Sobre Humanos e Deuses escrita por S Laufeyson


Capítulo 13
Capítulo 11 - O Resgate


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, amores!!!
Enfim, terminei o capítulo e espero, realmente, que gostem. Foi meio sofrido escrevê-lo por ter que ambientar todos os personagens (e muitos deles não tiveram a participação que mereciam), mas consegui terminar.
Para me dar uma inspiração, acabei fazendo uma montagem que eu achei bem legal para usar como imagem de capa.. espero que gostem!!! (Para ver a imagem completa, copiem o link e me deixem saber o que acharam:
http://i1277.photobucket.com/albums/y488/tothyrogers/10348628_10152470311377430_1931023658386506370_n_zpsc74b5f7d.jpg )

Espero mesmo que gostem desse capítulo, porque eu me esforçei muito para escrevê-lo. Seria legal se meus 65 fantasminhas pudessem dar um alô para a tia e me dizer se valeu a pena esse capítulo.. seria realmente fascinante... *.*

Então é isso, amores!!!
Aqueles que puderem comentar, favoritar, recomendar e divulgar a fanfic, eu ficaria eternamente grata... *.* ... Isso me inspira muito, pode ter certeza disso!!!!

Obs: Vingador novo no pedaço... kkkk
Obs2: Achei também essa imagem maravilhosa.. adoroooo..
http://i1277.photobucket.com/albums/y488/tothyrogers/Untitled5_zps475f92c4.png



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– Só nos faltava essa. – falou a ruiva olhando em volta. Loki se precipitou para dentro do veículo e percebeu que a refém havia usado um pedaço de arame, encontrando no próprio carro, para abrir as algemas e fugir.

– Nós temos que encontra-la, antes que ela avise o que estamos pretendendo fazer. – O deus olhou a mulher que analisava a cena em volta, até que ela deixou um sorriso aparecer em seus lábios. Imediatamente Loki olhou na direção de onde ela olhava e percebeu a prisioneira sair correndo. Roxie não pensou duas vezes antes de sair na direção da mulher, jogá-la no chão e imobilizá-la. Loki, novamente, materializou uma algema e ela foi levada de volta para o carro, não sem antes Roxie dar-lhe um murro no rosto e desacordá-la. O deus sorriu.

– De acordo com J.A.R.V.I.S, chegaremos ao local correto em menos de duas horas. E ainda não sabemos o que vamos fazer. Não podemos simplesmente entrar lá, descendo a porrada e quebrando tudo.

– É por isso que temos ela. – ele olhou para a mulher desmaiada no banco do carro.

– Como pretende fazer com que ela nos ajude? Na primeira oportunidade que tiver, ela vai nos entregar. – Roxie deu a volta no carro e tomou o seu assento no banco do motorista.

– Eu tenho meus truques. – ele olhou a garota de soslaio e Roxie sorriu. Sabia que se Loki dizia aquilo, é porque ele tinha realmente um ás nas mangas.

...

O carro entrou na rua do lugar indicado. Era no meio da floresta e tudo dificultava a aproximação. Finalmente conseguiram chegar até uma pista que levaria direto aos portões daquela instalação e diretamente até onde estavam os outros vingadores.

Roxie já conseguia ver as imensas paredes de concreto, imponentes, surgirem por detrás das arvores e olhou para Loki aflitamente, se ele ia fazer alguma coisa, aquela era a melhor hora. O deus fez com que Roxie parasse o carro e olhou para a prisioneira, que estava ao seu lado, no banco de trás.

– Você vai pegar esse carro e vai dirigir, como se nada estivesse acontecendo, através daquela entrada e vai nos colocar dentro do prédio, você me entendeu?

– Sim, senhor. – respondeu a mulher e Loki sorriu imponente. Adorava usar daquela artimanha para forçar alguém a fazer algo que ele quisesse.

– Você já usou isso em mim alguma vez? – perguntou a ruiva. Loki apenas sorriu.

– Hipnotismo não, mas muito me agradou o passeio por sua mente. – Ele a olhou debochado. – Sério que eu despertei tudo aquilo em você?

– Não vamos falar nisso agora.- Roxie desconversou enquanto ficava mais vermelha do que alguma vez conseguiu ficar. – Esse tipo de conversa só poderemos ter quando tudo estiver bem e até lá, temos que nos focar.

