Shouldn't Come Back escrita por EviGrangerChase


Capítulo 27
Let Her Go


Notas iniciais do capítulo

Heey galerinhaa!! Volteei!! hahah Mil desculpas pela demora, mas está realmente muito difícil conseguir um tempinho para escrever, sem falar, é claro, do enorme bloqueio que tive para escrever esse cap. Muito obrigado pelos reviews que recebi no último cap e muito obrigado pela paciência de vocês hahah Mas não garanto que posto o próximo tão cedo. Quero pedir desculpas porque não sei se esse cap ficou tão bom, estou um pouco enferrujada kkkkkkkk mas a vida segue. Espero que gostem e mandem muito muitos reviews haha Kisses ^.^
P.S. A letra e a tradução foram tiradas de http://letras.mus.br/passenger/let-her-go/traducao.html e quem quiser acompanhar a última música na parte final fique bem a vontade :)



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POV Annabeth

–Eu avisei Loira!

Afastei-me de Percy sobressaltada. A garota que me ameaçara no banheiro estava parada ao nosso lado. Sua expressão revelava clara fúria conosco.

–Quione!? – Exclamou Percy, ainda sem soltar minha cintura. Senti uma pontada involuntária de ciúmes ao ouvir seu tom de reconhecimento.

–Olá Percy! – Cumprimentou Quione, friamente, ainda sem desviar o olhar de mim. Comecei a sentir-me extremamente desconfortável, então retribui o olhar com igual intensidade.

–Você a conhece? – perguntei a Percy, deixando claro meu ciúme.

–Já nos vimos algumas vezes. – respondeu, seu tom era de desagrado.

–É assim que você fala? Nesse tom insolente? – agora Quione fitava Percy. Seus olhos claros lhe conferiam um ar frio e sem emoção.

–Como quer que eu fale? – Percy começava a se exaltar. Eu não estava entendendo mais nada.

– Hey, hey, hey! O que está acontecendo aqui? – perguntei exasperada. – De onde se conhecem e por que estão à beira de uma discussão?

Quione voltou seus olhos gelados para mim.

–Que bom que perguntou Loira...

–Annabeth. O nome dela é Annabeth.– interrompeu Percy. Senti um assomo de carinho pelo garoto que ainda segurava minha cintura.

–Que seja... – prosseguiu Quione. – O importante é que você saiba a verdade. Conheci Percy na Grécia, estudávamos na mesma sala. Nunca trocamos mais do que uma ou duas palavras por dia, porém, depois de uma festa, nossas vidas mudaram. Percy me pediu em namoro.

Antes que eu compreendesse as palavras que estavam sendo despejadas, Percy falou sem escrúpulos.

–Está se esquecendo da parte em que terminamos.

–Você só não queria me trazer junto para cá. – retrucou Quione, começando a descontrolar-se. Eu assistia à cena, pasma.

–Eu não queria mais você, essa é a verdade. Você era obcecada por mim...

–Ainda é. – falei, intrometendo-me na conversa. – Por isso você me atacou no banheiro? – falei fixando meu olhar em Quione. Dessa vez, foi ela quem desviou.

–Que história é essa? – perguntou Percy.

–Não vem ao caso agora – desviou-se Quione. – O que eu quero saber é o que faremos agora.

–Como assim, o que faremos?? – Percy parecia confuso e espantado. - Deixei de ter qualquer ligação com você no dia em que terminamos.

–Foi o que pensei também, mas você se esqueceu disso. – Quione pousou as mãos delicadamente na barriga, mostrando o pequeno volume que aí havia. Estava perceptivelmente grávida.

Levou no mínimo um minuto para que compreendêssemos o que estava acontecendo. Senti meu sangue ferver. A bolha de felicidade que há poucos instantes era tão real, agora já parecia parte da vida de outra pessoa. Afastei com ferocidade as mãos que envolviam minha cintura. Queria sair correndo dali. Não podia ser verdade! Não agora que estava me acertando com Percy! Senti meu mundo rachar sob meus pés, e por um segundo delirante, me vi novamente jogada me minha cama, chorando por alguém que não podia ter.

