Apenas Mais Uma de Amor escrita por Yukino Miyazawa


Capítulo 6
Voltando


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas lindas, obrigada pelos comentários! Desculpa pela demora na postagem, dias ruins. Então mais um cap, a lenga lenga de sempre relevem os erros que encontrarem pelo caminho.

Bjos, abraços e cheiros.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/495096/chapter/6

– Seu Niko o leite...

Niko se virou a tempo de impedir o leite de derramar, voz de Adriana o trazendo de volta a cozinha.

– Oh querida... Estou um pouco distraído... Por favor, veja o que Fabricio e Pérola estão fazendo... Os dois estão muito quietinhos.

Niko se apoio sobre a bancada da cozinha... Estava tenso desde que Jonathan havia lhe contado... A decisão dele seria um golpe duro para Felix, para toda família na verdade. Suspirou a parte mais difícil ainda estava por vim, quando tivessem que contar as crianças que não veriam o irmão que adoravam com tanta frequência.

– Pai...

Niko se virou, Jonathan estava entrando na cozinha e parecia abatido.

– Café?

Ele balançou a cabeça em concordância, Niko encheu uma caneca e estendeu a ele.

– Como foi?

– Como prevíamos... Acha que o estou traindo!

–Você sabe que não é isso... Ele só esta com medo!

– Eu sei... É só que...

– Jonathan, seu pai te ama... De um tempo a ele.

Niko entrou no escritório, Felix estava sentado às mãos na cabeça os cotovelos apoiados na mesa. Aproximou-se parando atrás dele, passou suas mãos sobre seus ombros, ele levantou a cabeça para olha-lo.

Niko passou os braços em volta dos seus ombros demonstrando apoio. Felix encostou sua cabeça contra seu peito e o abraçou pela cintura.

– Vou perde meu filho? - Felix sussurrou contra sua camisa.

– Claro que não meu amor! - Niko afirmou acariciando seu cabelo com uma mão.

– Acha que estou fazendo drama sem razão?

Niko franziu a testa, o abraçando mais forte. Entendia seu medo, quando foram embora do Brasil, foi colocada uma barreira entre o novo Felix e o Felix que ele havia sido, e a maior representação desse velho Felix era sua família. Agora com Jonathan voltando para o Brasil essa barreira sofreria uma rachadura.

– Eles ainda me odeiam - Felix disse sua voz tremendo.

Niko o apertou com mais força, beijando sua cabeça.

– Eu e seus filhos te amamos!

Felix virou a cabeça para olha-lo novamente. O deixando ver o quão assustado e vulnerável estava.

Niko segurou sua mão e o levou até o sofá o deitando, sua cabeça em seu colo. Felix fechou os olhos, seu peito subindo e descendo. Niko roçou seus lábios sobre sua testa, enquanto sua mão acariciava seus cabelos.

– Por que ele não pode ficar aqui? - Felix perguntou, mas parecia esta se perguntando mais a si mesmo, do que a Niko.

– Não sente saudade de casa Felix - Niko perguntou já sabendo a resposta.

– Não há nada lá para sentir saudades!

Niko queria pode dizer o mesmo, também sentia falta de casa, de fala sua língua, da comida, das pessoas... Quando Jonathan disse que queria trabalhar como medico no Brasil, que queria voltar. Que sentia saudades, não teve como não apoia-lo. Pois, sábia o que ele estava sentindo, já há algum tempo vinha desejando voltar.

Mas para Felix voltar significava solta do armário velhos monstros, que iriam machuca-lo. Preferia guarda essa saudade, ao vê-lo sofrendo.

– Você senti saudades, não é? - Felix o olhava com tantas emoções refletidas em seu rosto, medo, raiva, magoa e culpa.

– Sinto

– Também gostaria de voltar?

Niko não podia mentir para ele, se conheciam bem demais para isso.

– Sim.

