Scarlett escrita por Tay Gomes


Capítulo 3
Capitulo III: Proteção de um amigo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/496139/chapter/3

Quando ela chegou ao portão principal, havia um carro azul-marinho com vidros escuros, com medo ela recuou devagar, mas foi parada por sua mãe que disse.

– Calma, querida essa é a sua carona, já que sofremos uma ameaça ontem seu pai buscou uns a contatos antigos e garantiu sua segurança.- ela fez um gesto para o carro e a porta de trás se abriu e saiu um homem do tamanho de um armário, isso deixou Scarlett mais assustada ainda.

–Mãe...prefiro ir de ônibus!

A Sophia riu e colocou a mão no ombro dela.

–Filha ele é só o guarda-costas da sua carona.

Ainda tensa ela perguntou.

–Então quem é a minha carona?

– É o filho de um velho amigo de negócios do seu pai, ele é da mesma escola que você.

Scarlett ficou confusa, quem poderia ser filho de um mafioso, na sua escola!?

Ela teve seu pensamento interrompido pelo “armário”.

–Com licença senhoras, mas temos que ir.

Sophia abraçou Scarlett e disse.

– Tenha um bom dia filha e fica tranquila, ele é um ótimo rapaz.

– Tudo bem mãe, ovu confiar nas suas palavras.

Scarlett caminhou até o carro, ela estava estalando os dedos, ela fazia isso quando estava nervosa, com medo ou os dois. O armário abriu a porta de trás do carro para a bela jovem, quando ela entrou no carro seu coração parou e boquiaberta ela disse.

–Você ?! - a expressão no rosto dela era uma mistura de espanto e surpressa, uma mistura quase indescritível.

O rapaz sorriu com a feição de Scarlett.

– Mas que cara é essa que você ta fazendo Scar, não sei porque tanto espanto...achei que você soubesse, já que o meu pai e o seu são grandes amigos de anos.

–Leoni eu nem sabia que o meu pai era mafioso, como saberia sobre essa amizade entre o seu pai e o meu...pera ai.- ela parou para pensar e chegou a uma conclusão- A então era por isso que você tava na minha festa.

Ele fez que sim com a cabeça e completou dizendo.

– É seu pai chamou meus pais para uma festa e logo que soube que era a festa do seu aniversário me ofereci para ir também.

Os olhos dela brilharam e ela deu um sorriso tímido. Depois eles não trocaram mais nenhuma palavra.

Chegando na escola ao descer do carro as pessoas ficaram olhando para eles e coxixando, o rosto de Scarlett corou. Ela olhou para Leoni sorriu e agradeceu a carona.

– Agradeço a carona, obrigada Leoni.

–De nada Scar, saiba que é um prazer para mim.

Ela segui em frente até suas amigas que estavam dando risinhos, quando chegou até elas Leoni gritou.

– Scar, te espero na hora da saida.

Todos os olhares se voltaram para ela, que puxou as meninas escola a dentro até o banheiro feminino.

– Para tudo…- disse Sarah como se aquilo fosse o bafo do século.

Scarlett riu envergonhada.

–Nada demais apenas uma carona. - Ela sabia que não podia contar o que realmente estava acontecendo na sua casa.

–Ata, me engana que eu gosto, até parece que não rolou um beijinho!- Disse Lola com desdem.

–Para Lola, não preciso mentir, ainda mais para vocês.- disse abraçando suas amigas

– Vamos acreditar em você, por enquanto! - disse Sarah

– Olha Sarah aposto cinquenta pratas que daqui no máximo duas semanas teremos um novo casal aqui na escola!- Apostou Lola

– Apostado.

Scarlett riu com sarcasmo e advertiu.

– Suas bobas, é melhor pararem com essas bobagens, vamos logo para a sala.

O riso parou e as feições revelaram desanimo, afinal são raras as pessoas que trocam uma boa conversa por aula de Química.

