Sobre Humanos e Deuses escrita por S Laufeyson


Capítulo 16
Capítulo 14 - Disparem Suas Armas


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaaaaaaaaaa!!!
Gente, depois de um dia sofrido quanto o de ontem (não saí da frente do computador antes de concluir), trago para vocês o maior capítulo até agora. Eu pensei em dividir em dois, para ser mais confortável a leitura, mas como prometi que era o final do arco, não podia dividir... Enfim, um capítulo aguardado por muuuuuitos (inclusive por mim), espero mesmo que gostem.

Me deixem saber o que estão achando até agora. Foi um capítulo recheado de momentos importantes e que eu realmente preciso saber o que estão pensando. (Mê dariam esse presente, por ter ficado acordada até as 05:30 da manhã de hoje escrevendo, sabendo que teria que estar em pé as 07:30 para ir trabalhar?)...

Comentários e Recomendações são o combustível e vocês são os responsáveis por eles... XD.. Então, continue favoritando quem ainda não favoritou, continuem acompanhando e comentando. Se a história merecer, deixem uma recomendação. Ajuda muito na divulgação também... :)

Este capítulo é dedicado a todos vocês, mas em especial a três pessoas: BARBARA BRIZOLA, ANE PONTES e ARTHUR... amo vocês!!!

Enfim, vamos logo ao nosso enooooooooooorme capítulo!!!!!

Obs: Para aqueles que tem curiosidade para saber como é a voz da Roxie, deixo um video especial com a atriz falando: https://www.youtube.com/watch?v=3X9h3tt_8fs



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Faltava pouco mais de cinco minutos para às cinco da manhã quando Loki entrou pela porta do quarto de Roxie. A garota estava sentada em uma cadeira, próxima da janela, com as pernas encolhidas e a cabeça apoiada nos joelhos. Olhava para fora a cidade calma, mas não estava distraída. Percebeu a aproximação do deus.

– Já enviei o relatório parcial da missão a Fury. – Respondeu ela ainda naquela posição. – O plano permanece o mesmo. – Usava uma calça de moletom preta e uma blusa branca sem mangas. Os pés estavam descalços, odiava sapatos enquanto estava em casa.

– Porque não trancou a porta? – perguntou ele seriamente.

– Eu não dormi. – respondeu a ruiva e respirou fundo. – Não vi razão para trancar.

– Porque não dormiu?

– Por motivo algum. – respondeu de supetão, antes mesmo que o deus concluísse a sua fala. Loki tinha uma maneira calma e ponderada de falar. Parecia mesmo que adorava ouvir as palavras saindo de sua boca. Roxie era agitada, às vezes até conseguia arrastar as palavras consigo. Não poucas vezes pediam para ela repetir a frase por não compreendê-la. – Só não tive sono. – Ela levantou-se da cadeira, seguiu até a sua bolsa e pegou o já costumeiro macacão preto, com a águia negra no braço direito. Pegou também uma toalha.

– Porque está assim? – Loki segurou no braço da ruiva que paralisou.

– Assim como?

– Olha para mim. – o deus mandou seriamente, mas não com autoridade. Os olhos da garota fizeram um percurso sem vontade até encontrar os dele. Escondia alguma coisa. – Não minta para mim. – Roxie suspirou e puxou um celular do bolso, entregando a ele. No aparelho havia um vídeo, pronto para ser rodado. Loki apertou o triangulo no centro e o vídeo começou.

Várias pessoas corriam de um lado a outro em um desespero que pouco havia se visto pelos humanos, talvez somente durante as grandes guerras ou ataques terroristas. Os mesmos monstros verdes que os perseguiram na Rússia, estavam ocupando a cidade de Nova York.

A imagem tremeu e quem quer que estivesse por trás daquela filmagem, levou a câmera a mirar o céu. Um enorme lagarto, biomecânico, voava cruzando o céu e destruía prédios por onde passava. Mais pessoas corriam e se escondiam.

O cinegrafista amador filmou a Natasha, Clint e Steve olhando apreensivo para aquela coisa que voava baixo e de seu corpo, saiam mais daquelas criaturas com rostos de lagartos.

Os três vingadores abaixaram ao lado de um taxi e o homem ainda continuava a filmar.

– Ainda tem civis presos lá em cima. – O arqueiro olhava o capitão e a ruiva. Steve elevou seus olhos para cima, acompanhando algumas naves inimigas. O cinegrafista fez o mesmo. Deu para ver, perfeitamente, o deus da trapaça.

– Loki. – Steve falou entre os dentes. Até que percebeu o homem. - Não pode ficar aqui. Vá com aqueles policias, eles vão saber o que fazer. – O cinegrafista virou a câmera na direção de onde o Capitão América apontava e voltou novamente para olhar o homem encapuzado. – Vai! – Ele gritou no momento em que as criaturas se aproximaram. O homem abaixou a câmera e o vídeo acabou.

Loki ainda segurava o braço de Roxie.

– Como você conseguiu isso? – perguntou o deus e seus olhos voltaram a atenção para a ruiva, outra vez.

– Alguém me enviou. – Roxie prendia um choro.

– Quem?

– Número desconhecido. – ela respirou fundo. Achava se tratar de Wanda, já que apenas ela sabia sobre Loki. - Telefone descartável.

– S.H.I.E.L.D?

