Shouldn't Come Back escrita por EviGrangerChase


Capítulo 30
O tempo passa...


Notas iniciais do capítulo

***Presentinho de Aniversário para vocês!!!***
Como já havia dito anteriormente, a fic está na reta final, então vocês vão perceber que as coisas não estão mais tããão ruins como estavam kkkkk Espero que gostem, pois não sei quando vou postar o próximo ahsahu Nesse cap, houve um salto no tempo pra que as coisas pudessem andar, já estava ficando meio clichê os caps anteriores. Espero que aproveitem e mandem reviews!! Kisses *.*
P.S. Leiam as Notas Finais!!



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***8 meses depois...***

POV Annabeth

Eram 11 horas da noite e minha mãe gritava desesperada no meu colo. Eu e ela estávamos no banco de trás do carro de Poseidon, que disparava pelas ruas.

Resumindo esses últimos 8 meses de minha vida, posso dizer que lembro pouca coisa. Eu havia terminado o semestre de meu curso de Arquitetura em minha faculdade e o seguinte, fiz em outra, num estado bem longe, para evitar cruzar com Percy.

Por falar nele, sua “namoradinha” havia ganhado o bebê há alguns meses. Sim, eles voltaram, ou pelo menos foi o que me falaram. Eu havia voltado há duas semanas e ainda não havia cruzado com ele, já que ele estava meio que morando junto com Quione. Para falar a verdade, eu nem queria vê-lo, sabe-se lá o que iria acontecer quando eu o visse.

Poseidon parou cantando pneu no estacionamento e saiu porta afora correndo para chamar ajuda. Minha mãe se contorcia em espasmos de dor. Poucos minutos depois, alguns enfermeiros vieram e a colocaram numa maca, levando-a para fazer o parto. Poseidon seguiu com ela, mas eu fiquei para trás, de qualquer modo não poderia ficar junto durante o procedimento.

Segui para a cantina, tomar um café, afinal, era de noite e eu havia tido um dia bem longo. Quase não acreditei na pessoa que encontrei.

Piper! – Quase gritei e saí correndo abraça-la. – Deuses, o que faz aqui a essa hora? – Não poderia estar doente, suas roupas não indicavam isso. Parecia ter vindo de algum encontrou ou festa.

Annie! – Respondeu alegre e vindo ao meu encontro. Após um sufocante abraço de urso, sentamos para conversar. Da última vez que a vira, ela ainda se recuperava do último acidente, embora já estivesse em casa.

— Como você está? – Perguntei, percebendo que ela não havia respondido minha última pergunta.

— Cada vez melhor – me falou com um brilho nos olhos e mostrando-me sua mão direita. No dedo anelar, um delicado anel de ouro brilhava.

— Está namorando? – Perguntei incrédula. Ela assentiu, sorridente. – Mas não é...

— Jason? Não. Não falei mais com ele depois daquele Baile.

— Mas então quem é? – Perguntei cada vez mais abismada e curiosa. Eu tinha certeza de que Piper jamais iria querer alguém além de Jason.

— É uma longa história... – começou.

— Não se preocupe, tenho tempo. Minha mãe está em trabalho de parto – falei.

— Isso é ótimo!! Mas você não parece tão feliz, não é?

— Longa história. – Agora foi a minha vez de ser evasiva. – Eu conto se você contar a sua.

— Está bem. Lembra que havia aquele mistério sobre quem havia me tirado da água? – Assenti, sem querer interrompê-la. – Pois bem, a pessoa se apresentou e disse que não fez aquilo só porque eu precisava de ajuda, e sim, porque já me conhecia e que gostava de mim.

— E eu posso saber quem é? – Perguntei tentando fazê-la contar mais. Não foi preciso.

— Olá meninas! – Um médico-lindo-astrodecinema-deusgrego apareceu. Para me deixar ainda mais perplexa, ele puxou uma cadeira, sentou-se ao lado de Piper e lhe deu um selinho delicado, mas que provavelmente me deixou vermelha por estar ali. Bom, isso explicava o que Piper estava fazendo num hospital, à noite, sem estar doente. Provavelmente ele tivera uma emergência e ele tivera que interromper o encontro e vir para o hospital.

— Estávamos justamente falando de você – comentou Piper.

— Espero que alguma coisa boa – falou o médico, virando-se para mim e me dando uma piscadela não tão despreocupada, deixando-me confusa. Piper riu, há muito tempo não a via feliz assim. Fiquei feliz por ela.