Elas caminharam até sala de aula quando chegaram na porta deram um profundo suspiro e entraram. Na sala não haviam lugares juntos para as três, então cada uma sentou em um lugar diferente, Lola sentou ao lado da Beteh uma nerd de quem Lola costumava colar, Sarah sentou ao lado do Júlio um rockerio por quem ela suspirava secretamente e para Scarlett sobrou um lugar ao lado do belo e misterioso Leoni.

–Oi, de novo Scar.-disse ele com um leve sorriso no rosto

Ela apenas olhou para ele e sorriu com um jeito meio sem graça e se sentou.

A professora Rosa começou a aula.

– Hoje vamos falar de Carbono........

Enquanto a professora falava Leoni tentou puxar conversa com Scarlett.

– Então carbonos..são bem legais né?

Scarlett olhou para Leoni com uma das sobrancelhas levantadas.

– Se você ta tentando conversar comigo sugiro outro assunto, pois carbonos não são muito a minha praia. - risos

– É você está certa, to me sentindo um idiota.

–Que nada, pelo menos você tentou .

–Vocês dois ai atrás, por que não me explicam o que é uma cadeia fechada?

–Desculpa professora, não tínhamos a intenção de atrapalhar a sua explicação.- se explicou Scarlett.

–Tudo bem.- disse a professora aceitando as desculpas.

Quando ela se virou para o quadro Leoni a chamou e perguntou.

–Professora, respondendo a sua pergunta uma cadeia fechada é quando (colocar aqui o que é uma cadeia fechada de carbono) , estou certo?

A professora ficou pasma, ela achava que ele não saberia a resposta por não estar prestando atenção mas ela estava enganada.

– Parabéns Leoni, estou surpresa por mesmo sem o senhor prestar atenção na aula sabe a resposta, me parece que teremos um dez na próxima prova.

–Professora se eu fosse a senhora não ficava contando com isso. - retrucou Leoni

–Vamos encerrar esse assunto por aqui e prosseguir com a matéria.

Então a professora prosseguiu com a aula.

– Então alunos continuando, também temos a cadeia aberta que consiste em... - ela prosseguiu

A voz da professora ecoou na sala por mais logos trinta minutos sobre Carbono.

– É isso gente, por hoje é só, para semana que vem eu quero que vocês e o colega que está sentado ao seu lado farão um trabalho juntos sobre Carbono, as suas ligações e cadeias e a história do carbono em resumo.- disse a professora enquanto arrumava as suas coisas.

O sinal do intervalo tocou e uma avalanche de estudantes invadiu o corredor, Scarlett foi a última a sair, ela não gostava daquele tumulto no corredor. Enquanto espera falou sobre o trabalho com o Leoni.

–Então depois da aula, a gente conversa sobre o que vamos fazer para o trabalho.

–Tudo bem, Scar. Tenho que ir agora tenho aula de matemática avançada.

Ele deu um beijo no rosto dela e saiu. E ela continuou esperando.

Quando a avalanche humana diminui ele saiu de sala e foi em direção ao vestiário, aula de educação física.

Educação física era uma das matérias que Scarlett mais gostava e era uma das melhores alunas, ainda andando ela foi parada pelo treinador da equipe de ginástica artística.

–Olá senhorita Montez!- Disse o treinador apertando a mão dela.

–Olá treinador, esse ano a equipe entrará para o campeonato?

–Olha tudo indica que sim, vai depender do decorrer das coisas e do desempenho da equipe.

Ela sorriu e disse.

–Se depender de mim vamos. Mas agora eu tenho que ir …aula de educação física.

Ela se despediu do treinador e saiu andando apressadamente.

Chegando no vestiário ela foi imediatamente trocar de roupa, depois que trocou saiu correndo em direção a quadra. A quadra era enorme rodeada por uma arquibancada, a quadra tinha cestas de basquete, placar e era decorada com as cores da escola, amarelo e azul. Scarlett conseguiu se trocar muito rápido e chegou antes da divisão das equipes. No momento que o professor falava.

