Unapologetic escrita por oakenshield


Capítulo 21
Confronto


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês. Escrevi meia-noite, quase uma da manhã, então peço que desculpem qualquer erro ortográfico ou falta de coerência. Qualquer coisa comentem que eu preencho algumas lacunas nos próximos capítulos.



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A ruiva sorriu diante daquilo.

– Eu já amo você, Fabrizio. Não vou ficar segurando o meu sentimento - ela o beija. - Eu te amo.

Fabrizio a beija intensamente. Ele nunca havia gostado de uma garota de verdade, nem sabia o que era realmente o amor, mas se soubesse diria que o que está sentindo é o mais próximo disso.

Os dois sorriem ao mesmo tempo e ele percebe que a ruiva sabe do sentimento dele, mesmo que ele não tenha dito com palavras claras.

Fabrizio lhe beija o pescoço e depois para. Sabe que ela vai pará-lo em seguida e pretende não se empolgar dessa vez.

– Você é incrível - ela murmura e se aninha nos braços dele.

Ela acaba dormindo, mas ele fica a encarando durante um bom tempo.

Sinto muito por ter que te enganar, Katerina, ele pensa e acaba adormecendo.

+++

Fabrizio acordou cedinho. Olhou no corredor e viu que não tinha ninguém. Entrou novamente no quarto e foi para o banheiro de Katerina. Escovou os dentes e colocou uma camisa. Ela escovou os dentes ao mesmo tempo que ele e ficou de pijama mesmo.

– Como você está?

– Tenho uma reunião com Joffrey em vinte minutos - ela conta. - Não sei como encará-lo.

– Você vai se dar bem - ele beija a testa dela. - Tenho que procurar algo para fazer.

Katerina o beija antes de abrir a porta e quando a abre tem uma desagradável surpresa.

– Que diabos é isso?

Joffrey.

– Tio - ela já se coloca entre os dois. - Eu e Fabrizio estávamos conversando sobre...

Antes que ela possa fazer alguma coisa, Joffrey já puxou Fabrizio para o corredor e já acertou um soco no seu olho.

– Joffrey! - ela grita. - Para com isso!

Fabrizio está caído no chão e Joffrey varia entre socos, chutes e xingamentos.

– Então é isso que vocês estavam fazendo esse tempo todo? - ele grita. - Eu confiei Katerina a você e é isso que eu recebo em troca? - mais um chute, dessa vez no estômago. - Minha sobrinha e o guarda-costas se comendo na minha frente?

Nesse momento todas as portas dos quartos já foram abertas. Michael e Leona, Rebekah, Hana, Ivna, alguns seguranças e as criadas apareceram todos ao mesmo tempo.

Não, Katerina rosna. Não. Não! NÃO!

– Joffrey! - ela grita, mas ele não a ouve.

O que Katerina pode fazer? Se se colocar no meio da briga vai acabar apanhando. Deveria usar a sua autoridade, mas seria ridículo e soaria prepotente.

Fabrizio levanta e dá um soco em Joffrey, que lhe dá um chute nas partes íntimas. Dessa vez, ela não consegue se segurar.

– Como rainha de Frömming eu ordeno que parem! - ela berra.

Por incrível que pareça, eles a ouvem e param.

– Tio Joffrey, acho melhor nós conversarmos - ela olha para Fabrizio. - Nós três. Vamos resolver tudo como pessoas civilizadas.

É claro que ela disse isso só para parecer mais madura. Ela não iria resolver aquilo amigavelmente. Pretendia que Joffrey aceitasse os seus termos, custe o que custar.

Ela segurou Fabrizio e o ajudou a se apoiar no ombro dela. Os três entraram no escritório do segundo andar sob o olhar desaprovador de todos os presentes. Katerina fechou a porta e a trancou.

– Não me importa o que você diga, Katerina, não vai me convencer. Eu vou expulsá-lo deste palácio. Esse guarda-costas ficará sem emprego o resto da vida.

