupada e surpresa, o moreno parecia tentar entender, mas não parecia ter sucesso. Nem eu estava conseguindo.

— Foi... foi aquele pesadelo... ele... que me deixou assim... é, foi, foi... – tentei explicar, mas minha voz denunciou o quão assustada e desnorteada eu estava.

O moreno estreitou os olhos e coçou a nuca, não sabendo como agir.

— Annie... está tudo bem, você está segura. Melhor descansar um pouco, ainda são seis da manhã – ele disse e tentou me tocar novamente, dessa vez eu deixei, pois já me lembrava quem ele era, e de tudo.

Percy foi buscar uma garrafa de água para mim e eu bebi de bom grado, sentindo-me melhor.

Aquele pesadelo teve a capacidade de me tirar dos trilhos de uma maneira assustadora, não poderia deixar isso acontecer novamente. Desde o dia do baile eu venho tendo pesadelos com aquela noite, mas nunca acordei tão... surtada. Claro que eu já tinha ideia do porque dessa noite ter sido diferente... foi um detalhe nela, talvez quase que insignificante, mas que me atingiu poderosamente. Ainda mais após a noite maravilhosa que tive ontem com Percy.

Percy. Esse nome já é capaz de causar sensações em mim.

Controlei-me e tentei encara-lo de maneira menos psicótica possível. Aos poucos comecei a ganhar domínio sobre meu corpo novamente, assim como minha mente; tudo estava mais claro e mais tranquilo. Foi apenas dois pesadelos reais misturados em um só sonho. Entreguei a garrafa de água para Percy e esfreguei as têmporas, sem nenhuma vontade de voltar a dormir. Percy ainda estava tenso e, talvez, preocupado.

— Percy... eu preciso te contar uma coisa, você já sabe em parte, mas... precisa saber da forma correta – eu disse, séria.

— Não é melhor descansar um pouco? Annie, cara... você gritou enquanto dormia e não acordou, parecia que você estava sufocada com algo, você realmente parou de respirar e depois você ficou toda agitada, estranha...

Encolhi na coberta ao ouvir as palavras de Percy. Suspirei pesadamente e encarei seus olhos. A dor que eu sentia era indescritível; talvez o mais perto que posso dizer é que ela era enlouquecedora. Eu precisava falar agora, ou me sufocaria.

— Desde os 11 anos eu era apaixonada por Luke, era aquele tipo de amor de pirralho, sabe? Ele tinha 14 anos na época, jogava no time da escola, era veterano então eu morria de amores. Então quando eu tinha 14 anos, minha antiga amiga Alexia cismou que eu tinha que falar logo com Luke e a própria marcou um encontro com nós dois. Ele gostou de mim, e eu não pude ficar mais boba por isso. Ele era mais velho e maduro, e bem, eu era ingênua e manipulável, foi muito fácil eu cair na dele. Mas eu gostava dele pra caramba, e eu me entreguei de cabeça naquele relacionamento, ainda mais quando soube que ele gostava de mim – fiz uma pausa e estiquei as pernas na cama. Olhei de soslaio para Percy, que parecia não entender onde eu queria chegar. — Foi ele que me deu um empurrão para festas, bebidas, drogas, rebeldia... meio que pra todo o inferno que vivi em New York. Quase fui presa. Já roubei pra comprar drogas. Já fui traficante – ao fim dessa palavra Percy olhou para mim com as sobrancelhas unidas, certamente se lembrando da noite em que peguei drogas na sua mochila e ele disse que estava vendendo. Na noite em que eu havia decidido esquecer de tudo e falar para ele não fazer aquilo, para quase implorar.

— Annie, você tem certeza de que quer continuar com essa história? – Percy perguntou, preocupado. Acenei com a cabeça e limpei as lágrimas de minha bochecha — Sei que falar sobre o passado é complicado, você não me deve explicação alguma.

— Se eu não contar pra alguém, Percy, eu vou enlouquecer, me deixa contar pra você – soltei um suspiro tremido, me enroscando no edredom.

— Tudo bem, então – ele disse, tirando os fios de cabelo da minha testa e ajeitando as costas na cabeceira da cama.

— Luke e eu entramos pro tráfico por diversão, já que dinheiro nós dois tínhamos. Mas as coisas ficaram complicadas e obscuras. As festas foram ficando mais frequentes e com isso as vezes que eu bebia e me drogava. Então vieram as dívidas. Sabe, as pessoas não queria nos pagar, não importa o que fizéssemos e consequentemente fizemos uma grande divida com o chefe do tráfico o que acabou com uma ameaça de morte para eu e Luke. Os traficantes nos sequestraram, torturaram e... abusaram de mim. Depois de horas conseguimos fugir. Eu vivia com medo, parei com todas as festas, com todas as saídas, com tudo. Só ia para escola, e Luke era quem me levava e buscava todos os dias. Numa sexta, após a escola, ele me levou pra casa dele e ficamos lá até a noite. Ele recebeu uma ligação e saiu do quarto pra atender. Eu cochilei e acordei com os gritos da mãe dele. Sai correndo e desci as escadas.

