Apenas Mais Uma de Amor escrita por Yukino Miyazawa


Capítulo 12
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Ainda tem alguém que quer ler essa fic?

Depois de mais de 4 meses, eis um novo capitulo, esse capitulo foi quase uma odisseia, primeiro por que não conseguia escrever, quando conseguir e o capitulo estava quase pronto, meu note pifou e eu perdi o capitulo, ai já viu.

Erros, alguns... mas relevem por favorzinho!

Cupcake, thanks, transmissão de pensamento, baby!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/495096/chapter/12

Jonathan estacionou o carro em frente a sua casa sorrindo. Por mais cansado que estivesse, ver sua casa trouxe um sorriso ao seu rosto. Assim que entrou foi recebido pelo som matinal que estava tão acostumado, as vozes dos seus pais e irmãos vinham da cozinha.

– Tatá - Pérola corria na sua direção com os braços abertos, Jonathan a pegou no colo.

– Oi princesa... qual o motivo de tanta agitação - perguntou enquanto entrava na cozinha.

– Vamos para casa do nosso amigo - Fabricio informou - Vem Pérola! - ele chamou, Jonathan a colocou no chão os vendo sair correndo.

– Esta com fome querido?

– Não... eu quero apenas um café... - disse com um bocejo.

– Preciso falar com você Jonathan - seu pai disse o olhando por cima da xicara de café que segurava.

– Agora não Félix! - seu pai Niko o repreendeu, estendendo uma caneca de café, que Jonathan recebeu com um sorriso.

– Mano... preciso falar com você depois - Jaime disse lançando um olhar significativo a Jonathan que balançou a cabaça em entendimento - Eu vou encontrar uns amigos... vamos andar de skate... - Jaime informou aos pais se levantando da mesa.

Jonathan podia sentir uma tensão no ar, mas estava cansado demais para enfrentar seja o que fosse.

– Vou tomar um banho, então podemos conversar – Jonathan disse enquanto colocava a caneca sobre a mesa.

– Seu Niko... o motorista que veio busca as crianças chegou.

– Por favor Adriana vá chamar as crianças.

– Não precisa Adriana eu chamo os pestinhas.

Jonathan lançou um último olha para os pais, antes de sair da cozinha. Vozes sussurradas eram ouvidas do quarto de Fabricio, Jonathan se apoiou a porta, olhando Fabricio e Pérola com as cabeças unidas.

– O que vocês estão aprontando?

Jonathan quase riu quando os viu pular para longe um do outro com rostinhos culpados.

– Nada. - Fabricio disse mais não olhou para Jonathan.

– Tudo bem... desçam que o motorista que veio busca vocês, já chegou.

Os dois abriram sorrisos enormes. E saíram correndo, gritando tchau para o irmão mais velho.

–-------------------------------

– Fabricio... Pérola! - Bernardo correu até a porta assim que viu os amigos passarem pela porta.

– Sua casa é bonita Bernardo - Pérola disse, seus olhos passeando pela sala. Bernardo deu de ombros como se não tivesse uma resposta para essa afirmação.

– Onde estão seus pais? - Fabricio perguntou

– Minha mãe vai chegar depois, meu pai teve que sair mas não vai demora.... vem vamos para o meu quarto.

Bernardo correu escada acima sendo seguido de perto por Fabricio e Perola. O quarto era decorado com planetas e estrelas, um pequeno pedaço do espaço sideral.

– Quarto legal!

Bernardo sorrir e olha para a mochila que Fabricio carregava.

– Você trouxe? - Fabricio e Perola trocaram um olhar ansioso - Vocês não querem mais fazer?

– Eu não sei... se o papai descobrir ele vai ficar furioso.

– A gente pode pensar em outra coisa...

Pérola voltou a olhar o irmão a espera de uma decisão. Fabricio segurou a alça da mochila com força, então sorriu.

– Temos tempo para pensar... e se a gente fizer, o que pode dar errado?

–--------------------------------

Paloma estranhou o silencio quando entrou em casa, esperava encontrar uma pequena algazarra, jogou sua bolsa sobre o sofá e foi até a cozinha.

– Onde estão as crianças Ciça?

– Dona Paloma! - Ciça largou a faca com que estava cortando uns legumes – Eles estão no quarto do Bernardo... que crianças lindas dona Paloma...

Paloma sorriu, era a primeira vez que Bernardo falava com tanta empolgação sobre algum amiguinho.

– Eu vou dar uma olhadinha neles...

Ciça balançou a cabeça e voltou ao que estava fazendo.

