Unbroken escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 24
Chase


Notas iniciais do capítulo

eeeeeeeeeeeei quarto diaaaaaaaaa! estou mto feliz!!!! sério!
então, o Chase não é o sobrenome de Annie não, ok? é de 'perseguição'..
não me matem por favor...
enjoy it



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– Entra no carro, Annabeth – ele diz de forma grossa e apressada, seus olhos se escurecendo e o maxilar está trincado. Ele alternar entre meu rosto e um ponto atrás de mim, então eu olho para trás não vejo nada. Nenhuma pessoa na rua e só alguns carros estacionados no meio-fio.

– Oque? Por quê? – eu indago, olhando para ele novamente e depois para a rua atrás de mim. Não tinha nada que representasse uma ameaça para Percy está se portando desse jeito. O moreno aperta mais meu braço a ponto de eu senti-me incomodada com o ato.

– Porra, entra logo – ele me empurra para frente da porta e corre para o lado do motorista. Não sei o que fazer, preciso entender a situação, mas nada faz sentidos. Ouço sons de tiros atrás de mim. Dois tiros, foi o que eu contei. Sem querer eu dou um grito e me lanço contra a porta do carro, assustada; com os dedos atrapalhados puxo a maçaneta tirando o único obstáculo entre mim e o interior do carro; mal fecho a porta e ouço novamente o barulho de arma de fogo sendo disparada. Encaro Percy com olhos arregalados e questionadores e mais tiros. Jogo-me contra minhas pernas quando o vidro de atrás se estilhaça, lançando alguns pequenos cacos de vidro para frente. Mais um tiro.

Ouço o som de pneu contra o asfalto e o cheiro de borracha queimada. Que diabos está acontecendo? Percy dá partida no carro acelerando de forma absurda. Endireito-me na poltrona, olhando para trás e vendo o carro vermelho nos seguindo. O mesmo carro vermelho que estava parado a alguns metros do outro lado da rua. Meu coração vai saltar do peito, ou terei um ataque cardíaco.

– PERCY! – grito, assustada. Tiro a viseira que ainda está em minha cabeça e a jogo no porta luva do carro. O moreno não dá atenção para mim, apenas presta atenção para onde está indo, se desviando e cortando dos carros, permanecendo na estrada perto da praia. Ele deve está indo para Olympic Club, seu refúgio. Não me interessa, só quero sair da mira do perseguidor.

Olho para trás novamente, o carro vermelho continua nos seguindo, agora próximo o suficiente para eu ver quem é que dirige. Um cara forte, corpulento, com uma barba rala e óculos de sol, ele parecia estar se divertindo com a brincadeira de gato e rato, seu sorriso me deu cala frios.

– Ares – Percy diz, olhando pelo retrovisor o carro atrás. – Pegue o celular e filme o carro dele, não pare até estarmos em um lugar seguro.

Engulo em seco e pego o celular, indo até a gravadora e apertando o play. Direciono o celular para trás, de modo que filmasse o carro vermelho. O pai de Clarisse e da menina que Percy estava sendo acusado de matar. Ares tinha sequestrado e quase matado Percy, mas acho que a denúncia que Percy fez na delegacia apenas atiçou ainda mais a vontade de Ares de matar o garoto “responsável” pela morte da filha. O ser humano tende em sempre culpar alguém. Minha voz não consegue sair para poder gritar com Percy.

Sinto raiva, uma imensa raiva por Percy ter me arrastado para essa confusão, para essa perseguição maluca. Essa guerra não é minha, e ele sabe disso.

– Percy, o que ele quer? – pergunto com a voz bem alterada, mas agora eu me sentia mais tranquila. Tudo bem, Annabeth, você já passou por coisa pior, esse cara quer o Percy e não você. Tudo vai ficar bem. Eu já havia lidado com situações realmente mais complicadas, mas pelo menos eu sabia o que estava acontecendo. Agora eu estou no escuro, alheia a situação que ocorre, sem nenhuma informação. Por que eu só me sinto segura quando sei de tudo?

