Shouldn't Come Back escrita por EviGrangerChase


Capítulo 23
Luto


Notas iniciais do capítulo

Heey my friends!!! kkkkk Volteeei :D Bom, esse cap é para as pessoas que me mandam reviews todas ás vezes ea todos que estão gostando da minha fic!! Desculpe se estou demorando para postar, mas não se preocupem que não vou deixar vocês na mão para sempre kkkkkk Espero que gostem, ele está bem grandinho ;) Kisses *.*



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POV Piper

A dor de cabeça estava me matando. O sol nunca havia me incomodado, assim como beber champanhe, mas dessa vez estava acabando comigo. Talvez fosse porque o tempo piorara repentinamente na noite anterior, o qual começara a chover e esfriara de um modo que parecia estarmos no inverno.

Sai com minha mãe para uma festa e, como somos pessoas prevenidas, quase congelamos em nossos vestidos. A lembrança da festa me trouxe uma nova onda de dor de cabeça.

FLASHBACK ON

– Você vai vim sim junto comigo! – gritou minha mãe. Ela estava quase pronta para sair, mas eu ainda estava com minhas roupas velhas, jogada no sofá. Apesar de o passeio na praia com minhas amigas ter sido ótimo, eu não queria mais sair por hoje, mas alguma coisa na voz de minha mãe me convenceu a levantar e me vestir decentemente.

Subi as escadas pesadamente. Estávamos sós eu e minha mãe em casa, meu pai estava viajando, Drew havia saído de casa há alguns anos – graças aos deuses - e Silena estava com Charlie. Coloquei o primeiro vestido que encontrei e me arrumei mecanicamente, sem prestar atenção no que estava fazendo.

Coloquei um vestido que mais lembrava uma blusa e uma saia, sapatos altos e alguns acessórios. Soltei meu cabelo e modelei alguns cachos rapidamente.

Arrependi-me de sair de casa assim que pus o pé para fora. Um vento gelado e cortante arrepiou os pelos de meu braço. Percebi que minha mãe enrijeceu de frio ao meu lado também, mas não voltamos para buscar casacos.

Minha mãe usava um vestido rosa, tomara-que-caia e cheio de pedrarias. Sinceramente, ter uma mãe mais sexy que você era extremamente desconfortável. Ela usava sapatos pretos e acessórios que combinavam com o vestido e os sapatos. Os cabelos louros estavam belamente trançados e caiam pelas suas costas.

O vento frio me incomodava mais do que gostaria de admitir, mas mesmo assim ignorei. Certamente acordaria com um resfriado.

Quando chegamos à festa e percebi que as pessoas usavam casacos ou botas, exceto eu e minha mãe. Caminhei sozinha para uma mesa retirada. Eu não queria estar aqui.

Coloquei meus fones e fiquei tão distraída ouvindo música que mal percebi quando uma cadeira se moveu ao meu lado e alguém sentou. Realmente percebi que a pessoa falava comigo quando uma taça de champanhe foi colocada em minha frente.

Virei-me pronta para mandar a pessoa embora, mas era Annabeth. Ela estava lindamente vestida com um vestido rosa-claro, parecendo couro de cobra. Um casaco preto protegia seus ombros do vento gelado e ela usava uma bota até acima do joelho. Ela usava poucos acessórios e seus cabelos cacheados tinham uma trança no topo da cabeça. A maquiagem nos olhos era clara, mas os lábios estavam em um tom vermelho vivo.

– Pensei que fosse querer um pouco disso – falou apontando para o champanhe que havia colocado na minha frente e bebendo um pouco do seu. Tomei um gole da minha taça, o gosto era ligeiramente amargo, mas me fez despertar.

– O que faz aqui? – perguntei.

– O mesmo que você. Minha mãe praticamente me obriga a vir nessas reuniões. Eu odeio isso.

Tomei mais um gole.

– Quem diria que fosse esfriar tanto – comentei enquanto lembrava-me da tarde quente na praia. Annabeth concordou.

– Por falar nisso, você é louca para sair sem casaco?

Dei de ombros: - Minha mãe também está. – falei encerrando o assunto.

Annabeth ficou subitamente quieta e quando a olhei, ela me examinava como se lesse minha mente.