****

Felix não conseguia dormir, Niko ressonava ao seu lado dormindo pacificamente. Com uma frequência que o assustava, se perguntava se merecia essa felicidade, essa paz. Tudo de ruim que tinha feito, o assombrava como um velho amigo que o visitava com regularidade.

A casa estava no mais completo silencio, seus pés o levaram aos quartos dos filhos. Cobriu Jaime, que apesar dos seus 17 anos ainda se descobria como quando tinha oito anos. Pegou o livro que estava sobre o peito de Jonathan, ele sempre dormia com um livro nas mãos. Acaricio os cabelos da sua princesinha que dormia abraçada a foca de pelúcia. Fabricio, seu Fabricio dormia feito um anjo, estava tão grande e inteligente.

A única luz na sala era a do abajur, Felix abraçou suas pernas, apoiando seu queixo em seus joelhos. Sempre que pensava nos filhos, se perguntava como foi capaz de joga sua sobrinha em uma caçamba de lixo, como foi capaz de fazer todas as coisas horríveis que fez.

Niko uma vez lhe dissera que havia feito essas coisas horríveis por falta de amor, mas isso não justificava. Sempre que os erros do passado voltavam podia desabafar com Niko, que sempre tinha um abraço, um toque carinhoso ou as palavras certas para acalma-lo. Às vezes não podia acredita que ele não o achasse repulsivo.

Mas esse era o seu carneirinho... Que enxergava apenas o melhor nas pessoas ate mesmo quando elas não conseguem enxergar.

Agora Jonathan estava voltando para o Brasil. Doía o fato de não pode ver o filho quando quisesse. Havia também a família que se obrigava a não pensa, que preferia fingir que não existia, assim era menos doloroso.

Sua mãe, mami poderosa, em alguns momentos a vontade de perguntar a Jonathan sobre ela era avassaladora, sabia que o filho mantinha contato com a avó com certa regularidade, mas saber apenas o machucaria. Jonathan chegou a comentar que Paloma teve um filho, ficou realmente feliz pela irmã, que poderia exercer a maternidade sem interferências.

O Pai. Tentava ao máximo não pensar no doutor Cesar, o pai que nunca o amou. Não pode evitar que as lágrimas escorressem, era um homem adulto, mas o simples pensamento no pai o fazia se sentir como uma criança indefesa. Seu pai seria sempre uma ferida aberta.

Mas tinha que encarar a realidade, Jonathan estava voltando. E sua decisão apenas o fez ver o que com tanto esforço tentava nega. Niko queria voltar, até as crianças, elas perguntavam, tinham curiosidade do lugar de onde os pais vieram.

E se voltassem. Não sabia se tinha força suficiente para isso, encarar seus monstros. Mas talvez, Apenas talvez... Pudesse. Não estava mais sozinho.

Quando Niko largou tudo para que pudessem recomeça, ele estava dando uma prova de confiança, ele havia acreditado nele... Neles.

Poderia voltar! Se Niko estivesse do seu lado, poderia fazer qualquer coisa. Seu carneirinho e seus filhos era sua força e ao mesmo tempo sua Kriptonita.

Talvez fosse o tempo de retornar e vencer velhos monstros.

***

– Bom dia!

Niko abriu suas pálpebras sonolentamente.

– Bom dia Amor

A luz do novo dia atravessava as cortinas do quarto, Felix lhe sorria marotamente enquanto se inclinava sobre ele. Sua mão sobre seu peito e barriga fazendo uma caricia deliciosa. Mas seus olhos mostravam que havia tido uma noite ruim.

– Eu já disse como é maravilhoso acorda ao seu lado!

– Já, mas fique a vontade para repetir quantas vezes quiser.

Niko sorriu e depois arfou quando a mão de Felix deslizou para baixo dos lenções e o envolveu.

– Huumm...

– Sabe carneirinho... Eu sou escandalosamente apaixonado por você.

***

Era a sexta vez que olhava o relógio em menos de cinco minutos. Eram quase dez horas, Felix tinha saído de casa de manhã e ainda não tinha dado noticias. Todas as ligações caíram na caixa postal, com algum esforço estava afastando os pensamentos ruins do seu cérebro. Felix estar bem, o celular deve esta sem bateria.

