Shouldn't Come Back escrita por EviGrangerChase


Capítulo 28
Após o Baile...


Notas iniciais do capítulo

OIEE povoo!! Tudo bem?? Milhões de desculpas pela demora, mas aqui estou eu!! Perdoem se o cap não estiver tão bom, estou um pouco enferrujada kkk Mas mesmo assim, peço que me mandem reviews, mesmo que seja para reclamar da minha demora ou que o cap está ruim ashaushauhsua Acho que ninguém mais lembra da história, mas vou tentar escrever com mais frequência nessas férias heheh Bjoos *.*



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POV Percy

Eu estava arrasado. Além de uma dor de cabeça infernal por causa da ressaca, Annabeth não queria falar comigo. Maldita hora em que Quione aparecera! Estava tudo perfeito e então, bum!, tudo desmoronou.

Meu cérebro simplesmente não processava o fato de Quione estar grávida de um filho meu – coisa que eu não acreditava. Realmente, eu lembrava pouca coisa daquela noite, mas tenho quase certeza de que não fizemos nada além de nos beijarmos, e Quione sabia disso. Havíamos discutidos depois da partida de Annabeth. Quione tentara me convencer da história, mas eu tinha certeza. Eu podia ser lento ás vezes, mas não era tão fácil assim me enganar.

Ela nunca aceitara o fato de termos terminado, mas eu nunca havia realmente gostado dela, por motivos óbvios. Ela simplesmente foi um pretexto para mim tentar esquecer Annabeth, não achava que iria causar tantos problemas.

Ficar em meu quarto não estava ajudando nada. Se as três aspirinas que eu havia tomado não tinham ajudado até agora, então não iriam mais ajudar. Eu iria para a praia, dar um mergulho no mar. Eu sei, eu sei, não é a atitude mais sensata para quem está se recuperando de uma ressaca, mas o que eu podia fazer?

Desci as escadas, ansioso para sair, porém ao passar na sala, uma cena curiosa me chamou a atenção. Meu pai e Atena estavam sentados um em cada sofá, parecendo de luto. Conversavam em voz baixa, em um ritmo acalorado.

–Percy! – Sobressaltou-se meu pai ao me ver parado na porta.

–Quem morreu? – Perguntei de brincadeira.

–Percy, sente-se, por favor – pediu Atena gentilmente, indicando uma poltrona, com um brilho estranho nos olhos. Sentei-me desconfiado, percebi que eles haviam desviado de minha pergunta, e nem rido.

–Queríamos dar essa notícia de outro jeito, de um modo mais fácil se fosse possível, mas receio não haver. – falou meu pai em tom grave.

– Alguém morreu, é isso? Porque no tom que vocês estão falando é o que parece, mas seja o que for, contem logo, estou morrendo de dor de cabeça – falei. Estava tentando esconder meu medo. E se alguém realmente tivesse morrido?

Annabeth..., pensei. Mas não. Se fosse, Atena estaria chorando. Além disso, eu não suportaria perdê-la mais uma vez, não de um jeito tão cruel e definitivo, com ela achando que outra garota esperava um filho meu. Pensei em Jason e Leo, que também haviam ficado de ressaca, mas não. Não eram eles, eu havia conversado com os dois pela manhã. Frank e Hazel também não eram porque foram eles que me levaram para casa. As únicas com quem eu não havia falado eram Thalia e Piper, será que acontecera algo com elas?

–Morreu? – Perguntou meu pai, confuso. - Não, ninguém morreu. Pelo contrário.

–Como assim? – Agora eu estava confuso. Se ninguém havia morrido, porque aquele ar carregado e misterioso?

–Eu estou grávida Percy – falou Atena. Demorei para processar o que ela havia falado. Senti minha cabeça girar ainda mais. Como assim, grávida??? Meu pai e a mãe de Annabeth iam ter um filho?? Ainda bem que eu não havia tomado café da manhã.

Olhei para os dois, incrédulo. Agora eu entendia o estranho brilho nos olhos. Estavam com expressões cautelosas, como se esperassem minha reação, divididos entre a alegria e o medo.

–Annabeth sabe? – Minha voz saiu mais firme do que imaginei. Não sei porque escolhi essa pergunta dentre tantas que espremiam minha cabeça.

–Sim, contamos a ela antes de virmos para cá – falou Atena. Seu tom era indecifrável.

