Shouldn't Come Back escrita por EviGrangerChase


Capítulo 31
Altos e Baixos


Notas iniciais do capítulo

Heey galerinha!! Voltei depois de 5869432 séculos!! ahsuahsau desculpe mesmo pela demora, mas só agora consegui um tempinho para escrever. Como já disse antes, a fic está no fim, só não terminou ainda porque tá meio complicadinho resolver os problemas de 30 caps hahah Bom, espero que gostem. Não está dos melhores, mas é a vida kkkk Vou tentar postar o próximo mais cedo e nos vemos nos reviews!!
Bjoos Évii *.*



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POV Piper

E lá se ia mais um encontro, acho que já era o quinto em que eu e Eros não podíamos sair tranquilamente sem sermos interrompidos por alguma emergência. Era isso que acontecia quando se namorava um médico.

Namorar... Achei que essa seria uma coisa que eu não voltaria a fazer tão cedo, mas Eros fora tão gentil comigo desde o início que foi quase impossível não acabar gostando dele, além disso, fora ele que me tirara da água no dia que caí da ponte.  Gostaria de dizer que estava apaixonada, mas estaria mentindo para mim mesma. Eu ainda não havia esquecido ele, por mais que tentasse.

Respirei fundo, contendo a impaciência. Eu realmente estava tentando não me cansar, mas estava quase no meu limite. Você pode se perguntar porque eu não ia para casa ao invés de ficar me estressando, mas a verdade é que: a) ás vezes, bem raramente, era coisa rápida e podíamos continuar, claro que sem o mesmo clima; b) Eros não gostava que eu fosse para casa por alguma coisa dele; c) eu não tinha como ir para casa.

Eros havia ido buscar suas coisas para irmos embora logo depois que Annabeth saíra e ainda não voltara, perguntei-me se havia acontecido alguma coisa. Mas antes que eu pudesse me preocupar, ele voltou. Levantei-me rapidamente e fui até ele.

— Vamos? – Perguntou com um sorriso maravilhoso e me dando a mão. Assenti. – Desculpe-me mais uma vez, na próxima me certifico que tenha alguém para fazer alguma emergência.

— Já disse que não me importo, eu entendo. – Falei e ele me retribuiu com um beijo rápido na testa antes de desativar o alarme do carro.

A volta foi tranquila, trocamos algumas palavras e logo eu estava em casa. De despedida, o beijo foi longo e calmo, como sempre. Eu gostava de estar com Eros, ele era gentil e carinhoso, mas nunca seria como... Mas que droga! Será que eu não iria esquecê-lo nunca!?

— Boa noite! Até amanhã – falei saindo do carro.

— Até. Se cuide.

Fechei a porta do carro e o ouvi dar a partida no carro. Caminhei devagar até a entrada da casa, estava escuro. Meus pais não estavam em casa como sempre, e minha irmã Silena provavelmente estava com Charlie. Sozinha novamente...

Entrei em casa e escutei sons vindos da sala. Fui ver o que era. Silena e Charlie haviam convidado algumas e pessoas para assistir filme de terror. Bem original. Saí sem ser percebida e fui até a cozinha. Havia jantado com Eros mais cedo, mas você sabe como é...

Estranhei que a luz da cozinha estava acesa e havia barulho de alguém mexendo nas prateleiras. Tenho certeza que meus pais não estavam em casa. Caminhei rapidamente até lá e assim que entrei perdi o chão, literalmente. Escorreguei em alguma coisa lisa e teria me estatelado no chão se alguém não tivesse me segurado.

Endireitei-me ainda meio desnorteada pelo susto. Percebi que quem me segurava era um garoto e estava sem camisa. Que vergonha, ruborizei loucamente para que não fosse um dos namorados de minhas amigas, pois sentia sua pele na minha mais do que gostaria de admitir. Virei-me e levantei os olhos para pedir desculpas e agradecer à pessoa, mas os olhos azuis me congelaram onde eu estava.

Afastei-me rapidamente, corando mais ainda se isso fosse possível. Meu coração parecia que ia saltar do peito.

— O que está fazendo aqui? – Perguntei tentando soar grossa, mas parecendo mais um gatinho assustado.

