Unapologetic escrita por oakenshield


Capítulo 18
I Love You


Notas iniciais do capítulo

Gostaria muito que as leitoras e leitores comentassem, pois dá mais vontade de continuar a escrever. É bom saber a opinião de vocês.



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Joffrey parecia ter reconsiderado a ida de Katerina para Altulle.

– Quero que você conheça Erik Le Lëuken. Ele está em Frömming agora e eu gostaria muito que vocês começassem a se dar bem. Vocês se casarão, Katerina, é chato você tê-lo visto apenas uma vez.

– Eu já confirmei minha presença - ela mente. - Não posso desmarcar em cima da hora. Já há cartazes na capital falando que eu estarei lá. Eu simplesmente não posso...

– Eu quero que você fique aqui.

É claro que Joffrey ainda não sabe que Harriet foi para Altulle, quando ele ia imaginar, afinal, que Jean-Pierre sequestrou a sua sequestrada? Para ele, a ruiva e os guardas procuravam um lugar melhor para viver com o dinheiro que ele havia depositado. O Regente falou que era melhor eles se mudarem, afinal é sempre bom mudar de esconderijo.

– Sinto muito, mas o seu piloto está me esperando.

– Para que uma semana? - ele questiona. - Essa palestra por acaso vai durar tanto assim?

– As que me interessam estão agendadas para o segundo e o sétimo dia.

É claro que ela havia pesquisado na internet sobre a palestra, afinal ela parecia ter adivinhado que Joffrey iria enquadrá-la.

– Ótimo - ele rola os olhos. - Noivas e livros. Bom, quero que assim que isso acabar você volte para casa.

– Eu vou.

Ele beija a testa da sobrinha e sorri para ela.

– Se cuide - ele coloca uma mecha do cabelo rebelde dela atrás da orelha. - Eu não sou dessas coisas, Katerina, mas eu quero que saiba que eu amo você. Depois de toda a desgraça pela qual eu passei, pela qual nós passamos, você foi a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo.

Ela sorri, envergonhada. Joffrey nunca havia falado daquela forma com ela. Ele sempre foi carinhoso no ponto médio, mas nunca havia pronunciado aquelas palavras. Ninguém nunca havia dito isso para ela.

Eu amo você.

– Depois da morte dos meus pais você também foi a melhor coisa que me aconteceu. Hoje eu não consigo me imaginar longe de você, tio, e eu quero que saiba que eu o amo de todo coração. Você me criou como um pai.

Uma lágrima brota no olho direito de Joffrey e escorre. Ele a limpa rapidamente e ele finge que não aconteceu.

– Eu sinto como se fosse - ele murmura.

Parecia que ele estava adivinhando o que aconteceria em Altullle.

+++

Após três horas Katerina e Fabrizio desembarcaram em Altulle. Foram para o setor Kionbach, que é onde haverá as palestras e o hotel que eles haviam reservado. É claro que ela teria que ouvir os discursos, afinal teria que convencer Joffrey que ela havia ido até o país vizinho só para isso.

No primeiro dia tudo estava perfeito. Os dois saíram para comer um fast food, algo que a ruiva nunca havia ouvido falar. Fabrizio quase enfartou quando ouviu isso. Além disso, eles foram até o parque central e passearam com algo que antigamente chamavam de pedalinho, algo que flutuava sob a água, com volante e pedais como em uma bicicleta, mas em forma de cisne.

No fim do dia eles foram ao cinema e tiraram algumas fotos com o celular de Fabrizio. Katerina não podia tirar fotos com o dela, porque se não Joffrey poderia ver, enxerido do jeito que é.

Os dois dormiram cedo porque a palestra do dia seguinte seria as nove da manhã e Katerina não queria causar má aparência.

Já de manhã, ela colocou um vestido igual ao branco que usado aquele dia na cachoeira, porém hoje na cor azul celeste. Ela alisou o cabelo para mudar um pouco e passou apenas lápis de olho. Fabrizio estava com o típico terno de segurança. Guardas acompanharam os dois, ficando de olho em Katerina o tempo todo. A deram um comunicador minúsculo, para avisá-los caso algo acontecesse. Fabrizio ficou rodeando o salão cor de rosa junto com os outros seguranças.

– Isso é coisa de mulher - ele falou com uma careta no rosto quando ela o convidou para ficar com ela.

Palestra para noivas, salão rosa e só mulheres sentadas nas cadeiras. É claro que ele não aceitaria.

Hoje será um saco, ela pensou e logo ficou com dor de cabeça.

+++

Katerina passou o resto do dia anterior na palestra, comeu alguma coisa e voltou a escutar a moça. Tirou fotos com pessoas que vinham até ela o tempo todo e até deu uns autógrafos. Ela não pensou que seria tão bem recepcionada assim no país inimigo.

No terceiro e no quarto dia Fabrizio a mostrou alguns pontos turísticos da capital. Eles procuravam não ter muito contato em público, mas era impossível não rir das baboseiras que ele falava.

– Você reclama de tudo - ela disse.

Fabrizio jogou os braços para o alto em sinal de rendição. Ele reclamava pelo fato de ela ter preferido conhecer tudo a pé e não de carro. Sim, um preguiçoso de primeira classe. Ele tentou persuadi-la com o seu sorriso cafajeste, mas Katerina não caiu.

Se em público eles não se beijavam, os dois recuperavam o tempo perdido quando chegavam ao hotel. Fabrizio tentou várias e várias vezes algo a mais, mas Katerina sempre arranjava um jeito de se esquivar. Ela não sentia que era a hora.

Infelizmente o tempo passou rápido e o sétimo dia só pode ter vindo com o jatinho de Joffrey para ter chegado tão depressa. Depois da palestra, Katerina pediu para jantar na cidade pela última vez e Fabrizio a levou até um restaurante francês.

Quando estavam saindo do restaurante, ela a viu. Não é possível.

– Meu Deus.

Ela estava com um homem alto, grisalho e de olhos incrivelmente azuis. Katerina reconheceria aquele homem e aquela mulher em qualquer lugar. Jean-Pierre, o rei de Altulle, sim, é possível, afinal ela está no país dele, mas aquela mulher. Não.

– Fabrizio, aquela é...

Então ele olha e suspira. Trouxe Katerina até o país para contá-la sobre a mãe, fazer as duas se encontrarem, mas o seu pai havia negado, dizendo que ela queria deixar o reencontro para momentos antes do casamento para Katerina desistir e agora ele aparece na rua com ela.

Katerina fica em choque, parada no meio da calçada enquanto as pessoas passam por ela. A mulher sorri para Jean-Pierre e vira a cabeça para frente. As duas estão há dez metros de distância uma da outra. Não é possível. Não pode ser.

A princesa balança a cabeça e fecha os olhos, como se tudo fosse um sonho que começaria a se dissipar como o ar em segundos.

Quando eu abrir os olhos tudo vai estar acabado, ela diz a si mesma e então os abre.

Mas não é isso que acontece. Ela ainda está ali. Está ali com os olhos marejados, a boca aberta de espanto tanto quanto a da garota.

Ela respira fundo e decide encarar como um delírio em pleno setor Kionbach. Então a palavra que ela não diz há tanto tempo para a mulher escorre pela sua língua.

– Mãe.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo será um reencontro cheio de emoções e surpresa.



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