Shouldn't Come Back escrita por EviGrangerChase


Capítulo 21
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Notas iniciais do capítulo

Olááá!! Voltei rapidinho dessa vez, não é?? Bem, nem tanto kkkkkk Espero que gostem desse cap.. asahuahsua Estou meio triste porque recebi poucos reviews no último cap, lembrem-se que é muito importante para mim e não custa nada para vocês. Aos que me mandaram, muuuito obrigado ^.^ Vou tentar postar o próximo mais rápido. Um bjão ^.^



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POV Annabeth

Sair de um escritório era uma sensação maravilhosa. Eu havia começado estágio na empresa de arquitetura de minha mãe. Não que eu não gostasse de arquitetura, longe disso, eu amava, mas não conseguia ficar fechada dentro de quatro paredes o dia inteiro. Sair com minhas amigas era uma coisa maravilhosa.

Eu e Thals levaríamos Piper para a praia. Ela ainda estava meio abatida. Não conseguia falar com Jason porque ele estava sempre dormindo e ficar em casa não a estava ajudando.

Eu estava voltando para casa, para pôr um biquíni e pegar coisas de praia quando esbarrei em uma pessoa.

– Desculpe – murmurei.

– Tudo bem, sem problemas – falou uma voz risonha. Olhei para ver quem era e surpreendi-me ao ver o sorriso. Da última vez que havíamos conversado, eu havia rejeitado seu beijo e ele quase havia brigado com Percy.

–Luke! Que surpresa, não esperava encontrá-lo! – exclamei.

– Eu também não. Mas foi bom que lhe encontrei, preciso conversar com você.

– Não me diga que foi atacado por um pato – falei enquanto dava risada.

– Não dê risada, aquilo foi sério. Eu tenho trauma de patos – sua voz tentava ser séria, sem sucesso, o que me fez rir mais ainda.

– Tudo bem, desculpe-me. Não consegui resistir.

– Está perdoada. Voltando ao assunto que eu queria falar, bem... Vamos até aquela sombra? Esse sol está de matar.

Assenti e caminhamos até uma sombra. Eu não tinha pressa, Thalia passaria na minha casa só daqui uma hora, então eu tinha tempo.

– Bem, não sei como falar isso... Mas eu queria saber se... Você não quer... Caramba, sou péssimo nisso... – o jeito como hesitava era fofo. Luke respirou fundo e soltou de uma vez só – Vocêquerirnobailecomigo?

Eu não havia entendi muito bem o que ela havia dito, mas entendi o que ele quis dizer. Senti uma pontada de dor em meu peito.

– Ah, Luke... Sinto muito mesmo, mas já me convidaram – falei extremamente constrangida, sem saber onde esconder meu rosto, que estava quente como uma tocha.

Ao invés de parecer magoado, seu rosto se encheu de raiva.

– Foi o Jackson que te convidou, não foi? – seu tom possessivo me irritou na hora.

– Não interessa quem foi, mas se fosse ele, qual seria o problema? – respondi friamente.

– Annabeth, você esqueceu o que ele lhe fez? – falou segurando meu braço.

– Não, eu não esqueci – falei puxando meu braço. – E se você me der licença, tenho mais coisas para fazer. – passei por ele pisando forte.

Minhas mãos tremiam de raiva. Eu odiava homens possessivos.

Cheguei em casa e tomei um banho, apesar de, em breve, ir para a praia. Consegui me acalmar e quando Thalia passou para me buscar, eu estava novamente revigorada.

Piper, Thalia e eu caminhamos na areia, procurando um lugar para deixarmos nossas coisas.

– Acho que aqui está bom, garotas – falou Piper, que parecia já ter ganhado rubor simplesmente pelo fato de sair de casa.

Soltamos nossas coisas em cima de uma toalha. Fiquei de biquíni, assim como Thalia. Piper estava de maiô, pois ainda estava com o tronco enfaixado devido às costelas que haviam quebrado, embora ela nos garantisse que não sentia mais dor.

Piper apenas caminhou na praia, na beira do mar, não podia movimentar-se muito rápido. Já eu e Thalia mergulhamos e brincamos nas ondas.