– Se você expulsar Fabrizio eu contarei ao continente todo que você matou os meus pais.

Joffrey parece indignado com a ideia. Falso.

– Bom, o meu pai. Minha mãe está viva.

Agora sim ele está surpreso. Ele nunca imaginaria.

– Como é que...?

– Ela me ligou - ela mente. Quase colocou tudo a perder, mas não deixaria as coisas fracassarem dessa vez. - Fabrizio continuará como guarda-costas e você não vai reclamar ou já sabe.

Joffrey aceita no final. Katerina pede para Fabrizio se retirar, dizendo que era melhor ele ir na enfermaria.

– Eu vou me casar com Erik e você não vai estragar isso. Eu serei a rainha e estarei sendo piedosa demais deixando você morar no palácio e voltar a ser o Lorde Joffrey de Frömming, já que tomou esse posto do meu pai. Ainda será reverenciado pelos outros nobres, mas não por mim. Nunca mais, está entendendo?

Joffrey concorda, sem saída.

– Gostaria de saber como você consegue defender esse garoto sabendo que seu marido será outro. É impossível de se compreender.

– Fabrizio representa o meu amor por um homem, Erik representa o meu amor pelo meu povo.

Joffrey se impressiona com as palavras da ruiva.

– Você parece a sua mãe.

Ela reflete nisso por um momento. Só aparentemente...

– Não, eu não sou como ela. Eu não serei enganada por você. Eu não amarei você e nem deixarei você matar Fabrizio como matou Kurt - ela sente sua visão embaçar e levanta os olhos para não deixar que as lágrimas caiam. - Como você matou o meu pai.

Joffrey parece engasgar com a própria saliva e Katerina se fica agitada. Ele é o seu tio. Para ela é difícil demais ter que dizer tudo isso para ele.

– É melhor eu descer primeiro - ela murmura. - Temos uma reunião no primeiro andar.

– Podemos descer juntos.

Ela nega. Como ele tem a audácia de sugerir isso? Depois de tudo o que ela disse para ele.

– Eu não quero.

Ele a segura pelo pulso.

– Eu mudei muito, Katerina. Nos últimos doze anos eu amadureci muito e aprendo muitas coisas, principalmente com você - ele fala tudo muito rápido, mas ela consegue compreender. Ela vê o sentimento no seu olhar. - Eu a amo como amo aos meus filhos. Não quero que o vínculo que temos se perca.

Ela jurou ver emoção tantas vezes no olhar de Joffrey que agora não sabia mais se ele mentia ou se falava a verdade. Ele sempre foi mais carinhoso com ela do que com Hana ou Rebekah, por exemplo. Mas depois de ter descoberto que ele teve coragem para matar o próprio irmão...

– Nada justifica você ter matado um homem - ela rosna. - Esse homem era o seu irmão. Como você teve coragem?

– Katerina, por favor, não me julgue. Eu fiz muitas coisas erradas durante a minha vida, mas eu me importo com você. Eu faria qualquer coisa para você acreditar em mim.

– Então me deixa em paz - ela retira o seu braço da mão do tio. - Não faço questão alguma que você fale comigo. Só me dirija a palavra em relação aos assuntos do país ou do meu casamento. Infelizmente habitamos o mesmo palácio e teremos que nos aguentar.

– Nós temos um vínculo de sangue, Katerina.

Ela o olha com nojo. Joffrey é horrível tentando forçar a barra. Ele não tem o direito de dizer isso para ela.

– E eu sinto muito por isso.

Então ela se retira do escritório e começa a chorar quando fecha a porta do seu quarto.

Aquele monstro só pode ter feito uma macumba das bravas. Ela ainda ama Joffrey como um pai, mesmo depois de todas as coisas horríveis que ele fez. Como isso poderia ser explicado?


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo as coisas vão esquentar novamente entre Katerina e Fabrizio. E aí? Será que dessa vez rola?



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