Shouldn't Come Back escrita por EviGrangerChase


Capítulo 20
Convite


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeey, brother
Do you still believe in one another?
Heeeeeeeey, sister
Do you still believe in love? I wonder
Oooooohhhh eu volteeeii!!! kkkkkkkkkkkkkkkk
Bem galerinha, desculpe mesmo pela demora, prometo que a partir de agora eu vou tentar postar com mais frequência, afinal, férias são férias ashuashuashua
Esse não é o cap do baile, maaaas ele tá chegando, vocês vão descobrir alguns casais, mas outros ficarão na incógnita por mais um pouquinho muahahaha Vocês ainda podem escolher os que ainda não foram decididos, se vocês ainda não escolheram, claro kkkkk
Bom, espero que gostem e me mandem mtos mtos reviews ashaushau Kisses ^.^



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POV Leo

Thalia não me atendia nem respondia minhas mensagens. Nos corredores, para ela, eu parecia mais um objeto de decoração nas paredes do que um ser humano propriamente dito. Eu estava cansado de ser ignorado.

Não vou dizer que ela não tinha razões para isso, mas ela podia, pelo menos, me escutar.

Passei há ficar mais tempo com Calipso. Talvez isso tenha ajudado Thalia em sua tentativa de ficar afastada de mim.

Mas a culpa não era inteiramente minha e de Calipso, Thalia estaca passando bastante tempo com Nico, e sim, isso me causava um pouco de ciúmes.

*** Mais 2 semanas***

POV Annabeth

Só se falava naquele maldito baile. Eu não sabia se eu realmente iria, não sabia nem se eu queria ir, mas de qualquer forma, aquilo estava começando a me irritar.

A maioria das garotas só ficava falando sobre quem convidaria quem, ou então se jogando em cima dos garotos para fazer com que eles a convidassem. Ainda faltavam três semanas...

Do meu grupo de amigos, alguns já tinham par. Alguns casais eram óbvios, pois eram namorados, como Silena e Charles, Frank e Hazel. Alguns eram novidade, como Bianca e Ethan, que nunca demonstraram nenhum sentimento além de amizade, mas quando se via os dois juntos, dava para se perceber certa química entre eles.

Eu não tinha par, e particularmente, não estava muito preocupada com isso. Nunca fui alvo de flertes e paqueras como Thalia e Piper sempre foram, e isso não me incomodava.

Lembrando-me de Piper, senti certa tristeza em meu peito. Ela iria com Jason se os dois não tivessem sofrido àquele maldito acidente. Ela já havia recebido alta do hospital há uma semana, logo voltaria às aulas, no entanto Jason era um caso mais complicado. Sempre que íamos visitá-lo ele estava dormindo no seu quarto. Apesar dos médicos insistirem que ele passava a maior parte do tempo acordado, nunca o vi de olhos abertos senão na primeira vez que o visitei e que ele não reconhecera ninguém. Talvez ele estivesse fingindo, pensei. Isso deveria ter me incomodado, mas surpreendentemente não me importei. Uma parte de mim entendia que ele precisava de tempo para organizar os pensamentos, que deviam girar como um turbilhão em sua mente confusa. Desejei que ele se recuperasse, pois os médicos afirmaram que Piper estará boa para ir à uma festa daqui três semanas, quando será o baile e se Jason se recuperar, conseguirá acompanhá-la, mesmo que só por alguns minutos.

Terminei de fazer a última questão de meu dever de casa e fui ajudar no que podia para ajeitar minha casa. Ajeitei os quartos e a sala, abrindo bem as janelas para deixar ventilar, como era meu costume. A sexta-feira sempre me enchia de novas energias.

Estava pronta para tomar banho quanto escutei meu celular receber uma mensagem. Imaginei que fosse minha mãe, ela costumava ficar até tarde na empresa resolvendo assuntos de negócios ou então saia com seu novo namorado na sexta-feira, mas não era ela.

Fiquei curiosa ao ver o remetente de minha mensagem, o que ele poderia querer comigo? Percy não costumava mandar mensagens. Não consegui evitar, e um sorriso escapou de meus lábios enquanto lia.

Hey, vc aceitaria vir cmg num lugar hj? Preciso falar urgente com vc. Percy

Apesar de ter ficado um pouco preocupada e não fazer ideia do que ele queria falar comigo, respondi.

Ok, blz. O que devo vestir e que hrs?

