Unbroken escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 12
Losing Myself


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores!
Eu sei que estou sumida, então me desculpem por isso. Estou andando um tanto quanto desanimada, não só com a fic mais com tudo. Essa semana foi meio corrida por conta das provas, curso, coisas pessoais e etc, mas a partir de quarta eu vou estar de férias e vou estabelecer os dias para postar a fic!
Ah, e tem um detalhe SUPER IMPORTANTE nesse capítulo, ele está sem destaque propostitalmente, mas sei que vocês vão sacar do que se trata.
Boa leitura!



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– Ei, loira metida a engenheira nova iorquina – chamou Leo, usando seu habitual tom brincalhão e estalando os dedos diversas vezes na frente de meu rosto. Desviei meus olhos do prato de batata frita e olhei para ele, com uma expressão indagadora – É a quinta vez que eu te chamo assim e até agora você não esfregou batata em minha cara – ele disso, zombeteiro, oque me deu muita vontade de esfregar realmente batata na cara dele.

– Ahn, é, desculpe – murmuro, baixinho. Bebendo como passarinho a coca-cola do meu copo. Como havia prometido, Leo veio aqui em casa, trazendo batata frita com calabresa e queijo que vende numa loja perto daqui, eu havia cedido o espaço e a coca-cola. Quando eu digo espaço eu quis dizer o jardim de minha casa. Havia colocado duas cadeiras e uma mesinha no jardim de frente a praia, assim poderíamos ver o campeonato de vôlei confortavelmente e de camarote. Dali eu pude ver Bianca e Thalia num canto, de biquíni e Piper com roupas comuns, mas não via Percy nem Jason, oque era estranho.

– Pode falando, eu não acredito que eu cedi um espaço disputadíssimo da minha agenda para ver você com cara de mongoloide – ele disse com cara de desgosto – Pode falar agora oque aconteceu Annabeth, você está estranha...

Suspirei e então comecei a contar a Leo a minha conversa de ontem com Percy, da nossa briga e do deslize que havia dado. Sem deixar de lado que Percy havia me chamado de puta só porque eu havia ficado com aquele menino que não sei o nome, e que a conversa se direcionou a Luke e o fim da conversa. Eu totalmente desequilibrada.

– Você disse... – Leo começou a dizer, então parou e recomeçou num tom muito mais baixo – Você disse a Percy que Luke se suicidou?

Balancei a cabeça negativamente e olhei para o jogo de vôlei, encarar as pessoas contando isso era a pior opção.

– Eu apenas disse que ele estava morto... Mas tem outra questão, eu acho que a Thalia sabe disso, não sei como, mas eu não quero que ninguém saiba. Se ela souber ela vai contar para todo mundo, ela me odeia, só porque o Percy quer ter algo comigo. Mas eu não quero ter nada com ele...

– Anna, calma garota, respira. Não tem como ela saber. Só eu sei e seu segredo está bem guardado comigo – ele disse de forma tranquilizadora, embora ele estar devorando as batatas sem nenhuma educação manchasse a imagem de tranquilo.

– Tem razão, ela é louca.

– E os seus cursos?

– Eu nem comecei ainda, acho que o de mergulho e de pintura é amanhã, não tenho certeza... – eu iria falar mais alguma coisa, mas minha atenção foi dirigida para outra dupla que iria jogar no campeonato. Um deles era alto e forte, com olhos azuis e cabelos loiros; imediatamente eu o reconheci sendo o cara da festa, aquele que eu havia ficado. Olhei boquiaberta para ele, embora ele não me visse.

– Oque foi? – perguntou-me Leo.

Apontei na direção do loiro que acabara de entrar no campo, ele rebateu um saque, lançando a bola no campo adversário, que estava ocultado pelos torcedores.

– Foi ele que eu fiquei na festa, Leo – sussurrei, com espanto na voz.

Me levantei da cadeira, puxando Leo comigo e corremos na direção do jogo de vôlei, não sei bem o porque, mas eu precisava ver se ele realmente era parecido com Luke ou se a minha loucura havia chegado ao limite máximo.