– Ótima forma de sair de uma conversa. – ele fez com que Roxie deixasse o carro e sentasse no banco traseiro. Seguiu para o banco da frente e fez com que a refém assumisse a direção do carro. Ela não questionou nada, em segundo nenhum. Tudo o que ela fazia era algo programado, quase beirando ao robótico. Ela não tinha controle sobre os seus desejos, fazia exatamente aquilo que Loki a mandou fazer.

O deus envolveu o carro em uma ilusão e isso incluía ele, Roxie e a refém. Sobre ele e a ruiva, fez com que ninguém conseguisse vê-los e sobre a terceira ocupante, fez com que ela assumisse uma fisionomia menos desgastada. Afinal, Roxie não foi nem um pouco boazinha com ela enquanto tentava fazer com que falasse. O lábio inferior e o supercílio rasgados eram apenas provas mínimas de como a ruiva conseguia ser dura em um interrogatório.

A morena começou a dirigir em direção a entrada do local e parou assim que um militar ordenou.

– Identifique-se. – Ele saiu de onde estava e se aproximou da janela do carro. Usava uma farda muito diferente de todas aquelas que eles já haviam visto. Não eram fardas de militares russos. Eram vermelhas na parte de cima e pretas na parte de baixo. Na lateral haviam duas linhas que desciam do cós até a bainha. Na cintura havia um cinto branco e nos braços as insígnias. Ele era um simples soldado.

– Maisha Ostrowski, cientista da divisão de armamentos. – respondeu ela e o rapaz buscou o nome em um computador de mão. O aparelho apitou quando encontrou a foto da mulher e todos os seus dados.

– Está liberada, senhorita Ostrowski. – respondeu ele e a mulher continuou sua entrada.

– Divisão de Armamentos? - Loki encarou a mulher mandando que ela continuasse dando aquelas informações.

– Temos uma divisão onde lidamos com armas químicas. – respondeu ela ainda em transe. – Eu chefio essa divisão.

– Interessante. – respondeu o deus.

– Se tivermos uma próxima vez, pode ficar com o interrogatório. – A ruiva sorriu e deixou o carro. O deus apertou novamente um ponto no pescoço da mulher e ela desmaiou. – Loki, poderia dar uma mãozinha aqui? – Ela o encarou e ele logo pareceu entender o que ela queria. Usou seus poderes para transformá-la em um soldado. Com o fardamento exatamente igual ao que viram na portaria. A aparência que ela adquiriu foi de um homem alto, cabelos castanhos e pele clara. A única coisa que se manteve foi a cor dos incríveis olhos azuis.

Ela se olhou no reflexo, da janela do carro, e sorriu. Achou-se extremamente atraente. Não a sua verdadeira imagem, mas o soldado que lhe emprestou a aparência. Loki a olhou de alto a baixo, como se perguntasse o porquê dela ter ficado tão impressionada com aquela forma. Roxie o olhou de volta e apenas sorriu, piscou para ele e seguiu na frente, na direção da entrada do lugar.

– Quanto mais rápido conseguirmos entrar, mais rápido sairemos daqui. – Loki seguia ao lado de Roxie, que ainda mantinha a aparência do soldado. Dois daqueles homens passaram por eles e os cumprimentaram com um rápido aceno de cabeça. Responderam educadamente.

– Segundo J.A.R.V.I.S, eles não estão juntos. – Ela olhou para o aparelho. – Existem dois complexos de celas nesse lugar e é bem provável que estejam espalhados por lá. Uma está no sul das instalações e a outra a noroeste. – Ela guardou o aparelho e encarou o deus. – Teremos que nos dividir.

– Isso não é uma opção. – Loki olhou para a garota que sorriu. Ele fez com que a luz verde encobrisse o corpo do soldado e quando ela se desfez, Roxie estava ali outra vez. Ela o puxou para um canto qualquer do lugar.

– E nós temos opção? – ela perguntou e encarou a face perfeita do deus. O olhava seriamente, sem desviar nenhum minuto sequer, de seus belos olhos verdes. Depois passou a esquadrinhar ou tentava decorar cada ponto diferente, cada marca, cada detalhe de sua face. – Se salvarmos um lado, o outro será protegido fortemente. Só temos a opção de fazermos ao mesmo tempo. E para isso, temos que nos dividir.

– E o que sugere? Mesmo que a gente consiga, eles vão nos pegar assim que abrirmos as celas. – O deus mantinha as suas vistas nos lábios da garota que os mordeu tentando achar uma saída para toda aquela situação.