— Sua irmã me convidou. – Seu tom e sua expressão eram indecifráveis. - E caso esteja se perguntando o que estou fazendo na cozinha, é porque vim pegar mais refrigerantes e tomar um pouco de água que, como você percebeu, derrubei um pouco no chão. Estava indo limpar quando você apareceu.

— Desculpe, me assustei quando vi que alguém estava mexendo na cozinha quando a única pessoa da casa estava assistindo filme – falei em um tom mais controlado. Meus batimentos se acalmando. Escorei-me no balcão.

— Quem tem que pedir desculpas sou eu, qualquer um ficaria assustado. – Seu sorriso foi pequeno e breve, mas senti algo que não deveria e que há muito não sentia.

— Como você está? – As palavras pularam de minha boca antes que eu pudesse segurá-las. Jason, que terminava de secar o chão, levantou-se rapidamente.

— Porque quer saber? – Perguntou curioso, mas ao mesmo tempo na defensiva. – Você não me detesta?

Fiquei sem saber o que responder e abaixei a cabeça. Por algum motivo meus olhos ardiam. Senti uma mão quente e delicada erguer meu rosto.

— Ei, não chore. Desculpe, eu sou um estúpido. – Seus lindos olhos eram tristes.

— Não estou chorando. – Minha voz embargada e as lágrimas me entregavam. Traidoras. Fitei seus olhos e percebi que ele estava perto. Muito perto. Seu perfume me embriagava e eu queria tocar seu rosto, como há muito não fazia, mas me controlei.

Eu estava presa de encontro ao balcão, e senti suas mãos envolverem minha cintura. Eu queria afastá-lo, mas não tinha forças. Envolvi seu pescoço com os braços e o puxei para mim. Não nos beijamos, só nos abraçamos apertado. Ficamos muito tempo assim, um escutando o coração do outro e sentindo a respiração. Ele se afastou.

— Eu sinto muito Piper, por tudo que aconteceu. Sei que nunca vai me perdoar pelo que fiz, mas saiba que a coisa que mais me arrependo nesse mundo é ter me afastado de você. Eu te amo e sempre vou te amar, mesmo que você não retribua. – Seus olhos, que antes percorriam todo meu rosto, saudosos, agora não conseguiam me olhar.

Eu queria tanto poder pular em seus braços e dizer que o amava, que mais nada no mundo importava, mas alguma coisa me impedia.

— Jason, eu perdoo você. Tudo começou com algo que nenhum de nós tem culpa. Aquele acidente foi isso, um acidente, poderia ter sido com qualquer um, poderia ter virado a vida de qualquer um de cabeça para baixo. A nossa infelicidade é que fomos os escolhidos. Todos nós temos momentos bons e ruins, altos e baixos, e mesmo que pareça que as coisas nunca vão melhorar, um dia elas vão. – Me aproximei e toquei seu rosto. Jason fechou os olhou ao meu toque. – Eu também te amo, nunca deixei de amar e por isso tudo foi tão difícil. As pessoas têm o condão de machucar quem elas amam, e foi assim conosco.  Eu quero tanto ficar com você que chega a doer, mas eu tenho um namorado – nesse momento ele abriu os olhos, que revelaram a dor que ele sentia. Senti mais lágrimas vindo. – E tenho uma dívida com ele e vou respeitá-lo.

Fiquei na ponta dos pés e lhe dei um beijo na testa. Querendo ou não, senti a dor que ele sentia. Me odiei por já estar comprometida e me odiei ainda mais por deixá-lo para trás mais uma vez, sozinho. Quando fechei a porta de meu quarto, desandei a chorar, também sozinha.

POV Annabeth

O abraço apertado de Percy era reconfortante. Senti meus batimentos diminuírem o ritmo, minha respiração normalizar e meu corpo parar de tremer. Em nenhum momento Percy me largou ou diminuiu a intensidade do abraço, o que me deixou internamente satisfeita.

No fundo, sabia que não havia acontecido nada entre mim e o médico-tarado-namorado da Piper, mas o ocorrido havia despertado em mim um medo que não sabia que tinha, e eu não queria sentir isso nunca mais.