– Eu não sei. – Engoliu secamente. – Eu não quero mais fazer isso.

– Fazer o que? – a voz de Loki perdeu a serenidade que ele sempre mostrava. Tornou-se autoritária e rude.

– Não quero mais te ajudar a recuperar essas memórias. – Roxie puxou o braço que Loki afrouxou e passou as mãos ao redor do próprio corpo. Os dois estavam de costas, um para o outro.

– Nós temos um acordo. – as palavras eram ásperas e friamente calculadas, mas saiu uma oitava acima do tom habitual.

– Eu sei. – respondeu Roxie no mesmo tom.

– E mesmo assim pretende quebra-lo?

– Não. – O rosto do deus, que deixava transparecer raiva, tomou a expressão de confusão. - Gostaria de quebra-lo, mas não posso deixar você sozinho. – ela respondeu baixo, quase inaudível, mas Loki ouviu bem. – Eu fiz um acordo com você e não posso voltar atrás. – Ele virou para olhar a mulher. Ela permanecia parada, de costas para ele e soluçava. – Eu vou com você, até o fim.

Sentiu a mão de Loki tocar-lhe o braço e se afastou. Seguiu rápido para o banheiro e trancou a porta. Encostou-se em uma parede e escorregou até o chão, aos prantos.

Se existia uma coisa que Roxie prezava bastante era a sua palavra. Dizia que aquilo era a única coisa que ela não poderia manchar. Um acordo para ela era inquebrável, mesmo que no final ela se machucasse. Mesmo que ela quisesse, não conseguia simplesmente desistir de alguma coisa que tenha se proposto a fazer, era como se ela fosse quase obrigada a seguir o que prometia.

E isso incluía o acordo que havia feito com Loki.

Tomou um banho demorado, vestiu o macacão e arrumou o cabelo em uma trança lateral simples, amarrada por um elástico na ponta. Deixou o banheiro e percebeu Loki sentado na cama, olhando o vídeo outra vez. Caminhou rápido até ele e tomou o celular de sua mão. Colocou o aparelho no bolso interno do macacão e seguiu até sua bolsa.

– Qual é a prioridade? – perguntou a ruiva.

– Apanhar o doutor. – Loki levantou-se da cama. – Assim que o tivermos em nosso poder, vamos atrás do antidoto. – Ele aproximou-se.

– Depois retornaremos a S.H.I.E.L.D, encerraremos a missão e vamos atrás das suas memórias. – respondeu a garota e ergueu a bolsa. Loki a tomou. A olhou por um tempo e podia jurar que aqueles olhos estavam repletos de medo. Não queria despertar aquilo nela, não podia.

Ela respirou fundo e abaixou a cabeça, olhando o chão. Passou por ele e seguiu na direção da porta. O deus não teve outra opção a não ser segui-la.

...

Os dois estavam abaixados, em um lugar mais elevado, onde haviam feito a etapa de vigilância. Ali estavam quase camuflados e quando atacassem, havia um ponto cego nas câmeras. No relógio já passava das dezenove horas.

– É impressão minha ou tem mais homens armados que o habitual? – falou Roxie e olhou para o deus.

– Alguma coisa está errada. – os olhos verdes analisavam todo o local. – Eles devem ter sido avisados. Dobraram a segurança.

– Devemos recuar?

– Não. – Loki ainda mirava fixamente o local. – Podemos passar.

– Sua magia não dará certo. Viu o que aconteceu da última vez.

– Não vamos usar magia. – respondeu ele e encarou a garota. O sorriso debochado surgiu em seus finos lábios. Havia um plano que ele não contou para ela. Um ás na manga. O deus sempre o tinha.

...

Os soldados, que guardavam a portaria, deram um pulo de suas cadeiras e apontaram as armas na direção das duas pessoas que se aproximaram. Uma delas usava um capuz negro na cabeça e tinha os braços para trás, algemados. O outro era o deus da trapaça.

– Parados ai. – gritou.

– Eu quero falar com o seu superior. – ordenou ele com a voz autoritária. Não havia medo naquelas palavras.

– Quem quer?

– Loki Odinson, príncipe de Asgard. – respondeu imponente. – E eu trouxe um presente. – Ele puxou a segunda pessoa para sua frente e arrancou-lhe o capuz. Roxie apertou os olhos com a claridade. – Víbora a quer e eu a tenho. Quero propor um acordo.

Os dois homens o encararam ainda desconfiados e telefonaram para quem quer que fosse responsável pela autorização de entrada de terceiros no lugar. A ruiva olhou o deus de soslaio e percebeu que ele nem se mexia. Atuava muito bem.

– Vamos. – chamou um dos soldados e deus puxou Roxie pelas algemas. Ela fez uma careta.

– “As algemas estão apertadas”. – falou a garota na mente de Loki. Esse foi o acordo. Como não poderiam falar, eles se comunicavam por pensamentos.

– “Eu não posso afrouxá-las. Não tenho magia aqui”.

– “Já posso dizer que acho esse plano ridículo?”

– “Eu sei o que faço. Siga conforme acordamos”. – falou Loki e Roxie sorriu. Deu um passo mais rápido, esticou a perna acima da cabeça e acertou a face do segurança na frente. Deu uma volta ao redor do deus, que fingia tentar contê-la, e acertou o outro policial que vinha atrás. Parou há alguns metros de Loki, de frente para ele. As mãos ainda estavam nas costas. Roxie deixou um sorriso de lado surgir e ergueu uma de suas sobrancelhas. – “Venha com tudo o que tem”.