–Bom, acho que vou seguir com meu plano inicial e ir para praia. Até mais. – Tentei chegar à porta o mais rápido que pude sem cambalear.

Fui a pé até a praia para não correr maiores riscos. Não consegui chegar ao meu destino, então sentei em um dos bancos do parque próximo à praia, à sombra de algumas árvores. Apoiei minha cabeça nas mãos. A dor de cabeça estava cada vez pior.

Senti que alguém sentou ao meu lado, mas não encontrei forças para erguer a cabeça e olhar para ver quem era.

–Então você soube do nosso... irmão. – Levantei a cabeça rapidamente, o que eu não deveria ter feito, pois me deixou tonto, mas não pude evitar reagir ao som da voz de Annabeth. A frase não era uma pergunta, mas percebi que a palavra “irmão” não saiu facilmente, e que para ela também estava difícil aceitar este fato.

–Sim, e isso me deixou pior do que eu já estava. Espere aí, você está falando comigo, achei que estivesse brava ou algo assim. – Fiquei com medo que ela pudesse começar a gritar comigo, mas ela simplesmente virou-se para mim com uma expressão indecifrável.

–Eu sempre estou brava com você. E a história com a Quione ainda não terminou – ela levantou-se e foi embora antes que eu pudesse falar ou fazer qualquer coisa, deixando-me sozinho com meus pensamentos em um turbilhão.

POV Piper

A horrível sensação de dejà vu, quando abri meus olhos, quase me fez desmaiar novamente. Eu estava deitada em uma cama de hospital. As paredes brancas e o bip ritmado eram angustiantes. O oxigênio que entrava e saía com a ajuda de aparelhos parecia rasgar minha garganta como se o ar viesse acompanhado por facas afiadas. Senti meu coração acelerar, e as antigas feridas em meu pulmão latejaram, como se as novas dores já não fossem o suficiente. O acelerar de minha pulsação chamou a atenção do enfermeiro que ajustava o soro, que, sem dizer uma palavra, saiu.

Tentei chamar alguém, mas teria gritado de dor se fosse possível. Comecei a me lembrar do que havia acontecido e as lágrimas escorreram silenciosas por minha face, acelerando ainda mais meus batimentos. Lembrei da água escura do mar se aproximando de mim, a água salgada preenchendo minhas vias aéreas, e mais uma vez, a inconsciência.

Enquanto me perdia em memórias, a porta foi aberta e por ela passou um médico familiar, que mais parecia um galã de cinema. Os cabelos castanhos despenteados e os olhos quase dourados trouxeram outras lembranças. Sorria de maneira cautelosa. Deuses, como ele era lindo.

–Olá Piper! Que bom que está acordada, lembra-se de mim? Sou o dr. Eros. Cuidei de você da última vez que esteve aqui junto com seu namorado – a palavra foi acompanhada de uma expressão azeda, mas ainda assim ele continuou bonito. – Parece que nunca conseguimos nos encontrar em uma situação adequada. – Seu belo rosto enrubesceu com a última frase.

Eu tinha zilhões de perguntas para fazer, como: quem havia me tirado da água? Será que foi a mesma pessoa que causou minha queda ou alguém que assistira a cena? Quem era a pessoa que me chamara na ponte? Que dia era hoje? Onde e como estavam meus amigos e minha família? Será que sabiam do ocorrido? E por último, o que ele quis dizer com a última frase?

O médico pareceu entender que eu estava cheia de dúvidas, mas a dor e a máquina de oxigênio me impediam de pronunciar um mínimo “Ai!”, imagina fazer todas as perguntas que eu gostaria.

–Sei que tem muitas perguntas a fazer, mas você ainda está frágil. Elas terão que ficar para outra hora. – Ele se aproximou dos aparelhos e pareceu colocar mais alguma coisa no soro, que pingou diretamente em minha corrente sanguínea. Senti meus olhos pesarem e antes que pudesse perceber, afundei em um sono sem sonhos.

POV Ártemis

Joguei meus cabelos castanho-avermelhados para trás. Minha roupa não estava nada mal para me encontrar com minhas amigas. Um crop preto com bolinhas brancas, um short e um tênis preto. Alguns acessórios prateados e uma maquiagem leve.

Eu, Hylla, Zoe e Phoebe havíamos combinado de nos encontrarmos em um pub para colocarmos o papo em dia, já que eu ficara na França por 6 meses.