– Sabe que odeio quando faz isso – falei mais duramente do que gostaria. Annabeth apenas arqueou as sobrancelhas enquanto tomava outro gole. – Tudo bem, me desculpe, eu só... estou passando por muitas coisas.

– Coisas chamadas “fim do namoro”?

– Eu não terminei com Jason – quase gritei, mas Annabeth ficou inalterada, fazendo com que eu me sentisse uma criança birrenta. Recuperei meu controle – Bem... Pelo menos não oficialmente.

– Acredite Piper, sei exatamente o que você está passando e sei que não é fácil, mas não cometa o mesmo erro que eu de ficar anos chorando por algo que não volta. – a voz de Annabeth era suave, mas ela olhava tão fixamente em meus olhos que parecia estar tentando pregar as palavras no meu cérebro.

– Mas em meu coração, sinto que não terminou – as lágrimas começavam a escorrer.

– Era o que eu dizia a mim também – sua voz soou carregada de tristeza. – E isso só fez com que eu sofresse mais.

– Mas Percy voltou, e vocês parecem bem próximos depois que você o perdoou.

– Só consegui perdoá-lo depois de compreender que nossos mundos não se tocam. – seus olhos cinza estavam marejados. – Apesar de ainda gostar dele, em meu coração, sei que nunca mais será como antes. Você não consegue alisar completamente uma folha de papel depois que a amassa, o máximo que pode obter é uma folha amassada.

– Não sei se é assim que ele vê. Afinal, uma folha amassada pode ser reciclada e virar uma nova folha. – ela abriu um pequeno sorriso com minha sugestão, mas o sorriso não chegou aos seus olhos, que continuavam marejados.

– Um dia ele chegará à mesma conclusão que eu, e você verá que tenho razão. Mas se quiser um conselho, não chore mais por Jason, ele não merece suas lágrimas se foi capaz de fazer o que fez. Até... – e levantou-se, me deixando sozinha com meus pensamentos.

Fiquei pensando nas palavras de Annabeth até que minha mãe veio me chamar para irmos embora. Quando saímos do salão, realmente me arrependi de não ter ido de casaco e botas como Annabeth.

O ar era gelado e havia um chuvisco fino e chato, que grudava em minha pele, deixando-a pegajosa e fazendo com que meus cabelos grudassem na testa.

Quando cheguei em casa, fiz questão de tomar um banho quente e demorado. Quando deitei na cama, deixei as lembranças boas com Jason passarem por minha cabeça e deixei as lágrimas rolarem, pois tinha jurado a mim mesma, que essa seria a última vez que chorava por ele.

FLASHBACK OFF

Levantei de minha cama para tomar alguma coisa para minha dor de cabeça e percebi que o tempo havia mudado novamente. O sol brilhava no céu e a brisa que soprava era quente. Era para acabar com qualquer sistema imunológico.

Desci até a cozinha, eram 8 horas da manhã de um sábado. Ninguém merecia acordar cedo assim no final de semana. Tomei uma aspirina e voltei para meu quarto, mas não tinha mais sono. Tomei um banho e vesti-me com uma roupa que tinha pouco a ver comigo.

Vesti-me com uma camiseta preta, sem estampas e um short simples. Calcei uma rasteirinha preta, assim como meus acessórios. Deixei meu cabelo solto.

Eu podia ter tomado à decisão de não chorar mais por Jason, mas não quer dizer que eu estava feliz. A cor preta ficava linda em Thalia, e até mesmo Annabeth, mas em mim parecia que eu estava de luto. Talvez eu estivesse mesmo. De luto pela Piper louca e apaixonada que eu sufocara com lágrimas durante a noite.

Desci para tomar um café, mas decidi que hoje eu faria algo diferente. Escrevi um bilhete para minha mãe e sai.

Eu estava dobrando a esquina quando a encontrei vindo em minha direção. Thalia caminhava apressada até mim. Thalia usava um vestido azul, com rosas negras e tênis preto. Uma fina gargantilha estava em seu pescoço. Quando me viu, apressou-se em tirar os fones e colocar os óculos na cabeça.

– Como sabia que eu estava indo te encontrar? – perguntou.

– Eu não sabia – falei enquanto continuava a caminhar. Ela parou, me olhando confusa e estupefata. Quando viu que eu não me viraria, apressou o passo para me alcançar.