— Claro que sim – respondeu. – Annabeth, esse é Eros. Ele não apenas me tirou da água aquele dia como também cuidou de mim depois daquele acidente. – Uma sombra perpassou seus olhos enquanto mencionava o acidente com Jason.

— Ah, sim. Estou lembrada – falei séria. – Bom, vou indo. Quero ver como está minha mãe. Até mais.

— Até – falaram os dois, quase em uníssono. – Mas não se esqueça que não terminamos nossa conversa! – Gritou Piper.

Caminhei rapidamente pelo corredor, até a sala de espera. Sentei-me alguns minutos, mas não conseguia ficar parada. Algo me incomodava, e não era o fato de que minha mãe estava tendo sua segunda filha (sim, era menina), isso eu sabia que iria dar tudo certo, ela havia se cuidado bem até demais. Não duvidava que minha irmã teria a saúde de um touro.

Não, o que me preocupava era o novo namorado de Piper. Alguma coisa nele havia me incomodado. Talvez o jeito como olhava para ela, como se ela fosse algum objeto de colecionador... Ou pior, o jeito como olhava para mim! Senti um arrepio de repulsa. Não que ele fosse feio, longe disso, mas era namorado de minha amiga.

Enquanto caminhava em círculos pela sala, escutei alguém entrar. Virei-me para ver quem era. Era Eros.

— Oi. – Falei baixinho para não ser mal-educada.

— Annabeth... Annabeth... – falou se aproximando devagar com um brilho estranho nos olhos. Comecei a recuar de costas até que bati de encontro à parede. Meu coração começou a disparar, batia tão forte que achei que ele fosse ouvir. – Não precisa ter medo.. Não vai doer nada...– Falou já perto de mim. Seus dedos deslizaram por meu rosto, que eu virei.

— O que você está fazendo? – Perguntei com raiva e pensando num modo de sair, mas estava presa de encontro à parede. Eu acabava de conhece-lo e pior, era namorado de minha amiga.

 - Calma, não vou fazer nada... – falou perto de meu rosto e beijando minha bochecha e deslizando as mãos para minha blusa. Foi a gota d’água. Empurrei-o com força, embora não tenha tido muito sucesso. Ele ficou irritado. Tentei correr, mas seus braços me seguraram. Ameacei gritar, mas sua mão tapou minha boca. – Quietinha, quietinha!! Se você se comportar prometo ser gentil. – Eu me debatia e ele tinha dificuldade em me segurar, até que por fim ele cansou e me soltou. Saí correndo em disparada para fora da sala e para fora do hospital.

POV Thalia

— Boa noite! – Cumprimentou-me Leo com um sorriso enorme e vindo em minha direção.

— Boa noite! – Respondi, sorrindo também.

— Preparada? – Perguntou enquanto segurava minha mão e me beijava. Era noite do aniversário de nosso segundo mês de namoro. Sim, isso mesmo, Thalia Grace estava namorando Leo Valdez!

— Eu nasci preparada – respondi assim que consegui tomar fôlego.

De mãos dadas, fomos até seu carro. Ele iria me levar para algum lugar, não queria me contar, dizia que era surpresa.

Enquanto íamos, algumas lembranças assomaram em minha mente.

***FLASHBACK ON***

Eu dirigia feito louca até a casa de Nico. Após uma breve discussão com Leo no hospital, ele me mandara até a casa de meu primo. Eu não sabia o que iria encontrar, mas sabia que buscava respostas. Depois da briga entre os dois no Baile, era difícil tolerar qualquer um dos dois.

Estacionei em frente à casa assustadora e saí do carro. Toquei a campainha diversas vezes, mas eu sabia que havia gente em casa, eu escutava vozes alteradas vindo de dentro dela, como se estivessem discutindo. Após a quinta tentativa, o portão abriu e eu entrei furiosa.

Antes que eu pudesse bater na porta, Nico a abriu para mim.

— Olá Thalia! – Cumprimentou-me com um tom indecifrável.

— Oi Nico! – Respondi. – Será que podemos conversar? – Era impressão minha ou Nico estava escondendo alguma coisa?

— Sim, claro. Entre – falou por fim.

Entrei na casa e fui direto para a sala. Assustei-me ao ver que não era a única visita.

— Olá Thalia – cumprimentou-me o garoto que estava sentado no sofá. Ele tinha mais ou menos a minha idade, cabelos loiros e olhos puxando levemente para o dourado.

