Unbroken escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 22
Sea


Notas iniciais do capítulo

TERCEEEEEEEIRO DIA !!!! VAMOS CELEBRAR DE PÉ, IRMÃOS? AMEM? AMEM!
Então, como hoje é MEU ANIVERSÁRIO, faço 17 aninhos *-*, e eu decidi dá um presente para VOCÊS! É, isso não faz nenhum sentido, nenhum mesmo!
Mas então, hj é uma "data especial" para mim, por que foi o dia que eu nasci , então vou dá um DOUBLE CAP!! É! Hoje vai ter DOIS CAPITULOS! podem me amar, eu deixo ❤❤
Enjoy it



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“I wait for light like water from the sky and I am lost again”

O dia não poderia estar mais perfeito para a aula de mergulho: Sábado, um sol lindo e o céu sem nenhuma nuvem. Clima quente, muito quente, aquele ótimo para ficar o dia todo na praia aproveitando com as amigas.

Estou sentada num acento da recepção, ao lado de Clarisse La Rue. Eu não falo com ela, e nem tento puxar assunto. Não quero confessar isto, mas ela me deixa intimidada com aquele tamanho e expressão de poucos amigos. Para passar o tempo eu mandava sms para Piper e Rachel, a espera de eles chamarem minha turma para a aula.

Rezo para quem quiser ouvir minhas orações para que não seja o Sr. D a dar aula, e muito menos que seja teórica. O dia está lindo demais para se desperdiçar numa sala de aula com um gordo chato.

– Iniciados – chamou alguém, uma voz que eu conhecia muito bem. Ergo a cabeça encarando perplexa um Percy Jackson com o uniforme da empresa, uma prancheta na mão e um sorriso torto no rosto. – Annabeth Chase, Connor Stoll, Travis Stoll e... – ele faz uma pausa, encarando com raiva para a garota ao meu lado – Clarisse La Rue. Turma A2.

Estou perplexa. Percy professor de mergulho?! Aquela criança irresponsável e imatura estava incumbida de tomar conta de quatros vidas?! Ele? Percy Jackson? Não, não, não. Esse garoto deve ser o pesadelo da minha vida, aquela pessoa que o diabo manda para te perturbar pelos seus pecados. Ele deve está me seguindo. Tenho certeza de que minha boca está escancarada.

– Srta. Chase, não faça isso quando estiver em baixo d’água, ok? Espero que estejam com roupas de banho, iremos fazer um passeio. Me acompanhe para pegar os equipamentos.

Ajeito minha bolsa nos ombros e me levanto, ainda perplexa demais para sequer piscar. Ali, Percy falava com um tom profissional, parecendo até uma pessoa normal. Entramos numa porta que dava para um corredor e andamos mais um pouco, até que paramos em frente a uma porta.

– Na aula passada vocês aprenderam sobre os equipamentos e para que cada um deles servem, agora é a hora de ver se vocês lembram de tudo ensinado. Escolhem todo o equipamento que queiram, lembre-se da aula passada – diz Percy, com um sorrisinho no rosto. Ele abre a porta e dá passagem para os alunos passarem. Clarisse é a primeira, ela entra na sala esbarrando no ombro de Percy de propósito. Eu fico parada, me colocando ao lado de Percy e esperando que todos entrem, para eu perguntar que diabos significa aquilo. Quando Travis entra, Connor não o segue e se vira para falar comigo. Ele me abraça e eu o abraço de volta, dando um beijo na bochecha dele. Ele bagunça pelo cabelo de implicação e dou um sorrisinho, me sentindo incomodada por Percy está presenciando esta cena.

– E ai, garota? Tenho que falar que Travis ficou morto de inveja, acho que ele nunca mais vai me deixar a pé. Obrigada por aquele dia, acho que eu nunca vou trollar você!

– Que bom então – dou um risinho e vejo Connor entrar na sala. Ignoro Percy me olhando com curiosidade e entro também. Perdi a vontade de falar com ele, deixa isto para lá.

– Hm, senhorita Chase? Pode me acompanhar até a recepção, aqui diz que está faltando o telefone de sua mãe, precisamos dele para caso de acidentes – diz Percy, em alto e bom tom para todos ouvirem. Reviro os olhos e saio novamente da sala, sendo seguida por Percy.