Olhei para Percy, que congelara sua expressão pasma. Quione, por sua vez, sorria triunfante.

–Expliquem essa história, por favor. – falei quando recuperei a capacidade de falar. Minha voz tremia de fúria, mas estava anormalmente calma.

O som de minha voz pareceu ter o efeito de despertar Percy de seu transe. Ele olhou para mim, os brilhantes olhos verdes, arregalados de surpresa e horror. Por um fugaz momento, vi que estava tão surpreso quanto eu.

– Juro, Annabeth, não sei de nada!

–Que fofinho! – Quione agora usava seu tom mais irônico – Mas vou ter que discordar disso. É claro que você sabe.

–Não sei do que está falando! Nós nunca... nunca... – as palavras pareciam ter sumido de sua boca.

– Não... é mesmo?? – o tom ainda era irônico. Senti uma vontade incontrolável de puxá-la pelos cabelos, mas me contive. – Não se lembra daquela festa que você bebeu e depois fomos para sua casa?

A cada palavra Quione aproximava-se um passo, até estar tão perto de Percy que podia beijá-lo. Por impulso, afastei-a dele, puxando-a com força pelo braço, minhas unhas quase furando sua pele. Ela me olhou assustada com meu gesto repentino, mas desafiei-a com o olhar.

–Você ainda o defende? Mesmo depois de ele esconder-lhe isso? – para dar ênfase na palavra, Quione cobriu novamente o ventre com as mãos.

–Não sei em que ou quem acreditar. Não consigo pensar! – quase gritei a última palavra. - Me deixem em paz, por favor!

Virei-me para ir embora. Senti a mão de Percy virar meu corpo de frente para si.

–Annabeth, eu juro...

–Agora não Percy – interrompi. Eu estava fazendo força para não chorar nem começar a gritar. – Agora não...

Sua mão soltou meu braço, desanimado. Seus olhos não sustentaram meu olhar. Havia tanta tristeza neles como eu sabia que havia nos meus. Virei-me e fui embora, sem saber exatamente aonde ia.

POV Thalia

Após percorrer o salão três vezes, desisti de procurar Nico e sentei-me em uma mesa vazia. Essa Baile estava se revelando a pior festa que eu já havia ido, não que eu fosse a muitas.

Praticamente todos os meus amigos haviam desaparecido, exceto alguns que ainda dançavam. Annabeth havia sumido com Percy. Piper havia desaparecido da mesa que estávamos compartilhando. Jason não estava em lugar algum e Nico havia sumido misteriosamente no banheiro.

Passei meus olhos pelo salão e vi uma das pessoas que mais odiava. Drew estava sentada sozinha em uma mesa. Imaginei onde poderia estar meu irmão para deixa-la naquela situação. Concordei que não me importava, mas caminhei até ela mesmo assim.

–Sentindo-se sozinha? – debochei enquanto puxava uma cadeira e sentava-me a sua frente.

–Olha quem fala Grace – seu tom foi igualmente irônico, mas não me ofendi. Fiquei feliz ao ver que a estava irritando.

–Cuidado com o tom mocinha, não devia falar assim com sua cunhada. – Odiei pronunciar em voz alta nosso parentesco, mas percebi que Drew estava cada vez mais irritada.

–Por que não vai procurar seu primo para se jogar em cima... ah, não, esqueci. Você gosta do outro garoto, não é? O que seu primo acha disso? Ou ele nem sabe que é só a segunda opção? – o tom venenoso era condescendente com sua expressão. Senti vontade de pular na mesa e estapeá-la.

–Quem gosto ou deixo de gostar não diz respeito a você – minha voz soou fria. Drew percebeu que havia me irritado, soltou uma risadinha e começou a levantar-se.

–Desculpe se lhe irritei, cunhada! – a evidente ironia fez meus nervos vibrarem.