— Oi – respondi, desconfiada por ele saber meu nome. – Eu conheço você?

— Sim, fomos colegas no Ensino Médio. Eu sou Will. Will Solace – respondeu tranquilamente.

— Ah sim, me lembro de você – lembrava vagamente do garoto, mas ele estava bem diferente.

— O que faz aqui? – Perguntei, genuinamente curiosa, afinal, pelo que eu sabia, não estudava no mesmo lugar que eu e Nico.

— Por favor, sente-se, vou explicar tudo – pronunciou-se Nico ao meu lado pela primeira vez, assustando-me. Não havia percebido sua aproximação.

Sentei-me na pontinha do sofá, como se quisesse sair correndo. A sala escura não colaborava para me sentir confortável. Nico sentou-se na poltrona que geralmente era ocupada por seu pai.

— Primeiramente, devo me desculpar por ter agido como um idiota no Baile – começou.

— Não foi só você, Leo...

— Leo só agiu daquele jeito porque eu o provoquei. – Admitiu, tristonho. – Não queria ter feito aquilo, mas eu estava com a cabeça cheia, e todos os meus problemas combinados com bebida só podia resultar no que deu.

— Por que você fez isso Nico? – Perguntei dividida pela raiva e pela confusão.

— No início eu estava com inveja de Leo, mas depois de um tempo, eu não sei mais o que era, simplesmente não queria vê-lo com você.

— Isso foi ciúmes? – Perguntei em dúvida se ficava braba ou achava bonitinho.

— Não. – Respondeu. – Não me entenda a mal – falou rapidamente ao ver minha expressão. – Eu amo você, mas como minha prima, amiga, irmã, ou sei lá como queira chamar.

— Mas então... – Comecei, mas não sabia como continuar. – Nico, não estou entendendo! – Falei, frustrada.

— Thalia... Eu... Eu não gosto... Deuses como é difícil dizer isso – Nico parecia travar uma guerra com as palavras.

— Nico não gosta de garotas – completou Will, para alívio de Nico e minha perplexidade.

Vários minutos de silêncio se passaram enquanto eu tentava entender. O único que parecia tranquilo era Will, como se já tivesse passado por essa situação um zilhão de vezes e não visse mais graça. Provavelmente ele e Nico namoravam escondido há algum tempo, dava para perceber pelo modo como se comportavam, e isso explicava sua presença. Nico esperava que eu dissesse alguma coisa e eu procurava alguma coisa para dizer, mas era como se uma parte importante de meu cérebro houvesse pifado.

— Eu acho que eu preciso ir embora – falei por fim. Levantei-me, mas Nico me impediu.

— Espere! Por favor, diga-me que não está com raiva de mim. – Seus olhos eram suplicantes. Olhei fundo dentro deles e vi que não havia maldade, apenas apreensão e medo pelo modo como eu iria reagir. Toda a raiva esfriou dentro de mim.

— Não Nico, não estou com raiva de você – falei. – É que são muitas coisas para absorver, preciso de um tempo sozinha.

Nico assentiu e me deixou ir. Quando cheguei em casa, desandei-me a chorar.

***FLASHBACK OFF***

— Você está bem Thalia? – Perguntou Leo preocupado, vendo minha expressão.

— Sim – consegui dar um sorriso.

Olhei para Leo ao meu lado e vi que o destino não poderia ter sido melhor para mim. Após as revelações de Nico, descobri que o que sentia por ele era apenas uma admiração, e não chegava nem na sombra do que eu sentia por Leo.

Oficialmente, namorávamos há dois meses, mas nossos encontros haviam começado bem antes disso e a cada dia que passava eu me apaixonava mais. Leo era extremamente romântico (sim, eu adoro romantismo, mas vocês jamais me verão admitir isso em voz alta) e adorava me trazer presentes. Geralmente eram coisas pequenas e simples, mas que ele mesmo havia feito, o que tornava o gesto ainda maior. Meu quarto estava ficando pequeno para comportar todos os objetos, mas que disse que não havia espaço para mais um?

Então, Leo finalmente parou o carro, nem havia percebido que já havíamos chegado. Estava escuro ao meu redor, mas Leo saiu do carro e abriu a porta para mim. Saí e ao fechar a porta, Leo me encostou de encontro ao carro, exatamente como havia feito tantos meses atrás em uma tarde quente e ensolarada, enquanto eu ainda tentava descobrir o que sentia por ele.