– Eu vi um avião do lado de fora, podemos pegá-lo. É fácil pilotá-lo. Eu consigo.

– Então, se só tem essa saída, eu te encontro no avião.

– Aham. – respondeu ela olhando para os lábios finos do homem a sua frente. Percebeu que estava bem mais perto de Loki do que realmente seria seguro estar. Principalmente quando ele ergueu uma de suas mãos e colocou uma mecha de cabelo vermelho para trás da orelha dela. Estava tentado a beijá-la.

Então lembrou-se da sua promessa. Não faria aquilo outra vez e por isso, respirou fundo e a afastou.

– Dez minutos, do lado de fora. – ele respondeu e ela tentou sorrir.

– Siga pelo corredor, em direção ao sul. Dobre a direita na sala de análises e continue seguindo em frente. Dez metros depois, desça dois lances de escadas e você encontrará as celas.

– Entendi.

– Okay. – Ela assentiu e seguiu seu caminho. Loki novamente lançou sobre ela a luz verde e ela tomou a forma de um soldado. Não aquele mesmo, mas outro completamente diferente e muito menos atraente.

...

A ruiva, transvestida no soldado, andava apressada pelos corredores daquele lugar. Mantinha a pose quando encontrava com outros de mesmo uniforme e chegou até mesmo a responder algumas perguntas, em russo, que um tenente havia lhe feito. Imaginou que sua voz seria feminina e, a principio, ficou temerosa, mas Loki havia feito o trabalho completo.

Olhou em volta e percebeu estar na entrada do refeitório. Teria que seguir por ali, trocar de pavilhão e descer um lance de escadas, mas assim que passou pelo lugar, a magia de Loki se desfez. Imaginou de imediato que ali era protegido por aquele mesmo homem que encontraram na neve. Tremeu com a possibilidade de encontrá-lo ali.

Imediatamente ela ouviu alguns passos e um alarme soou alto. Pensou que havia posto tudo a perder e esperava realmente que Loki já tivesse chegado ao seu destino e já tivesse liberado quem quer que fosse que estivesse na cela. Toda ajuda agora seria bem vinda.

Ouviu passos vindos em sua direção, mas não esperou para ver quem era e correu para onde deveria ir. Passou pela ligação dos pavilhões e naquele caminho, foi recebida por vários tiros vindos das torres. Um passou raspando em seu braço antes que ela conseguisse entrar no próximo pavilhão.

Deu de cara com dois soldados que faziam a ronda naquele lugar. Sem pensar duas vezes, correu para cima deles e lutou com os dois, ao mesmo tempo. Conseguindo assim, as suas duas armas.

Continuou pelo corredor e chegou até a disparar duas ou três vezes contra outro grupo de soldados, mas sem muita dificuldade. Chegou ao complexo de celas e implorava para J.A.R.V.I.S. estar certo, embora o programa nunca errasse. Andou até o final e finalmente viu Natasha e Clint, algemados. Do outro lado, em outra cela, Banner estava dormindo. Sedado.

– A abertura é controlada através de uma senha, do lado de fora. – falou Natasha e Roxie respirou fundo. Era tudo o que ela menos queria. Além de ficar exposta, ter que usar o celular para descobrir uma sequência que estaria contida entre mais de cinco mil possíveis combinações. Esperava que Loki não tivesse tendo tanto trabalho assim.

...

O asgardiano seguia, exatamente, o que Roxie lhe dissera e já havia passado pela sala de análises. Esperava ser fácil chegar até os vingadores, mas acabou se deparando com um corredor de vidro, a sua frente, e dentro dessas salas havia vários laboratórios. Imaginou que se os cientistas vissem um soldado passar por ali, não levantaria tanta suspeita, mas tamanho foi a sua surpresa quando ele deu os primeiros passos e a sua magia foi suprimida. Tomou a sua forma outra vez.

Uma das doutoras que estava lá dentro, olhou para sua frente e deu de cara com o deus. Imediatamente apertou um botão em cima da mesa e o alarme foi acionado.

– Droga! – falou ele entre os dentes. Imediatamente pensou em Roxie. Olhou ao redor e percebeu que precisava, urgentemente, achar uma forma de liberar logo os vingadores e chegar ao ponto de encontro o mais rápido possível.

Seus olhos verdes se arregalaram quando ele percebeu que vários soldados saiam dos laboratórios e vinham para cima dele. Não esperou muito para lutar com todos eles. Levou vários golpes que quase o colocaram no chão, mas conseguiu se sair muito bem e fazer com que todos aqueles dez homens caíssem desacordados aos seus pés.