–Então galera esse ano temos muitos projetos em relação a esportes, vocês sabem que atualmente nossa escola tem apenas as meninas da ginástica e o time de futebol americano. Este ano queremos promover mais o time de vôlei e retomar o grupo de lideres de torcida que foi fechado há dois anos. - Ele fez uma pausa e bebeu um pouco de água da sua garrafa térmica azul que tinha o emblema do time de futebol da escola.

– Então, vamos precisar de lideres para ambos os projetos, alguma sugestão?

No fundo da quadra um dos alunos levantou a mão.

–Fala Derik.- disse o professor enquanto olhava a lista de chamada.

Derik era um cara lindo com belos olhos castanhos, cabelo loiro e muito forte. Também capitão do time de futebol é consequência ser forte. Ele também era um grande amigo de Scarlett, fora que ele era apaixonado por ela, porém em segredo que ele guardava desde quando a conheceu. A lembrança ainda estava vida na mente dele, quando ela entrou pelo portão principal do colégio vestida com uma calça capri jeans, uma blusa com uma estampa enorme de uma carinha amarela sorrindo e escrito “Sorria”, sobre a blusa ela usava com casaco moletom preto e tênis. Ele estava conversando com os meninos do time, quando ele a viu simplesmente ficou sem reação, depois ele se aproximou e o máximo que conseguiu foi a amizade dela que era indispensável para ele.

Ele se levantou e disse:

–Acho que a Scarlett seria uma ótima capitã das lideres de torcida, ela faz parte da ginástica e tem todos os requisitos. - disse ele olhando para ela, que apenas sorriu.

–Você está certo! O que você acha disso senhorita Montez? – disse e apontou para ela.

O rosto dela corou, mas isso não a impediu de responder.

–Claro que aceito, será um prazer.- ela sorriu.

–Ótimo, marque um dia para as audições e depois me passe. - disse enquanto anotava algo na agenda pessoal dele.

–Agora precisamos de alguém para ser capitão do time de vólei masculino. Alguém se candidata?

Ninguém levantou a mão, o professor ficou um pouco sem graça, até que uma menina se pronunciou.

–Professor eu gostaria. —Regina Samefi uma menina super atlética, ela era uma bela morena de cabelos cacheados e olhos negros, ela adorava esportes.

O professor ergueu os olhos e disse.

–Senhorita Samefi, aprecio a sua vontade e compromisso, mas é um time masculino.

Regina ficou indignada com a resposta do professor e questionou a decisão dele.

–Por que tem que ser um time masculino? Isso é preconceito com as mulheres?- Ela gesticulou e completou – Por acaso o senhor acha que eles são melhores do que nós? Isso é um absurdo!

O professor não disse nada, ficou um tempo pensando e anotando, até que respondeu.

–Lamento Senhorita Samefi, mas nosso objetivo é um time masculino, já que ninguém se candidatou irei escolher uma pessoa até o final da aula.

Ele fez uma pausa. Regina voltou sentar-se indignada e furiosa.

–Vamos começar a aula, as meninas para a direita e façam cinquenta abdominais e depois corram daqui até a cesta por vinte vezes.

Algumas meninas ignoraram o professor se sentaram na arquibancada e ficaram fofocando e lixando as unhas.

Scarlett uma amante da educação física foi fazer a atividade proposta pelo professor.

Ele virou em direção aos meninos e disse.

–Se dividam em quatro grupos, depois que vocês se dividirem, joguem uma partida de vôlei. Para que eu possa avaliá-los e ver qual de vocês tem mais aptidão para ser o responsável pelo time de vôlei.