Saí do mar depois de um longo tempo. Coloquei meu vestido por cima do biquíni e sentei-me ao lado de Piper. Thalia continuava no mar.

–Você está bem? – perguntei enquanto tomava água.

– Mais ou menos - respondeu Piper.

– Sabe que pode me contar – falei sinceramente.

– É Jason. – falou com a voz tristonha. – Tenho medo de perdê-lo Annie. – falou olhando-me com olhos lacrimejados.

– Você não vai perdê-lo – tentei soar o mais confiante possível.

– Você não entende. Desconfio que ele saiba quando vou lá visitá-lo e que ele não quer me ver, fingindo que está dormindo. Da última vez que nos falamos, ele não sabia quem eu era. Ele não tinha mais aquela expressão calorosa e divertida, ele era outra pessoa – as lágrimas escorriam pelo rosto delicado de Piper. – Todas as noites, sonho que Jason está caminhando na minha frente. Eu grito e chamo, ele se vira pra mim, me olha como se eu fosse uma estranha e volta a caminhar. Mas não consigo chegar até ele, nunca. Quando me aproximo suficiente para tocá-lo, meu peito explode em dor, como se todas minhas costelas estivessem furando meu pulmão. Eu sempre acordo com dor e tenho que tomar analgésicos– seus olhos pareciam um poço de tristeza e vazio, mas principalmente dor. Eu já havia sentido isso antes.

– Desculpe Piper, não queria ter te feito chorar – senti como se eu mesma fosse chorar, tamanha foi a sensação de dejà vu que me ocorrera.

– Tudo bem, sinto que precisava contar isso para alguém. – apesar das palavras, as lágrimas continuavam escorrendo.

– Ei, Piper, não fique assim – falou Thalia, que havia voltado do mar e estava ajoelhando-se em frente a Piper. – Jason é um idiota, mas não tão idiota a ponto de abandonar você. Saiba que você é a única cunhada que vou aceitar.

Piper sorriu, mas o sorriso não chegou aos seus olhos.

– Obrigado! Não sei o que seria sem vocês.

– Sei o que está sentindo, melhor do que pensa. Além disso, amigas são para isso- falei abraçando-a.

–Vamos dar mais um pulo no mar antes que o sol se ponha. – chamou Thalia.

–Mas ainda são sete horas! – exclamei.

– Na praia o tempo passa mais rápido do que gostaríamos – falou como se fosse óbvio.

– Isso não dá pra negar! – exclamou uma voz atrás de nós.

Viramos-nos para ver quem era, mas não reconhecemos até que a garota tirou seus óculos escuros. Ela tinha longos cabelos ruivos e vestia-se com um biquíni verde, que destacava a cor dos seus olhos.

– Ai. Meus. Deuses. – gritei. – Rachel!

Corri abraçar a garota. Eu e ela já havíamos brigado bastante (sim, foi pelo Cabeça de Alga), mas depois que eu e Percy começamos a namorar, Rachel pareceu aceitar, e nos tornamos muito próximas.

– Como é bom ver você, Annie. E Thalia!! Piper!!

Thalia e Piper cumprimentaram Rachel, entusiasmadas. Já fazia uns três anos desde que os pais de Rachel a obrigaram a ir para uma escola particular, longe da cidade, e nunca mais a tínhamos visto desde então.

– Quando você chegou? – perguntou Piper, que havia se levantado.

– Há poucos dias. Soube que você e Jason sofreram um acidente. Vocês estão bem? – o tom de Rachel deixava claro que estava realmente preocupada, e não somente fingindo.

– Melhorando conforme o passar dos dias – percebi que Piper havia sido curta, mas sem ser grossa, deixando claro que não queria falar no assunto.

– Seus pais também voltaram para a cidade? – perguntou Thalia quebrando o silêncio que havia se abatido.

– Não, voltei com minha tia Héstia. Ela tinha negócios para resolver, então voltei com ela.

– Mas você vai ficar não é? – perguntou Piper.

– Não sei, depende da minha tia.

– Mas você não está em aula? – perguntei curiosa.

– Bem, estou sim. Mas aquilo é uma chatice. Convenci minha mãe a me deixar sair por um tempo, agora não sei se volto para lá ou fico por aqui. Isso só o tempo dirá.