– O que aconteceu com você? E que roupas são essas? Alguém morreu?

– Sim – falei friamente. – Uma parte de mim.

– É, estou percebendo. – falou baixinho, mas claramente magoada. Percebi como estava parecendo idiota falando assim. Ela podia ser irmã dele, mas isso não queria dizer que tinha culpa, muito pelo contrário. Parei e coloquei as mãos em meu rosto com vontade de chorar, mas consegui me segurar. Senti uma mão suave em meu braço.

– Está tudo bem? – a voz de Thalia era suave, assim como sua mão tentando puxar meu braço.

– Desculpe Thalia. – falei sinceramente enquanto abaixava os braços. – É que está tudo tão recente... É difícil...

– Eu sei que é, mas você precisa ser forte. Ainda mais depois da notícia que vou te dar. – seu tom me causou arrepios, mas assenti. Falei para ela que ia tomar café e ela prontamente concordou em vir comigo.

Paramos em um Café e o cheirinho dessa bebida matinal, misturada com os aromas dos bolos e pães, me encheu de fome. Sentamos em uma mesa próxima à janela e fizemos nossos pedidos: café, bolo e alguns pãezinhos diferentes.

Enquanto éramos servidas, contei a ela sobre minha conversa com Annabeth na noite anterior e Thalia concordou com Annabeth sobre eu ter que esquecer Jason, apesar de ele ser seu irmão.

– Você já contou para alguém isso que tem para me contar? – perguntei tentando adiar o máximo a notícia. Ela assentiu.

– Só Annabeth.

– Por isso ela falou algo como “foi capaz de fazer o que fez”? – perguntei.

– Possivelmente. – Thalia fez menção de continuar a falar, mas pensou melhor e silenciou.

– Pode contar agora. – falei enquanto tomava outro gole de meu café. O sabor forte havia me despertado quase que instantaneamente. Havíamos devorado quase um bolo inteiro enquanto conversávamos. Comecei a comer os pãezinhos enquanto Thalia falava:

– Ontem de tarde, depois que cheguei de nosso passeio na praia, escutei meu pai e Apolo discutindo, mas não consegui entender o que era. Poucos minutos depois, Apolo saiu furioso do escritório do meu pai e correu para seu quarto. Algo me dizia que aquilo tinha a ver com Jason, e eu estava certa. Fui até o quarto de Apolo, ele não queria me deixar entrar, mas quando viu que era eu, abriu a porta. Pedi a ele porque ele e meu pai estavam discutindo e Apolo me mostrou isso. – Quando terminou de falar, Thalia puxou uma folha de papel de dentro de sua capinha e entregou a mim.

Desamassei a folha e vi que era uma espécie de carta, ou bilhete. Era escrita a mão em uma letra caprichosa e ligeiramente familiar.

Apolo, sei que depois que ler isso provavelmente vai me odiar, mas sinceramente, não me importo. Eu e você somos pessoas que não se apaixonam, por isso creio que não se importará também. Eu estou viajando, junto com uma das únicas pessoas que realmente me interessa, seu irmão Jason, e desculpe se isso pode parecer frio da minha parte, mas ficar com você foi apenas um pretexto para me aproximar dele. Sobre essa viagem, peça detalhes ao seu pai, foi ele quem organizou tudo. Até algum dia desses. Drew

Minha mão tremia e tive que ler várias vezes para realmente compreender o que estava escrito. Thalia continuou ao ver que eu havia terminado de ler:

– Apolo foi pedir informações para meu pai e ele disse que não sabia que Drew era namorada de Apolo, senão teria impedido – Thalia revirou os olhos, como se não acreditasse no que falava – Mas pelo que entendi, Jason já estava recebendo a visita de Drew há muito tempo e que eles estavam muito próximos. Queria dizer que não acredito, mas é a única resposta para Jason tê-la levado. Meu pai disse que sugeriu que Jason levasse você, mas se Jason realmente não sabia quem você era ou simplesmente se fez de desentendido, não sabemos.

Eu não sabia o que responder. Queria chorar e ao mesmo tempo gritar para o céu como o mundo é injusto, mas nenhuma dessas coisas iria realmente ajudar.

– Eu vou... – comecei, mas as palavras pareciam não sair. – Eu vou caminhar um pouco por ai, pode terminar seu café. – falei enquanto percebia que meu café não tinha mais o aroma saboroso de antes, nem os bolos pareciam tão apetitosos. Meu estômago parecia dar voltas.

