Unbroken escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 23
Get Away


Notas iniciais do capítulo

TERCEIRO DIAAAAAAAAAAAAAA²
Oi gente, tudo bacon?
Então, tava vendo aqui e vi que UB tem mais de 110 acompanhamentos, legal? Sim, mas eu sei (pelo numero de acessos) que mais gente ler a fic... então por favor, vc que ler clica em acomapnhar a fic, pf pq tipo... já que não comenta pelo menos deixa eu saber quantos leitores tem a fic.. only.
BEM, MAS NÃO VAMOS ESTRAGAR A FESTA... COMO DISSE, É MEU ANIVERSÁRIO e hoje cês tem dois cap então acho que mereço comentários e presentes. Estou aceitando o box de Maze Runner e passo meu endereço por MP, OK?
Enjoy it!



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Alguns dias se passaram e nem sinal de Percy, Piper, Nico e todo o restante da turma.

Quer dizer, não que eu me importe, mas eu não faço ideia do que eles estavam fazendo. Me sinto quase que excluída. Tudo bem que eu sou nova por aqui, mas eles estavam sendo legais e sinto falta deles.

Ok, ok. Chega desse momento melancólico de típica menininha de TPM. Sem falar que na noite anterior eu chorei horrores vendo um filme de COMÉDIA. Quem chora vendo um filme de comédia?! Somente Annabeth Chase na TPM, somente.

Piper havia avisado sexta que iria passar o final de semana com o seu pai, ela estava tão feliz por ele ter conseguido reivindicar seus direitos como pai, agora ela sempre passaria dois finais de semanas do mês com ele. Jason havia ficado, para não estragar o momento de pai de filha. De restante, nada sei. A boa notícia é que hoje é terça, ou seja, Leo chegará hoje à noite. Meu melhor amigo faz falta. Sei que ele vai estrangula-me quando contar tudo que havia perdido enquanto estava fora.

Mesmo estando com um mau humor e com uma cólica do capeta, eu decido que vou à aula de vôlei. Visto um short folgadinho, preto, e uma blusa colada ao corpo azul. Prendo meu cabelo num rabo de cavalo apertado e coloco uma viseira preta, para me ajudar a jogar. Ainda tenho dez minutos para a aula começar, então decido que é apropriado tomar um café antes de me exercitar. Desço a escada descalça e vejo minha mãe ainda na cozinha, fritando ovos e bancos, trajando uma roupa elegante e sofisticada, que denunciava a patente alta que ela tem.

– Bom dia – digo, me arrastando até a cadeira e ficando de frente a um dos dois pratos postos sobre a mesa.

– Bom dia – ela me espia sobre o ombro, olhando meu visual. – Pelo visto finalmente decidiu comparecer a aula de vôlei.

– Sim, fazer exercício faz bem. Estou gostando desses cursos, acho que vou procurar mais alguns.

– Tudo bem, desde que se inscreva em um que realmente vai mudar o seu futuro. Cursos de administração quem sabe. Espero que esteja pensando sobre sua transferência para Harvard... que é a universidade para garotas como você – ela diz, secamente. Reviro os olhos e não comento nada. Odeio quando minha mãe insinua que eu não estou investido o suficiente no meu futuro, que fiz uma escolha errada entrando na Columbia.

– Eu adoro a Columbia e não saiu de lá nem que você me ameace a não paga-la mais. Não estou jogando meu futuro fora por não ter entrado na melhor faculdade do mundo, a Columbia é muito prestigiada também – digo sem a menor paciência para aturar minha mãe. Tenho medo de começar a falar coisas erradas num momento de explosão, que facilmente virá por conta da maldita TPM.

– Você tem o melhor currículo dos Estados Unidos e ainda quer ficar naquele lixo da Columbia?!

– A Columbia não é um lixo! O futuro é meu, tá legal?

Minha mãe se virou para mim, esquecendo-se por um momento da frigideira com o café da manhã, a espátula em sua mão.

– Você só escolheu aquela universidade por que não queria sair de Nova York, e depois de tudo que aconteceu lá você ainda quer continuar na Columbia, Annabeth? Esqueceu que toda a sua vida desmoronou lá? Que você se tornou essa coisa rebelde e impulsiva que chegava drogada e bêbada em casa? – ela diz de forma dura, mas não alterada. Eu sabia que pelo tom de sua voz era como se ela estivesse gritando comigo. Minha mãe nunca gritava, nunca saia do seu salto, apenas falava com aquela voz cortante e ameaçadora, o que era bem pior. Sua fala me faz cala a boca. Eu sei que chorar eu não vou, pois já estou acostumada com as palavras cruéis de minha mãe, mas ainda assim, toda vez que ela se refere a mim desse jeito, eu sinto como se tivesse levado um tapa. – Tenho logo que contratar outra empregada!

Pedras machucam a pele. Palavras atingem a alma. Sim, palavras ferem mais que pedras.

Estou rígida na cadeira, pensando mil coisas ao mesmo tempo. Encarando a porta que levava a praia a minha frente, tão convidativa, não libertadora. Se tudo que Atena falou é verdade, porque eu fico tão abalada, como se ela tivesse me batido ou algo do tipo?

