Unapologetic escrita por oakenshield
Notas iniciais do capítulo
Continuando. Feriadão dá muita preguiça, ainda mais depois do almoço. Não existe vida após o almoço, definitivamente, mas não estou com sono e sinto uma vontade louca de escrever, decidi fazê-lo. Pensei em vários momentos para Katerina conhecer o seu futuro amado, pensei em como poderia fazer os dois começarem a sentir algo um pelo outro e decidi que não gostaria de fazer algo muito imediato, então se demorar um pouco para algo acontecer e vocês quiserem que eu acelere o ritmo é só falar.
Katerina tenta se sentar, ainda de olhos fechados, mas não consegue se mexer sem sentir uma dor terrível. Ela se lembra de ontem e abre os olhos e ligeiramente procura por alguém.
– Mike - ela murmura e ele rapidamente acorda e, sorrindo, caminha até ela.
– Finalmente você acordou.
– Finalmente? - ela questiona. - Por quanto tempo eu dormi?
– Os médicos tentaram retirar a bala de você imediatamente, mas você precisou passar por uma cirurgia porque a bala era diferente. Tem algo que a torna mais grossa e reforçada, então...
– Por quanto tempo eu dormi? - ela repete.
– Depois de cirurgia você acordou e ficou muito irritada. Os médicos tiveram que te sedar - ele vê o olhar da prima e decide falar logo. - Três dias.
Parece que a festa não havia sido ontem, como ela havia imaginado.
– Três dias? - ela tenta se sentar, mas a dor volta a incomodá-la. - Que droga. Eu tinha uma reunião com os Conselheiros, tinha uma saída marcada com Erik, visitas agendadas a duas ONGs e uma partida de tênis de Hana para assistir.
– Se serve de consolo, meu pai cancelou a reunião com os Conselheiros, Erik foi para Las Mees com Petrus e Hana ganhou a partida.
– Então é provável que ninguém tenha sentido a minha falta já que tudo deu certo na minha ausência.
– Eu senti - Michael fala. Quando Katerina o olha, ele segura o rosto dela. - Kate, você sabe o que eu sinto.
– Mike, nós temos o mesmo sangue. Não podemos fazer isso.
– Por que? Porque alguém disse que era errado? Pelo amor de Deus, Kate, nós não somos irmãos.
– Mas é como se fossemos! - ela altera a voz. - O seu pai era irmão do meu pai. Nós temos o mesmo sangue - ela enfatiza.
Ele se levanta da cama e passa as mãos pelos cabelos loiros como trigo.
– Eu não quero brigar com você. Não hoje. Logo você deve receber alta e nós poderemos te levar para casa.
– Com licença - uma voz conhecida atravessa o quarto e o tio de Katerina entra. - Eu soube que alguém dormiu por três dias.
– Tio Joff - a ruiva sorri. - Que bom que você está aqui.
Ele anda até a cama da sobrinha e a beija no rosto. Joffrey olha para o filho e faz um gesto para ele sair do quarto.
– Feche a porta - ele manda. - Me espere na cafeteria. Mandei isolar o local.
– Isolar? - Katerina pergunta quando Michael sai do quarto.
– As pessoas estão dormindo do lado de fora do hospital desde que você foi internada. Tivemos que isolar a área, mas como não podíamos transferir todos os pacientes, isolamos alguns locais para que os familiares dos pacientes não acabarem nos atacando. Sabe como é, família real e tudo o mais.
– Você poderia me ajudar a... - ela aponta para a cama e o seu tio aperta um botão embaixo dela, que a faz ficar sentada. - Obrigada. Assim é melhor. Então, o que aconteceu? A reunião com os Conselheiros...?
– Ah, isso - ele fala. - Cancelei, mas eles apareceram mesmo assim - ele faz cara de tédio. - Conversamos sobre algumas coisas. Eles querem que você esteja presente na próxima reunião.
– E quando eu terei alta?
– Em breve. Eu prometo.
