Sobre Humanos e Deuses escrita por S Laufeyson


Capítulo 29
Capítulo 27 - Atire Para Matar


Notas iniciais do capítulo

Aaeeeeeeeew!!! Demorei mais chegueeei!! Capítulo explicativo povo, prestem bastante atenção!!!!!
Deixa eu fazer algumas observações aqui:
Primeiramente: KVOTHE, SKULD OF VALHALLA, LIA LAUFEYSON, ANI S e LETS... Vocês não fazem ideia de como foi muuuuuuuuito importante para mim saber que vocês gostaram tanto de SHD a ponto de recomendar a história... Gente, eu choreeeei muito (algumas pessoas não acreditam, mas eu choro mesmo... desaguo legal) e fiquei muito feliz, radiante seria a palavra certa.. Muuuuuuuito obrigada mesmo!! Esse capítulo é dedicado a vocês e espero mesmo que gostem!!!!
Segundamente (Oi?¹): DIXON GIRL, ANNAMITRA e FERNANDA DIXON.. Obrigada por ler a fanfic lá do inicio e vir me deixando os 45 comentários ao longo dela.. (sim, meninas, foram 45 só numa tarde).. ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei de verdadeeee!!!!!! O capítulo também é para vocês três..

Terceiramente: BÁRBARA, sua linda! Não poderia querer amiga melhor do que você. Você é demais.. te amo demais!!!

Quartamente (Oi?²): Quem ainda não entrou no grupo, entra lá, amores:
https://www.facebook.com/groups/1514731075439569/

Quintamente (Oi?³): À todos que estão acompanhando SHD desde o inicio eu só quero que saibam que sem vocês não teria história.. por muito eu quis desistir, mas foram vocês que me deram um ânimo sempre que precisei.. amo cada um de vocês com todo o meu coração!! É sério mesmo, sou eternamente grata!!!!

Efim, acho que já coloquei todos os pontos, vamos ao capítulo!!!

No Banner: Stefano Accorsi - LORENZO... o/



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A deusa abriu seus olhos e se viu em um quarto, rodeada de pessoas que a examinavam e a assistiam de perto. Sentiu uma dor no abdômen, ao tentar se mexer. Virou a cabeça para o lado e viu seu filho mais velho, Thor, sentado em sua cama, segurando uma de suas mãos. A humana que ele amava, estava em pé ao seu lado. Sentado em uma cadeira mais ao fundo estava Odin. A seriedade deu lugar ao alivio enquanto a sua rainha descobria onde estava. Porém, de todos o que estavam ali, não achou aquela que realmente lhe importava naquele momento.

– Sigyn. – chamou a rainha. Havia tido um sonho premonitório e não gostou nada dele. – Onde ela está?

– Ela não está mais em Asgard, mãe. Ela voltou a Midgard. – respondeu o loiro.

– Loki. – Ela focalizou no moreno, encostado em uma parede. Matinha os braços cruzados e feição extremamente séria. – Filho, por favor. – Loki não tinha vontade de falar, por isso desencostou-se da parede e deixou o quarto. Thor levantou-se da cama, mas a rainha o segurou.

– Leve-o a Midgard, ele precisa estar lá. Ele precisa ajudar. – ela respirou fundo. – Sigyn precisa dele. – a loira fez uma careta que demonstrou o quanto de dor ela sentia. Thor assentiu e deixou os aposentos, segurando Loki ainda no corredor e o forçando a virar. O deus da trapaça o encarou, já materializando a lança e toda a armadura completa, incluindo o elmo.

– Porque está tratando nossa mãe dessa forma? Não vê que ela está muito ferida, irmão?

– Eu não sou seu irmão. Eu invoquei Urd, tal qual Frigga mandou. – Ele respirou fundo. Estava começando a ficar com raiva. – Eu não sou seu irmão e nem sou irmão dela. Era essa a memória que estava faltando para eu ser completo outra vez. A única memória que o Charles não me devolveu naquele dia.

– Não, você não é irmão dela. – concordou Thor. Loki perdeu a paciência ao ouvir a confirmação do loiro e o atacou com a lança, fazendo um talho em sua bochecha.

– Você mentiu para mim! – gritou Loki. Os olhos verdes marejados e os dentes trincados. - E o pior é que eu, o deus da mentira, não percebi. – Ele atacou o homem outra vez e o arremessou, com um chute, para os jardins. Os soldados, que faziam a guarda por ali, correram na direção dos dois, mas Thor impediu que eles interferissem. – Você me levou a Midgard, você permitiu que eles apagassem tudo o que eu sou. – Thor o encarou.