Passou a mão na boca e percebeu que sangrava. Alguém ia pagar caro por aquilo.

Continuou o seu caminho até que algo chamou a sua atenção: uma sala onde estavam sendo mantidas todas as armas dos Vingadores, incluindo o martelo de Thor. Ele acabou se perguntando como conseguiram erguer o Mjölnir e guardá-lo ali e, pior ainda, por que o irmão não o havia invocado?

Imaginou que poderia levar todas as armas para a cela, mas a ideia mudou completamente quando se deparou com a armadura de Tony, imponente, disposta em um suporte. Ter aquela arma consigo seria uma ajuda e tanto, por isso aproximou-se e tocou-a. Imediatamente os olhos acenderam e a voz robótica se espalhou pelo lugar.

– Identifique-se. – Ordenou J.A.R.V.I.S.

– Loki de Asgard. – respondeu o deus e a sua voz foi escaneada pelo software. Alguns segundo depois, o reconhecimento deu conclusivo e o programa liberou a armadura.

– Use esses braceletes, senhor Loki. – um pequeno compartimento abriu na lateral da perna e o asgardiano pegou os objetos. Colocou um em cada punho e apertou um botão pequeno. Imediatamente as partes começaram a voar entorno dele e alguns segundos depois já estava acoplada a todo o seu corpo. – Ativando monitores e fazendo os últimos ajustes. – a armadura foi se moldando ao corpo de Loki, de modo que eles se tornassem um só. Uma tela apareceu diante de seus olhos, mostrando várias coisas que para ele não significavam nada. – Upload concluído, estamos conectados e prontos.

Após os últimos ajustes na armadura, cerca de vinte homens entraram no local.

– J.A.R.V.I.S... – falou Loki.

– Eu estou ciente do que está ocorrendo, senhor. – respondeu o Software. – Com sua licença. – O braço do deus, comandado pelo computador, esticou-se na direção dos homens e disparou uma rajada do propulsor. Eles foram arremessados contra as paredes e um espaço surgiu para que ele saísse do lugar.

Imediatamente após isso, os pés de Loki deixaram o chão, o seu corpo se inclinou e ele saiu voando pela porta, não antes de J.A.R.V.I.S. destruir a fechadura e deixar a sala trancada. Não poderia correr o risco de retirarem as armas de lá.

Ele seguiu rápido pelos corredores, chocou-se contra paredes com bastante força e por várias vezes o software pediu desculpas. Loki queria puxá-lo da tomada. Depois de alguns poucos segundos, eles chegaram ao complexo de celas da ala sul. J.A.R.V.I.S. nivelou o corpo do deus e ele ficou em pé outra vez.

Pousou em frente a cela onde estava Steve, Wanda, Thor e um rapaz que ele nunca havia visto na vida. Tinha os cabelos brancos e parecia ser jovem. Todos estavam algemados, incluindo o deus do trovão. Loki percebeu então porque ele não havia conseguido invocar o Mjölnir.

– Protejam-se – falou ele e estendeu a mão na direção da trava da porta. J.A.R.V.I.S. entendeu e disparou. As grades se abriram e com quase nenhum esforço, ele partiu as algemas dos que estavam presos.

– Tony, achei que eles haviam pegado você também. – Thor sorria enquanto dava uma tapa na armadura, na altura das costas do deus.

– Tente de novo, irmão. – ele olhou para o loiro e a máscara que escondia seu rosto subiu. Loki deixou um sorriso de superioridade tomar-lhe os lábios quando percebeu a surpresa nos rostos de todos ali.

– O que faz aqui? – perguntou Wanda.

– Onde está Tony? – perguntou Steve.

– Isso é um resgate e o Tony está na América, foi ferido. – respondeu ele quebrando por fim as algemas do jovem desconhecido. – E quem é você?

– Meu irmão. – respondeu Wanda. – Esse é o Pietro.

– Mércurio. – falou ele e estendeu a mão para Loki que apenas olhou para ele. O rapaz, constrangido, recolheu o braço.

– Nós temos que ir. Roxie ficou de nos encontrar em pouco mais de três minutos.

– Roxie? – perguntou Steve. – Ela está bem?

– Até sete minutos atrás, sim, ela estava bem. – respondeu o deus. - Por isso temos que ir. Não tenho comunicação com ela. – Ele deixou a cela, mas nem sequer conseguiu dar algum passo na direção da saída, já que recebeu um tiro na altura do abdômen, por uma arma extremamente pesada, que o arremessou contra uma parede e Loki desacordou.