Era mentira, eu sei, mas não poderia dizer isso na frente de todos ali. Por vias das dúvidas, eu nem o conheço. Continuei andando pelo corredor que levava até a recepção, mas Percy puxou meu pulso e me levou até uma sala vazia, fechando a porta logo em seguida. Ele pressionou meu corpo contra a porta e apoiou as mãos ao lado de cada face de meu rosto.

– Mas então, o que Stoll quis dizer com aquele dia? – ele me pergunta, erguendo uma sobrancelha e esperando uma resposta. Era só o que me faltava agora. Ele querendo saber oque eu faço com minhas novas relações de amizades.

– Não sou formada em matemática, mas tenho certeza de que minha vida não é da sua conta!

– Piada engraçada – ele contorceu o rosto numa careta e depois riu debochado.

Eu acho que a noite de ontem está afetando sem dúvida meu humor hoje, ainda mais ao lado de Percy, que presenciou toda a humilhação. Eu estou azeda, sem nenhuma vontade de falar com as pessoas que vi ontem. Meu humor está negro. Não consigo conter.

– Você sabia – eu o acusei, com grosseria na voz – e não me disse nada!

– Iria estragar a surpresa, docinho. Espero que tenha gostado.

– Você devia ter me contado, por que você não disse logo que trabalhava aqui?

– Calma, Annabeth, não é para tanto.

– É sim! Parece que você está me seguindo, em tudo que eu estou você também está. Sempre.

– Destino, querida – ele sussurrou em meu ouvido.

– Parece mais psicopatia.

Ele continuou com o corpo junto ao meu, então eu o afasto com as duas mãos.

Não acredito que Percy sabia que eu sou da turma que ele leciona e não disse nada. Nada. Ele poderia ter me preparado, melhor do ter ficado com aquela expressão de idiota que havia ficado quando eu o vi. Olho para o uniforme dele, com o logo da empresa e torço o nariz. Se eu soubesse, não teria me inscrito.

– Qual é a de Clarisse? Parece que ela te odeia – eu comento. Estou curiosa demais para deixar de perguntar, gosto de saber das coisas.

– Sim, e me odeia. Ela é irmã de Lynn... sabe, a garota que morreu da festa. E o queridíssimo pai delas, Ares, foi quem tentou me matar – ele olha para os lados, os olhos faiscando de raiva.

Cubro a boca com as mãos, horrorizada. Minha cabeça começa a trabalhar, pensando em mil coisas que poderiam justificar Clarisse numa curso de mergulho tendo o inimigo de sua família como professor. Mesmo Percy não sendo culpado pela morte da irmã da garota, fico imaginando o quanto de ódio eles devem sentir de Percy. Não existe culpado realmente na situação, Lynn sofreu overdose, a única culpada é a tristeza que ela sentia no momento que decidiu se drogas e beber como se não houvesse amanhã, no entanto, o ser humano tende a ter a necessidade de culpar alguém. É de nossa natureza.

– Percy... ela deve está planejando algo. Como você se livrou da prisão talvez ela queira fazer justiça com as próprias mãos.

– Annabeth, acha que não sei disso? Não sei qual é o intuito dela ficando no meu pé em tudo que eu faço, mas tenho que descobrir. Clarisse até se voluntariou para trabalhar no aquário comigo...

– Você é voluntário do aquário?! – exclamo, mais surpresa com aquele fato do que os outros que ele havia me dito. Percy revira os olhos, como se não acreditasse que eu havia demostrado tanta surpresa.

– Estudante de Biologia Marinha, lembra? – ele perguntou com uma voz cortante e fria.

Balanço a cabeça positivamente. Percy era mesmo bipolar, dividido entre duas personalidades que poucas pessoas enxergavam. Às vezes ele parecia uma pessoa cansada desse mundo, mas que gostava de seus amigos e das coisas que fazia. No outro momento parecia que ele era uma pessoa que só ligava para os prazeres que a vida pode te oferecer. Às vezes ele era frio, as vezes quente. Pensar nisso chega a dar um nó em minha cabeça

Percy segura minha cintura, deixando nossos corpos pertos novamente.

– Annabeth, tenho quase a certeza de que daqui uns dias você vai se cansar de ser essa pessoa difícil... não se cansa de se reprimir das melhores coisas da vida? – ele disse num sussurro. Aquela sua frase me deixa com raiva, muita raiva. Uma raiva imensa.