Percebeu que Loki estava incontrolável e teria que arranjar uma forma de acalmá-lo. Até lá, era bem provável que tivesse que lutar contra ele. Esticou seu braço direito na direção do nada e aguardou. Quinze segundos depois, o martelo chocou-se contra sua mão. Ele apertou a base com força.

– Eu queria meu irmão de volta. – falou levantando-se e ficando de frente para o deus da trapaça.

– Quer dizer, aquele que vivia na sua sombra? – Loki falou com ira evidente. Correu para cima do loiro que barrou uma de suas investidas com o Mjölnir. Loki apoiou-se na lança e chutou o loiro para longe, ao acertá-lo na caixa torácica.

– Não. – Thor levantou respirando fundo e aproximou-se do moreno. O deus tentou atacar o loiro outra vez, mas ele segurou a lança do irmão. Imobilizando-o. - Eu queria aquele que era meu amigo. Aquele que não foi cegado pela ganância ou pela raiva irracional. Eu só queria meu irmão de volta. – Loki o empurrou para longe.

– Você sabia que eu e Roxie não tínhamos nenhum laço consanguíneo e, no entanto, permitiu que achássemos que éramos irmãos.

– Disso eu sou culpado. – Thor barrou outra investida de Loki, o colocando contra uma árvore. – Mas só o fiz porque não fazia ideia do que você sentia por ela. – Ele afastou-se. Haviam parado de brigar. – Só percebi quando ela foi ferida. Depois dali não tivemos chance de conversar nada. Asgard foi atacada, Jane foi feita refém, a mãe foi ferida e Roxie voltou a Midgard. – ele respirou fundo. – Quando pensei em dizer algo, você invocou Urd e ela se encarregou disso.

– Se tivesse tempo, me contaria? – Loki era acusativo. Queria apenas que Thor lhe desse outra desculpa para que ele pudesse atacar novamente.

– Claro que sim. – respondeu sem pensar muito. – Ela se tornou importante para mim. Ela é minha irmã e ama você. Não impediria isso nunca. – o loiro abaixou o martelo e aproximou-se novamente, forçando Loki a abaixar a lança. – A mãe disse que ela corre perigo. – Ele segurou no elmo de Loki, do lado do rosto, e o forçou para olhá-lo. – Então lute por ela, irmão. – Thor falava seriamente. – Ela precisa de você. Lute ao nosso lado, mais uma vez. Por ela. – Loki o encarou ainda com os olhos arregalados. Pela primeira vez, não sabia o que fazer. Thor o convidava a lutar, novamente, ao lado dos vingadores e pela primeira vez ele não faria por algo egoísta. Ele lutaria por ela. A lança desapareceu de sua mão e ele assentiu com a cabeça.

...

Roxie virou-se, o mais rápido que conseguiu, mas Lorenzo parecia ser infinitamente mais rápido que ela. Na realidade ele sempre foi. A segurou pelos cabelos e a colocou contra a parede, de costas para ele. Pressionou o corpo contra o dela, enquanto segurava suas mãos. Ela estava indefesa.

– Como eu senti falta desse teu cheiro. – falou Lorenzo sentindo o perfume dos cabelos da ruiva invadir suas narinas. Roxie perdeu o compasso da respiração, tentava inalar um pouco de ar, mas era quase impossível. A crise de pânico não deixava. Era como ver um fantasma em sua frente. Sabia que estava morto, ela o matou. Não tinha como ele estar ali. Ele aparentava ter envelhecido um pouco, cerca de dez anos ou mais, mas mesmo assim, noventa e cinco anos ainda era muito tempo para um humano. Alguma coisa havia acontecido e ela tremeu mais ainda ao pensar nisso. – Eu prometi, que se um dia você fugisse, eu te encontraria, onde quer que estivesse, e te faria minha prisioneira. Então, meu amor, esse dia chegou. Não deveria ter fugido de mim ou roubado meu filho. Muito menos ter tentado me matar. – Ele puxou os cabelos vermelhos da mulher. – Você vai gostar do que vou fazer com você.

