Unbroken escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 28
Sugary


Notas iniciais do capítulo

OLHA SÓ EU TO EM FESTA MAS TO TRISTE AO MESMO TEMPO NÃO SEI
MTO CONFUSO! nao entendo mas eu enfim. aff eu to feliz pq UB alcançou 200 comentários ❤ então tipo muitooo obrigada a todas as leitoras e tudo mais, amo ocês e esse cap é pra vcs, obvio pkojjkojkopko
EEEEEE TO TRISTE PQ TO PERCEBENDO Que vcs estão cansadas de comentar! tipo, o numero de comentários cairam bastantes e eu to mal pq tipo velho eu tava tão feliz com ces comentando ria tanto com vcs e agoras vcs me iludiram e pararam de comentar psé psé ;-; dps não boto hentai e eu que sou a má , but enfim, nao vou falar mais pq to triste ..



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Meu projeto arquitetônico de uma Universidade Futurística está quase pronto. É um projeto inútil e que eu havia feito apenas porque não tinha realmente nada para fazer, mas estava ficando interessante.

Ah, e minha cidade no The Sims está ficando fantástica, nesse tempo de castigo eu devo ter criado 50 casas com decorações completas! Obrigado, mãe!

Sim, minha dose de sacarmos foi aumentada. Mesmo que na maioria das vezes eu só a use comigo mesma, o que é um porre.

Ouço batidas na minha porta e antes que eu diga algo Atena entra em meu quarto, arrumada de forma elegante para o trabalho. Fecho o notebook para que Atena não veja meu precioso projeto e a encaro irritada.

– Irei para San Diego apresentar um novo projeto e só voltarem no fim da semana, não adianta se animar. Você passara esse tempo na casa de Afrodite e ela prometeu que ficará te vigiando 24 horas por dia. Vai ser até bom, você vai aprender a valorizar pessoas direitas como Silena e Piper – ela faz uma pausa e olha para ao redor do meu quarto, procurando algo suspeito. Cruzo os dedos e rezo para que ela não veja nada diferente na garrafinha pousada na cômoda, onde até ontem estava com vodca até a boca. – E esquecer pessoas como Percy, Nico, Bianca e todo esse tipo de gente rebelde que você gosta de andar. Pode começar a arrumar suas coisas, vou te deixar na casa de Afrodite daqui a vinte minutos.

– Que animador – digo de forma sarcástica, revirando os olhos. – Espera... quem é Silena?

Minha mãe faz pouco caso da minha pergunta quando pega o seu celular para atender uma chamada. Ela me ignora e sai do quarto, falando e gesticulando sem parar sobre o seu projeto novo.

Bufo e soco a cama com as duas mãos, com raiva. Merda de vida. Já basta está de castigo, agora vou ter que ficar de castigo com Afrodite. Só a imagem de eu servindo de cobaia para ela provar seus vestidos e maquiagem aterroriza-me.

Tudo bem, não pode ser tão ruim. Terei a Piper. E talvez Afrodite não seja tão dura quanto a minha mãe, conseguirei escapar.

***

– OQUE?! – praticamente grito, na porta da casa de Afrodite com duas malas atrás de mim.

O carro alugado de minha mãe já havia desaparecido na esquina, deixando-me na minha nova prisão. A casa de Afrodite era tão bonita que dava vontade de vomitar. Era elegante e bem decorada, com doçura e sensualidade ao mesmo tempo; a faixa era simples e com muitas janelas, fazendo com que o esplêndido jardim receba toda a atenção.

– Desculpe querida, não fique assim, ela vai voltar daqui a três dias – Afrodite tenta me confortar, mas não dá muito certo. – Talvez ela te leve a festa também.

Ela acabara de me dar a notícia de que Piper ainda estava no campus da Universidade para a última semana antes das férias, a garota estava organizando a grande festa dos calouros, então precisava ficar por lá. Como ela não me conta esse tipo de coisa?

– Minha mãe me mataria se isso acontecesse – bufo e reviro os olhos, encarando qualquer coisa a não ser os grandes olhos azuis de Afrodite.

– Ela não precisa saber – ela dá um risinho fino e abre mais a porta, me dando passagem – Entre.

A presença de Piper foi o que havia me dado forças para não explodir com a ideia absurda de passar a semana na casa de Afrodite, e agora que descubro que minha melhor amiga não vai estar aqui eu não sei como lidar com essa situação.