Os rapazes se dividiram e começaram a jogar, o professor se sentou na arquibancada e ficou observando os rapazes e nem deu a mínima para as meninas. Regina estava furiosa não conseguia engolir a injustiça do professor, ela nem fez a atividade dada ela se sentou na arquibancada e abaixou a cabeça. Scarlett quando a viu imediatamente foi até ela para ver o que havia com ela e se poderia fazer alguma coisa pra ajudar.

–Regina, tudo bem?- Perguntou Scarlett que pós a mão sobre um dos ombros de Regina.

Ela levantou a cabeça, a feição dela era de decepção e raiva, ela olhou para Scarlett e respondeu.

–Não, não está nada bem. Esse professor é um idiota e machista. Que ódio!- Disse ela socando as pernas.

–Calma, nós vamos resolver isso, Regina. – Scarlett disse com um tom suave tentando acalmá-la.

–Tomara. -Ela olhou para os rapazes que estavam jogando, ou melhor, tentando jogar vôlei.

–Ta vendo Scarlett o Junior, ele nem sabem sacar. Imagina se eles forem participar de algum campeonato representando a nossa escola, vamos passar vergonha.

Scarlett fez uma cara de quem teve uma ideia, foi como se aquela lâmpada bem clichê tivesse surgido bem em cima de sua cabeça.

– Já sei. Regina, chama as meninas que sabem jogar vôlei, eu vou aqui pegar umas coisas e já volto.

–Tudo bem, mas o que você vai fazer?- Perguntou.

–Espere e verá. – Scarlett sorriu, virou-se e saiu correndo até a sala onde ficam os objetos de educação física. Ela procurou bem no fundo da sala e tirou lá do cantinho uma rede de vôlei velha.

–Isso. Aqui está você! – e no outro canto pegou uma bola de vôlei de dentro de uma caixa. Ela comemorou e voltou para onde estavam as meninas.

–Scarlett, apenas oito meninas jogam vôlei. A Mary, Sami, Camille, Jéssica, Robertha, Quera, Lucia e eu.

–Perfeito, Camille me dá uma ajudinha aqui. – pediu Scarlett.

Camille imediatamente foi ajudá-la. Scarlett pegou uma das pontas da rede e Camille a outras, então elas esticaram e prenderam a rede.

–Pronto.- concluiu Scarlett com satisfação. – Agora se dividam em dois grupos e comecem a jogar, mas jogar mesmo.

–Há, já entendi o que você ta querendo fazer! Menina esperta. – disse Regina

Ela riu e disse.

– É eu sei disso.

As meninas começaram a jogar, isso chamou a atenção do professor que ficou pasmo e provavelmente se arrependeu de não ter dado uma chance delas mostrarem o que sabem fazer.

–Boa gente, o tempo acabou horário de intervalo. Vocês oito me procurem depois. Tchau gente até a próxima aula. – ele se despediu e saiu de quadra.

Regina se dirigiu até Scarlett e a abraçou.

–Obrigada, Scarlett! Não sei se essa conversa será boa, mas, chamamos a atenção dele da melhor forma possível.

Scarlett sorriu e Regina retribuiu com outro sorriso e depois se retirou da quadra deixando ela sozinha.

Quando ela ficava sozinha na quadra ela treinava alguns saltos, subia nas cordas e sempre obteve sucesso, naquele dia ela resolveu fazer algo diferente que poderia resultar em uma fratura. Ela pegou e posicionou alguns colchonetes caso acontecesse o pior, passou talco nas mãos e começou a subir a corda.

Scarlett subiu até chegar a mais ou menos uns três metros, ela parou e pulou fazendo manobras de ginástica e caiu perfeitamente no chão. Ela comemorou o sucesso com pequenos gritos mas levou um susto ao ser surpreendida por uma voz masculina e misteriosa.

– Incrível… Sem palavras senhorita Montez!

Ela não conseguiu identificar quem estava falando, ela forçou o olhar na direção daquela silhueta que se escondia no canto sombreado da quadra, então em voz alta perguntou.

–Quem é você?