Sinceramente, eu preciso parar de esperar que Atena se torne uma mãe normal, compreensiva e amiga.

Atena desliga o fogo, pega a frigideira e deposita os ovos e bacons nos dois pratos de forma desajeitada. Os bacons estão um pouco queimados, mas decido não comentar nada, pois sei que minha mãe é um verdadeiro desastre na cozinha.

De repente já não estou com fome, só de sentir o cheiro da comida eu já sinto meu estomago se revirar. Me levanto da cadeira e vou em direção para a porta que tanto me chama, indo em direção a praia.

– Annabeth! – minha mãe protesta, apenas uma vez, mas não vai atrás de mim.

Enquanto caminho até o ponto onde era a aula de vôlei, não muito longe dali, cogito as ideias de realmente ir para Harvard. No final, decido que odeio Massachusetts demais para ir para aquela universidade e minha mente começa a vagar para Stanford. A segunda melhor faculdade do mundo. Será que isso deixaria minha mãe com a boca fechada? Ficava a alguns quilômetros de São Francisco e eu poderia ir de carro. Mas será que estou disposta a abrir mão de Nova York de vez?

Parece novamente que eu estava terminando o ensino médio, pensando para quais faculdades enviar a solicitação. Eu havia enviado para as cinco melhores faculdades e todas me aceitaram. Ainda assim eu preferi ficar em Nova York. Por causa de meus amigos que me abandonaram, por causa das festas, por causa de Luke. Mas agora nada disso valia a pena, mas a ideia de abandonar Nova York faz meu peito arder.

– Hey, Annabeth! – chamou uma voz a minha frente. Ergo o olhar e percebo o louro de olhos verdes parado em minha frente. Quase engasgo quando o vejo. Pensei que nunca iria encontra-lo novamente – e estava feliz por isso -, mas agora ele está bem a minha frente, sem camisa e musculoso, com uma bola de vôlei nas mãos.

– Oi, Scott – digo, desnorteada e olhando para as outras pessoas que estavam paradas perto de uma rede de vôlei, posta na areia.

– Está atrasada, nós já dividimos o time e você fica no time de Vanessa – ele diz, apontando para uma morena com cabelos afros. Ela lança um sorriso para mim e acena, ela usava um biquíni e um short que ficavam muito bem nela, com toda a sua beleza e sorrisos para todos. Corro até onde mais quatro pessoas estão paradas, as pessoas do meu time e logo Scott nos direciona aos lugares certos.

Nós jogamos por alguns minutos, Scott dando dicas e regras, apitando quando o necessário e marcando o placar. Eu estou jogando de forma horrível, quase que uma vergonha. Nunca sou ruim em algo, mas em vôlei as coisas não estão ao meu favor. Eu lançava a bola contra a rede quando era a minha vez de rebater, eu sacava fraco, eu não via a bola em minha direção, eu não salvava a bola quando estava ao meu alcance. Parece que a paisagem da praia e o jogo de vôlei são apenas uma camada transparente por cima de uma linda tela do campus da Columbia, onde eu me imaginava estudando com meus amigos. No final do jogo eu estava cansada, suada e envergonhada por ter sido a pior jogadora dali. Sento-me na areia, cansada e logo Scott se senta ao meu lado.

– Tudo bem, Annabeth. Você vai melhorar, garanto, só treinar e começar a prestar mais atenção na hora do jogo. Usar os reflexos e colocar toda a sua força no pulso. Os começos são assim mesmo – Scott tenta me consolar no final do jogo, tocando meu ombro de forma que não fazia com nenhum dos jogadores ali.

– Não comigo – rebato friamente; o corte só não foi melhor porque eu estava arfando.

– Essa turma está há algumas semanas adianta, e como você ainda faltou semana passada eu acho que é melhor você ter algumas aulas individuais – ele diz, com um sorriso de lado tipicamente de um garoto da Califórnia.

Quase dou uma gargalhada, essa é a minha vontade reprimida, mas continuo parada ali, olhando para o mar. Estou quase cansada de todos os instrutores dando em cima. Na verdade, tenho uma sorte danada para isso. Percy e Scott, meus instrutores. Se eu tivesse flertando com um dos dois isso não aconteceria.

– Hm, vou pensar, mas acho que não – digo, ainda não olhando para ele.

Scott é legal e foi compreensivo quando dei um fora nele, no dia do jogo contra Percy, mas eu não sei se ele ainda quer terminar o que começou na festa da clareira. Ele segura meu rosto, fazendo-me encarar a expressão divertida que ele portava. Ele dá uma risada e solta meu rosto, fazendo com que eu não entenda nada.

– O que foi? – pergunto, totalmente irritada.

– Nada... só estava pensando se você acharia estranho eu te convidar para almoçar?

Mordo o lábio inferior, cogitando a ideia. De uma forma ou de outra teria que almoçar num restaurante mesmo, como venho fazendo desde que mamãe mandou a empregada embora. Mas com Scott... não sei.