Bem, quando cheguei lá tive duas surpresas e muitos arrependimentos. A primeira surpresa era que o garoto era realmente muito parecido com Luke, até o sorriso. A segunda surpresa era que o time adversário era composto por Percy Jackson e Jason Grace. E os muitos arrependimentos que eu tive foi que o garoto olhou para mim justamente quando ia sacar, ele me reconheceu na hora e tentou abrir o melhor sorriso galanteador, eu apenas acenei discretamente com a mão, com um sorriso de quem comera algo azedo. Percy viu a cena toda e olhou com raiva para aquele garoto, acho que não tinha o reconhecido, mas após nosso contato visual ele passou a entender de quem se tratava, que ótimo.

– Vamos sair daqui, Anna – disse Leo, baixo ao meu lado, sacando tudo oque estava acontecendo.

– Não, vamos ficar – digo teimosa.

– Não tem nada há fazer aqui Annabeth, vamos – ele insistiu, olhando para Percy e o garoto louro, que se fuzilavam pelo olhar.

O jogo começava a esquentar, os lances mais ofensivos e as defesas mais precisas, os meninos faziam o impossível para que a bola não caísse. Percy olhava de relance para mim, certificando se eu estava ali mesmo, e o garoto louro fazia a mesma coisa; olhava e sorria para mim, fazendo todos notarem o clima pesado que pairara no jogo. Eles continuavam jogando, Jason e o parceiro do garoto louro totalmente ingênuos a toda situação. Eu queria concertar aquela situação, antes que fosse longe demais. Eu não queria nada com eles, com nenhum dos dois e com ninguém. Precisávamos conversar.

Eu devia ter ido embora, era a coisa certa.

Quem disse que eu fazia as coisas certas?

– Está dividida para que lado torce, Annabeth? – disse uma voz atrás de mim, antes de me virar eu já sabia quem era.

– Não estou torcendo para ninguém, Thalia, não fico igual cachorro puxando saco de ninguém – digo, muito distraída com os olhos de Percy em mim para olhar para a víbora.

Quando os olhos verdes se desviaram dos meus, eu me virei para Thalia. Leo segurou meu braço, num gesto protetor, mas eu ignorei. Não precisava de proteção. Thalia e Bianca vestiam biquínis pretos, com um short jeans omitindo a parte de baixo, ambas seguravam uma lata de coca-cola nas mãos. Bianca parecia um pouco entediada com toda a cena, não queria estar ali claramente.

– Já que você não faz o tipo de puxar o saco, não é? Seus joguinhos são outros – ela diz, com sarcasmo.

– Não tenho nenhum jogo – eu digo, encarando seus olhos azuis. Parecia que eles estava prestes a me transformar em pó.

– Claro que não, aliais, aquilo ali... – ela aponta com a cabeça para o jogo. Sabia que ela estava se referindo a Percy e ao garoto que eu nem sabia o nome – Não é nenhum jogo. São apenas acasos que uma mente sã nunca poderia planejar.

– Oque você quer dizer com isso? – eu praticamente rosno. Não havia entendido oque ela queria mesmo dizer com aquilo, mas não gostei do tom de suas palavras.

– Estou querendo dizer que talvez seus problemas mentais devem ter voltado, Annabeth, já pensou em procurar um psiquiátrica? – ela sorriu triunfante. Certamente porque minha cara tornou uma expressão incrédula.

– Thalia... – chamou Bianca, com cautela, segurando o braço da amiga. Leo se mexeu desconfortável ao meu lado, segurando minha cintura agora, como se eu precisasse de guia.

– Acho que a com problemas mentais aqui é você, para ser tão idiota e ficar se rastejando como uma cobra em volta do Percy. Nem para transar ele te quer mais, não percebeu? – minha voz ficou pesada, e eu percebi que minhas frases saíram cheias de eletricidade. Eu queria cutucar uma colmeia, mas havia esquecido de que podia ser perseguida por abelhas.

– Annabeth, vamos... – chamou Leo, com urgência.

Thalia me olhou de forma feroz, seu olhar sádico talvez arquitetando a melhor forma de arrancar minha cabeça. Ela amassou um pouco a latinha de refrigerante e deu um passo para frente, ficando a poucos mais de quinze centímetros de mim. A plateia do jogo parecia que se dera conta do que estava acontecendo, e toda a atenção fora se dirigida para mim e para Thalia. O jogo de vôlei não podia parar, mas estava visivelmente desiquilibrado, os jogadores estavam tensos. Principalmente Percy.