...

– Você consegue ser mais rápida do que isso, Roxie? – pediu Natasha.

– Ficar me dando pressa apenas vai fazer com que eu demore... – ela parou de falar no momento em que apertou o botão e uma das portas estalou. -... mais.

Correu de retorno para dentro do complexo e percebeu que a grade que abriu foi a cela ao lado da de Banner. Imediatamente teve uma ideia que poderia ser a salvação ou a morte de todos. Esticou-se pela grade e conseguiu alcançar a maca onde Banner era mantido. Tirou a mangueira que estava ligada ao braço do doutor, por onde lhe era enviado o sedativo.

– O que pensa que está fazendo? – perguntou Clint.

– Colocando o verdão na jogada. – concluiu a ruiva. – Vamos lá Banner, acorda. – ela sacudiu um pouco o cientista e se afastou. – Acorda, droga! – gritou e Banner abriu os olhos. A sua íris tornou-se de um verde extremamente claro e seu corpo começou a se contorcer enquanto a massa muscular crescia significativamente. A cor de sua pele foi tomada por um verde tão claro quanto os olhos e ele gritava enquanto esse processo ocorria. Quando finalmente Banner havia ido, Hulk quebrou a grade e segurou Roxie contra a parede. – Doutor, sou eu. – o ar começou a faltar. – Eu não sou inimiga, vim resgatá-los. - Aproximou-se dela e a olhou nos olhos curiosamente, como se procurasse verdade neles. Quando finalmente a viu, deixou que ela caísse sentada na cama, buscando ar.

– Desculpe. – falou ele com uma voz extremamente grossa e a garota concordou.

– Eu preciso que me ajude a abrir a outra cela. – ela apontou para onde Clint e Natasha estavam. Falava ainda com dificuldade. – Só você é forte o bastante para isso. - Hulk deixou um som gutural sair de sua garganta, como se assentisse e seguiu na direção da grade. Segurou dos dois lados e puxou de vez. A parede quebrou e saiu um enorme pedaço junto com a estrutura de metal. Ele entrou na cela e partiu as algemas da Viúva Negra e do Gavião Arqueiro.

Clint colocou Roxie de pé outra vez e Hulk seguiu na frente. Quem se atrevesse a entrar no caminho deles, acabava sendo “esmagado” pelo verdão. Chegaram ao avião alguns minutos depois, sem grandes problemas.

– O que estamos esperando? – perguntou Natasha.

– Os outros. – respondeu Roxie. A sirene começava a ficar ainda mais alta e a movimentação de soldados dentro do prédio era enorme. Ela torcia para que eles conseguissem. Na verdade, ela precisava que eles conseguissem. – Vamos lá, Loki. – falou baixinho e a outra ruiva a olhou.

– Loki? – perguntou ela.

– É, ele veio comigo. – Os olhos da mulher não se desviavam da saída daquele lugar e cada segundo a deixava mais apreensiva, tanto que ela já estava montando um plano para entrar novamente no complexo. Dessa vez teria a ajuda de Hulk. Virou-se para falar com Banner, mas ouviu um trovão. Alegrou-se imediatamente com aquilo, só havia alguém que poderia invocar um trovão naquela noite de céu claro. Thor.

Viu um raio passar de um lado a outro e arremessar um grupo de soldados dez metros a frente. Viu também o escudo do capitão chocasse contra outro soldado e uma onda propulsora acompanhar o escudo.

Assustou-se quando um jovem homem, de cabelos brancos, chegou extremamente rápido na frente dela.

– Olá, eu sou Mercúrio. – ele estendeu a mão. A garota o olhou assustada.

– É o irmão de Wanda. – respondeu Clint e Roxie apertou-lhe a mão. Ele seguiu para trás do avião e a ruiva voltou a sua atenção para fora. Sorriu quando o grupo apareceu, mas não viu o deus.

– Onde está o Loki? – perguntou aflitamente e Wanda apontou para o céu. Imediatamente após isso a armadura pousou no chão, de frente para ela. A parte dourada do rosto subiu e revelou um Loki sorridente. Ela olhou a armadura e percebeu a parte frontal amassada. – Tony vai te matar por isso. – Roxie passou a mão em um pouco de sangue que escorria da testa do deus.