Sentiu o estomago embrulhar, vomitaria a qualquer momento. Tinha que se livrar de Lorenzo. Bastava tocar nele outra vez e, se conseguisse, se certificaria de não deixar mais nenhum resquício de vida nele. O homem continuava pressionando-a na parede no momento em que ela apoiou o joelho e empurrou para trás. No segundo seguinte, quando percebeu que ele havia afrouxado seus braços, virou-se e o empurrou contra a mesinha do telefone. Correu na direção dele e tocou-lhe a cabeça.

Lorenzo ajoelhou-se conforme Roxie sentia a energia dele entrar em seu corpo. A respiração dela tornou-se ofegante enquanto o italiano fazia cara de dor, até que ele começou a rir. Levantou-se do chão e deu uma tapa no rosto da ruiva, fazendo-a cair. Imediatamente subiu em cima dela e apertou seu pescoço com as duas mãos. Roxie começou a debater-se embaixo de Lorenzo.

– Me... solta. – Pediu ela quase sem conseguir respirar.

– Eu vou soltar sim, mas antes quero que você aprenda quem está no comando. – Ele apertou ainda mais o pescoço da garota e os pulmões se fecharam. Roxie tentava respirar e deixava escapar um barulho desesperador ao fazê-lo. As vistas começaram a escurecer, mas não antes dela escutar o barulho de uma janela sendo quebrada e de ver o Homem de Ferro entrar, atacar Lorenzo e começar uma luta com ele.

Ela desmaiou em seguida.

....

Os sentidos da ruiva foram voltando gradativamente. Ainda estava tudo completamente confuso, embora ela já conseguisse identificar as vozes naquele lugar.

– Você e a Agente Treze devem ir até as instalações da CIA e descobrir como se dá, a fundo, o projeto MK-Ultra. Temo que possa haver outras pessoas, incluindo pessoas influentes, que estejam sob o controle da Víbora, mas não posso ter a certeza se não tiver as informações necessárias. – falou Fury através de uma tela.

– Quem são seus suspeitos? – perguntou Natasha.

– Infelizmente isso ainda é confidencial, agente Romanoff. – respondeu o homem. – Eu preciso desses documentos, em minhas mãos, até o final do dia.

– Sim senhor. – respondeu Steve e ela, ao mesmo tempo. Mercúrio, Tony, Banner e Clint estavam mais atrás.

– O restante de vocês, sigam para Los Angeles. Está havendo aquela reunião entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte. Estamos com vários líderes mundiais em Los Angeles.

– Mas essa reunião não estava programada para ser em Washington e daqui a um mês? – perguntou Natasha.

– Ao que parece, eles conseguiram antecipá-la, já que as ameaças tornaram-se constantes. Não poderia correr o risco de iniciarem uma guerra atômica. – Fury respirou fundo, do outro lado da tela. – E o local foi escolha dos coreanos. Uma unidade administrativa da ONU, na cidade. – ele olhou o grupo. – Já tiveram contato com Thor ou Loki?

– Não conseguimos falar com eles. – respondeu Steve. – A última informação que recebemos foi trazida pela Roxie. Eles não estão sabendo sobre o ataque a Los Angeles, mas virão assim que a rainha estiver melhor.

– Continuem tentando. Peça para a Roxanne estabelecer esse contato. – Ele parou de falar por um segundo. - Por falar nela, onde ela está?

– Ainda está inconsciente. – respondeu Steve elevando as suas vistas até a ruiva que permanecia deitada na maca.

– Capitão, tente também entender como se deu o retorno de Lorenzo. – Nick falou diretamente ao loiro. – Não podemos nos dar ao luxo de ter um homem, que para todos os efeitos estava morto, andando por aí. Ainda mais depois que vocês o perderam de vista.

– Sim senhor. – respondeu Rogers. Roxie abriu os olhos no momento em que ouviu dizer que perderam Lorenzo de vista. Imediatamente tudo voltou a sua mente. Aquele homem em seu apartamento, a voz dele sendo falada ao seu ouvido, as mãos acariciando seu corpo ou apertando seu pescoço. Ela reviveu o inferno naqueles poucos minutos e sua mente dava voltas naquele momento.

Pulou da maca rapidamente e correu, tentando achar um canto qualquer para se encolher ou uma saída daquele lugar. Estava transtornada, as imagens não a largavam. Consequentemente começou a lembrar-se dos dois piores anos de sua vida, na Itália. As cenas começaram a se misturar e ela passou a comparar o Lorenzo de antes com o de agora. Ele havia envelhecido pouca coisa, apenas alguns fios brancos dos lados da cabeça, mas a expressão e a maldade naquele sorriso, permanecia intocável. Aquilo a assustou ainda mais.