Ele não demorou a me responder.

Passo na sua casa as 20h.O lugar é um pouco chique, mas nada extravagante, então va do jeito que se sente confortável.

Respondi mais um “ok” e corri para meu banheiro tomar um banho. Por algum motivo me sentia nervosa, talvez eu soubesse o motivo disso.

Eu e Percy estávamos tentando retomar nossa amizade, apesar de sabermos que nunca conseguiremos apagar totalmente nossos anos de brigas e raiva. Estávamos tendo muito cuidado, como se nossa amizade fosse uma escultura feita da mais fina camada de gelo. Qualquer briga a despedaçaria; talvez para sempre. E nenhum de nós queria isso.

Eu não sabia para onde iríamos, mas separei uma roupa legal, não exageradamente chique nem comum. Separei com cuidado para não chamar muita atenção, não importando o lugar, cuidando sempre o horário. Meu coração parecia uma metralhadora, todas as vezes que eu pensava nas próximas horas.

POV Jason

Acordei novamente com dor de cabeça. Nos últimos dias ela havia se tornado minha companheira constante. Os médicos diziam que era um efeito da minha recuperação e por isso me davam sedativos para a dor, o que me fazia ficar a maior parte do tempo dormindo, não que eu quisesse realmente ficar acordado para receber visitas.

Sempre que recobrava a consciência, esperava para ver se escutava alguém no quarto e se não escutasse nada, abria os olhos. Do contrário, continuava “dormindo” até ficar sozinho novamente, mesmo que isso significasse uma dor de cabeça insuportável.

Você pode me considerar louco, ou até mesmo estúpido por estar fazendo isso, mas a verdade é que eu não queria mais ser exposto a coisas que eu não conseguia me lembrar, isso só me deixava com mais dor de cabeça e cada vez mais confuso. Queria lembrar-me sozinho das coisas, mesmo que isso significasse magoar alguém que eu gostasse.

Dessa vez não escutei nada e abri os olhos, mas me arrependi imediatamente, havia alguém no quarto. Fechei os olhos imediatamente, mas foi tarde mais, a garota havia percebido que eu estava acordado.

– Não adianta fingir, eu vi que você está acordado – falou uma voz melodiosa e brincalhona. Abri os olhos para ver quem era e surpreendi-me ao ver a beleza da garota. Ela era familiar, mas eu não sabia da onde. Tinha sedosos e brilhantes cabelos castanhos. Estava bem arrumada com um vestido vermelho, uma cor que ficava perfeita em sua pele bronzeada. Estava bem maquiada e quando olhava para mim, parecia que era a única coisa que já havia visto no mundo.

– Olá – cumprimentei-a. – Quem é você? – posso ter soado meio mal-educado ao falar isso, ainda mais com ela sendo-me tão familiar, mas não pude evitar perguntar. Ela pareceu se divertir, soltando uma suave e melodiosa risada.

– Eu sou Drew – falou a garota, sorrindo com dentes tão brilhantes que refletiram a claridade que entrava pela janela. Sorri de volta.

– Desculpe, não lembro muito bem de você – falei verdadeiramente constrangido. Eu deveria me lembrar de alguém como ela.

– Tudo bem, sei que foi difícil o que passou, mas saiba que sempre que precisar estarei aqui – falou enquanto encostava sua mão macia me meu braço, causando-me um arrepio.

–Bem, muito obrigado – falei sinceramente – Já me aproveitando de sua generosidade, poderia levantar um pouco minha cama? Meus músculos estão rígidos.

Ela riu mais alto dessa vez e tive que sorrir junto com ela. Minhas bochechas estavam rígidas, tanto era o tempo que eu não sorria.

– Com todo prazer senhor capitão – falou enquanto batia continência e me fazia rir mais um pouco. Senti meu tronco se elevar conforme a cama. Pedi para ela parar quando fiquei mais sentado do que deitado.

Agora eu conseguia vê-la melhor. Vi seus brilhantes olhos se desviarem quando me viu encarando-a.

–Bem, preciso ir agora – falou. – Prometo que volto.

– Já? Não queria que você fosse... – escutei as palavras saindo de minha boca antes que eu pudesse repreendê-las. Ela sorriu, desviando o olhar mais uma vez. Segurei sua mão.

– Desculpe, preciso mesmo ir, mas quando eu voltar, eu digo meu nome e você vai saber que sou eu – disse enquanto se aproximava para me dar um beijo na bochecha. Seus lábios pareciam ter marcado meu rosto a fogo.