Antes que pudesse perceber, estava de pé, pronta para brigar, mas um estrondo veio do bar e distraiu tudo ao redor.

POV Leo

Enquanto apanhava uma bebida para mim e Calipso no bar do salão, senti alguém me empurrar levemente. Pensei que pudesse ter sido sem querer, mas olhei para o lado e vi quem era. Nico fazia seu pedido com um sorriso debochado no rosto. Preferi manter a calma. Peguei minhas bebidas e sai. Enquanto voltava para a mesa onde deveria estar Calipso, percebi um vulto cruzando minha frente, derrubando o conteúdo dos copos que eu levava em minha roupa.

–Ah, desculpe-me Valdez, não o vi – Nico di Ângelo sorria ironicamente para mim enquanto eu pingava bebida.

–Não viu? Coitadinho, devia usar óculos então – minha voz continha um tom levemente alterado.

–Óculos? – Nico fingiu pensar. – Não, acho que não. Thalia não iria gostar.

A menção do nome de Thalia fez meu coração palpitar mais rápido. Nico deve ter percebido algo em minha expressão, porque continuou.

–Sabe, hoje quando fui esperar Thalia para virmos ao Baile, escutei a madrasta dela falando ao pai: “Pelo menos agora ela escolheu alguém descente, não é o filho do ferreiro”. Ele até tentou contestar, mas no final acabou concordando que sou melhor para ela do que você.

Estávamos começando a chamar atenção. Parados entre as mesas, encarando-se furiosamente, com certeza parecíamos duas figuras interessantes.

–Mas sabe de uma coisa, não sei se quero continuar com ela – continuou Nico sem se importar, mais parecendo que falava sozinho – Ela é minha prima e, ás vezes, pensar nisso me causa certo incômodo. Achei que fosse porque nosso namoro é muito jovem, mas descobri que isso não tem nada a ver. – Nico se aproximava cada vez mais de mim, como uma cobra pronta para dar o bote. - Estava agora mesmo atrás do salão com Natasha. Você a conhece? É uma garota loira, um ano mais nova que nós.

–Diga logo onde quer chegar. – falei com a voz trêmula de raiva.

–Bem, quero mais que Thalia odeie você.

–Por quê? Acabou de dizer não quer ficar com ela.

Nico soltou uma risada fria.

–É verdade, você tem razão. Tenho certeza que pensou em ir correndo contar para ela o que estou lhe dizendo, não é? Mas em quem acha que ela vai acreditar? Em você, o cara que machucou ela, ou em mim, o namorado prestativo e carinhoso que curou suas feridas?

O tom sarcástico foi demais para mim. Me vi avançando para Nico. Senti minha mão bater com força em seu nariz. Ouvi o barulho satisfatório de algo se partindo sob meu punho. Antes que eu pudesse perceber, fui atingido ao lado da cabeça. Agarrei Nico pelo colarinho e o joguei em cima do balcão do bar causando um estrondo. Agora mais pessoas paravam para nos ver brigando. Senti braços me puxarem com força para longe da briga.

–Chega Leo – Jason gritou em meu ouvido. – Agora basta, isso foi longe demais. - Parei de me debater. Charlie e Jason seguravam meus braços. Nico também fora segurado.

Enquanto me acalmava, olhei para o garoto que tanto ódio despertara em mim. Fiquei satisfeito em ver que seu nariz sangrava profusamente. Senti um galo crescendo em minha cabeça onde ele havia me acertado.

–Leo!? Nico!? – a voz familiar de Thalia soou alta em meio aos burburinhos. – O que aconteceu? Por que fizeram isso? – sua voz soava magoada e irritada.

Assim que ouvi sua voz, arrependi-me de ter brigado com Nico, fiz exatamente o que ele queria. Queria que eu parecesse o culpado diante de Thalia. Comecei a me explicar, mas fui interrompido por Nico, que começou a falar com a voz pastosa por causa do sangue, agora sendo estancado aos poucos.

–Ele me atacou. Ele é louco.