–Bom, então vamos aproveitar o tempo que você está aqui. – falei enquanto três de nós corriam para o mar.

POV Thalia

Eu poderia dizer que meu dia só melhorou a parti daí, mas eu estaria mentindo. Estávamos descansando na areia quando chegaram mais “visitas”.

Eu estava deitada em minha toalha, de olhos fechados, aproveitando que o sol ainda não havia começado a se pôr quando uma sombra me cobriu. Pensei que fosse uma das garotas, mas o perfume era masculino. Leo, foi a primeira coisa que pensei. Sorri. Então me lembrei do que havia acontecido e meu sorriso rapidamente sumiu. Abri os olhos para mandá-lo embora, mas não era ele.

– Olá princesinha! – falou Nico, quase debruçado sobre mim. Comecei a rir e estiquei o braço para Nico me ajudar a levantar.

–Já disse que não gosto que me chamem assim.

– Mas você gostava – falou inocentemente.

– Quando tinha 5 anos – respondi rindo e revirando os olhos. – O que está fazendo aqui? –perguntei curiosa.

– Não sei.

–Como assim? – percebi que ainda estava segurando sua mão e soltei lentamente.

– Vim com Percy. – falou calmamente. Olhei para o lado de Nico e vi Percy parado, olhando-me com um sorriso metidinho, que eu odiava, mas Annabeth amava. Senti meu rosto ferver, mas logo o rosto de Percy se concentrou em outra coisa.

Annabeth vinha do mar com Piper e Rachel. Se me concentrasse, juro que conseguiria sentir o calor que emanou do rosto de Annabeth. Ela não gostava de ser vista de biquíni, muito menos por garotos, um em especial, e ele estava olhando diretamente para ela.

Fiquei tão concentrada em rir de Annabeth que não percebi que Nico também olhava para mim. Não sei quem ruborizou mais, eu ou Annabeth.

Percebi que havia começado uma sequencia de cumprimentos e abraços, mas a única coisa que escutei foi a voz de Nico:

– Posso conversar em particular com você? É bem rapidinho...

Assenti e caminhamos para debaixo de uma palmeira.

– Vou ser bem direto, porque acho que será mais fácil. Você quer ir ao baile comigo?

Eu já imaginava que ele me perguntaria isso assim que me chamou para conversar, mas estar preparada não diminuiu a sensação de surpresa e nem impediu que meu coração imitasse uma metralhadora.

Eu não sabia se eu ainda tinha alguma coisa com Leo, estávamos em uma situação complicada. Eu não queria falar com ele e ele não queria falar comigo. Mas isso não impediu que eu respondesse Nico com firmeza.

– Sim.

– É sério? – perguntou incrédulo, como se não acreditasse no que ouvia.

– Claro.

Não sei o que aconteceu em seguida, a única coisa que senti foram os lábios macios de Nico em minha boca. Ele me beijava com suavidade e sem pressa, como se prolongar aquele momento fosse o que ele mais quisesse na vida.

POV Jason

Sim, eu sou um idiota, mas ser um idiota me fazia bem. Eu continuei fazendo a mesma coisa que havia feito desde que acordara nas primeiras vezes. Eu falava apenas com Drew, que veio todos os dias da última semana, e com os médicos, mas dessa vez não tive escapatória e precisei falar com meu pai.

Um médico jovem, um ou dois anos mais velho que eu, com cabelos castanhos e olhos dourados estava trocando o curativo de minha cabeça quando meu pai entrou no quarto. Não tive como fechar os olhos e fingir dormir, pois eu estava conversando com o médico quando ele abrira a porta.

O médico cumprimentou meu pai, terminou rapidamente o que estava fazendo e foi embora. Nenhum falou nada e não sei se passaram segundos ou minutos, mas finalmente quebrei o silêncio.

– Não sei o que veio fazer ou dizer pai, mas quero que o faça logo.

– Parece que você sabe quem eu sou.

– Perdi apenas memórias recentes, não todas elas.

– Que pena...

– O quê!? – exclamei estupefato. Meu pai dizendo isso?

– Não me entenda mal, mas é que se você tivesse perdido toda a memória, eu poderia mudar sua percepção de mim como pai. Poderíamos tentar ser mais próximos.