– Tenho certeza que não, pois acho que você não está encaixado no tópico “melhores coisas da vida” – digo seca. A intenção era ser grossa e séria, mas ele dá uma risadinha de deboche.

– Você disse que iria ser quem você realmente é, mas algo me diz que você não é o tipo de garota que fica tanto tempo enrolando um cara.

– Está me chamando de puta? – eu o empurro para longe, colocando as mãos na cintura. Ele me olha com uma expressão “essa mulher é louca” e balança a cabeça negativamente.

– Pare de complicar as coisas! Por que você não quer ficar comigo? Não me dá nenhuma chance? Tipo, sei lá, a gente poderia transar... casualmente.

É minha vez de ri com deboche.

– Percy, você não entende! Você é meu vizinho, filho do sócio da minha mãe, amigo de todos os meus amigos, e agora meu professor. Não entende? Presente demais, junto demais. Eu... eu não quero... – não consigo completar a frase, olho para o lado balançando a cabeça negativamente – Eu realmente tento, te beijar, ficar com qualquer cara apenas por ficar, mas eu não consigo!

– Você tem medo de se apaixonar? – ele diz baixo. Um sorriso torto brota em seus lábios – Você tem medo de se apaixonar por mim?

Fico sem expressão, é a melhor saída para esse momento embaraçoso, mas minhas bochechas me traem e adquirem um tom avermelhado. Eu não iria explicar novamente. Eu e Percy somos próximos demais, não quero que isso acabe em um coração partido, ainda mais quando o meu ainda está em pedaços.

– Entenda... não faz nem cinco meses que o garoto que eu namorava morreu, não quero ficar com ninguém.

– Não, você não quer ficar comigo, porque tem medo de se apaixonar – ele diz, com um sorriso idiota no rosto. Ele parece ponderar por um momento de algo em seu pensamento e logo fica sério – Mas não tem problema, Annabeth, uma garota como você nunca se apaixonaria por um cara como eu, pode ter certeza.

Não digo nada, pensando no que ele realmente queria dizer com aquilo. Uma garota como ele? Será que ele esqueceu das coisas que eu contei para ele no quarto? Será que ele fez coisas piores do que eu? Ou será que é simplesmente algo relacionado a atitudes e escolhas? Não sei, mas também não quero descobrir.

– Por via das dúvidas – ele começou – nós não nos conhecemos. Sou um professor legal, então vamos nos divertir muito nesse passeio, quero ver você com aquela animação que estava naquela madrugada em meu quarto, ok?

– Tentarei ser uma pessoa amigável hoje, mas não prometo nada - dou um risinho para ele e o lanço uma piscadela, enquanto me viro e abro a porta, indo apressada de volta para a sala de equipamentos.

Music

O vento chicoteia meu cabelo para trás. Eu estou com os braços erguidos na proa da lancha, sentindo o cheiro marítimo impregnar meus sentidos. A imensidão azul parece não ter fim.

Eu olho para trás e vejo Percy pilotando a lancha, ele sorri e pisca para mim. Eu devo estar com um sorriso enorme no rosto, pois nunca havia andado numa lancha antes e a experiência é realmente incrível. Eu já estava vestindo roupa de banho, um biquíni preto e descente.

Vou saltitando até o lugar onde Percy está pilotando e sento na cadeira de co-piloto.

– Isso é muito legal – eu digo, sorrindo e olhando o mar a minha volta.

Percy também está sorrindo, nada daquele sorriso torto, apenas um sorriso comum. Ele olha para trás, conferindo Connor e Travis que implicavam um com o outro sem parar, enquanto se vestiam, e Clarisse, que estava sentada de costas para nós, já toda equipada. O sorriso dele parece que vacila por uns segundos, mas depois ele o recupera.

– Você fica muito sexy desse jeito, me dá vontade de te beijar – ele diz casualmente, olhando de esguelha para mim, agora com um sorriso safado.

Sinto meu rosto corar e dou um sorriso, fazendo um gesto com a mão com quem diz “que isso”. Ali, em meio a imensidão azul e longe de tudo e de todos, meus problemas haviam evaporados, não existia mais nenhum sentimento em mim. Apenas a alegria e o azul. Eu me sentia uma Annabeth com um espirito novo, o espirito livre e jovem que eu tanto tentava me agarrar nesses dias. É tão bom.

Livre, liberta, eu.

É assim que eu me sinto.

Quero que dure para sempre.