Steve a segurou pelos braços, impedindo que ela causasse algum dano a si mesma ou a aeronave, que ainda permanecia em solo. Ela começou a debater-se, tentando desvencilhar-se de Steve que a prendia em um abraço para que ela se acalmasse e não o tocasse.

– Me solta! – Falou Roxie em um grito alto e estridente. Aquele misto de emoções estava ferindo-a. – Me deixa.

– Acalme-se, Roxanne. – Steve colocava força em seus braços, prendendo-a. A ruiva chutava e impulsionava o corpo para trás, tentando sair.

– Com licença. – falou Natasha e deu uma tapa forte no rosto da ruiva, puxando-o para encará-la. Os olhos de Roxie arregalaram-se e ela parou de se debater. – Tratamento de choque. Bem vinda de volta. – Natasha afastou-se e Steve afrouxou o abraço. Roxie encostou-se em uma parede e passou a encarar o grupo. Estavam todos ali, menos Wanda, Thor e Loki. Até mesmo sua bisneta estava ali. A olhava com preocupação.

– Nós vamos pegar ele, Roxie, não se preocupe. – Steve aproximou-se outra vez e ergueu as mãos, para ela saber que ele não faria nada contra ela. A ruiva começou a chorar e jogou-se nos braços do capitão que a apertou com força. – Nós somos sua família também e ninguém mexe com um de nós e fica impune. Entendeu? – A ruiva assentiu ainda abraçada a ele. Steve beijou-lhe o topo da cabeça e afastou-se. – Você vai ficar bem? – Roxie assentiu. – Então agora eu preciso ir, mas retornaremos logo. – Ele olhou para Treze que sorriu para a bisavó.

– Mas, você estava doente. – ela encarava a bisneta.

– Existe muito mais coisa na S.H.I.E.L.D. do que pode imaginar. Curar uma costela quebrada é brincadeira de criança para eles. Ainda mais quando eu sou uma das únicas agentes que trabalhou para a CIA. Tenho quem possa me ajudar lá dentro. – respondeu a loira. Roxie assentiu. – Se cuida.

Steve pegou a moto, que estava presa na enorme aeronave, e a montou. Treze subiu logo atrás e segurou na cintura do capitão. Natasha abriu a porta no momento em que tomou o seu assento como piloto. Ligou a aeronave, mas não a tirou do chão. O loiro ligou a moto e seguiu pela rua em alta velocidade, em direção a uma filial da CIA em Nova York mesmo.

– Que conste que eu dei uma surra nele. – falou Tony aproximando-se e fazendo o barulho de metal, enquanto se movia. – Não é qualquer um que mexe com uma de nós. – ele sorriu e tocou nos cabelos da mulher, ao lhe fazer um carinho. Reparou na a cor vermelha e olhou para Natasha. – Eu sinto muito Nat, mas o posto de nova ruiva ficou para a Roxie. – Romanoff sorriu ironicamente e mostrou o dedo para o Homem de Ferro. Tony fez uma cara de indignação e apontou para a agente. – Você viu aquilo, Florzinha?

– Florzinha? – perguntou.

– Era minha segunda opção de apelido. O trio de Asgard. Florzinha, Lindinha e Docinho. Que o Thor não me ouça chamando-o de Lindinha. – Roxie gargalhou.

– Pior é que combina. – ela respondeu ainda rindo. Tony a fez esquecer, completamente, tudo o que havia acontecido. – Pelo visto anda assistindo muito desenho animado.

– O que você esperava? Que eu assistisse a BBC?

– Tony... – a ruiva balançou a cabeça sem acreditar em como ele podia ser daquela maneira.

– Bem vinda de volta a equipe. Embora eu tenha a certeza plena que a Pepper vai falar sobre isso durante muito tempo. Ela gostava de você como secretária.

– Obrigada por tudo. – respondeu ela. Sentia-se extremamente bem com ele. Era um grande amigo. Tony sorriu para ela e caminhou até o meio do avião, sentando-se em uma cadeira.

– Essa carroça anda ou não? – gritou ele para Natasha.

– É um avião das industrias Stark. Está chamando seu próprio equipamento de carroça? – perguntou Banner sentando na poltrona ao lado da dele. Clint havia assumido o posto de copiloto e Pietro jogava Sonic, em um videogame portátil.