Thalia olhava para mim e para Nico, como se assistisse a uma partida de tênis, apesar de nenhum de nós falar mais nada. Sua expressão revelava repulsa.

–Eu odeio os dois! ODEIO!! – e antes de qualquer movimento que eu pudesse fazer, ela deu meia volta e foi embora.

Percebi que Jason e Charlie haviam me soltado. Sai caminhando e chutei uma cadeira que vi a frente. Dirigi-me a uma mesa em que Percy sentava sozinho, o olhar tão vidrado e vago que era possível que nem tivesse percebido a briga. Sobressaltou-se quando puxei uma cadeira e sentei-me. Vi que Jason me acompanhava de perto trazendo três garrafas na mão, pegou uma cadeira, sentou-se junto a nós e distribuiu uma garrafa para cada um.

N/POV

Os três rapazes ficaram silenciosos na mesa, nenhum mencionou para o outro o que havia tornado a noite tão ruim para si.

Ao fundo, uma música começou a tocar, fazendo com que cada um refletisse mais do que deveria nos acontecimentos recentes.

Well, you only need the light when it’s burning low
Only miss the sun when it’s starts to snow
Only know you love her when you let her go
Only know you’ve been high when you’re feeling low
Only hate the road when you’re missin’ home
Only know you love her when you’ve let her go
And you let her go

(Bem, você só precisa da luz quando está escurecendo
Só sente falta do sol quando começa a nevar
Só sabe que a ama quando a deixa ir
Só sabe que estava bem quando se sente mal
Só odeia a estrada quando sente saudade de casa
Só sabe que a ama quando a deixa ir
E você a deixou ir)

Staring at the bottom of your glass
Hoping one day you'll make a dream last
'Cuz dreams come slow and they go so fast
You see her when you close your eyes
Maybe one day you'll understand why
Everything you touch surely, it dies

(Olhando para o fundo do seu copo
Esperando que um dia você faça um sonho durar
Porque sonhos chegam devagar e se vão muito rápido
Você a vê quando fecha seus olhos
Talvez um dia você entenda o porquê
De que tudo o que você toca certamente, more)

But you only need the light when it’s burning low
Only miss the sun, when it’s starts to snow
Only know you love her when you’ve let her go
Only know you’ve been high when you’re feeling low
Only hate the road when you’re missin’ home
Only know you love her when you’ve let her go

(Mas, você só precisa da luz quando está escurecendo
Só sente falta do sol quando começa a nevar
Só sabe que a ama quando a deixa ir
Só sabe que estava bem quando se sente mal
Só odeia a estrada quando sente saudade de casa
Só sabe que a ama quando a deixa ir)

Staring at the ceiling in the dark
Same ol’ empty feeling in your heart
'Cuz love comes slow and it goes so fast
Well, you see her when you fall asleep
ut to never to touch and never to keep
'Cuz you loved her to much
And you dive too deep

(Olhando para o teto no escuro
O mesmo velho sentimento de vazio em seu coração
Porque o amor vem devagar e se vai muito rápido
Bem, você a vê quando adormece
Mas para nunca tocar e nunca manter
Porque você a amava muito
E você mergulhou fundo demais)

Well, you only need the light when it’s burning low
Only miss the sun, when it’s starts to snow
Only know you love her when you’ve let her go
Only know you’ve been high when you’re feeling low
Only hate the road when you’re missin’ home
Only know you love her when you’ve let her go
And you let her go

Oh, oh, oh, oh
And you let her go
Oh, oh, oh, oh
Well, you let her go

(Bem, você só precisa da luz quando está escurecendo
Só sente falta do sol quando começa a nevar
Só sabe que a ama quando a deixa ir
Só sabe que estava bem quando se sente mal
Só odeia a estrada quando sente saudade de casa
Só sabe que a ama quando a deixa ir
E você a deixou ir

Oh, oh, oh, oh
E você a deixou ir
Oh, oh, oh, oh
Bem, você a deixou ir)


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Não esqueçam do review hahah ^.^