Suas palavras fecharam minha garganta. Pigarreei para desfazer o nó. Minha voz saiu embargada.

– Nunca é tarde para recomeçar.

– Tem razão... É por isso que quero lhe oferecer uma coisa.

– Diga.

– Bem, não sei se você sabe, mas haverá um baile na sua escola daqui duas semanas e acho que você vai querer ir, se puder.

– Bem, acho que sim. – não era bem uma pergunta, mas respondi mesmo assim.

– Eu falei com os médicos e eles concordaram que você precisa fazer uma viagem. Sair desse hospital, ir para bem longe, pelo menos por um tempo, talvez sua memória volte mais facilmente e esteja melhor para o baile. Você voltaria uns dias antes para que pudesse se arrumar.

– Mas como vou cuidar da minha cabeça? – ele sabia que eu estava falando do traumatismo que eu sofrera.

–Os médicos agendariam no hospital local, explicando sua condição. Além disso, sem querer estragar, você teria que dormir no hospital.

Pensei no assunto e percebi que era uma boa ideia mesmo assim.

– Está bem, eu aceito. Posso levar uma acompanhante?

– Claro, imagino que vá querer levar sua namorada.

–Namorada? Não. Não sei do que está falando. Mas já tenho alguém para convidar. – falei confuso pela sugestão de meu pai. Será que ele estava falando daquela garota parecida com Drew? Pepi... Poper... Piper... Isso! Piper.

– Por mim tudo bem, você escolhe. – falou meu pai, interrompendo meu monólogo mental. - Vou comprar as passagens. Vocês partem depois de amanhã, bem cedo. Sua acompanhante ficaria hospedada em um hotel.

– Sem problemas. Para onde vamos? – perguntei verdadeiramente curioso.

– São Francisco. É uma cidade linda, vocês vão gostar. – Ele pareceu sem saber o que falar agora que já havia feito o convite. – Bom, preciso ir – falou olhando o relógio.

Ele já estava na porta quando o chamei:

– Pai! – ele virou-se, surpreso por eu tê-lo chamado. – Obrigado!

Ele deu um meio sorriso constrangido e foi embora.

Como se fosse combinado, cinco minutos depois o médico voltou. Ele falou-me que Drew havia vindo me visitar e me esperava nos jardins. Pedi para que ele me levasse até lá.

Levantei devagar, não conseguindo evitar a tontura que se seguiu, como sempre acontecia, mas dessa vez foi mais suave, quase não cambaleei.

Caminhei devagar até o jardim dos fundos. Drew estava sentada no “nosso” banco. Quando me viu, Drew levantou-se e veio me abraçar. O médico nos deixou sozinhos.

Andei, amparado por Drew, até o banco. Ela sentou-se ao meu lado. Ela se vestia de vermelho. A cor que eu mais gostava, pois ficava linda em sua pele morena.

– Já disse como gosto quando usa vermelho? – perguntei. Drew tinha uma risada parecida com sinos de vento.

– Já. Três vezes. É por isso que eu uso. E então, por que demorou? – perguntou enquanto abria um pote de bolo de chocolate, meu preferido.

– Meu pai veio falar comigo.

– Ele conseguiu te encontrar acordado? – a risada de Drew foi contagiante. Dei um sorriso.

– Não consegui, eu estava conversando com o médico que estava enfaixando minha cabeça quando ele entrou. Não pude evitar.

– E o que ele falou? – perguntou curiosa.

– Ele me disse que vou fazer uma viagem.

– Como assim? Você não pode me deixar! – seus olhos se arregalaram de uma forma meiga.

– Eu não vou deixar- falei calmamente.

– Você disse que não para seu pai? – perguntou.

– Não, eu vou ir. E você vai junto.

O rosto de Drew reluziu tanto que parecia que o céu havia ganhado um novo sol.

Apesar do batom vermelho, não consegui evitar retribuir o beijo de Drew. Ela tinha cheiro de jasmins na primavera. A vida desprovida de algumas memórias podia não ser tão ruim assim.


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Notas finais do capítulo

Espero q tenham gostado!! Reviews, okaay?? kkkkkkkk
Kisses *.*