– Amanhã ele vai ser julgado por sequestro e tentativa de homicídio, sem dúvida vai ir preso, já que Zeus contratou o melhor advogado de São Francisco. Acho que ele quer completar o trabalho antes de ir preso – quase dou uma gargalhada debochada para Percy, por causa do tom tranquilo e casual que havia dito a sentença. Casual. Estamos fugindo de alguém que quer mata-lo e ele vem falar casualmente!

Ok, Annabeth, acalme-se. Seja forte. Seja você.

– Por que você não me deixou simplesmente ir para casa? – explodo. Nesse momento não tem como ser eu. Não quando você está metida na confusão de outra pessoa. Eu venho para essa cidade para me “purificar” das confusões e olha só o que o destino me dá em troca! MAIS CONFUSÃO! - Eu não quero fugir desse cara, pare e o carro e me deixe aqui. AGORA! – eu grito, olhando para o moreno, gesticulando sem parar e olhando para o carro de Ares. Não sou boa em saber nome de carros, mas tenho certeza de que o dele é importado.

– Annabeth! Pare de ser ridícula! Não é hora para suas idiotices! – ele grita, olhando para mim por dois segundos antes de desviar para a estrada.

Ele gritou comigo.

Nesse momento parece que não tem nenhum Ares, nenhuma perseguição, nenhum problema, a não ser ele ter gritado comigo. Tudo bem, pode ser coisinha que uma típica de menina de TPM – que nesse mês eu muito estava sendo -, mas os hormônios da puberdade sempre falam mais altos e com isso vem as ações. Minha mão voa até o freio de mão, mas não consigo abaixa-lo antes que Percy paralise minha mão e me olhe como se fosse louca.

– Annabeth, o que você está fazendo?

Sua atenção agora está para mim. Não sei o que estou fazendo. Não sei o que fazer.

Só quero sair daquele carro.

Olho para Percy apreensiva, rezando silenciosamente para que aquele efeito calmante dele paire sobre mim. Infelizmente, isso não acontece naquele momento. Vejo o velocímetro marcar 120 km, igualmente ao meu coração.

Levo a mão até a boca para abafar o grito quando sinto o carro quase sair da pista. Ares havia batido de raspão na traseira, mas Percy consegue por o carro de volta a estrada vazia.

– PERCY! – não consigo me conter de gritar quando vejo uma curva muito fechada a nossa frente. Nós iriamos praticamente voar em direção a areia da praia, o que seria algo mais racional do que tentar virar a curva a 120 km/h.

Percy pisa bruscamente no freio exatamente a alguns metros da curva, mas isso só dá o que Ares queria. Sinto uma pancada muito forte vinda de trás e fecho os olhos por causa do barulho. Meu estomago dá algumas voltas, assim como minha mente. Demoro a perceber que tudo estava rodando, mas quando percebo, já é tarde demais.

[...]

A sensação de entorpecimento é quase como uma dádiva divina, uma amiga especial, um parente amoroso que nos livra de uma dor horrenda.

Primeiro ela chega a nossa mente, nos paralisando de qualquer consciência que poderíamos ter. Tudo fica em câmera lenta e você não se lembra de ao menos seu nome, ainda mais o que fazer. Depois, ela toma conta de nossas córneas, tomando nossa visão, a transformando apenas num borrão inexplicável, omitindo-nos a verdade lá fora.

Eu luto contra minha própria mente, forçando-me a me manter acordada. Mas ela também está lutando. Lançando-me para trás e para frente, fazendo meu corpo se chocalhar contra algo muito duro e depois voltar para algum desconfortável. Eu sinto minha mente me chicoteando, batendo em minha cabeça para vencer a luta, tentando fazer com que eu desmaie de todas as maneiras possíveis. Já não sinto dor alguma quando todo o tremor de meu corpo para, sinto que venci.

Eu estava enganada. Minha mente venceu.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã o



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