“O meu namorado suicidou-se, enforcou-se na sua garagem após ter passado a tarde toda comigo fazendo planos para fugimos. Nós iriamos para o Canadá, iriamos nos casar, ter filhos, construir uma vida de verdade. Ele tinha muitos problemas também. Ninguém conseguia imaginar o que é de um momento para o outro encontrarmos a pessoa que amamos, a pessoa com que vivemos, a pessoa com que vencemos todas as barreiras, pendurada em uma corda no teto. Ninguém ficou do meu lado, todos me acusaram. O primeiro dedo que apontou pra mim foi o da mãe dele. Ela me adorava, mas foi a primeira a me crucificar. A polícia pensou que fui eu, todos os meus antigos amigos deram as costas para mim, minha mãe me ignorava e me tratava mal... tudo ficou um caos, a minha vida foi um verdadeiro inferno. Foi um inferno. Ele quebrou meu coração. Ele quebrou minha vida. Ele acabou com tudo que havia dentro de mim.

E é isso que você encontra hoje, Percy. Esse resto de Annabeth. Tentei com todas as minhas forças esquecer isso, construir uma vida nova. Eu consegui fazer amigos de verdade, consegui vencer as drogas e as bebidas, mas ainda tem muitas cicatrizes... Eu me enganei. Eu fingi para mim mesma que havia superado. :Quando eu estou com a turma é tão... maravilhoso, sabe? Quando estou com você é tão bom, agradável, único... e é com você que eu me sinto aterrorizada. Sempre senti algo entre nós, como uma pequena chama, como se eu soubesse que apenas um deslize eu já seria sua. Mas eu não podia... eu não posso. Eu tenho medo de me entregar novamente a alguém e essa pessoa concertar meu coração apenas para quebra-lo novamente. Percy... eu não consigo mais suportar isso. Essas dúvidas, esses sentimentos. Eu queria desistir de tudo, como Luke... mas, eu gosto, sabe? De viver. Na maior parte do tempo é bom. Eu gosto de estudar, gosto de me imaginar bem sucedida, gosto de imaginar que serei feliz quando estiver mais velha. Mas... você me bagunçou, Percy... tudo ficou preto novamente...”

Percy não me deixou continuar. Ele pressionou seus lábios contra os meus tão forte que tudo que eu conseguia sentir era o gosto de minhas próprias lágrimas. Seus braços contornaram meu corpo e, assim que separou nossos lábios, me abraçou forte. Por mais que eu chorasse ruidosamente, eu me sentia tão mais leve que achei que devia ter feito isso muito antes. Nem com os psicólogos que fui eu me abria de tal forma.

Respirei fundo, abraçando Percy e enterrando meu rosto em seu pescoço. Fechei os olhos e controlei meus sentimentos. Tudo acabou. Passou. Preciso seguir em frente, preciso ser forte. Viva. Meu passado não pode condenar meu futuro.

— Me perdoe por isso, não deveria colocar mais uma preocupação na sua cabeça – eu sussurrei ainda o abraçando, a voz mais estabilizada.

— Annie, olha pra mim, olha pra mim – ele pediu e se afastou de mim, segurando minhas bochechas e fazendo-me encarar seus olhos.

Senti algo em mim, um peso, algo se partindo.

Percy estava abalado. Os olhos um pouco marejados, todavia não chorava. Vê-lo daquele estado era ruim, me fazia sentir mal, me fazia me arrepender. Não pude manter o olhar e desviei.

— Tudo bem, Annie... você tem medo de se apaixonar, você tem medo de que a pessoa te surpreenda do mesmo jeito que Luke te surpreendeu. Não sei como você consegue suportar tudo isso sozinha. Annabeth, céus! Isso foi loucura, alguém daqui sabe disso?

Neguei com a cabeça, olhando para algum ponto distante da parede. Por um momento até tinha esquecido que estava numa lancha; o mar estava bem calmo.

— Ninguém poderia me ajudar, Percy.

— Sim, claro que sim. Eu posso te ajudar. Olhe pra mim – ele puxou meu queixo com o indicador e o polegar e juntou nossos lábios novamente — Eu posso te ajudar... uma nova vida, certo? Não sou o melhor cara do mundo, mas eu sei que te ajudaria com todas as forças, que faria qualquer coisa por você, que... eu não sei. Eu... eu nunca me apaixonei por alguém, mas eu sinto como se eu fosse capaz de fazer qualquer coisa por você.

— Não seria justo com você, Percy...

— Annabeth, eu já me declarei naquele maldito quarto do clube Olympic. Todas as palavras foram verdadeiras, você se lembra? Eu sentia que você poderia me ajudar, assim como eu poderia te ajudar. Eu encontrava força para vencer meus problemas com você. Acredito que você também consegue encontrar essas forças em mim, só tem medo. Annabeth, não posso prometer que não vou partir seu coração, mas eu te prometo que você vai ser inquebrável...