Minha irmã e minha sobrinha não estavam em casa, então sai tranquilamente, sem precisar dar explicações. Minha irmã conseguia ficar bem parecida com nossa mãe quando queria.

Fui a primeira a chegar no pub, mas gostaria de não ter sido. Enquanto estava sentada, esperando minhas amigas, alguém se aproximou de mim e sentou no lugar vago na minha frente. É claro, era a pessoa que eu mais detestava e que eu menos gostaria de encontrar. Isso mesmo, você acertou: Apolo.

Ele estava irritantemente lindo com os cabelos loiros despenteados, os olhos dourados brilhando divertidos e um sorriso metidinho que fez meu coração palpitar e me odiar por isso. A camiseta escura fazia com que o cabelo e os olhos reluzissem ainda mais.

–Quando acordei pensando que o dia seria bom, não imaginava que fosse tanto assim – falou em tom de flerte. – Estou sinceramente surpreso de vê-la aqui, você sempre foi tão antissocial.

Para a sua surpresa, apenas ri de sua tentativa de me irritar. Ele não ia me aborrecer, não hoje.

–O que foi? – Perguntou curioso e levemente frustrado. – Não vai tentar me acertar com a bolsa ou me dizer palavras indecentes?

–Não – respondi. Seus olhos se semicerraram, desconfiados. – Não vou mais me importar com você.

–AHÁ!! EU SABIA! – Gritou, e metade das pessoas presentes se viraram para nos olhar, mas logo desviaram, desinteressados.

–Sabia o quê?? – Perguntei respirando fundo. Caramba, como era difícil manter o autocontrole com aquele cara.

–Você disse que não ia mais se importar comigo, e isso significa que se importava – concluiu com um ar convencido. Não tinha jeito, aquele cara me tirava do sério. Minhas mãos formigavam de vontade de estapeá-lo. Fechei os olhos e respirei fundo. Quando o olhei, percebi que me encarava. Enrubesci, e momentaneamente perdi a noção do que estava acontecendo.

Seus olhos eram realmente dourados, não era truque de alguma luz nem nada. Eram olhos de cores únicas, da cor do ouro derretido. Ficamos nos encarando por vai saber quanto tempo, ele tão perdido em meus olhos quanto eu nos dele, mas fomos interrompidos por minhas amigas, que chegaram tagarelando.

–Oops... Acho que estamos na mesa errada – falou Phoebe com um sorriso malicioso.

–Vamos para outra mesa, não queremos atrapalhar – Completou Zoe.

–Não garotas, não façam isso – falei. – Nosso amigo Apolo já estava de saída, não é? – Perguntei lançando um olhar fulminante para o garoto na minha frente.

–Saída? Não, na verdade não. Estava rolando uma química boa entre eu e Ártemis. Se vocês não se importam de ir em outra mesa... – falou ainda me encarado e novamente com o sorriso irritante, mas que reluzia. Não consegui encontrar minha voz tamanha era minha indignação.

–Ah, claro que não. Fica para outra hora, né Artie? – Falou Hylla já empurrando as garotas para outra mesa. Enquanto as olhava indignadas, vi Hylla me fazendo um sinal de aprovação com o polegar. Eu queria morrer.

–Bom, já que estamos a sós novamente, onde paramos? – Falou Apolo. Eu estava com mais vontade do que nunca de socá-lo. Mas quando me virei para olhá-lo, ele estava mais próximo do que eu me lembrava. Havia trocado de lugar para a cadeira mais próxima, e agora seu rosto estava quase colado no meu, fazendo com que eu sentisse sua respiração. – Ah, acho que eu me lembro.

Senti seus lábios tocando os meus com mais delicadeza do que eu esperava, como se pedisse permissão. Surpreendentemente, eu aceitei. Não havia percebido como o queria, mas agora que eu estava em seus braços, não queria mais sair. Me senti gelada perto do calor de seu corpo. Senti raiva dele por estar me beijando e raiva de mim por estar aceitando, mas ao mesmo tempo, era o que eu queria. Puxei seu rosto para mais perto de mim, entrelaçando meus dedos em seus cabelos sedosos, em resposta, seus braços me apertaram ainda mais.

Nos afastamos muito cedo, na minha opinião.