– Sim, parece que ele te quer. E o louro também. Mas, será que eles não sabem que o último que você namorou morreu? Ou melhor dizer... se matou. Acho que isso faria qualquer um pensar duas vezes antes de te querer – ela disse, com uma loucura no olhar. Ela havia gostado de falar aquilo, na dor que suas palavras me causaram. Ela gostou de me ver com os olhos transbordando de lágrimas e com o rosto sem a pose de durona. Suas palavras foram cruel, e eu não sou de ferro.

Me recupero, ou tento. Eu não sou de ferro, mas posso fingir ser. A fraqueza fica para a noite, quando eu deitar em minha cama, no escuro, quando ninguém estiver vendo. Agora eu sou forte, inabalável, blindada. Meu corpo se toma de fúria. Thalia não tinha nenhum direito de dizer aquelas palavras, fora longe demais, e iria pagar por isso. Num ato de instinto eu estapeio a lata de coca-cola de sua mão, fazendo-a tombar sobre suas vestes. O líquido derramado se espalhada rapidamente por sua barriga nua, descendo até o short que estava seco. Eu empurro aquela vadia para longe de mim. Leo me puxa para trás, mas uso minha força para avançar para cima dela. Antes de ela poder pensar eu ergo a palma de minha mão e dou um tapa na sua cara, tirando seus óculos escuros do rosto. Ela olha para mim e leva uma de suas mãos para a bochecha, que adquirira um tom avermelhado. Ela merecia.

– Vamos sair daqui, Annabeth – Leo me puxa mais uma vez, dessa vez eu cedo um pouco. Dou uns passos para trás, mas vejo que Thalia avança em minha direção. Não, ela não vai me bater. Ela não vai tocar em mim. Bianca tenta segurar a amiga, mas em vão, já que Thalia facilmente se desfaz de Bianca, jogando a garota no chão. Ela está vindo em minha direção e eu sei que irei perder. Eu não sei lutar, nunca briguei e tudo que eu tenho ao meu favor é a raiva. Eu não posso me colocar numa situação dessas, eu não posso me tornar tão inimiga de Thalia dessa maneira. Thalia me toca. Sua mão vem apertando minha garganta e o ar começa a falhar. Ela está apertando cada vez mais e eu sei que seus olhos estão planejando coisa pior. Vejo suas mãos se erguendo, prontas para me revidar o tapa que eu havia dado.

– PAREM, AGORA! – Percy aparece na minha frente, me separando de Thalia. Nico aparecera logo, assim como Jason e Piper. A expressão de Percy é feroz e seus olhos estão agitados. Ele está de costa para mim, mas ouvi ele dizendo para Nico e Bianca tirarem Thalia dali, leva-la para casa. Logo ele se vira para mim, nada feliz. – Vamos, Annabeth.

– Não – Leo diz. Ele solta a minha cintura e dá um passo a frente, cobrindo-me parcialmente. Um gesto um tanto quando defensivo, e desnecessário.

– Como é que é? – Percy diz num tom incrédulo.

– Acho que você já fez o bastante Percy, Annabeth está comigo.

– Ela não está com você Leo, você é um idiota.

Eu mereço isso agora, já não me bastava ouvir Thalia, agora tinha que ficar ouvindo a briga desses dois, decidindo quem vai cuidar de mim, como se eu fosse uma criança.

– Parem de ser idiotas. Percy vai se foder, não quero saber de você. Leo, eu não sou sua irmã mais nova. Obrigada por tudo – me viro, dando as costas para ele. Não sei se fiz a coisa certa, mas foi oque veio a minha mente. Eu fiz sem pensar. Sabia que mais tarde conversaria com Leo e explicaria que eu estava estressada por conta do que Thalia havia dito, mas eu sabia que as coisas com Percy não iriam se concertar de maneira tão fácil, ele era muito orgulhoso. Bem, eu não queria concertar nada com ele mesmo.

Começo a andar, em direção a minha casa. Puxa, havia me esquecido desse detalhe. Minha casa era de frente ao jogo e se minha mãe tiver visto toda aquela cena... Não, definitivamente isso não seria nada bom.

– Ei, espera! – grita alguém, atrás de mim.

Não quero me virar. Quero continuar andando e fingindo que não ouço que alguém está me chamando. Quero ir para o meu quarto e socar qualquer coisa para extravasar minha raiva. Não quero mais confusão na minha vida.

Idiota, é isso que eu sou.

Me viro, e encaro aquele par de olhos verdes, acompanhados por uma cabeleira loura.


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Notas finais do capítulo

E ESSE GIF LINDÃO NO FINAL, EIN?



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