A Garota de Cabelos Azuis escrita por Bruna Gonçalves


Capítulo 10
"Reconciliação"


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Como vão, lindos, maravilhosos e incríveis leitores?
Sabem porque estou tão feliz? Minhas provas (as últimas do semestre) acabaram hoje [ufa!].
Acho que agora postarei com mais frequência...

Aproveitem o capítulo!



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Quando a garota acordou, Sarah estava ao seu lado, olhando o monitor que controlava seus batimentos cardíacos e anotando alguma coisa na prancheta. Estava vestida de branco, o que a deixava mais pálida ainda. Sem entender, virou-se, e pôde ver um tubo acoplado em seu braço, injetando um líquido claro em suas veias.

– Duquesa? – sua voz estava horrível, como se tivesse fumado. – O que está acontecendo?

– Ainda bem que acordou, mocinha. – A garota sorriu. – Tem realmente muita gente te esperando lá fora. Inclusive um ser ruivo chamado Isaac.

– Ele está aqui? – Seus olhos brilharam. – Mas... Porque estou em um hospital?

– Não se alimentou direito e desmaiou de fome. – Continuou anotando na prancheta. – Sorte que eu trabalho aqui, senão só seu pai e Catarina ficariam sabendo.

– Eu não sabia que você era enfermeira, Sarah.

– Estou terminando o estágio. Bem, irei chamá-los, se prepare para muita animação.

A garota saiu, deixando Alice sozinha, mas ela não teve muito tempo para pensar, pois, alguns segundos depois, o quarto já estava cheio de adolescentes gritando. Toda a turma estava lá, menos Gato de Cheshire.

– Lebre de Março, Coelho Branco! Que bom vê-los! – Sorriu ao receber beijinhos no rosto dos dois. – Bom ver você também, Chapeleiro.

– Fico feliz que você esteja bem, Alice. Quase me matou de susto, parando de responder enquanto falávamos ao telefone... – Abaixou a cabeça de repente. – Pensei que nunca mais iria te ver.

Deixaram alguns balões coloridos e flores no quarto, e, depois que Alice pediu, deixaram-na sozinha com Isaac. Os dois precisavam conversar a sós.

– Acho que preciso falar, não? – ele perguntou, e Alice apenas assentiu. – Bem, Alice, naquele dia, quando Guilherme foi até nosso apartamento... Bem, o que ele disse é verdade, sim, eu matei meu pai, mas não do jeito que ele disse. Está vendo isso aqui? – Virou-se e levantou a camiseta, descobrindo uma grande cicatriz que ia do final da tatuagem tribal de Isaac até a cintura. Não soube explicar como não a percebeu antes. – Meu pai me viu fumando e ameaçou me mandar para uma instituição de menores, mas com uma faca apontada para o meu pescoço.

– Ele queria... – Engoliu em seco. – Seu pai queria te matar?

– Exatamente. Ele tentou acertar meu pescoço, mas eu consegui desviar. Mas ele me acertou nas costas, fazendo esse estrago. Eu tive que me proteger, e acabei atirando nele. Eu... Eu não queria matá-lo, só fazer com que ele não conseguisse ir atrás de mim. Mas eu acabei atirando em seu coração e ele morreu na hora. Mas, antes de fechar os olhos, me chamou de louco.

– Isaac, me desculpe. Eu não sabia desse seu lado, eu só pensei...

– Está tudo bem. – Sorriu levemente. – Antes que eu me esqueça, eu só comecei com os roubos e as rachas porque não tinha outra forma de me sustentar. Acabou dando certo, e eu me apaixonei pelas corridas. A adrenalina é uma forma de me fazer feliz. Bem... E você também, Alice.

– Porque você me ligou? – Pegou a mão dele.

– Fiquei com saudades, senti sua falta, precisava ouvir sua voz. Sua ausência estava me corroendo por dentro. – Levantou o rosto e sorriu para ela. – É isso que chamam de amor, não é?

– Bem, acho que sim. – Sorriu, sentindo o rosto ruborizar.

– Posso te abraçar? Só um pouquinho?