+++
Bom, o em breve de Joffrey leva mais uma semana. Mesmo assim, ele veio buscá-la no dia da sua saída do hospital. As pessoas estavam do lado de fora e o local estava cercado e mesmo assim era protegido por alguns seguranças. Eles haviam fracassado no dia do aniversário de Katerina e parece que não queriam repetir o erro.
Quando chegou ao palácio, as criadas fizeram uma reverência e os seguranças curvaram levemente a cabeça. Michael que não havia ido mais visitá-la apenas a olhou por alguns segundos, mas logo desviou o olhar e sumiu. Rebekah, irmã mais nova de Michael, cabelos escuros e lisos, olhos castanhos claros e pele rosada como a da mãe, Ivna, a abraça, assim como Hana. Ivna, a esposa do Regente e sua tia, a olha com desprezo, como sempre, e fica emburrada em um canto.
Depois disso, Katerina e seu tio Joffrey vão para um salão reservado para as reuniões importantes e lá se encontram todos os Conselheiros. Como o próprio nome diz, eles aconselham o rei ou a rainha, agem como ajudantes de assuntos nacionais e internacionais, dizem o que é aconselhável para se fazer e que atitudes eles devem tomar.
– Bom dia a todos os Conselheiros presentes. Gostaria de iniciar essa reunião dizendo que já estou quase completamente recuperada. Terei que fazer uma temporada de fisioterapia, mas em breve estarei totalmente bem.
– Estamos aqui para discutir sobre a segurança de minha sobrinha - Joffrey anuncia. - A segurança falhou drasticamente na festa de aniversário de vinte anos, uma das datas mais importantes na vida de um herdeiro do trono.
– Temo que da próxima vez que os rebeldes ataquem a herdeira não tenha tanta sorte - o Conselheiro mais antigo fala. - Devemos reforçar. Aposto que aqueles bandalheiros são de Altulle. Nunca vi alguém apreciar tanto uma guerra quanto os Kionbach.
– Só nós - Joffrey sorri. - Frömming é o país mais importante do nosso continente. Somos a maior potencia mundial atualmente e somos sossegados, mas quando atacam a nossa herdeira não podemos deixar barato. Os Archiberz e todos os outros irão revidar.
– Como você pretende fazer isso? - alguém pergunta.
– Primeiro vou reforçar a segurança de Katerina. Seremos discretos e infiltraremos alguns dos nossos em todos os outros países próximos. Estamos no centro do continente e abertos a invasões. A nossa segurança não irá suportar para sempre.
Depois de mais algumas ideias, Joffrey declarou a reunião como encerrada e ele e Katerina se dirigiram para a sala do trono. Um segurança faz uma reverência e murmura algo no ouvido do Regente. Katerina está sentada no trono menor, ao lado de Joffrey e tenta ouvir algo, mas só ouve sussurros.
– Mande ele entrar - o Regente ordena.
– O que está acontecendo? - ela pergunta.
As portas são abertas e um cara alto, cabelos pretos como carvão, barba por fazer e olhos verdes adentrou na sala. Ele vestia um terno tão escuro quanto seus cabelos, que estavam bagunçados. Sua pele é bronzeada, típico de alguém que vive no litoral, o que prova que ele não é naturalizado de Frömming.
Ele é lindo, ela constata. Maravilhoso.
– Como é o seu nome, meu jovem?
– Fabrizio - a sua voz rouca atinge os ouvidos da ruiva, que fecha os olhos para apreciar a sonoridade. - Fabrizio Schwanz.
– Seja bem-vindo ao Palácio Archiberz, Fabrizio Schwanz - a garota olha para o tio, que sorri para ela e estende a mão para tocar a dela. - Katerina, Fabrizio será o seu guarda-costas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Foi um capítulo lento, como eu havia dito anteriormente, mas a partir do terceiro algumas coisas irão se agilizar e em breve terá muitas festas, revelações e amor. Prometo a todos vocês.