Ela sorriu e abanou um pequeno tchau quando chegou perto da porta. Quando ela saiu, senti meus lábios se curvando mais uma vez em um sorriso. Minha dor de cabeça havia passado e eu não queria mais dormir.

POV Percy

Estacionei em frente a porta da casa de Annabeth. Buzinei uma vez e em questão de segundos a porta se abriu. Annabeth estava, como sempre, linda. Mais do que linda, deslumbrante. Senti-me um idiota em minha roupa social.

Ela usava um vestido simples e comportado, com joias discretas, assim como a maquiagem e o penteado. Os cabelos estavam quase todos soltos, exceto por algumas mechas que estavam presas no topo da cabeça. Só de vê-la, meu coração disparou e senti uma vontade quase incontrolável de tomá-la em meus braços.

–Boa noite – falei sorrindo enquanto ela entrava em meu carro.

– Boa noite – respondeu-me com outro sorriso. – Para onde vai me levar?

– Isso vai ser uma surpresa – falei enquanto ria de sua cara de indignação. – Eu sei que você vai tentar me estrangular, mas vou ter que exigir que coloque isso – falei levantando uma venda preta.

–Ah não... Não, não... Nem pensar.

– Por favor – implorei fazendo uma cara que eu sabia que a convenceria. E deu certo. Ela olhou para mim uma vez emburrada, pronta para sair do carro, mas ao ver minha expressão seu rosto foi relaxando até que finalmente ela concordou.

– Isso não é justo Percy Jackson – falou enquanto eu colocava a venda em seus olhos.

– O que não é justo? – perguntei inocentemente.

– Sua cara de bebê foca.

– A minha o quê? – perguntei incrédulo.

– Cara de bebê foca. – falou como se fosse óbvio.

– Não faço ideia do que esteja falando... Você esqueceu o cinto. – falei.

Ela se embaralhou com o cinto e percebi que não conseguiria se ajeitar.

– Solte – falei dando risada. Ela soltou o cinto com força enquanto resmungava alguma coisa sobre cintos de segurança e cegos. Debrucei-me sobre ela para poder alcançar o cinto, não foi minha intenção, mas acabei roçando meu rosto em seu pescoço. Seu perfume era de rosas e me deixou inebriado por alguns segundos. Torci para que ela não tivesse percebido meu momento de distração, ou então eu já poderia considerar um tapa na cara. – Prontinho! – falei.

Ajeitei-me em meu banco e dei a partida. Falamos pouco no caminho, mas o silêncio não foi constrangedor, foi de certa forma, agradável.

– Você não vai me levar até sequestradores ou assassinos, não é? – perguntou um pouco antes de chegarmos. Ri de sua pergunta, apesar de ser válida.

– Não posso contar, é surpresa! – falei enquanto caímos na risada.

O local escolhido era um restaurante, à beira de um lago. Ficava na cidade vizinha. Era um restaurante famoso por sua excelente comida e bom atendimento. Era famoso também pelo número de casais que iam ali, mas não escolhi este lugar por causa disso, éramos só amigos, tentando recuperar uma amizade perdida.

Conduzi-a até uma mesa, na parte exterior do restaurante, onde era possível ver o lago, refletindo as primeiras estrelas. Quando chegamos, tirei sua venda e sua expressão de alegria e surpresa foi tão linda que fiz um esforço para deixá-la para sempre guardada em minha memória.

Puxei a cadeira para ela, como os homens de antigamente faziam. Seus olhos estavam mais brilhantes que o normal e não conseguiam se desviar da paisagem ao nosso redor.

–Percy, esse lugar é lindo – falou embasbacada. Assenti.

– Mas não trouxe você aqui só por isso. – falei.

– Como assim? – perguntou curiosa. Hesitei para responder:

– Eu queria saber se...

– Vão querer fazer seu pedido agora? – um garçom mais ou menos da nossa idade havia se colocado diante da nossa mesa. Percebi que ele olhava mais para Annabeth do que deveria, e isso por algum motivo de deixou irritado, ainda mais após ter me interrompido.

– Por enquanto apenas um champagne – falei alto para desviar a atenção dele de Annabeth. Ele virou-se para mim contra vontade e anotou o pedido.

– Sim, é claro senhor. – falou o garçom e foi embora. – Tem alguma preferência?