Acho que vou comprar uma lancha e morar nela.

Ok, isso é idiota.

– Se você quer me beijar poderíamos nos beijar dentro d’água – digo, dando uma risadinha. Me surpreendo por oferecer aquilo, mas o desejo de beijar dentro de água pela primeira é grande demais. Tipo, em Nova York eu nunca fui á praia, sempre era frio demais a água por lá, e piscina, bem, nunca fui. Percy dá um sorriso de lado e me encara.

– Sério?!

– Acho que vou mudar de ideia... – digo, arrastando a última palavra.

– O que aconteceu com você? – ele perguntou, me encarando como se não me conhecesse.

– Acho que consigo ser livre aqui, parece mais fácil – confesso, encarando a imensidão azul a minha frente.

– Vou te trazer para passear de lancha mais vezes – ele comenta, rindo.

Me levanto, ficando de pé e segurando a barra de proteção que está a minha frente. Fecho os olhos, varrendo as coisas ruins de meu coração, de uma vez por todas. Será que consigo?

Ao longe eu vejo uma massa de terra, cada vez mais próxima de nós. Uma ilha, sem dúvida, só não conseguia saber qual, já que São Francisco não possui apenas uma ilha. Nós nos aproximamos do que parecia uma montanha de rocha da ilha. Percy para a lancha e sai de seu acento, descendo a escadinha e indo para a popa da lancha, aonde os outros alunos estão. O sigo e paro ao lado de Connor.

– Vamos mergulhar perto da Ilha Angel; atualmente ela é um parque estadual, feito para acampar e para explorar, mas essa área é muito bonita para mergulhar – Percy tira a blusa, ficando apenas de bermuda, pegando os pés de pato e os colocando. Nós começamos a pegar os outros equipamentos também – As construções da época da Guerra Civil da Ilha Angel já hospedaram soldados e suas famílias, a história da ilha é muito rica, mas acho que vocês não estão interessados.

– Nem um pouco – responde Clarisse com mau humor, prendendo o cabelo num rabo de cavalo.

– A ilha também já foi Base de Mísseis Nike durante a Guerra Fria e abrigou marinheiros e imigrantes, no século 18 – digo de forma irritantemente sabichona; dou um sorrisinho de deboche e pisco discretamente para Percy.

Deixo o material que vou usar ao meu lado, esperando outras explicações. Connor e Travis estão discutindo por algo, mas não parecia bem uma briga.

– Então, nessa primeira fase eu vou descer individualmente até o fundo do oceano aqui, deve ser uns seis metros, não muita coisa. Depois que subimos, vocês terão a liberdade de poder ficar na água, mas sem oxigênio e apenas com o Snorkel e as nadadeiras.

– Por que não descemos todos juntos? – pergunta Clarisse.

– Porque são iniciantes e é oque está escrito nas regras, mas acho que a senhorita não deve ter prestado atenção – disse Percy, quase que normalmente, se eu não soubesse o quão incomodado ele estava com Clarisse ali.

– Então, Chase, quer ser a primeira?

Ele não está sorrindo, apenas com aquele ar profissional que ele se dirigia para todos os alunos. Concordo com a cabeça um pouco zonza e coloco as nadadeiras em meus pés, sentada num banquinho na popa, logo equipando-me com o cilindro de oxigênio e a máscara. Tenho que respirar pela boca agora. Pego uma câmera de mergulho de dentro de minha bolsa e vou até o beirada da lancha, aonde Percy está me esperando para mergulharmos. Seguro a mão dele por instinto e nós pulamos para água. Descemos alguns centímetros e logo subimos para a superfície, longe o suficiente das outras pessoas para elas não ouvirem o que nós estávamos falando.

– Ainda sente aquele desejo? – ele pergunta, olhando para mim com um sorriso infantil.

– Hm... não sei – cantarolei, para amenizar o nervosismos que sinto. Não só porque vou explorar uma coisa que só via em livros, mas também por saber que terei que tirar o cano que liga o oxigênio para meu corpo, para beijar.

– Tire muitas fotos, depois quero ver – ele diz e coloca o aparelho na sua boca. Faço o mesmo.