Adoro Piper, mas a mãe da garota consegue ter assuntos insuportáveis.

Afrodite me guia até o quarto de hospedes tagarelando sem parar sobre Piper, ela me dá algumas instruções e eu apenas concordo com a cabeça, não fazendo a mínima ideia do que a mulher estava falando.

Tranco a porta e começo a arrumar minha mala de forma um pouco desleixada.

Confesso que quando se trata de assuntos de universidade eu me sinto um tanto quanto deslocada. Todo mundo da ‘turma’ estudava na mesma universidade, a University of California, UCSF, ou seja, eu sou a única que não estuda lá e que não esta estudando.

Piper, Nico e Leo são calouros, primeiro ano na universidade. Piper quer ser advogada, Nico legista e Leo engenheiro mecânico.

Logo vem Jason e Percy na minha grade universitária imaginaria que cursam o segundo ano. Engenharia elétrica e biologia marinha.

Ai vem eu, a sem futuro e ao mesmo tempo brilhante eu. Terceiro ano de faculdade de Engenharia Civil, matrícula trancada na Columbia e talvez futura estudante da universidade de Stanford.

Num patamar mais elevado, estão Bianca e Thalia, no último ano de faculdade de música.

Que diabos faz faculdade de música?! Isso é, no mínimo, jogar dinheiro fora. Música não se aprende, se vive. Mas esse tipo de pensamento deve ser apenas implicância da minha parte.

Depois de ter feito essa grade imaginária eu não sei como minha mãe ainda acha que todas essas pessoas que convivem comigo podem ser más influências, sendo que a única que está fazendo nada sou eu. Vai entender a lógica das mães.

Tudo bem que Percy já me colocou em baitas confusões e que Poseidon deva ter queimado o filme do garoto com minha mãe, mas ele é uma pessoa legal com uma vida complicada. Não acho que um rebelde de verdade se voluntarie no aquário e muito menos dê aula de mergulho.

Ele não é uma pessoa completamente má. Mas isso também não quer dizer que dentro dele só exista coisas boas.

– Meu amor – chama Afrodite atrás da porta, com sua voz melódica – O jantar vai estar pronto daqui a meia hora! Espero que goste de macarronada... Hoje você vai conhecer minha outra criança!

– Ok, Dite – respondo, já caçando algo descente na minha mala.

Ouço o salto de Afrodite se afastar de forma estranha, como se a mulher estivesse saltitando (coisa que não me surpreenderia). Afrodite era de certa forma uma mulher estranha, uma eterna patricinha sem a parte esnobe e arrogante. Poderia gostar dela... hm, não.

Por fim pego um vestido preto tomara que caia e vou para o banheiro. Tento não pensar em como é insuportável ser obrigada a fazer as coisas, como vir passar uns dias aqui. Tento relaxar, meditar, contar até 100, mas nada funciona. Saio do chuveiro depois de algum tempo e escovo os cabelos, passo rímel e visto o vestido.

Tem um único e enorme espelho no quarto de hospedes, onde posso ver meu reflexo de corpo inteiro. Meu cabelo está bem comprido, os cachos molhados descendo até meu umbigo. Nunca pensei o quanto aquele corte me deixava com expressão de criança até ver como que as meninas daqui usam o cabelo. Sempre a cima dos seios, por causa do calor e do sol. Em Nova York, quem tem cabelos grandes e cuidados são consideradas deusas, mas aqui as coisas são bem diferentes. Preciso me adaptar.

Dou um sorriso para meu reflexo e começo a procurar uma tesoura naquele quarto. Remexo as gavetas e o guarda-roupa, mas não encontro nada.

– Anna, meu amor? Está pronta? – volta Afrodite.

Dessa vez eu tive que abrir a porta para ela, assim desistindo de minha busca. Forço meu melhor sorriso e tento não transparecer minha surpresa ao ver que a mesma usava um vestido vermelho hiper colado ao corpo com um salto 15 cm para um jantar na sua própria casa. Os cabelos castanhos caiam em cachos superficiais em seus ombros e seus olhos azuis assustadores me analisavam.

– Estou sim, Dite – respondo, saindo rapidamente pela porta e a fechando antes que a mulher veja que eu havia apenas espalhado as roupas pelo chão e pela cama.