Afastei-me de Percy, percebendo que já estávamos abraçados há um bom tempo.

—Desculpe – falei baixinho, sem olhá-lo nos olhos. – Muitas coisas aconteceram hoje.

—Não tem o que se desculpar – falou erguendo meu rosto delicadamente, para que eu o olhasse nos olhos. – Estarei aqui sempre que precisar. Senti sua falta, mais do que imagina.

Dessa vez não consegui segurar e as lágrimas brotaram de meus olhos.

—Ei, Annabeth! O que foi? O que aconteceu com você? Nunca te vi assim. – Perguntou Percy, realmente perturbado com minha reação.

—Eu estou cansada Percy... Cansada de fingir que não sinto nada, cansada de mentir para mim mesma... Cansada de ficar longe de você. – Foi como se uma pedra de 200kg fosse tirada de minhas costas e eu finalmente pudesse respirar. Percy havia ficado mudo, como se tentasse entender o que eu havia dito. Temi ter ido longe demais e de tê-lo assustado, mas agora não havia volta. Aproveitei a oportunidade para continuar, dessa vez mais calma. – Eu sei que você tem um filho com a Quione, que vocês estão namorando sério, mas eu não conseguiria continuar sem falar isso para voc...

Antes que eu terminasse de falar, me vi nos braços dele novamente, mas dessa vez, não com um abraço calmo e reconfortante, mas em um beijo desesperado. Parecia que estávamos tentando recuperar todo o tempo perdido em questão de minutos. Seus braços fortes me puxavam para perto dele e eu segurava seus cabelos, o puxando para mim. O mundo podia virar cinzas que não perceberíamos. Senti que tudo o que havia segurado para mim, ele também o havia feito.  Se esse momento durasse para sempre, ainda assim seria pouco tempo. O beijo foi ficando mais quente e intenso até que me vi, repentinamente, deitada em cima dele. Havíamos caído na areia fria da praia, rolei para o lado e começamos a rir feito bobos. Provavelmente, se alguém passasse por perto, nos tomaria como bêbados.

Aquele breve e ridículo acesso de risadas, conseguiu extravasar todo o nervosismo e tensão que havia permanecido. Ainda deitada, olhei para ele, que também me olhava. Era impossível não me perder naqueles olhos verdes como o mar. Vi sua mão se erguer e entrelacei meus dedos nos dele. Ficamos assim por um tempo. A noite era estrelada e começamos a procurar constelações conhecidas.

Me aconcheguei em seu peito e antes que percebesse, estava dormindo. Sonhei uma coisa bem louca, algo como Percy vestido de Legolas atirando flechas no médico-tarado porque ele havia tentado me beijar. Depois de deixá-lo parecido com um porco-espinho, Percy veio até mim e começou a me sacudir, chamando meu nome. Percebi que ele estava realmente fazendo isso quando abri os olhos e o sol quase me cegou. Ainda estávamos na praia e o sol já havia nascido. Percy estava tentando me acordar.

— Ai meus deuses!! - Falei sentando rapidamente – O que aconteceu? Que horas são?

— Parece que dormimos aqui esta noite. E são... – Percy olhou no relógio de pulso –  apenas 7:30 da manhã. Acho que estamos chamando um pouco de atenção aqui.

Percebi que ele tinha razão ao seguir seu olhar e ver que alguns casais, fazendo sua caminhada matinal, olhavam para nós com espanto e murmuravam em tons reprovadores.

— Ai deuses!! Como isso foi acontecer? – Eu ainda estava apavorada. – Como será que está minha mãe? Droga, droga, droga... – falei me levantando rapidamente.

— Ei, Annabeth, espere – falou Percy, me segurando. – Fica tranquila, nós vamos visita-la daqui um pouco. Só acho que deveríamos comer alguma coisa antes. Vem, vamos... Ou vai dizer que se arrependeu do que falou ontem? – Ao perceber minha hesitação, falou com seu sorriso mais irritante. Revirei os olhos, dando risada, e o segui.

Antes de entrarmos no Café, ele virou-se e olhou para mim com ar de riso.