–Um antigo amigo, apenas isso.

Ele deu um passo a frente, mas a sombra ainda cobria o seu rosto.

–Que amigo? Fala logo que é você! – Scarlett já nervosa, ficava pensando em uma maneira de sair dali.

– Calma doçura não vou te machucar. Ainda! Apenas te assustar.- Ele foi correndo em direção a ela e a empurrou ela caiu no chão.

– Aí, seu louco! – Disse ela ainda no chão.

Ele deu uma risada maléfica e tentou agarrá-la a força. Ela se debateu para tentar fazer com que ele saísse de cima dela, mas ele acabou rasgando uma parte da blusa dela. Ela não viu alternativa e gritou o máximo que pode.

–SOCORRO!

Ele deu um tapa no rosto dela, mas ela não se calou e gritou de novo.

–SOCORRO!

–Cala a boca, idiota!- Disse ele ainda sobre ela. Ele era repulsivamente nojento, o seu rosto expressava maldade e perversão, seus cabelos castanhos tinham um corte tipo militar, ele usava uma calça jeans preta e um blusão com estampas cafonas, ele também suava incessavelmente.

Ao longe Scarlett começou a ouvir passos indo em direção a quadra. O tal homem misterioso não teve outra opção e saiu correndo na tentativa de fugir do local, mas ele foi parado na saída de incêndio da quadra por Derik.

–Quem é você? – perguntou Derik segurando o homem pela gola da camisa cafona.

O homem nada respondeu apenas riu com desdém.

–Não estou de brincadeira. Quem é você e o que você estava pensando em fazer com ela?

–Como eu havia dito a ela, sou apenas um velho amigo da família.

O homem enquanto dizia isso colocou a mão no bolso e quando ele ia tirar algo de lá, ele escutou um engatilhar de uma arma e uma outra voz disse.

–Se eu fosse você não faria isso, Cassemiro. – Era Leoni que estava atrás dele com a arma em mãos.

Assustado Derik largou as golas do terno do homem agora identificado com Cassemiro. O homem se virou para trás e riu, seu riso transmitiu nervosismo.

–Olha, olha. Se não é o herdeiro da família Dantonelo.

–O que ta acontecendo aqui? – perguntou Derik confuso.

–Derik vai ver se a Scarlett está bem. – disse Leoni.

Derik fez que sim com a cabeça e correu até Scarlett.

Ainda imóvel Cassimiro, provocou Leoni.

–Então podemos andar logo, tenho que assustar algumas pessoas matar outras. Você sabe como funciona né! —no canto dos lábios surgiu um sorriso.

–Vai se ferrar. O que você quer com ela? Seu irmão que te mandou?

–Dantonelo, esses assuntos não dizem respeito a sua família e sim a família Montez.

Ainda com a arma apontada para o homem Leoni disse.

–Ela é protegida da minha família agora. Então, o que mandaram você fazer com ela?

–Você sabe, o básico dar um sustinho. – ele levantou uma das sobrancelhas e sorriu.

Leoni entendeu a mensagem que ele transmitiu e no mesmo instante foi tomado por uma raiva.

–Seu cretino, você… – ele atirou sem pensar duas vezes. O som do tiro por sorte não ecoou escola adentro graças ao silenciador na arma de Leoni. O tiro foi certeiro na testa e então o corpo de Cassemiro caiu no chão como se fosse um saco de areia.

Derik e Scarlett ficaram chocados e apavorados.

–Derik leve ela ao vestiário para trocar de roupa. Eu já volto. – Leoni guardou a arma de volta em sua calça, pegou o corpo pelos pés e saiu arrastando até o latão de lixo.

Scarlett se levantou junto com Derik ela estava chocada, quem não ficaria após ser violentada e presenciar a morte de alguém!

–Scar, o que foi isso?

–Derik isso é uma longa história, que agora eu terei que te contar, mas só mais tarde.