A garota correu na direção do deus e deu-lhe um chute na altura do abdômen, mas Loki a segurou e empurrou para trás. Por pouco ela não se desequilibrou.

– “Você pode fazer melhor”. – ele sorriu. – “Vamos lá, para de tentar me acertar e o faz”.

– “Cala a boca”. – respondeu novamente indo para cima dele. Dessa vez conseguiu acerta-lhe um chute do lado esquerdo do deus. Ele se afastou outra vez e a garota sorriu. – “Posso estar com os braços amarrados, mais ainda consigo lhe dar uma surra”.

– “Eu duvido”. – A distância mais uma vez ficou pequena demais e mais ataques se seguiram. Os chutes eram barrados pelas mãos ágeis de Loki e por mais rápida que fosse a mulher, mais rápido o deus conseguia ser. Até que, em um chute, ela ergueu uma perna e apoiou-se apenas na outra. Loki aproveitou-se da situação e a derrubou. O sangue escorreu da boca da ruiva.

Ele sorriu, respirou fundo, passou as mãos nos cabelos negros e ergueu a mulher pelas algemas.

– Bravo. – falou o médico enquanto batia palmas e deixava uma sala. – estou impressionado. Achei que fosse uma armadilha, mas vendo os sangue da garota escorrer, estou achando que posso ter me equivocado. – Loki segurou-se para não virar e olhar para Roxie. Não era para ela ter se machucado. Os seus movimentos foram todos devidamente calculados para que nada pudesse ferir a garota.

– “Eu estou bem”. – ouviu a voz de Roxie invadir a sua mente. - “Mordi o lábio de propósito. Mais realismo”.

– Mas ainda assim devo perguntar: Porque confiaríamos em você?

– Eu lhe trouxe a garota. Estou infiltrado na S.H.I.E.L.D. para descobrir como derrubá-los e destruí metade de Nova York. Definitivamente sou alguém que a Víbora gostaria de ter em seu time.

– Engraçado, achei que suas memórias haviam sido apagadas. – o médico afastou-se enquanto cerca de dez soldados se aproximaram rapidamente. Alguma coisa os denunciou e agora estavam cercados. Roxie não poderia lutar tão bem algemada e Loki estava sozinho e sem magia.

– “Posso dizer que odiei seu plano agora?”

– “Agora pode”

– “O que vamos fazer?”

– “Segure o doutor. Eu pego os outros”

– “Está bem”. – A ruiva encarou o médico e Loki soltou-a. Ela deu um salto alto o suficiente para passar as pernas pelas mãos e trazê-las para sua frente. O médico tentou correr, mas a ruiva subiu em suas costas e colocou as algemas contra seu pescoço. Qualquer coisa ela o enforcaria com elas.

Loki foi cercado e Roxie queria muito ajudar, mas não poderia. O deus sorriu e a luta começou. A ruiva não conseguia imaginar como ele poderia ser tão rápido daquela forma. Cinco minutos depois todos os homens estavam no chão e ele se aproximou. O médico estava com os olhos arregalados.

– Onde está o antidoto? – perguntou Loki.

– Que antidoto? – perguntou o homem. Roxie apertou as algemas contra seu pescoço e ele ficou ser ar. – Ah, eu sei.

– Onde? – A ruiva perguntou ainda apertando o pescoço dele.

– A quarta sala atrás de você. – ele respondeu. – Com o nome laboratório. – Roxie o fez se virar e andar até a sala. Olhou pela janelinha transparente e havia um rapaz jovem, vestindo um jaleco. Ela olhou para Loki e ele abriu as algemas dela com uma chave. Ela puxou a arma que estava embaixo da blusa e colocou na cabeça do médico, fazendo-o entrar primeiro na sala.

O outro vendo a situação se assustou, mas mesmo assim tentou pegar uma arma. Roxie atirou em sua perna e ele caiu no chão. Loki tomou a arma da mão dele.

– Qual é o antidoto? – perguntou Roxie.

– Aquele no tubo amarelo. – o médico apontou para um tubo de ensaio com uma substancia amarela dentro. Ela olhou para o asgardiano que balançou a cabeça negativamente. Ele estava lendo a mente do homem.

– Tem certeza, doutor? – falou ela. - Se alguma coisa me acontecer, meu parceiro espalha os seus miolos pelo chão. – O médico olhou na direção de Loki e deu de cara com o cano da arma apontado para a cabeça dele. Um sorriso apareceu no rosto do deus.

O médico voltou a olhar para a ruiva e respirou fundo. Seguiu até um mini armário onde havia vários frascos nele. Segurou dos dois lados e o tirou da parede. Atrás havia um cofre onde digitou alguns números e a porta de metal abriu. Dentro havia um frasco pequeno com um liquido transparente. Ele entregou para a ruiva.

– É esse. Precisa ser injetado. – respondeu o homem dando-se por vencido. Loki assentiu. Ele falava a verdade.