– Acharia, mas eu aceito – digo, permitindo abrir um pequeno e forçado sorriso.

– Ótimo então, tem um bom restaurante a uma quadra, só tenho que fechar a aula no sistema, já volto – ele se levanta e vai correndo até uma espécie de casa de praia, onde em frente tinha a propagando do curso de vôlei e os horários disponíveis.

A turma começa a se dispensar, conversando entre si e logo estou sozinha até Scott chegar.

– Então você mora aqui? – eu o pergunto, apontando para a casa de praia que ele acabara de sair.

– É, sim.

Dou de ombros, vendo que ele não fica muito confortável falando sobre o assunto. Não sei porque, pois o nosso bairro é de alta classe e a casa de praia não ficava nem um pouco a desejar. Me levantei e nos dirigimos para o restaurante.

Scott fez questão de me deixar em frente a minha casa.

Não sei que tipo de galanteador barato ele está tentando bancar, mas não deu muito certo. Toda a parte do almoço e o caminho até a minha casa eu evitei contato físico e conversas de assuntos pessoais demais. A companhia dele é agradável, ele é engraçado e brincalhão, mas nada que me fizesse desejar algo mais.

– Então é isso, obrigada pelo o almoço – eu digo quando chegamos a frente a minha casa – Mas na próxima vez sou eu que vou pagar, ein?

– Vai ter próxima vez? – ele abre um sorriso grande, fazendo murchar o tom brincalhão que estava em minha voz. Dou uma risadinha para não deixa-lo sem graça.

– Quem sabe... – eu brinco. Espero que ele não leve isso para um sim.

Vejo pelo canto do olho a porta da casa de Poseidon abrir e um Percy furioso e apressado sair de lá. Ele para na porta assim que me ver com Scott, então decide nos ignorar e marchar para seu carro estacionado no meio-fio. Desvio o olhar, deixando de encarar Percy e olho para Scott, que estava com o maxilar trincado e encarando o moreno com fogo nos olhos.

– Que amigável, ele é seu vizinho – ele comenta, com acidez na voz.

– Sim é – digo com cautela. Estalo os dedos na frente do rosto do garoto, que mantinha-se encarando o ponto atrás de mim, que eu sabia que era Percy – Ei, para com isso!

Seguro seu queixo com as pontas dos dedos e puxo seu rosto para minha direção; sua expressão já não é tão amigável quanto antes.

– Aconteceu algo? – eu pergunto para Scott. O jeito que ele encarava Percy era incomodo, perigoso e desafiador. Deve ter algo entre eles, algo que estou por fora. Algo que eu preciso descobrir com tamanha curiosidade que eu porto.

– Não, acho melhor eu ir embora. Tchau, Ann – ele diz, beija minha testa e se vira antes que eu pudesse falar alguma coisa.

Fico com cara de idiota vendo-o se afastar para o lado aposto de onde Percy está. Viro-me e encaro o moreno que ainda está lá. Parado ao lado do carro, os braços pousados despreocupadamente no teto do automóvel. Ele olhava para mim com um sorriso torto nos lábios, um sorriso que faria qualquer menina se derreter pode dentro, uma pose tão impossivelmente sexy que faria qualquer Zac Afron se esconder com vergonha. Marcho em direção a ele, com uma pose decidida e paro ao lado dele, o fuzilando e tentando não me deixar abater com o magnetismo físico que ocorre entre nós. Quer dizer, entre mim para com ele. Prendo o ar por um instante para não ter que inalar seu perfume.

– Perdeu algo ali? – pergunto de forma dura. Ele bufa e revira os olhos, mas não mostra que vá dizer algo – Acho que sim, pare de ser idiota e ficar olhando de cara feia sempre que estou com um cara.

Ele dá uma risada grotesca, como se tivesse ouvido a melhor risada do século, sua risada é melódica, nada daquele escândalo grosso que é a risada de alguns homens. A risada do Percy é moderada, como se ele não gostasse muito de ri e não acredito que estou a reparar na risada dele. Enquanto ele ri meu rosto adquiri um tom vermelho de raiva.

– Annabeth, isso não tem nada a ver com você. Bem humilde da sua parte, loirinha – ele diz de forma sarcástica. - Aliais, não pude perguntas antes, como foi o beijo aquático?

Quero bater nele. Quero socar a cara daquele infeliz até que um anel roxo decore o redor de seus olhos esmeraldinos. Bufo e me viro, começando a caminhar em direção a minha casa quando ele segura meu braço. Sua mão está fria, o que faz com que uma onda elétrica percorra meu corpo. Encaro seu rosto com fúria, mas paraliso ao ver sua expressão amedrontada e rígida. Seu rosto estava mais pálido, algo quase impossível pelo seu bronzeado moderado de californiano.

– Entra no carro, Annabeth.


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Notas finais do capítulo

Eu tive que dividir o cap no meio pq ficou GIGANTE então por isso ele acaba nesse suspense, mas amanha vcs vão descobrir o que é... ai gente, que dó...
e depois vcs vão querer me bate psé psé



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