Paloma seguiu em direção ao quarto do filho, a porta estava entreaberta, Paloma podia ver duas cabeças unidas em frente ao computador, seu olhar seguiu pelo quarto até encontrar outro par de olhos. Paloma recuou, sentindo-se envergonhado por está vigiando o filho.

A porta foi aberta, e Paloma sorriu para a menina.

– Oi

– Você é a mãe do Bernardo? – Paloma concordou com a cabeça - Você é mais bonita do que eu imaginava - ela disse com uma voz de fascinação.

Paloma se ajoelhou para pode ficar na mesma altura dela.

– Você também é mais linda do que eu imaginava – Perola sorriu timidamente. – Mas por que você não estava jogando com eles? - Paloma perguntou olhando paro o quarto onde Fabricio e Bernardo ainda estavam concentrados no jogo - Não me diga que eles não deixaram você jogar?

– Não... eu não gosto muito desse jogo – Perola respondeu fazendo uma pequena careta.

– O Bernardo me disse que seu pai é um dos melhores cozinheiros do mundo... Eu não cozinho muito bem - Perola deu uma risadinha.

– Meu papai também não cozinha muito bem... eu sempre ajudo ele.

– O seu outro papai? - Perola balançou a cabeça.

– Então eu tenho uma profissional na minha frente... você quer me ajudar a fazer um bolo.

– Quero!

Paloma ficou de pé novamente e sorriu quando estendeu sua mão e Perola a segurou com força.

–-----------------------

Jonathan entrou no escritório sem bater. Seu olhar foi direto ao encontro do seu pai que estava em sua poltrona, Niko estava sentado no sofá, Jonathan sentou-se ao lado do pai no sofá. Esperando, seus pais iniciarem o assunto importante.

– Paulinha esteve aqui ontem - Jonathan sorriu e olhou seus pais como se tentasse ver no semblante deles que eles estavam brincando.

Mas nenhum deles parecia estar brincando.

– O-o que... Como?

– Foi a Paulinha que veio busca as roupas que você pediu...

– Desculpe pai...

– Jonathan - Félix o cortou - Nós sabíamos que em algum momento isso aconteceria

Jonathan sabia, mas uma parte de si sempre desejou que não acontecesse, por isso se manteve o máximo possível longe de Paulinha, mesmo que a cada dia ficava mais difícil não está perto dela.

– O que ela queria vindo aqui?

Seus pais trocaram um olhar, uma pequena conversa muda, Jonathan não pode evitar que um leve sorriso surgisse em seu rosto, as vezes tinha a impressão que eles podiam ler a mente um do outro.

– Ela disse que tinha curiosidade sobre mim - Jonathan encarou o pai

– Você... falou com ela?

– O que você esperava que eu fizesse? Expulsasse ela?

Seu pai demonstrava está incrivelmente calmo com toda a situação, Jonathan respirou fundo, tentando pôr suas ideias em ordem.

– Não o incomodou que ela viesse aqui?

Félix suspirou.

– Não importa o que eu sentir, o que importa é que eu decidi contar a ela o que aconteceu... eu sei que de alguma forma isso irá afetar você... vocês são primos... meio primos... trabalham juntos... - seus pais voltaram a troca olhares.

– Se é isso que você quer... você tem o meu apoio... como sempre.

– Eu sei Jonathan - seu pai sorriu, então ficou sério e estranhamente desconfortável.

– O que foi?

Niko segurou sua mão e o olhou com compreensão.

– Está acontecendo alguma coisa entre você e Paulinha?

Jonathan abriu a boca e ao percebe que nenhuma palavra sairia, a fechou. Olhou seus pais chocado pela pergunta deles.

– Que pergunta é essa?

– Não queremos nos meter na sua vida... mas se vocês estão...

– Não estamos nada... não há nada entre mim e a Paulinha... - Jonathan respondeu, essa conversa começava a irrita-lo.

Félix se recostou em sua poltrona e o olhou fixamente.

– Quando ela falou sobre você... achei te captado algo...

– Jonathan... nós queremos que você saiba é que estamos do seu lado... – Niko apertou mais forte a mão de Jonathan - Que amamos você acima de tudo.

– Eu sei... eu amo você também... mas não precisam se preocupa... como eu disse não existe nada entre mim e a Paulinha e nunca vai existir.

–--------------------------------

Paloma inclinou a cabeça ouvindo a história que Fabricio contava a Bernardo, sobre a bagunça que eles fizeram ao tentar preparar um café da manhã especial para os pais.

– Seus pais não ficaram zangados? – Bernardo perguntou sorrindo.

Fabricio fez uma careta.

– Eles tiraram um monte de fotos... depois obrigaram meus irmãos a limparem tudo.