– A que o chefe sugerir. – falei sem olhá-lo.

– Sim, senhor. - falou antes de virar-se e ir embora.

– Qual é o problema? – perguntou Annabeth com um pequeno sorriso.

– Como assim?

– Você está me olhando com uma cara engraçada.

– Desculpe, eu me distrai. Não gostei do jeito que ele olhou para você.

– Ele quem? – perguntou evidentemente confusa.

– O garçom.

– Não faço ideia do que esteja falando.

– Bem, vamos voltar ao nosso assunto. Como eu estava dizendo, eu queria saber se...

– Aqui está senhor, o champagne que pediu. – Não consegui evitar um suspiro de impaciência. Annabeth sorriu ao ver minha expressão. O garçom havia voltado com a garrafa e duas taças vazias, as quais ele encheu vagarosamente, como se fosse proposital para eu não falar o que queria. – Vão querer mais alguma coisa?

– Já disse que por enquanto não, quando decidirmos, eu lhe chamo – falei com impaciência.

– Como quiser, senhor. – E foi embora.

– Vamos retomar o assunto antes que ele volte. – sugeriu Annabeth, enquanto sorria.

– Isso, onde eu estava?

– Você queria saber alguma coisa – falou e em seguida tomou um gole de sua champagne. Acompanhei-a no gesto antes de falar. Era muito boa.

– Bem, eu soube que você não estava muito afim de ir no baile porque não tinha par, e então eu pensei que não haveria problema se fôssemos juntos. Eu e você. Como amigos, claro. – acrescentei. Senti meu rosto esquentando conforme as palavras saiam. Eu não conseguia mais olhar para os olhos cinzentos da garota à minha frente. Ela ficou em silêncio por um bom tempo, temi ter ido longe demais, principalmente agora que estávamos nos dando bem. – Eu vou entender se ainda assim não quiser e... – comecei a tagarelas para preencher o silêncio, mas ela me interrompeu.

– Acho que é uma boa ideia – falou. Demorei a entender o que ela havia dito.

– É sério? – perguntei incrédulo.

–Sim – falou calmamente enquanto ruborizava delicadamente. – Acho que vai ser legal.

–Bom, sendo assim, tenho algo para você – falei.

– Algo para mim? – perguntou curiosa. Assenti enquanto pegava a caixinha de veludo preto e colocava sobre a mesa.

– É apenas uma lembrança, não significa compromisso em nada, é apenas um presente. – disse enquanto oferecia a ela a caixinha. Suas mãos estavam trêmulas quando pegaram a caixinha.

– Percy, não precisava nada... – começou, mas não deixei que terminasse.

– Não foi nada, é um presente para uma amiga – falei com um sorriso. Ela sorriu em resposta. – Abra, veja se gosta. Se não gostar, posso trocar.

Ela atrapalhou-se um pouquinho com o fecho, mas por fim conseguiu abrir. Seus olhos brilharam ao ver a joia. Era uma pulseira, cheia de delicadas pedras azuis que lembravam safiras, cercadas por pedras menores, da cor do diamante. Era uma joia toda feita em prata.

– Percy... É linda! – Annabeth parecia sem palavras.

– Quando eu a vi lembrei-me de você.

– Muito, muito obrigado. Como posso agradecer?

– Não precisa, você já aceitou ir ao baile comigo.

Ela sorriu. Estava ainda mais linda com os olhos brilhantes de lágrimas.

– Obrigado – sussurrou uma última vez.

Depois tivemos que fazer nosso pedido, ou o garçom chato não ia sossegar. Levei-a para casa, mas antes de sair de meu carro, ela me deu um beijo na bochecha, o que deixou meu rosto fervendo. Ela segurava a caixinha como se fosse a coisa mais importante de seu mundo.

– Obrigado mais uma vez – falou.

–Não foi nada Annie... Quero dizer, Annabeth. – lembrei que ela não queria ser chamada assim por mim.

–Tudo bem, pode me chamar de Annie... Cabeça de Alga. – e foi embora. Deixando-me sozinho no carro, com pensamentos, e emoções misturados num turbilhão.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?? Só garanto uma coisa.... muitas surpresas vem aí!! Desculpe por fazer o "tempo" passar tão depressa, mas se eu fizesse tudo meio grudado ficaria um pouco esquisito, então acho que ele é necessário. Vou tentar não pular mais muito ashuashua Kisses ^.^