Descemos as escadas com Afrodite tagarelando sobre algo. Uma garota desconhecida está sentada no sofá na sala; Meus cabelos dourados ficam no chinelo comprado aos delas, que são brilhosos e lisos, estendendo-se até a costela da garota como uma cascata dourada de perfeição. O estilo longo ficava tão bem nela que me deu vontade de esconder meu cabelo. Seus olhos são azuis escuros, bonitos e assustadoramente parecidos com os de Afrodite.

– Está é Silena, Annabeth – diz Dite, me empurrando para cima de Silena

Sou meio que obrigada a dar um abraço na garota. Ela dá um sorriso meigo, mostrando as covinhas que Piper possuía. Então o esclarecimento vem. Ela é irmã da Piper, ou meia-irmã. Mas por que minha melhor amiga nunca comentara que tem uma irmã? Tento não me mostrar abalada e foco apenas no fato do quanto estou ridiculamente mal arrumada perto delas.

– Olá Annabeth, finalmente estou te conhecendo, a Pips falou muito de você – sua voz é tão melódica que dá até vontade de vomitar.

– Sério? Eu nem sabia que você existia – digo fazendo uma careta confusa. Duvido que Piper falaria de mim para sua irmã e não falaria dela para mim.

– Pois é, a Piper é meio esquecida, não é? – diz Afrodite, cortando o clima com uma gargalhada, nos convidando para sentar no sofá.

– Sim, uma vez ela esqueceu de desligar o secador quando saiu... quando chegamos em casa ele tinha explodido! – comenta Silena, rindo e relembrando os velhos tempos. Não entendia como a explosão de um secador poderia ser engraçado, mas rio mesmo assim.

– Silena cursa moda em Paris, está quase acabando a faculdade e está estagiando para um dos designes mais importantes de lá! Ela é tão brilhante, após o jantar irei pegar o notebook para ver as fotos dos desfiles que participou – gaba-se Afrodite, sorrindo como uma criança enquanto olha para a filha, os olhos transbordando de emoção. Sei que minha mãe jamais falaria e olharia para mim desse jeito, nem se eu entrasse para Havard.

– Ah, mãe, para com isso! – Silena está corada por cima da pele de porcelana que ela tem.

– Que legal, como é o clima de Paris? – digo, tentando parecer animada. Mas de tantas coisas legais que se poderia perguntar para alguém que cursa moda e mora em Paris eu vou justamente perguntar sobre o clima do local. Annabeth sempre dá uma dentro!

– Lá é tão agradável! Nada desse inverno rigoroso ou sol escaldante, é tudo perfeito e romântico – ela dá um risinho e me pergunto se ela vai ficar dando esses risinhos finos a noite toda.

– Eu somente espero que você e Charles não estejam aprontando por lá, é a cidade do amor e não do sexo – diz Afrodite com um tom brincalhão e provocativo.

Julgo que Charles deve ser o namorado de Silena; não era uma surpresa, uma garota como ela facilmente arrumaria o francês mais bonito do mundo.

– Mãe, não me envergonhe quando ele chegar com essas brincadeiras sem graça – ela diz, esticando a língua para a mãe. A relação delas são tão estranhas que me sinto enjoada. Ou só seria inveja? Talvez elas sejam tão amigas assim por que passam a metade do ano longe uma da outra. Será que ficar longe da mãe melhoraria nossa relação? Adoraria tentar...

– Você sabe que não farei isso, filha. Annabeth, o Charles é um amor, você vai gostar dele, é bem divertido. Não poderia ser um cara melhor para casar com minha filha, embora ache que umas plásticas podem melhor o...

– MÃE! – diz Silena com os olhos arregalados, repreendendo a atitude da mãe. Não consigo imaginar Piper nessa cena; deve ser por isso que a garota estava desesperada para ficar uns dias com o pai. Silena volta seus olhos azuis para mim, com um sorriso meigo. Ela estende a mão e me mostra uma aliança prata e brilhante – Eu e Charles estamos noivos há um ano, vamos no casar quando terminarmos a universidade. Minha mãe só fica implicando com a aparência dele por que não permiti que ela organizasse o casamento.

Quase me engasgo quando ela diz aquilo. Silena irá se casar? Com aquela aparência de criança? A sua voz é tão firme quando comunicou aquilo que não posso nem perguntar a idade dela, o que não mínimo seria antipático.