– Permanece a mira na cabeça dele. – pediu a ruiva e seguiu até onde havia uma caixa com primeiros socorros. Pegou um rolo de gaze e jogou para o outro homem ferido no chão. – Eu faria pressão, se fosse você. – O homem desenrolou a gaze e apertou o ferimento. Roxie preparou uma seringa e colocou o líquido nele. Respirou fundo e colocou a agulha no pescoço. Apertou a seringa e o antidoto entrou em seu corpo.

– Vai demorar um pouco para fazer efeito. – respondeu o médico.

– Não há proble... – antes que pudesse concluir, Roxie sentiu aquilo queimando em suas veias e uma dor forte na cabeça. Abaixou o corpo como reflexo.

– Esqueci de dizer também que vai doer muito, antes que seus poderes voltem. – Ela gemeu quando a dor aumentou.

– Roxie... – perguntou Loki.

– Eu estou... – Deu um grito e apertou a ponta da mesa de metal. Loki desviou a atenção e o médico aproveitou para fugir. – Vai atrás. Eu me viro por aqui. – ela arquejava. Loki assentiu e Roxie respirou fundo.

– Isso dói, não é? Estamos quites. – falou o homem que sangrava no chão.

– Cala a boca. – Roxie deu-lhe um chute no rosto e ele desmaiou. Ela caiu sentada no chão. Respirava profundamente e impedia os gritos de saírem. Aquilo queimava e doía muito, principalmente na cabeça e no abdômen. Parecia que alguém estava chacoalhando-lhe o cérebro e estripando-a. Loki voltou, trazendo o médico desacordado e o colocando em algum lugar do laboratório. Correu até a ruiva. Ela respirava rapidamente. Segurou no braço de Loki quando ele a apoiou e sentiu sugando-lhe as forças. – Se afasta.

Loki afastou-se e a dor da ruiva começou a diminuir. Os olhos tornaram-se vermelhos da cor do sangue e finalmente tudo passou. Ela sentiu os músculos relaxarem e sono, bastante sono. Parecia que iria desmaiar a qualquer momento. Então lembrou-se onde estava, porque estava ali e com quem estava ali. Se desmaiasse, Loki estava perdido. Teria que levar ela e o doutor para fora daquele lugar, com todos aqueles soldados atrás dele. Não. Não podia desmaiar.

Abriu os olhos rapidamente, como se alguém tivesse lhe dado uma descarga de adrenalina. Em um salto estava de pé. O prédio inteiro tremia.

– Temos que ir. – Loki estendia a mão para ela. A garota balançou a cabeça. Estava sem luvas e ainda sentia que não estava no controle. Não tocaria em Loki.

– Pega o doutor. – A ruiva respirou fundo.

– Você está bem?

– Vou ficar. – Ela sorriu e os três deixaram o lugar. O médico já recuperava os sentidos e já conseguia andar sozinho. Várias pessoas corriam pelos corredores e explosões se ouviam. Várias explosões, uma atrás da outra. – O que está acontecendo?

– Protocolo de segurança um em caso de invasão.

– O que diz esse protocolo? – perguntou Loki.

– O local tem de ser destruído. Conter o vazamento de informação. – O médico sorriu. – Vocês morrerão aqui. – Roxie olhou para Loki quando outra explosão foi ouvida.

– Não vamos não. – respondeu o deus. Os três começaram a seguir as pessoas que corriam desesperadas por ali até que avistaram uma saída. Quando quase estavam do lado de fora, Loki sentiu a terra tremer embaixo de seus pés e percebeu que o lugar desabaria. Empurrou Roxie e o doutor para fora quando o andar de cima ruiu.

Roxie caiu por cima do médico, mas logo se colocou de pé outra vez. Olhou os escombros bloqueando a passagem e entrou em desespero. Loki não havia saído.

– Loki! – gritou o nome do deus.

– “Eu estou bem, vai embora” – Ouviu o deus invadir seus pensamentos.

– “Eu não vou sem você”.

– “Você tem uma missão para cumprir. Eu vou achar uma forma de deixar o prédio e nos encontramos no avião”.

– “Você sabe que o avião vai decolar exatamente as vinte e uma horas, não sabe?”

– “Eu sei”. – ele respondeu. – “Estarei lá antes disso”

– “Promete para mim?”

– “Está perdendo tempo, Roxie”.

– “Prometa”. – falou a garota com autoridade, não obteve resposta.

...

Era a décima vez que a ruiva olhava o relógio, no último minuto. Já passavam das vinte e uma horas e o deus ainda não havia dado notícias.

– Senhorita, recebemos ordens para partir. – falou o piloto.

– Eu mato você antes que tire o avião do chão. – ela tremia. Os olhos demonstravam raiva e tristeza, ao mesmo tempo. – Ele vai chegar.

– Cinco minutos a mais. – O piloto voltou ao seu acento e a ruiva assentiu.

– Não preciso de mais tempo. – falou Loki entrando no avião e fechando a porta. Roxie saltou da cadeira.

– Você está atrasado. – Ela aproximou-se acusativa e só então percebeu um corte no supercílio dele. – e está ferido.

– Eu estou bem. – respondeu ele e olhou para o piloto que começou a levantar voo. – E você?

– Sob controle. – respondeu ela.

– Ótimo, assim eu posso tocá-la. – ele a puxou para perto e a beijou.

– Não me dê outro susto desses.

– Nessa profissão, não posso lhe prometer nada.

...