–Vamos para um lugar mais calmo? – Perguntou. E sem dizer nenhuma palavra, nos levantamos e seguimos de mãos dadas porta afora.

POV Leo

Se eu desse mais uma volta em meu quarto, com certeza eu afundaria o piso. Minha cabeça doía da ressaca e meus nervos vibravam de raiva de Nico di Ângelo. Se eu encontrasse aquele garoto... Minhas mãos formigavam só de lembrar da noite anterior.

Como ele podia ter feito aquilo com Thalia? E ainda mais me fazer parecer o vilão da história. Saí do meu quarto e bati a porta com força. Nunca fui violento nem nada, mas hoje eu não ligava para nada nem ninguém. Escutei minha mãe me chamar enquanto saía, mas não dei ouvidos. Eu iria prestar contas com o di Ângelo.

Eu sabia onde era a casa dele, eu e nosso grupo de amigos já havíamos ido algumas vezes lá. Não ficava muito longe da minha casa. Assim que cheguei, a casa parecia vazia. Era uma casa estranha, me dava arrepios. As paredes eram de tijolo à vista, e as portas e janelas com verniz. Até ali, nada demais, mas os portões e as grades que circundavam a casa eram negros, e cada barra tinha uma ponta fina, que brilhava à luz do sol. Quase me vi espetado em uma delas. O jardim era florido, mas as flores eram mais estranhas que a casa, cheia de espinhos e em tons macabros.

Vi movimento dentro da casa. Esperava que o pai e a madrasta dele não estivessem em casa. O portão estava trancado, pensei em pular, mas me arrepiei ao olhar novamente para as pontas. Não, pular estava fora de questão. Não sei o que pensei, mas fiz a coisa mais estúpida que poderia ter feito, algo típico de Leo Valdez: toquei a campainha.

Para minha surpresa, o portão abriu. Será que estavam esperando alguém? Mas abrir o portão assim, sem verificar quem era? O cara era mais louco do que eu. Entrei e deixei o portão aberto.

Bati na porta, e quem abriu foi o próprio Nico. Ele se assustou ao ver quem era, chegou a cambalear para trás.

–Leo? O que está fazendo aqui? – Em sua voz havia uma nota de pânico. Ele com certeza estava esperando alguém, e seus pais não estavam em casa. O que ele estava aprontando?

–Vim prestar contas – falei. Minha mão já disparava em sua direção, mas ele foi mais rápido, dando um passo para trás.

–Ei, ei, ei. Espere. – Pediu.

–Esperar? Só pode estar brincando. – Falei com raiva, pronto para dar outro golpe.

–Você está irritado, eu sei. Desculpe. – Falou, e parecia sincero. Seu pedido de desculpas me desarmou.

–O quê? Está pedindo desculpas? – Perguntei, dessa vez mais curioso do que zangado.

–Sim, desculpe pelo que fiz ontem. Eu bebi demais. Além disso tenho inveja de você. – Seu tom era triste. Me senti desconfortável, pois ainda estávamos parados na soleira da porta e ele despejava essas coisas em cima de mim.

–Por quê? – Perguntei incrédulo.

–Porque você pode ser feliz com Thalia.

Demorei um pouco para entender do que ele falava.

–Bem, eu poderia ser feliz com Thalia se você não tivesse feito o que fez, mas agora ela deve estar morrendo de raiva de mim. Mas está se referindo ao fato de ela ser sua prima e que seus pais não iriam aceitar?

–Não – falou. Meu cérebro estava a ponto de fumegar. Nossa conversa não estava indo a lugar nenhum. Me lembrei do porquê havíamos brigado.

–Ah, já sei. É aquela garota, como é mesmo o nome dela?

Dela? – Falou uma voz atrás de mim. Virei-me rapidamente, surpreso. Era um garoto loiro, de olhos azuis, parecido com Jason, mas a semelhança parava por aí. Ele me era estranhamente familiar– Do que ele está falando Nico? – Em sua voz parecia haver... ciúme.

–Longa história, Will. Mas venha, Leo já estava indo embora, não é?

–Sim, estou. – Virei-me e fui embora, sem parar para ver o que aconteceria em seguida.

Will. Eu conhecia esse garoto e o nome era familiar. Sim, é claro, ele já fora meu colega. Will Solace.


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Notas finais do capítulo

E aí?? O que acharam? Mereço reviews heheh Bjoos *.*