— Você está bem? – Perguntou olhando em meus olhos. Assenti. – Parece distante, eu fiz alguma coisa?

— Não, claro que não. – Comecei a mexer em seus cabelos e senti meus olhos arderem.

— Está chorando! – Falou assustado, secando uma lágrima que escorria. – Thalia, o que aconteceu? – Perguntou frustrado.

— É que... – minha voz estava embargada por causa do choro. – Eu amo tanto você que chega a doer aqui dentro – falei colocando a mão no peito. Leo sorriu, aliviado.

— Nunca mais me assuste assim! – Falou sorrindo e me abraçando – Eu também amo você, mais do que imagina!

E então nossos lábios se tocaram. Não era novidade beijar Leo, mas todas as vezes o mesmo arrepio passava por meu corpo. Seus braços me apertavam com força e eu o puxava para mim. Não havia medo, não havia dúvidas enquanto eu estava ali. Eu me sentia inteira e completa, e por mim, o mundo poderia acabar agora mesmo desde que continuássemos juntos.

Nos afastamos, como sempre, cedo demais.

—Vamos, temos um aniversário para comemorar! – Falou, puxando-me delicadamente pela mão.

POV Percy

Após a ligação exasperada de meu pai, eu disparava pelas ruas como um louco. Minha irmã havia nascido e ele mal se dignava a me avisar. Está bem, estou sendo um pouco cruel, ele havia acabado de ver sua filha nascer, devia estar emocionado.

Parei no sinal vermelho e uma garota loira passa correndo desabalada na faixa de segurança em direção à praia. Espere aí, aquela era... Não, não podia ser Annabeth. Ela havia se mudado para outro estado para terminar a faculdade. Certamente se tivesse voltado eu seria avisado!

Ou não... Respondeu uma vozinha irritante dentro de meu cérebro. Depois que o filho de Quione nascera (eu jamais o mencionava como meu filho, pois ainda não acreditava nisso apesar de o ter registrado), minha vida se tornara um caos. Comentava-se que estávamos namorando e até mesmo morando juntos. Provavelmente ela mesma espalhara esse absurdo.

Em primeiro lugar, eu e Quione nunca namoramos, então, tecnicamente, jamais poderíamos voltar. Segundo, eu a achava desprezível e extremamente oferecida, sendo assim, o filho poderia ser de qualquer um. Terceiro, não é porque eu expressara minha vontade de morar sozinho que eu havia ido morar com ela. Quarto, eu ainda amava Annabeth, apesar de ela ter ficado tão furiosa comigo que fora morar longe.

Escutei buzinas irritadas e percebi que o sinal havia aberto. Apressei-me em acelerar, mas não fui muito longe. Estacionei na primeira vaga que encontrei. Talvez eu estivesse ficando paranoico, mas eu precisava verificar se aquela garota era Annabeth ou não.

Corri em direção à praia, no lugar onde havia visto a garota subir as dunas. A uns 10 metros de mim, estava ela, sentada com o rosto entre os braços, como se estivesse chorando.

Quis chamá-la, mas tive medo que não fosse Annabeth e a garota achasse que eu estivesse a assediando. Observei-a por um tempo, tomando coragem para chamá-la, tinha quase certeza de que era ela. Observei-a até que por fim, falei baixinho:

— Annabeth...

A garota virou-se assustada por escutar seu nome. Sim, era ela, mas parecia apavorada. Seus olhos cinzas, sempre tão confiantes, agora estavam grandes e assustados, de um jeito que eu nunca havia visto. Ela olhou para mim e quando me reconheceu, levantou-se rapidamente.

— Percy... – falou baixinho, a voz falhando.

Achei que fosse me bater ou algo assim, pois veio praticamente correndo, mas fez algo que eu jamais esperava. Annabeth me abraçou, assustei-me com o gesto, mas vi que ela tremia, então a abracei apertado. Aproveitei aquele momento único para reconfortá-la e matar a saudade.


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Notas finais do capítulo

Gentee!! Comecei uma fic nova, ela se chama "Behind the Dark Mark", é de Harry Potter e conta a história da Belatriz adolescente. Tem a Narcisa, o Lúcio, o Sirius e outros personagens.. Então se alguém aí curte HP e quiser fazer uma visitinha, fica aí o convite!
Não esqueçam os reviews hahahah
Bjoos Évii *.*



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