– Eu sei. – respondeu o bilionário. Roxie sentou-se em uma das cadeiras vagas e apertou o cinto.

– Então vamos tirar essa carroça do chão. – falou a Viúva apertando os botões de comando e fazendo o avião subir.

– Só eu posso chama-la assim. Só eu tenho esse direito. – reclamou o Homem de Ferro e emburrou-se.

– Não conseguiram mesmo contato com Thor e Loki? – falou a ruiva.

– Não. – respondeu Banner. – Também, eles não são fáceis de se contatar. Não é como se tivessem celulares que podemos ligar a qualquer momento.

– Eu sei. – Roxie respirou fundo e lembrou-se de um momento, enquanto estava fazendo sua viagem ao passado, onde a sua mãe disse que o guardião viu Loki e ela conversando sobre fugir e a contou. Sussurrou. – Heimdall, por favor, só posso contar com você. – Ela elevou as vistas e, ao fazê-lo, deu de cara com Tony e Banner, encarando-a.

– Heimdall? Não acha que você já está grandinha demais para continuar com os seus amigos imaginários? – perguntou Stark.

– Heimdall é o guardião de Asgard. Se existe alguém que vê tudo e pode avisar aos outros que estamos com problemas, esse alguém é ele.

– Você diz que ele vê tudo, é isso? – Tony arregalou os olhos para a ruiva.

– Ele é capaz de ver até cem milhas, de dia ou de noite. Pode ouvir a relva crescendo no chão e a lã crescendo no corpo de carneiros. – A cada tópico citado pela ruiva, o sorriso do Homem de Ferro tornava-se evidente. Roxie sabia o que viria a seguir.

– Então ele pode ver o que a Sasha Grey está fazendo, nesse exato momento? – perguntou encarando a ruiva que franziu o cenho.

– Quem é Sasha Grey? – perguntou ela, olhando para os dois. Mercúrio deu uma risada baixa.

– Nem queira saber. – respondeu o doutor. Stark lançou um olhar curioso para o amigo que o encarou seriamente, dando de ombros.

– Então você, meu caro doutor Banner, conhece a Sasha?

– E você não? – respondeu o cientista. - Todo mundo conhece. Até o Steve conhece! – Tony cruzou os braços e revirou os olhos, fazendo uma expressão de alguém que começou a ficar entediado.

– Eu não conheço. – Afirmou a ruiva.

– Então... Você já ouviu falar de filmes para adultos? – começou Mercúrio a falar, sem tirar os olhos do jogo. – Ela é uma grande estrela. – Roxie enrubesceu quase que instantaneamente.

– Eu preferiria ter ficado sem saber. – ela sorriu completamente sem graça.

– Eu avisei. – falou Banner.

– Espere! Se o Heimdall pode ver a Sasha, ele também pode ver a Pepper e... – As feições de Tony tornaram-se em uma mescla cômica de espanto e terror. -... eu preciso fechar as cortinas!

– Te garanto que ele não fica de olho nessas coisas, mas é bonitinho você preocupado com a privacidade da Pepper. Ele não vai se apaixonar por ela. – respondeu Roxie sorrindo enquanto falava.

– Pepper?! Não estou preocupado com ela, estou preocupado comigo! O que eu faço se eu encontrar um asgardiano, na minha sala, procurando por mim e cheio de amor para dar? – A ruiva o encarou antes de deixar uma gargalhada alta lhe escapar. Estar com eles era a melhor coisa que poderia lhe acontecer naquele momento.

...

A moto parou em frente ao prédio e os dois agentes desceram apressadamente. Não tinham tempo a perder. Ainda teriam que retornar a sede da S.H.I.E.L.D. para pegar um avião que os levaria até Los Angeles.

Alguns seguranças os encontraram na porta do lugar, justamente porque Fury já havia entrando em contato com a agência e já havia avisado que dois de seus homens estariam a caminho.

Por se tratarem de duas organizações ligadas à segurança e inteligência do País, trocar informações entre elas era extremamente viável. Principalmente se tratando de uma ameaça eminente. E era exatamente isso que acontecia naquele momento.

Víbora planejava atacar os diplomatas coreanos enquanto eles estivessem em solo americano. A intensão era que a Coréia do Norte pudesse dar início a um ataque nuclear à América. Ela queria instaurar a terceira guerra mundial e assim, fazer a H.Y.D.R.A. assumir o controle das maiores potências mundiais.