Andava de um lado a outro da sala, tentando controlar seu pânico. A manhã tinha começado maravilhosamente bem. E agora isso. O barulho da porta se abrindo fez Niko interromper sua maratona pela sala.

– Carneirinho

– FELIX... Onde você estava? -

– Calma carneirinho!

– Calma! Calma... Como você pode me pedir calm...

Felix diminuiu a distancia entre eles, o calando com um beijo que fez suas pernas ficarem bambas. Felix o puxou para mais perto, sua respiração batendo em seu rosto mostrava que ele havia bebido.

– Hã... você andou bebendo?

– Tomei alguns drinks com o Brian - Felix respondeu se afastando e sentando no sofá.

Brian era um dos investidores que tinham apoiado Felix, foi graças a ele que conseguiu tirar suas ideias do papel e por em ação.

Felix deu palmadinhas no sofá, indicando para Niko se sentar ao seu lado.

Niko coçou a parte de trás do seu pescoço, não entendendo o que estava acontecendo, achou melhor se sentar na poltrona em frete a Felix.

Felix ergueu a sobrancelha. Apoiou a cabeça em uma das mãos seu cotovelo apoiado em uma das pernas. Olhos negros encontraram verdes.

Niko respirou fundo. Seus olhos brilhavam com luxuria e álcool.

– Você mudou a minha vida carneirinho.

Niko respirou fundo novamente tentando normalizar seus batimentos cardíacos. Felix é debochado, cínico e ate um pouco cruel. Mas se havia algo que Niko tinha orgulho era de tê-lo ensinado a dizer eu te amo verdadeiramente. Mas na maioria das vezes ele fazia seu coração descompassa, com declarações como essa, quando menos estava esperando.

– Você esta tentando me ganhar para que eu não brigue com você, por não ter dado sinal de vida o dia inteiro.

Felix suspirou e se recostou no sofá olhando para o teto com atenção, como se houvesse algo muito importante ali.

– Você saber que eu faria tudo por você?! -

– Felix? - Niko exclamou não entendendo onde aquela conversar os levaria. Mas Felix continuou como se não houvesse lhe escutado

– Se você me pedisse agora que eu arrancasse meu coração, eu faria!

Niko sentiu as lágrimas se formando, seus pés o levaram ate ele, se sentando ao seu lado. Felix continuava olhando o teto.

– Só a um problema... Eu não sei viver sem você!

Felix sorriu voltando sua atenção para ele.

– Eu que não sei viver sem você carneirinho.

Niko diminuiu a distancia entre eles, juntando seus lábios em um beijo doce e gentil. Felix interrompeu o beijo e encostou sua testa sobre a dele, seus narizes roçando levemente.

– Vendi minha parte da empresa para o Brian - Niko se afastou bruscamente.

– Você fez o que? Por que você fez isso?

– Por que seria muito difícil administrar tudo do Brasil... Além de que já não sentia tanto prazer em fazer aquilo. Prefiro administrar o restaurante. Brian fez uma ótima proposta pela minha parte, você terá que decidir o que vai fazer com o restaurante. Podemos vender e abrir um novo no Brasil, as crianças terão que se adaptar novamente, mas...

Niko piscou, tentando absorve todo aquele falatório. Tinha entendido direito? Brasil? Felix estava dizendo que eles iriam voltar ao Brasil?

– Niko você esta me ouvindo - Felix perguntou o sacudindo levemente pelos ombros.

– Felix... Eu... Você esta dizendo...!

Felix sorriu

Iriam voltar para casa!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Well, suas lindas realmente obrigado pelos comentários, isso dar mais vontade de escrever, o pagamento de uma escritora de fics são os comentários, e sem eles a gente entra em grave!. Prometo que o próximo capitulo virá mais rápido.
Próximo capitulo "San Magno"



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apenas Mais Uma de Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.