Olhei para ele, tentando saber onde que aquele Percy havia surgido. Um garoto com milhares de faces. Milhares de personalidades. Milhares de jeitos. Arriscar ou não? Eu estava fadada a sofrer ou ele me traria a paz? Me entregar ou não? Pior que está não fica, mas poderia melhor com alguém novamente ao meu lado.

Respirei fundo e fechei os olhos, tentando clarear a minha mente. Minha cabeça começou a latejar. Abri os olhos e encarei Percy.

— E eu, Percy, te prometo que tentarei te amar como se nunca tivesse sido quebrada.

***

P.O.V Percy

Meus pensamentos estavam longes. Eu não conseguia entender uma palavra que o padre dizia, e eu sabia que isso era falta de respeito com Thalia. Nós vivíamos juntos desde criança e eu estava verdadeiramente abalado com a morte dela, porém o meu luto já havia passado. Mais de uma semana da morte dela e só agora liberaram o corpo para o funeral. Zeus estava indignado e explosivo. Hera não parecia muito abalada, mas Jason estava completamente devastado com a morte da irmã. Praticamente todos estavam ali, menos Annabeth, que preferiu ficar em casa. Atena estava ao lado de meu pai, prestando atenção em cada palavra dita. Bianca, Piper, Leo, Nico estavam sentados comigo na terceira fileira de bancos. Afrodite também estava lá, sentada ao lado de Silena e Charles.

Agora, as palavras de Annabeth dançavam em minha mente. Eu não conseguia entender todo o medo que ela sentia, pois nunca amei alguém de verdade, mas eu tentava. Sinto-me perseguido com a dúvida desde então... eu precisava tê-la pra mim, eu precisava dela de uma forma que nunca pensei precisar de uma garota. Ela me hipnotizou, me encantou, me fez deseja-la absurdamente com o jeito dela. Agora, eu precisava primeiro conquista-la e isso era a coisa, de longe, mais difícil. Eu estava apaixonado por aquele par de olhos nebulosos, pela aquela cabeleira dourada e por aquele sorriso que não conseguia esconder sua tristeza, pelo menos pra mim não.

Balancei a cabeça negativamente, me obrigando a parar de pensar em Annabeth e voltei minha atenção para Jason, que falava agora em frente ao caixão de Thalia, na igreja.

— Ela tinha uma personalidade forte, lutava pelo o que queria e, sem dúvidas, faria qualquer coisa para seguir sua carreira de musicista. Thalia nunca era qualquer uma na vida de alguém... – novamente parei de ouvir as palavras de Jason.

Suas palavras eram a mais pura verdade. Por mais irritante, grudenta, mentirosa, manipuladora e vadia que Thalia tinha sido, ela era uma ótima pessoa. Pelo menos, dois anos antes sim, após esse tempo que ela se adquiriu tais defeitos citados acima e se tornou insuportável. Nunca iriamos descobrir o que se passava na cabeça dela, nunca tentaríamos desvenda-la e pode acreditar, eu já tentei inúmeras vezes. Nada disso era possível, pois ela estava morta. E seu assassino solto por ai.

Quando a pequena missa acabou, fui falar com Nico e Jason. Ambos estavam péssimos, Nico estava com um mal humor terrível e Jason estava normal, na medida do possível. Falei com Zeus, Hera e outros que conhecia, até que o detetive Maxwell veio até a mim, após de o corpo ser enterrado.

— Jackson, que surpresa vê-lo aqui – ele disse, dando um sorriso sonso.

— E por que eu não viria, detetive? Cresci com Thalia e presenciei sua morte... ela merece a consideração.

— Sim, claro que sim. Só é estranho, já que o senhor é a principal suspeita.

— Não tenho o que ter medo, detetive, sei que sou inocente. Algum sinal do assassino?

— Não, mas encontramos a arma do crime, enterrada a alguns quilômetros do campus da universidade. Foi quase uma ajuda divina termos encontrado. A surpresa é: encontramos digitais nela. Digitais de Clarisse La Rue, digitais de Annabeth Chase, digitais desconhecidas e digitais suas, em grande quantidade aliais. Esse caso já está perto do fim, Jackson, mas ficaria eternamente grato se o senhor ajudasse a irmos mais rápido.

Senti meu corpo ser invadido pela raiva, mas não poderia me deixar dominar, qualquer coisa poderia ser um movimento em falso.

— Está indo bem com as investigações então. Realmente tem minhas digitais lá, como já conversamos, detetive. Boa sorte com o caso, até mais.

Me virei e coloquei os óculos escuros, soltando a respiração que nem percebia que prendia. Caminhei até meu carro. Queria sair dali o mais rápido que pudesse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

WHO KILLER THALIA?!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unbroken" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.