Loki e Roxie entregaram o relatório da missão, devidamente assinado, para Fury e deixaram a sala. O corte na boca de Roxie havia parado de sangrar, mas o na testa de Loki ainda permanecia. A ruiva o puxou para seu quarto e o fez sentar-se em uma cadeira.

– Eu não preciso disso. – reclamou quando ela pegou uma maleta de primeiro socorros e ensopou um algodão com álcool iodado.

– Claro que precisa. – falou ela seriamente. Aproximou-se e encostou o algodão no lugar. O deus fez uma careta. Ela sorriu.

– Do que está rindo? – ele falou.

– Do seu jeito frágil de ser. Reclamando por causa de um ardor. – ela colocou o algodão novamente na ferida, mas Loki não reagiu a queimação, permaneceu sério. Roxie mordeu o lábio inferior, prendendo outro sorriso. – Agora melhorou.

Fez menção de se afastar, mas o deus segurou em seu punho. A puxou, novamente, para perto e segurou em seu queixo.

– E isso, já cuidou? – ele passou o polegar no canto da boca da ruiva, onde havia um pequeno corte.

– Já, não dói mais. – respondeu respirando fundo. Aproximou-se dela e a beijou. Primeiro algo suave, lentamente. Depois aquilo foi tomando rumos mais imediatos ao ponto de Loki colocar a ruiva sentada em seu colo. Ela afastou-se rapidamente. Estava rubra, respirava fundo e tinha as mãos envolta da cintura. Escondia que elas tremiam.

Eles se olhavam seriamente. Não havia nada para ser dito. Ele não estava forçando-a a nada. Não era um bruto. Era capaz de entender. Só queria que ela começasse a não sentir medo ao ser tocada daquela forma. Queria apenas que ela o desejasse tanto quanto ele a desejava, mas se ela não o queria que o rejeitasse de uma vez por todas. Antes que a deixasse falando sozinha. Não ficaria se humilhando. Era um príncipe e milhares fariam qualquer coisa para estar no lugar daquela humana.

Ele fez menção de se levantar, mas Roxie o impediu. Jogou uma de suas pernas para o lado e sentou-se no colo de Loki outra vez. Passou a mão nos cabelos dele e posou-a em sua nuca.

– Seja gentil. – falou ela.

– Com você? Sempre. – respondeu ele. - Se preferir parar eu vou parar. Não vou machucar você.

– Eu sei. - Ela respirou fundo e sorriu. Loki tomou-lhe os lábios outra vez. Levantou-se da cadeira, com a ruiva ao redor de seu corpo e a colocou deitada na cama. Ela pareceu não se importar.

Beijaram-se por alguns minutos antes que as roupas começassem a serem tiradas. Loki segurou no zíper frontal do macacão da mulher e a olhou. Ela teria que dar a permissão. Ele não a forçaria a nada.

Roxie assentiu e ele o abriu. Os seios da ruiva ficaram à mostra. Loki já os havia visto antes, tanto na cabana, quando precisou aquecê-la, quanto quando teve que trocar as roupas dela por peças secas, mas ali era diferente. Tudo era diferente.

Ela puxou o macacão pelos braços e Loki ajudou a tirá-los pelos pés. Deitou-se sobre Roxie outra vez. Admirou-lhe os olhos antes de qualquer coisa. Era fascinado por eles. Alisou os cabelos vermelhos com uma de suas mãos enquanto a outra passava carinhosamente por seu rosto, pescoço e seios. Queria sentir a pele dela, vê-la arrepiar-se quando ele a tocasse. Queria saber as reações que ele causava nela.

Roxie fez com que suas mãos escorregassem pelo peito do deus e o ajudasse a se livrar de suas roupas. Primeiro a cota, depois a camisa e por último a calça.

Ele voltou a olhar a ruiva, em busca de alguma reação contrária a aquilo que ele estava fazendo, mas ao invés disso ela o beijou outra vez. Ele sorriu. Começou uma sequência que trilhavam caminho pelo rosto, pescoço, seios e barriga. Ela estava completamente entregue a Loki até o momento em que ele a tomou para si. Roxie deixou um gemido baixo escapar-lhe pelos lábios. Fechou os olhos apreciando a sensação e esse foi o seu erro.

Sua mente não poderia ter entrado em ação em um momento como aquele. Ela tentou de todas as formas prender a sua atenção naquilo que acontecia, mas foi levada até a Itália.

Lembrou-se de Lorenzo e as lágrimas começaram a se acumular em seus olhos. Loki não percebeu aquilo, se tivesse visto, com certeza teria parado. Ele estava ocupado enquanto acariciava e beijava o corpo da mulher.

Ela respirou fundo e tentou apagar aquelas imagens de sua cabeça. Começou a repetir para si mesma que não era o Lorenzo que a tomava nos braços. Era Loki. Roxie o amava e sabia que o que estavam fazendo era mais do que certo. O deus a encarou por alguns segundos e sorriu. Era o sorriso mais perfeito que ela havia visto na vida. Limpava a sua mente de qualquer medo olhar para ele. Ela se sentia segura com ele. Loki voltou a acariciar-lhe o pescoço e o corpo conseguindo arrancar um gemido dos lábios da mulher.

Roxie percebeu, por fim, que aquilo não era uma violação. Era uma entrega. Entregava-se de corpo e alma a Loki e, naquele momento, dizia que pertencia somente a ele.