Enquanto eram conduzidos até a sala reservada aos dois, os mais diversos olhares pousavam no homem uniformizado e com escudo com as cores vermelho, azul e branco, grudado em suas costas. Não era todos os dias que eles ficavam tão perto do Capitão América.

As agentes sorriam para ele de uma forma sedutora e Steve retribuía completamente sem jeito.

– Porque está tão vermelho, Capitão? – perguntou Treze baixo.

– Por nada. – respondeu ele, pigarreando em seguida.

– Cuidado com as mulheres que olha, Steve. Metade dessas mulheres são assassinas treinadas e a outra metade não é confiável. – respondeu ela.

– Em que metade se encaixava anteriormente, Agente Carter?

– Em nenhuma das duas, por isso deixei a CIA. – ela sorriu e Steve a encarou por um minuto, antes que os seguranças indicassem o elevador. Um deles apertou um botão e saiu. Deixando que eles subissem sozinhos.

Não falaram nada no tempo em que o elevador levou para subir até o andar indicado pelo segurança. Embora Steve tenha dado uma olhada de soslaio em Treze.

Assim que a porta se abriu a agente abriu um sorriso largo.

– É necessário o país estar ameaçado para que eu possa te ver outra vez, Sharon? – perguntou o homem de cabelos escuros e olhos extremamente azuis.

– Você sabe meu número, meu endereço e sabe muito bem onde me encontrar. – respondeu ela sendo agarrada pelo homem em um abraço apertado. Steve pigarreou. – George, esse é o Steve Rogers. Capitão América. – a agente apontou para o loiro ao seu lado. – Steve, esse é o George Cameron, meu ex-parceiro.

– Capitão América. Eu já ouvi muito falar de você. Meu pai era um fã seu. – respondeu o moreno apertando a mão de Steve e olhando de novo para Sharon. – É o seu novo parceiro?

– Não exatamente. – respondeu a loira. – Somos apenas nessa missão. – ela saiu do elevador. – Então, está tudo pronto?

– Para você? Sempre. – respondeu ele dando as costas e indo na frente. Steve e Sharon se olharam e começaram a segui-lo. Foram conduzidos até uma sala, onde já haviam várias pastas, caixas com documentos, gavetas e etc. – Foi tudo o que conseguimos liberação sobre o projeto MK-Ultra e sobre o tal de Lorenzo Tardelli. Divirtam-se. – ele sorriu. Beijou a bochecha de Treze, quase perto dos lábios, e deixou a sala.

– Só parceiros? – perguntou Steve retirando o escudo e sentando em uma cadeira. Puxando uma pasta com o nome “confidencial” escrito na frente. Treze lançou-lhe um olhar, mas não respondeu. Apenas pegou outra pasta e começou a ler.

– MK-Ultra. – ela começou a ler, interrompendo o loiro. – Foi um projeto de experiências, feitas em humanos, que teve início em 1950... – folheou algumas páginas mais a frente. -... e teve fim em 1960. O intuito era aplicar vários tipos de torturas em pessoas e essas, ao serem torturadas, fossem comandadas por seus torturadores. Isso faz com que a pessoa controlada, haja como se fosse um servo. Privado de ter o seu livre arbítrio. Ela faz aquilo que lhe é mandado e com outra ordem, ela volta a ser o que era, sem quaisquer lembranças do que fez. – ela parou de ler e olhou para Steve. – Isso é possível?

– Se tratando de manipulação mental, eu não duvido de nada. Os trauma, métodos e influencias que são aplicados, são muito fortes. Tortura é algo desumano. Por que não existiriam pessoas que foram submetidas a esse tipo de “tratamento” e que os resultados foram os esperados? – ele puxou a alguns papeis e continuou lendo.

– Ainda diz que o torturador tem o poder de fazer com que aquela mudança seja permanente, apenas com uma palavra. – ela franziu o cenho ao passar para outra folha. - Tem uma lista das torturas que eram feitas, com as pessoas, para que elas desenvolvessem uma segunda personalidade. E aqui consta que tiveram gravações de alguns experimentos.

– Diz em quem?

– Diz, mas nenhuma pessoa que eu tenha conhecimento. – falou a loira. – Devem ter sido pessoas comuns. Cobaias. Eles não iriam investir algo experimental em alguém famoso, de início. – ela continuou lendo.