– Não precisa, já tomei café em casa.

Levantei-me e Thalia também, mas enquanto eu queria apenas sair para a rua, Thalia foi pagar a conta. Senti-me culpada, mas prometi a mim mesma que pagaria um café a ela.

–Eu... vou indo. – falou baixinho. – Se cuida.

Assenti e comecei a caminhar pela cidade sem um destino certo.

POV Thalia

Estava voltando para minha casa, mas estava me sentindo meio mal. Não era nada com a comida, apesar de eu ter tomado dois cafés da manhã, mas mal pela minha amiga. Sentei em um banco tentando me recuperar. Estava pronta para ir quando uma voz falou atrás de mim.

– Precisamos conversar.

Não fiquei surpresa ao ver quem era e nem com a sugestão. Mais dia, menos dia, teríamos que conversar.

– Leo, desculpe, mas precisa ser hoje? – falei soando cansada.

– Não precisaria, mas você tem me evitado. Eu sei que você está passando por bastante coisa com o Jason, mas acredite, eu também estou, afinal ele é meu amigo. Mas ficarmos adiando isso não será bom para nenhum de nós.

– Você não entende... – comecei.

– Tem razão, não entendo – falou interrompendo-me. – Sei que não gostou do que viu, eu também não teria gostado, mas podia ter me deixado falar, pelo menos. Não era o que você estava pensando, eu jamais te trairia.

– Não trairia? É mesmo Leo Valdez? – eu estava começando a me irritar – Pelo que me lembro, você não estava desviando ou empurrando ela, estava?

– Estava, e se tivesse prestado um pouco mais de atenção teria percebido isso. – falou irritando-se também.

– Quer saber, isso não importa mais. Não teria dado certo, somos diferentes demais. – eu não tinha forças para discutir. Apoiei o rosto em minhas mãos.

– Só queria que você soubesse que eu não me arrependo de ter passado aquele tempo com você. – levantei o rosto e vi a tristeza em seu olhar, provando que ele falava a verdade. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele se virou e foi embora.

Sentei novamente. Meu peito doía ao vê-lo partir. Queria poder correr até ele e abraçá-lo, dizer que nada mais importava a não sermos nós dois, mas eu não podia fazer isso. Eu sabia que teria que fazer muito mais se quisesse esquecê-lo.

POV Jason

– Pode passar nas minhas costas? – perguntou Drew para mim, enquanto me entregava seu protetor solar. Assenti.

– Está gostando da viagem? – perguntei.

– Estou amando – falou, e pelo seu tom, percebi que estava sorrindo. Terminei de passar seu protetor e o devolvi a ela. Ela colocou no chão, ao lado de sua cadeira de praia e voltou a pegar seu suco.

Drew estava deitada em uma cadeira de praia, usava um biquíni preto, mas para caminhar, colocava um vestido rosa, transparente. Ela não era muito de ficar na água, então usava algumas joias. Usava óculos de sol e chapéu. O cabelo castanho estava solto.

Deixei-a deitada e fui um pouco no mar. Se fechasse os olhos, conseguia me imaginar em casa. A viagem estava ajudando no tratamento, pois a cada coisa diferente que via, me pegava comparando com outra. Inclusive Drew.

Peguei-me pensando com mais frequência do que gostaria na garota que se dizia ser minha namorada, Piper. Seu nome não era mais estranho para mim, pelo contrário, era cada vez mais fácil lembrar-me de momentos que passei com ela.

Talvez ter viajado com Drew tenha sido precipitado demais. Eu queria conhecê-la melhor, conversar mais com ela, mas sempre que eu perguntava algo sobre sua vida, ela me dizia que não queria falar sobre isso no momento, ou começava a me beijar. Eu mal sabia seu sobrenome: McLean. Era um sobrenome extremamente familiar, eu só não sabia de onde.

Ou talvez eu ainda estivesse confuso com tantas coisas voltando. Talvez eu só precisasse de mais tempo com ela, ainda tínhamos um bom tempo pela frente. Eu só esperava não me arrepender de minha decisão.


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Notas finais do capítulo

E então?? O que acharam?? Reviews, okaay??
Bjoos *.*