– O quanto quiser.

E os dois ficaram abraçados, matando a saudade, sentindo aquela dor no peito sumir. A garota encostou a testa na dele, querendo sentir a respiração de Isaac acariciando sua pele novamente.

Só não o beijou porque a porta foi aberta e o pai de Alice entrou pela porta, acabando completamente com o clima.

– Filha?

– Ah, oi pai. – Separou-se de Isaac rapidamente, como se tivesse levado um choque. – Há quanto tempo estou no hospital?

– Demos entrada ontem à tarde. Acho que está aqui há mais de vinte e quatro horas.

– Meu Deus! Eu dormi demais! – Sorriu. – Isaac, será que poderemos nos encontrar em casa hoje à noite, quando eu sair do hospital?

– Mas, Alice – seu pai disse. –, você acabou de acordar, está muito fraca. O médico pediu para que você ficasse de repouso.

– Eu não vou pular no sofá, papai. Meus amigos vão lá em casa e nós vamos conversar e dar algumas risadas. Acho que o médico não vai se importar, vai?

– Tudo bem. Mas Isaac precisa sair agora, você precisa ficar descansada, está bem? – Ele abriu a porta para que Chapeleiro saísse.

– Estou indo. – Isaac levantou-se. – Até mais tarde, Alice. Falarei com a turma e iremos aparecer mais tarde. – Sorriu, inclinando-se e beijando o canto da boca de Alice, fazendo todo o corpo dela arrepiar.

– Espero todos vocês. – disse, sentindo o coração apertar por saber que ficariam mais algumas horas sem vê-lo.

Estava deitada no sofá, quando a campainha tocou. Todos entraram com garrafas de bebidas variadas e alguns salgadinhos, gritando como loucos. Já estavam um pouco bêbados antes mesmo de entrarem na casa de Alice.

Coelho Branco levara sua namorada, Amanda, e, dando um enorme susto em Alice, Duquesa e Lebre de Março estavam abraçados e trocando beijos. Foi até eles com a cara mais confusa do mundo.

– O que está acontecendo aqui? Quando iriam me contar que estavam namorando? – Colocou as mãos na cintura, fingindo uma cara de indignada.

– Achei que você já tinha percebido, Alice. – Sarah comentou. – Lembra-se do dia que você estava preocupada com Isaac? Eu falei com Eric para saber onde ele poderia ter se metido. Tínhamos dormido juntos naquela noite.

– Meu Deus! Todos aqui namoram? – Riu. – Eu sou a única encalhada da turma?

– Bem... – Isaac disse, aproximando-se dela e agarrando sua cintura. – Só continuará encalhada se quiser.

– E o que irá fazer? – Arqueou uma sobrancelha em sinal de desafio.

– Tudo o que você quiser.

Alice ficou na ponta dos pés, e, segurando a nuca de Isaac, o beijou apaixonadamente, com tudo que tinha. Como aqueles lábios fizeram falta na vida da garota! Sentia como se não pudesse mais soltá-lo, ou coisas piores poderiam acontecer.

Sem mais nem menos, Isaac separou-se da garota e olhou fundo em seus olhos escuros.

– O que foi? – ela perguntou, arfando.

– Precisava olhar para o seu rosto por mais alguns segundos. E ter mais certeza de que te amo e que preciso de você. Alice, minha querida louca, quer ser minha namorada?

– Ah, Isaac! É claro que eu quero!

E os dois se beijaram mais uma vez, embalados por um sentimento novo que não sabiam identificar.

Ouviram palmas, mas não era de nenhum dos convidados de honra, mas vinha da porta. Viraram-se e viram Guilherme sorrindo de um jeito quase macabro.

– Guilherme...? – Alice murmurou, assustada.

– Por que não me convidaram para a festa? – ele perguntou, aproximando-se do casal. – Teria trazido um presente de namoro!


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Notas finais do capítulo

E aí?
O que será que vai acontecer?
O que acharam da capa nova e do (novo) Isaac?
Reviews?
Favoritos?
Recomendação?

Beijos com Nutella!
o/



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