— O que foi? – Perguntei, sem entender.

— Calma... – e, delicadamente, passou a mão em meus cachos, ajeitando-os. – Seu cabelo estava engraçado. - Agradeci, sem poder segurar um sorriso. Se meu cabelo estava horrível, só podia imaginar como estava meu rosto. Entramos de mãos dadas e me sentia leve como uma pluma e mais feliz do que me sentia há muito tempo.

Sentamos em uma mesa próxima à janela e logo fomos atendidos. Pedi café preto e bolo de cenoura, e Percy, depois de resmungar por não ter bolo azul, pediu bolo de chocolate e café com leite. Fui me ajeitar no banheiro até que o pedido viesse, não estava tão ruim como eu imaginava, mas pior do que eu gostaria. Voltei para a mesa e Percy estava brincando, distraído, com um sachê de açúcar.

— Então, o que aconteceu ontem de noite que o deixou naquele estado? – Perguntou olhando fixamente para mim, seus olhos me fazendo esquecer momentaneamente a pergunta. A lembrança do acontecimento no hospital me deixou arrepiada.

— Acho que aqui não é um bom lugar para isso. – Tentei desviar a pergunta, não queria estragar o que estava surgindo entre nós. - Mas como me encontrou? – Perguntei, e nosso café da manhã foi servido. Só então percebi como estava faminta.

— Se eu lhe contar, promete que me conta como foi parar lá? – Sua expressão de bebê-foca me desarmou e eu concordei. Me arrependi logo em seguida, mas não ia voltar atrás. – Muito bem, não é muito emocionante, não envolve feitiços, nem bolas de cristal, acho que só o destino mesmo. Eu estava indo no hospital. Meu pai havia me ligado falando que Atena tinha entrado em trabalho de parto. Eu estava com pressa, mas um sinal vermelho me parou e enquanto eu esperava ele abrir passou uma garota correndo desabalada pela faixa. Alguma coisa me disse que era você. Estacionei o carro assim que encontrei uma vaga e fui atrás. Você me assustou ontem à noite, não consigo imaginar algo que possa ter lhe deixado daquele jeito. Mas agora, eu tomo meu café e você conta.

Percebi que já havia terminado meu pedaço gigante de bolo e minha xícara já estava na metade. E olha que a história de Percy foi mais curta do que pensei.

— Sua história, realmente, não é emocionante. Bom, ontem de noite eu fui com minha mãe e Poseidon até o hospital, mas não me deixaram ficar junto com eles durante o parto, então fui até a lanchonete e lá eu encontrei a Piper. Conversamos um pouquinho e ela me apresentou o seu namorado...

— Sim, o médico bonitão, ela já nos apresentou – Falou Percy, revirando os olhos com evidente desprezo.

— É, falei muito pouco com eles e logo voltei para a Sala de Espera, não queria atrapalhar os dois. Mas pouco tempo depois... – Senti que minha boca estava seca e tomei mais um gole de café. – Algum tempo depois Eros, acho que esse é o nome dele, entrou na Sala de Espera e tentou me agarrar a força. Eu fiquei apavorada e fugi.

— Esse desgraçado vai se ver comigo – e levantou-se rapidamente, antes que eu percebesse, jogando algumas notas em cima da mesa. Corri para alcança-lo, mas ele estava furioso.

— Percy, se acalme. Não aconteceu nada, eu que exagerei um pouco na reação porque fiquei assustada. Não vá fazer nenhuma bobagem, por favor.  – falei enquanto corria ao seu lado e tentando pará-lo. Tive algum sucesso, pois ele parou e me olhou.

— Não importa se aconteceu ou não Annie, isso se chama respeito. E bobagem ele já fez ao se meter com a minha namorada – e continuou caminhando. Não percebi nada por um bom tempo, pois estava ocupada derretendo por dentro.  Quando “acordei”, Percy já estava longe e tive que correr para alcançá-lo. Ele com certeza ia fazer alguma bobagem.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Será que vai dar briga??
Mandem reviews se gostaram ou não e o que acham que deve acontecer nos próximos ahsuhaus
Bjoos Évii *.*



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