Eles andaram em direção ao vestiário, ela entrou e ele ficou do lado de fora esperando.

Alguns minutos depois Leoni entrou na quadra e foi em direção ao Derik.

–Oi, ela está bem?

Derik não respondeu nada apenas abaixou a cabeça.

–Não vou te matar, fica tranquilo. – disse e se sentou ao lado do Derik.

–Eu ainda estou chocado com tudo isso, não consegui entender ainda porque esse cara tava atrás dela, ou porque ela é protegida da sua família e o pior porque você matou aquele homem? – os olhos de Derik ficaram arregalados.

–Olha, a história é complicada e secreta, para que eu possa te contar você precisa fazer um juramento perante a minha família e a da Scarlett, jurando solenidade e fidelidade a ambas, ou posso te contar agora e depois te matar.

Derik mesmo chocado e com medo caiu na gargalhada.

– Como assim?! Você ta brincando, isso ta parecendo coisa de mafiosos, você, com certeza, tirou isso de algum filme, cara e ta tentando me pregar uma peça!

Leoni olhou para ele seriamente, como se disse, “Não zombe de mim, é sério!”.

–Desculpa.

–Tudo be... – ele foi interrompido por Scarlett que vinha saindo do banheiro.

–Oi.- ela se sentou ao lado deles

–Como você está? – perguntou Leoni com tom de preocupação.

– Eu acho que estou bem, só estou em choque mais depois eu supero. – ela deixou uma lágrima escapar.

Leoni a abraçou e ela mergulhou em lágrimas.

–Não querendo ser inconveniente, mas acho melhor sairmos daqui antes que alguém nos veja se não ficaremos muito encrencados!

–Derik está certo vamos Leoni. –disse Scarlett enquanto se levantava e enxugava o rosto com a manda da camisa.

–Ok. Vou ligar para o Rodolf para ele venha nos buscar... e Derik você vai com a gente.

Derik se voltou para Leoni e replicou.

–Não vai dar não cara, tenho treino e…- ele foi interrompido por Scarlett que o repreendeu.

–Você é louco? – gritou Scarlett- Você vai com a gente e sem reclamar.

–Tudo bem general.- concordou Derik enquanto batia continência.

–Um minuto.- disse Leoni e se afastou.

Scarlett abraçou Derik e o agradeceu.

–Obrigada, por estar por perto. Acho que se você não viesse, ele teria feito tudo que poderia comigo.

–De nada, amigos são para isso. Eu só estou encabulado com o Leoni, eu já não levava muita fé nele agora então nem se fala. – ele sorriu

– A ele é um ótimo rapaz, só meio frio em relação a algumas coisas. Como matar mafiosos inimigos. - eles riram juntos, mas quando Leoni se aproximou as risadas cessaram.

–Vamos, antes que o resto deles apareça. -disse Leoni

Scarlett e Derik pegaram suas mochilas e os três saíram escola afora até o estacionamento Leoni estava segurando a arma dentro do casaco bem atento pois a qualquer momento poderiam dar falta do Cassemiro. O mesmo carro preto que levara Sacarlett até o colégio parou na entrada do estacionamento.

–Corram para o carro. – disse Leoni e todos os três correram.

Rapidamente eles entraram no carro e Leoni disse.

–Rodolf você já sabe para onde ir.

O armário fez que sim com a cabeça e pisou no acelerador até o fundo e o carro saiu em disparada. Leoni pegou o telefone que tocava incessavelmente, olhou para o visor e perguntou ao motorista.

–Rodolf, meu pai sabe de alguma coisa?

Ele olhou pelo espelho e respondeu.

–Sim senhor, seu pai está ciente da situação e disse que quer conversar com o senhor.- e voltou a prestar atenção na estrada.

Leoni abaixou a cabeça e sussurrou algo.

A partir daí o silêncio tomou conta do carro até chegarem no destino final.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Scarlett" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.