Loki voltou a olhá-la quando um segundo suspiro escapou. As duas orbes verdes esquadrinhavam o rosto, já molhado de suor, da ruiva em seus braços. Não achou o mar de seus olhos, porque eles estavam fechados enquanto a cabeça estava arqueada e os lábios semiabertos. Beijou-lhe a boca outra vez como se aquilo fosse a única coisa necessária ali.

E realmente era. Roxie era a única coisa importante ali e ele não a machucaria. Não havia mais nada que os separasse. Roxie era sua. Finalmente sua.

...

A ruiva espreguiçou-se na cama, quando os primeiros raios de sol surgiram por sua janela. Estava deitada sobre o braço de Loki, abraçada a ele. Nunca havia tido uma noite de sono como aquela. Estava tranquila e renovada, como nunca estivera antes. Saiu da cama devagar. Não queria acordar o asgardiano.

Caminhou como se pisasse em penas e trancou-se no banheiro. Parou de frente para o espelho, nua. Buscava marcas em seu corpo, como sempre fizera, mas não havia nenhuma sequer. Estava intacta. Loki cumpriu o que havia prometido, não a machucou.

Tomou um banho demorado e enrolou-se em um roupão. Penteou os cabelos molhados e deixou o banheiro. Loki estava sentado na cama, com um livro na mão. Lendo. Roxie sorriu com a cena, mas ficou rubra no segundo em que os olhos verdes do deus deixaram o livro e a observou.

– Bom dia. – falou ela.

– Bom dia. – respondeu seriamente. – Saiu da cama cedo.

– Estava querendo tomar um banho. – respondeu ela com um sorriso tímido. Loki fez o livro desaparecer e esticou a mão para ela. Roxie abaixou o olhar e pegou a mão do deus. Ele a puxou para perto e fez com que ela se deitasse. Depositou alguns beijos em seus lábios e pescoço. – Não temos tempo para isso. – ela o empurrou e Loki a olhou com o cenho franzido. – Temos que sair antes que os outros acordem.

– Sair? Para onde? – ele perguntou confuso.

– Recuperar as suas memórias. – ela respondeu e Loki saiu de cima da ruiva. – Vamos pegar a Ferrari e seguir até um lugar chamado Instituto Xavier para Jovens Superdotados.

– Eu não entendi.

– É o lugar onde vamos encontrar o professor. Ele fez isso com você. – ela encarou o deus. Loki levantou-se da cama e as roupas, como em um passe de mágica, apareceram em seu corpo.

– Te espero no carro, em cinco minutos. – falou ele e a garota assentiu. Era só o tempo de vestir-se e chegar até a garagem.

...

O carro corria pelas ruas da cidade. Roxie estava no volante e Loki sentado ao seu lado. Não disseram mais nenhuma palavra depois dali. Estavam nervosos demais com o que poderia acontecer.

Entraram no enorme instituto alguns minutos depois. A mansão era fascinante ao olhar. Imponente vista de fora, mas completamente aconchegante quando se entrava nela. Haviam várias crianças correndo de um lado a outro e uma delas chamou a atenção de Roxie. A menina atravessou a parede como se ela não estivesse ali.

Um rapaz, de olhos azuis, aproximou-se sorridente dos dois.

– Bem vindos ao Instituto Xavier para Jovens Superdotados. – Esticou a mão para Roxie e ela o cumprimentou com bastante educação. – Eu sou o Bobby. Em que posso ajuda-los? – ele virou a mão na direção de Loki e o deus olhou para o jovem e depois para sua mão. O menino a recolheu quando percebeu que o deus não a apertaria.

– Queremos falar com o professor. – a voz de Loki era rude. Fria.

– Porque querem falar com o professor?

– Assunto particular. - Loki falou entre os dentes. Roxie segurou em sua mão.

– Poderia fazer a gentileza de nos levar até ele? Por favor, é importante. – a ruiva pediu educada. Loki a olhou.

– Claro. – Bobby sorriu para a ruiva e ficou sério quando encontrou Loki o encarando. Conduziu os dois até uma sala e mandou que eles aguardassem, que o professor logo viria.

– Obrigada. – agradeceu a mulher e Bobby deixou a sala.

– Pare de ser gentil com eles. – Loki a encarou.

– Gentileza é o que move o mundo. Aprenda. – ela respondeu com o cenho franzido. – Ser educado abre portas.

– Não. O poder abre portas. – ele respondeu no momento em que aquele homem, na cadeira de rodas, entrou na sala. Estava acompanhado de uma ruiva e de um cara usando um óculos esquisito.

– Podem nos deixar a sós. – falou ele.

– Professor...

– Está tudo bem, ciclope. – o professor sorriu para Roxie. – Você e a Jean podem sair.

– Sim, professor. – respondeu a mulher e deixou a sala, acompanhada do homem.

– Seguranças? – perguntou Loki.

– Amigos. – respondeu Xavier e deu a volta na sala, parando atrás da sua mesa. O deus e a ruiva viraram na direção dele. – Não preciso ler pensamentos para saber o porquê de estarem aqui.

– Eu exijo que desfaça o que quer que tenha feito.

– Não tenho outra opção. Não é? – ele sorriu.

– Não! Não tem.

– O que acha disso? – ele olhou para Roxie e ela abaixou o olhar. – Você não quer, não é? Está aqui por obrigação. Acordo é acordo.