Aperto sua mão e nós descemos, nadando para baixo do oceano. O azul está em todos os lugares, tão claro que chega a doer meus olhos. Ali a água está quente, por conta dos raios solares que atingem a água. Sinto a água dançar em minha barriga nua, meus pés se movimentarem para cima e para baixo, num movimento continuo. Meus cabelos dançam ao redor de mim, num furacão dourado. Ainda seguro as mãos de Percy, que nada um pouco a frente de mim. Seus cabelos ficam bonitos na água. Parei e dei uma volta ao meu redor, vendo um cardume passar a alguns centímetros de mim. Eu quero sorrir, mas certamente ficarei sem ar sem o fizer. Mas eu quero tanto sorrir.

Percy segura minha cintura e eu estremeço com seu toque suave debaixo da água. O cilindro de oxigênio me faz sentir presa, se eu não o tivesse certamente seria melhor, mas certamente não estaria ali também. Eu posso ver os corais daqui e uma parede de pedra, que deve ser da ilha. O ambiente ainda estava incrivelmente claro, de modo que eu posso ver cada coral colorido, cada alga dançante, cada peixe nadando e estrelas-do-mar. Preparo a câmera e tiro algumas fotografias do ambiente marinho. Meus olhos estavam atentos a qualquer coisa que significasse perigo, mas também atento para não perder nenhum pedaço daquela maravilha escondida pela água.

Entrego minha câmera para ele e faço um sinal com a mão para que ele tire fotos minhas.

Faço algumas palhaçadas que o fazem “ri” e pego algumas coisas na mão. Estou nadando em direção a um coral vermelho, mas Percy segura minha mão e balança a cabeça negativamente. Entendo que o coral é venenoso e me afasto rapidamente.

Percy me puxa para si e nos encaramos por um tempo. Seus olhos verdes ficam azul aqui em baixo. Um azul bem bonito, mas claro que os verdes que ele geralmente porta. Ele dá um sorriso de lado; certamente acostumado em fazer isso sem que entre água de sua boca. Logo ele aponta para o aparelho em sua boca e no meu, eu automaticamente entendo o que ele quer dizer, mas espero que ele o faça primeiro. Ainda segurando minha cintura e mantendo meu corpo colocado ao seu, ele tira o aparelho que o permite respirar e eu vejo as bolhas de oxigênio saindo do buraco do aparelho. Dou um sorriso mental e tiro o meu também, fechando a boca com força. Ele se aproxima de mim e pressiona seus lábios nos meus, de forma delicada e gentil.

Colocamos o aparelho novamente, mas minha tentativa foi um pouco fracassada, o que fez com que água entrasse na minha boca, fazendo-me engasgar. Percy puxa minha mão e nadamos rápidos para a superfície, antes que eu perca completamente o ar.

Quando chego a superfície eu respiro como se o ar fosse acabar a qualquer momento. Logo após o susto, eu dou um sorriso enorme para Percy e vejo que estamos na parte da frente da lancha, onde os outros não conseguiam ver. Seguro o pescoço de Percy e aproximo meus lábios do dele o beijo. Tenho que confessar que beijar dentro da água é muito excitante. As mãos de Percy pressionam firme minha cintura.

– Percy... – sussurro, me afastando dele e o fitando – Isso foi...

– Incrível – ele completa para mim, sorrindo de lado.

Nadamos até a lancha e Percy empurra meu corpo para cima, me ajudando a subir na lancha. Ele deve ter aproveitado para dar uma bela olhada na minha bunda, mas tento ignorar este fato.

Tiro todos os aparelhos e coloco-os juntos num canto, querendo novamente me jogar dentro d’água. Pego o Snorkel dentro de uma caixa e ajusto no meu rosto, começando novamente a respirar pela boca, que era muito ruim por sinal. Percy está brigando com os gêmeos Stoll, que devem ter aprontado algo de novo. A câmera de mergulho está em minha mão, pronta para tirar mais fotos bonitas dentro de água, mesmo que seja apenas na superfície. Me sento num banco, e tiro a parada da minha boca, para descansar um pouco antes de entrar novamente.

Percy balança a mão num gesto “deixa para lá” pros meninos e se vira para todos nós dessa vez (talvez menos eu).

– Quem é o próximo?!

– Eu – diz Clarisse.

Desvio o olhar para o mar, pensando se teria como matar um instrutor de mergulho dentro d’água. Acho que não.

Mas mesmo assim, eu só relaxo novamente quando eles voltam.


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Notas finais do capítulo

Então gente, como é meu aniversário creio que vão ser legais comigo, né?
(sim, eu não me importo de bajular, sorry .-.)
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