– Separe a lista das torturas e os nomes das cobaias. Fury gostaria de saber de algo assim. – falou o capitão enquanto terminava de olhar uma folha onde tinha todos os dados de Lorenzo. Desde a cor dos olhos e do cabelo, até o fato dele ter asma e isso o impossibilitar de ter ido para a guerra.

Guardou a pasta que estava lendo e puxou outra. Nela havia a foto de Roxie, onde ela estava extremamente séria e com o olhar vazio. Foi a CIA que a manteve em cativeiro, durante todo esse tempo. A pasta veio junta com as informações sobre Lorenzo.

No campo onde deveria constar o nome da ruiva, havia apenas “Projeto Trinta e Três”. Ele seguiu folheando e achou a história por trás daquela “apreensão”. Havia um relato detalhado do porquê de manter a ruiva em cárcere durante todos aqueles anos.

– O que você achou que te fez empalidecer? – perguntou Treze e Steve a encarou.

– Tudo sobre Roxie. – respondeu ele.

– O que diz ai? – Sharon aproximou-se. Era de sua bisavó que aqueles documentos falavam.

– O FBI, em 1917, começou a ter ciência de casos de pessoas com poderes ao redor do mundo e, preocupada com o futuro da nação, passou a monitorar os passos dessas pessoas. Até que chegou ao conhecimento deles que houve um caso curioso na Itália, e eles seguiram para investigar o que havia acontecido. Encontraram Lorenzo em coma e médico nenhum sabia explicar o que havia acontecido com ele. A organização então associou aquilo a uma tentativa de assassinato, por parte de um super-humano. Dessa forma, eles partiram na tentativa de encontrar quem era a pessoa, já que a julgavam como uma possível assassina.

– Era a Roxie? – perguntou a loira.

– Sim, era ela. – ele voltou a atenção para o papel e continuou. – Acabaram descobrindo que ela estava em solo americano e que havia constituído uma família. Como não parecia ser uma ameaça, eles não a prenderam de imediato. Não poderia deixar uma criança órfã. Mas os seus passos passaram a ser monitorados pelos agentes disfarçados. Em 1935, outro caso curioso aconteceu: Lorenzo desapareceu do hospital, sem que ninguém soubesse.

– O que deve ter acontecido? Ele acordou do coma?

– Não sei, aqui não diz nada a respeito. – respondeu o capitão. – Seguindo. Em 1940, o FBI passou a recrutar esses super-humanos, com a proposta de treinamento. Ter pessoas com esses poderes, lutando ao lado do país, era melhor do que tê-las como inimigas. Dessa forma, Roxie foi recrutada.

– Isso explica muita coisa. – falou Sharon.

– Ainda não acabou. – continuou o Capitão. – A posse dos super-humanos passou a ser da CIA, em 1947, quando a organização surgiu. Já que o FBI passou a ser única e exclusivamente uma organização que ampara a lei através da investigação de violações da lei penal federal. A CIA surgiu no intuito de cuidar da segurança nacional.

– Deixa eu ver isso. – pediu Treze e Steve lhe entregou a pasta. Ela folheou algumas coisas e se demorou um pouco em uma. – Você leu que foram feitos experimentos com os super-humanos?

– Experimentos? – Steve levantou-se e ficou ao lado de Sharon, lendo os documentos.

– Não experimentos como os do MK-Ultra, mas experimentos que pudessem ajudar os humanos comuns. Várias vacinas foram feitas a partir do sangue de pessoas que tinha o fator de cura super desenvolvido. Mesmo cosméticos foram feitos tendo como modelo biológico o DNA de Roxie.

– Nossa. – falou o capitão. – Vamos encontrar seu namorado e solicitar cópias desses documentos. – Steve deu a volta na mesa, pegando o escudo e colocando nas costas outra vez. Pegou as pastas que lhe interessava e seguiu até a porta, Sharon se colocou na frente.

– Isso é ciúmes, Capitão? – ela cruzou os braços, o encarando seriamente. Steve sorriu e deu as costas para ela, colocou as pastas em cima da mesa. Virou-se outra vez para Sharon, agarrando-a pela cintura e colando os lábios dela aos seus.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, amooores!!!
Espero que tenham gostado e estamos chegando ao final de SHD.. o/

Mega beijo em todos e nos vemos no próximoooo!!

S. Laufeyson!!!!!