– Não leia a mente dela. – ele estava impaciente.

– A mente dela é fascinante. Especialmente o que está oculto.

– Consegue ver? – Ela perguntou abismada.

– Não e é isso que a torna fascinante. – Ele deu a volta e parou ao lado de Roxie. Tocou-lhe a mão. – Nem todo o meu poder conseguiria liberar essas memórias. Quem quer que tenha feito isso a você, é muito mais poderoso do que eu.

– E existe alguém assim?

– A sua falta de memória é a prova de que certamente existe alguém assim.

– Roxie, nos deixe a sós. – Loki olhou a ruiva. – Agora.

A mulher olhou do deus para o professor e Charles sorriu para ela, assentindo.

– Com licença. – ela seguiu na direção da porta e saiu.

– Agora sou eu e você.

– Eu já sabia que mais cedo ou mais tarde isso aconteceria. – o professor voltou para o seu lugar a mesa e apontou uma poltrona para Loki. O deus fez que não era com ele.

– Então sabe que não sairei daqui sem que me devolva o que é meu.

– Sei sim, mas está preparado para o que vai descobrir?

– Não importa.

– Ela tem medo do que pode descobrir. – ele fez uma pausa. – Quer mesmo que ela conheça o verdadeiro você? – Loki respirou fundo e olhou o chão. Ponderando.

– Sim, é o que eu quero.

– Então não há nada que eu possa fazer para impedi-lo. – Charles seguiu para onde havia várias poltronas e apertou um botão. Uma mesa de metal ergueu-se do chão. – Deite-se aqui. – Loki caminhou até onde o professor estava e fez conforme ele havia mandado. – Sua mente também é maravilhosa. Complexa ao ponto de dar medo. Talvez tão fascinante quanto a minha.

– Não me compare a você. – respondeu ele.

– Eu aconselho que relaxe. Isso vai doer. – O professor colocou as mãos de cada lado da cabeça do deus.

– Faça. – respondeu ele e imediatamente sentiu uma dor aguda. Como se alguém esmagasse-lhe o cérebro. Era um sinal de que o velho Loki estava pronto para tomar o seu lugar outra vez.

...

Roxie deixou a sala preocupada. Sabia o quanto Loki poderia ser instável. Se permanecesse lá dentro, talvez ele conseguisse manter o controle, mas ela estando ali fora, não poderia ajudar caso o professor precisasse. Ele não era um homem mal e talvez tenha apagado a memória de Loki por uma causa maior.

Sentiu-se inútil.

Passou a mão ao redor do próprio corpo e se abraçou.

– Está perdida, boneca? – falou uma voz masculina atrás dela. A garota virou-se e deu de cara com um homem barbudo, com os cabelos engraçados. Usava uma jaqueta de couro marrom, uma camisa branca e calça jeans. Um charuto queimava entre seus dedos.

– Não estou perdida. Estou aguardando alguém. – respondeu ela e forçou um sorriso. Estava preocupada. – Está conversando com o professor.

– E te mandaram ficar aqui fora?

– É, me mandaram. – respondeu ela e respirou fundo.

– Qual o seu nome?

– Roxanne.

– Muito prazer, Roxanne. – Ele colocou o charuto nos lábios e esticou o braço na direção da ruiva. – Eu sou o Logan. – Ela sorriu e apertou-lhe a mão com força. – Gostei do aperto de mão.

– Sempre ouvi dizer que é através desse cumprimento que se conhece uma pessoa.

– Se for assim, percebi que é bem forte. – respondeu ele e Roxie sorriu.

– Porque dizem que aqui é uma escola? – ela perguntou curiosa quando viu algumas crianças passarem correndo. Uma delas voava. – Porque treinam os mutantes?

– Porque é, na verdade. – respondeu ele. – Eu ensino história. Charles ensina Genética, Biofísica, Psicologia e Antropologia. Existem vários outros professores por aqui e todos nós desempenhamos a função de ensinar.

– Então não é só um disfarce.

– Não. – respondeu ele e sorriu. – E assim como ensinamos as matérias exigidas, também ensinamos a eles o controle de seus poderes.

– Deve ser divertido.

– E é. – Logan puxou a fumaça do charuto sem tirar os olhos da garota. Ruivas o fascinavam e ele estava diante de uma. Estava pronto para saber mais sobre aquela garota quando ouviu uma explosão.

As crianças começaram a gritar e a correr em todas as direções, no exato momento e que vários homens armados, vestindo uniformes vermelhos, entraram no local. Homens da Víbora.

Logan deixou que suas garras de metal ficassem a mostra e partiu para cima de alguns deles com tudo o que tinha, enquanto que Roxie correu na direção da sala de Xavier. Precisava entrar, mas foi pega antes que pudesse sequer se aproximar.

Ela ficou completamente desesperada, tinha que avisar a Loki sobre o que estava acontecendo ali. Suas mãos foram algemadas nas costas e ela se debatia como nunca havia feito antes. Ainda chegou a derrubar cinco deles apenas com chutes e golpes usando suas pernas, mas eles eram muitos.

Colocaram-na deitada no chão e imobilizaram-na, mas ela não ficou assim por muito tempo. Uma figura de pelagem azul, caiu por sobre esses homens e lutou com todos eles. No fim, partiu as algemas de Roxie com bastante facilidade e a liberou.