– Ops! – ele sorriu para ela e em seguida, entrou na aeronave.

– Todos prontos? – perguntou Natasha sentando-se na cadeira do piloto, colocando o cinto e apertando alguns botões. Clint era seu copiloto.

– Quer que eu pilote? – Roxie aproximou-se.

– Não se preocupe! Você já fez demais. – a agente sorriu. – que tal descansar um pouco?

– É! Realmente estou precisando. – ela respirou fundo e olhou para os outros que se acomodavam como podiam. Steve se aproximou dela, sorrindo.

– Bom trabalho para uma novata. – o loiro passou a mão nos cabelos de Roxie.

– Não fiz sozinha. – respondeu e deixou que seus olhos corressem para o deus que os observava seriamente. O capitão olhou, de soslaio, para o asgardiano. O avião saiu do chão e começou a pegar altura e velocidade.

– Estimativa de chegada a Nova York, é de dez horas. – falou Clint. – Apertem os cintos e curtam o passeio. - Steve sorriu para Roxie e se virou na direção de Loki.

– Não vai tirar a armadura? – perguntou aproximando-se. Era visível que estava enciumado.

– Não. – respondeu o deus em contrapartida. – Não há suporte na nave para ela e é bom que eu esteja preparado, caso haja alguma eventualidade.

– Eventualidade?

– Fomos derrubados quando passamos por Moscow. Se isso voltar a acontecer, agora eu posso defendê-los.

– Só porque participou desse resgate, acha que é um herói? – o capitão sorriu.

– Eu sou mais que isso. – Loki retribuiu da mesma forma ferina. – Eu sou um deus em uma armadura.

– Não, você não é. – Steve sorriu. – Tudo o que fez usando isso, foi controlado pelo computador. Não sabe o que fazer e não tem o direito de usá-la.

– Sério que não sei usá-la? – Loki ergueu a mão direita e o propulsor foi acionado. Steve puxou o escudo para sua frente.

– Já chega, rapazes. – gritou Roxie se colocando entre eles. Loki desligou o propulsou e Steve voltou a colocar o escudo nas costas. – Estamos no mesmo barco. Okay? – ela alternava as vistas de Loki para Steve e vice e versa. – Não podemos brigar por besteira e nos tornar desunidos. Ainda temos a víbora para pegar, antes que ela nos pegue outra vez. Precisamos uns dos outros. – Loki deu as costas para Roxie e sentou-se em um banco da aeronave.

– Você está certa. – Steve respirou fundo e fez com que Roxie ficasse de frente para ele. – Além de bonita é extremamente sábia. Combinação perfeita. – A mulher sorriu e enrubesceu-se quase que instantaneamente. Ele aproximou-se como se fosse beijá-la e os olhos de Roxie arregalaram-se. Antes que chegasse, ele depositou um beijo em sua bochecha, outro na cabeça, outro no queixo e juntou as testas por um segundo ou dois. Só ai os lábios dele tocaram os dela.

Roxie esqueceu-se de tudo a sua volta. Não lembrava mais que estava no avião e muito menos que tinha telespectadores. Retribuiu, simploriamente, até que ele se afastou e seguiu para a cabine do piloto. Não antes de dar uma olhada significativa para Loki, como se tivesse acabado de mostrar quem estava realmente no poder ali e quem tinha a garota.

A mulher respirou fundo e se virou. Encontrou o sorriso debochado no rosto de Wanda e soube, imediatamente, que ela havia adorado ver aquilo. Balançou a cabeça sorrindo e elevou as vistas outra vez. Arrependeu-se.

Loki a olhava seriamente.

Imediatamente lembrou-se do beijo que tiveram e entristeceu-se. Não queria feri-lo. Aproximou-se dele, na tentativa de explicar o que aconteceu, mas ele apenas levantou o rosto.

– É difícil para você, não é? – falou referindo-se a conversa que tiveram logo após ele tentar beijá-la e ela reagir daquela forma.

– Loki, eu...

– Não fale nada. Eu entendi. – Os olhos verdes passaram pelo rosto da mulher, rapidamente, e Loki levantou-se. Deu as costas para ela e seguiu para outro canto qualquer do avião. Se existia uma parceria entre eles, havia acabado de ser desfeita.


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Notas finais do capítulo

Enfim, vamos ao próximo!!!
Assim que eu chegar da faculdade, respondo todos os reviews, okay? (semana de prova é dose... :/ )

Beijinhos!!!!

S Laufeyson!!!!