– Isso é um absurdo! Quem não me quer para decorar um casamento?! Sou tão requisitada nesse assunto que nem faz parte de meu ramo! Mas a minha própria filha me rejeita! – diz Dite, melancolicamente e com muito drama. A companhia toca e dou graças a Deus por chegar mais alguém. Cruzo os dedos para que não seja mais uma pessoa que apenas me der os nervos com o drama na voz.

Quando me falaram de Charles eu o imaginei como um modelo super gostoso de olhos azuis e cabelos louros, com um físico definido e que quando andava fazia o tempo parar.

Não aquilo.

Não vou desprezar o garoto, ele é até que aceitável, mas não tinha nada a ver com Silena e sua beleza. Não sei se ao lado dela ele ficaria mais bonito ou mais feio.

Sua pele era morena e os olhos negros, tinha um porte definido, mas era muito grande e desengonçando, sem falar que o corte de cabelo deixava sua cabeça sinistramente redonda. E o nariz... bem, era grande e achatado.

– Senhorita – ele diz para Afrodite, beijando cordialmente a mão da mulher parada em frente a porta. Eu me levanto para cumprimenta-lo, ele repete o gesto comigo e depois deposita um beijo delicado em Silena.

– Percy! – diz Afrodite, surpresa. Vejo que ela tenta conter algo dentro de si. – Não sabia que vinha.

Meu sangue gela e eu não consigo me mover. Pe-pe-percy?! Encaro para a porta, esperando que o moreno de olhos verdes apareça. Que diabos ele está fazendo aqui?

– Desculpe tê-lo convidado, senhorita, eu havia perguntado para Silena... – Charles começa a se justificar, mas Silena o interrompe.

– Olá, Percyto! Que saudades! – Silena disse, correndo para porta. Vejo os braços do garoto rodear o corpo da garota num abraço e depois ela o solta - Nenhum dos dois tem culpa mãe, Charles havia perguntado se Percy poderia vim, eu respondi que sim e esqueci-me de te avisar, desculpe-me.

Afrodite tenta manter a pose e não se mostrar abalada. Imagino a minha mãe dando instruções severas para Afrodite para que não deixasse Percy nem sonhar em chegar perto de mim.

– Tudo bem, não tem problema – ela diz e dá uma risadinha – Charles está hospedado na sua casa, certo?

– Sim, senhorita – responde Percy.

Consigo ver o garoto quando ele passa por Afrodite e para de frente para nós. Ele se permite olhar para mim por alguns milésimos de segundo, mas depois ignora completamente minha presença. Faço o mesmo e escondo a camada surpresa dentro de mim.

Hora de fingir que nada nunca aconteceu entre mim e Percy, ou se não Afrodite vai contar para minha mãe e isso pode piorar as coisas. Não sei oque Afrodite pensa sobre a minha ‘relação’ com Percy, mas acredito que não seja tão diferente da minha mãe.

– Já conhece o Percy, Anna? – pergunta Silena, voltando para ao lado de Charles e entrelaçando suas mãos.

– Sim, ás vezes ele tenta me matar casualmente – dou um sorriso ácido em direção ao Percy e Silena ri, inocente de toda a situação.

– Bem, os nossos convidados chegaram, vamos jantar – diz Silena, guiando Charles para a sala de jantar de mãos dadas. Vou atrás dela e logo vem Percy e Afrodite.

Sento-me longe de Percy o máximo que consigo, o que não é grande coisa, já que acabo sentando-me de frente a ele.

Quando o olho o prato de macarronada com queijo servido pela a empregada percebo que não estou mais com fome, mas como mesmo assim.

Afrodite não para de me espiar pelo canto de olho, então tento ignorar Percy o máximo que consigo, mas é impossível não sentir as chamas verdes de seus olhos consumirem meu rosto então eu acabo olhando para ele também.

Ele esta bonito, arrumado formalmente e com uma postura invejável, passando uma imagem de bom moço. Tudo que consigo pensar é sobre ele está querendo virar traficante, o que não é um pensamento muito agradável.

Quero sair logo dali, mas mesmo já tendo terminado o jantar sou obrigada a ficar na mesa esperando os outros e ouvindo Silena falar de Paris. Gostaria de quebrar a cara de Percy para ele parar de ficar me encarando e de me estapear para parar de ficar correspondendo.


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