– Obrigada. – ela agradeceu.

– Disponha. – o homem sorriu.

– Hey, Fera! – gritou o menino que Roxie viu ao chegar. Ele tornou-se inteiramente de gelo, diante de seus olhos. – Tempestade precisa de ajuda lá em cima.

– Estou indo. – respondeu o mutante azul e dependurou-se no lustre, impulsionando o corpo para cima, o mais rápido que conseguia.

A ruiva tentou refazer seu caminho, em direção a sala de Xavier, mas deparou-se com cinco homens em sua frente. Virou-se para olhar as suas costas e haviam mais cinco. Todos eles com as armas em punho e mirando diretamente na garota. Eles tinham a prioridade de captura-la com vida, mas se ela reagisse, poderiam abrir fogo contra ela.

Ela abaixou o corpo, como se estivesse se preparando para reagir, e ouviu os homens destravando suas armas. Iriam atirar. Fechou os olhos e gritou em sua mente. Chamou o deus da trapaça o mais forte que conseguiu. Com sorte ele ouviria.

Não houve nenhuma reação dele, nada.

Os homens começaram a aproximar-se dela e Roxie decidiu: não se entregaria. Se fosse para morrer, que morresse lutando. Estava preparada para atacar alguns deles quando alguém a segurou e colocou contra a parede. Os homens começaram a atirar contra esse alguém, mas ele protegia a garota, fazendo seu corpo de escudo.

Ela conseguiu ver uma luz vermelha intensa e os dez homens caíram no chão. Mortos.

Olhou para seu protetor e deu de cara com Logan. Ele tremia e fazia cara de dor. Havia tomado todos os tiros no lugar dela.

– Você está bem? – perguntou ele e ela só soube assentir com a cabeça e dizer que sim. De repente, Logan foi pego pela camisa e arremessado mais a fundo, Loki colocou Roxie atrás dele.

O homem expos, novamente, suas garras e Loki materializou a lança.

– Ele me protegeu. – Roxie passou na frente do deus e o encarou. – Ele me protegeu. – Loki olhou para trás e percebeu ciclope, com as mãos no óculos, pronto para atacar. Foi ele que derrubou os dez homens. - Estamos no mesmo time. – concluiu ela por fim e ele desviou a atenção. Olhou para ela. Imediatamente a lança sumiu.

– Temos que ir. – Loki ordenou seriamente.

– E eles? – perguntou a ruiva. – Não podemos deixá-los lutarem sozinhos.

– Ficaremos bem. – respondeu Logan arfando. Ouviu-se barulhos de metal caindo no chão e só ai Roxie percebeu que era as balas que saiam do corpo do homem. Um ferimento na testa começou a se fechar, muito rapidamente. – Podem ir.

– Tem certeza?

– Sim, eles têm certeza. – falou Loki já sem paciência. – Vamos embora. – puxou o braço da garota e ela o seguiu, não antes de ver o Logan piscar um olho para ela e acender outro charuto.

Eles saíram correndo da mansão e se deslocaram até onde Roxie havia estacionado a Ferrari. Loki a havia soltado e caminhava na frente. Chegaram minutos depois ao carro.

– Ei, espere! – Roxie segurou na mão do deus e ele se virou. Tinham que deixar logo a mansão e voltar para a sede da S.H.I.E.L.D. – Deu certo?

– Está querendo saber se eu me lembro? – Loki olhou dentro dos olhos da garota de uma forma quase hipnotizante.

– Sim! Você se lembra? – o deus deu dois passos na direção de Roxie e alisou seus cabelos vermelhos. Ela era muito bela, mas muito ingênua às vezes. Se ela soubesse o que se passava em sua mente, naquele momento, provavelmente teria fugido gritando.

– Não tudo, mas o suficiente. – Ele sorriu vitorioso e aproximou-se lentamente. A S.H.I.E.L.D. ia pagar muito caro pelo que fez a ele e esse dia não tardaria a chegar. Até lá, aquela mulher era a sua válvula de escape enquanto tivesse que aturar viver em Midgard.

A sua mão passou a acariciar toda a extensão daquele rosto e, por fim, aproximou-se tomando-lhe um beijo. Os seus lábios nunca haviam sido tão doces quanto naquele momento e chegava mesmo a igualar ao sabor da vingança que ele arquitetaria. A humana seria de extrema valia naquilo, mas tudo teria que ser a seu tempo.

Até lá, ele se divertiria com ela. Era fácil ver como ela estava completa e perdidamente apaixonada por ele e aquilo o fazia rir, entre um beijo e outro. Liberou-lhe os lábios e voltou a olhá-la.

– E está tudo bem? Quero dizer, você está bem? – sorriu ao perceber que ela ainda mantinha os olhos fechados. Voltou-lhe a beijar, dessa vez fazendo com que seus beijos percorressem o rosto em uma sequência lenta e prazerosa.

– Está... – Falou chegando ao ouvido de Roxie. – Tudo está perfeitamente bem.


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Notas finais do capítulo

LOKI IS BACK, BITCH!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.... adooooooooooooro!!!!!

É isso gente....
Comentem, okay??
A partir do próximo capítulo iniciaremos o segundo arco. Com o nosso deus de volta, quase intacto... *.*


Beijinhos ternos!!
S. Laufeyson!!!!