Paloma riu.

– E você?

Fabricio sorriu sapeca.

– Eu tinha quatro anos... então meus pais me deixaram de fora... mas Jonathan e Jaime não escaparam...

Paloma franziu a testa.

– Seu irmão se chama Jonathan? - ela perguntou se fazendo notar para as crianças.

Fabricio concordou com a cabeça.

– Ele é médico como você! - Pérola disse contente.

Paloma abriu a boca para perguntar os nomes dos pais de Fabricio e Pérola, quando Bernardo gritou.

– Papai!

Paloma sorriu para o marido.

– Desculpa, demorei a chegar - ele disse abraçando o filho - Então vocês sãos os famosos Fabricio e Pérola.

Fabricio e Pérola sorriram. Bruno cumprimentou as crianças, e passou os braços em volta dos ombros de Paloma dando um beijo estalado em sua bochecha.

– Eu tenho uma surpresa para vocês - as crianças olharam para as mãos de Bruno, como se esperassem que a surpresa se materializasse nas mãos dele.

– O que é papai?

– Está no meu quarto... na primeira gaveta do criado mudo... dentro de um envelope vermelho... vão pegar!

– Cuidado! - Paloma pediu ao vê-los subir as escadas correndo, com um sorriso se voltou para Bruno - Eu não ganho uma surpresa?

Bruno a puxou para mais perto a beijando. Os dois se afastaram quando ouviram as crianças se aproximando. Paloma sorriu e estava ponto a repetir a advertência para eles não correrem na escada, quando aconteceu.

Pérola tropeçou, Paloma sentiu o medo congela-la, o som do pequeno corpo batendo contra os degraus a fez fecha os olhos em pânico. Bruno reagiu mais rápido, chegando até ela, antes que os seus instintos de medica entrassem em ação.

– Vai ficar tudo bem! - Paloma disse enquanto verificava se havia algum osso quebrado, quando seus dedos tocaram o ponto no braço dela, que começava a inchar, Pérola soltou um pequeno grito de agonia. Fabricio saiu do estupor que se encontrava, quando ouviu o grito da irmã e correu até ela, segurando em sua mão. Fabricio continuava nos degraus da escada seus olhos arregalados de medo. Ciça e cozinheira observam a uma certa distância.

Quando Bruno a pegou no colo, Pérola choramingou chamando os pais. Fabricio estava um passo atrás de Bruno, por um segundo Paloma pensou em detê-lo, mas tentar seria inútil. Bernardo não demorou a alcança-los, e antes que pudesse impedi-lo, ele já estava dentro do carro com Fabricio. Bruno lançou um olhar de resignação, ele faz menção de entregar Pérola para Paloma, que balançou a cabeça, sentando-se no banco do motorista.

Com um suspiro, ela ligou o carro, apertando com força a direção, a caminho do San Magno.

–--------------

– Ai... droga! - Félix levou o dedo a boca, quando uma pequena gota de sangue surgiu em seu dedo.

– O que foi Félix? - Niko perguntou, entrando no quarto.

– Cortei meu dedo com o papel!

– Oh, deixa eu ver! - Niko pediu se aproximando - Tadinho – ele disse segurando a mão de Félix, com um sorriso, levou o dedo machucado até seus lábios e o beijou.

– Carneirinho... acho que aqui também está doendo - disse apontando para os lábios.

Niko sorriu encostando seus lábios aos dele.

– Melhorou?

Félix o puxou pela cintura.

– Ainda não... mais vai melhorar - ele disse o beijando, pedindo passagem com a língua para explorar sua boca.

Niko riu contra a boca dele quando caíram na cama, Félix tentando abrir sua calça desajeitadamente, suas mãos foram ajuda-lo, quando batidas na porta os detiveram.

– Vai embora! - Félix gritou ainda tentando tirar a calça de Niko.

– Seu Félix! - Adriana chamou, um soluço foi ouvido. Antes que Niko pudesse empurrar Félix, ele já estava abrindo a porta.

Adriana derramava um mar de lágrimas, Niko sentiu seu coração se deter. O medo deixando um gosto ruim em sua boca.

– Aconteceu um acidente...

–------------------

Niko segurava o terço com força, seus lábios se movendo em uma oração silenciosa. Após Adriana avisar sobre o acidente de Pérola, tudo pareceu um borrão de imagens, Jonathan irrompeu o corredor atordoado pelo sono, Félix o arrastando até o carro, enquanto as lágrimas o cegavam.

O caminho até o hospital pareceu demorar uma eternidade, Niko podia ver a tensão nos ombros de Félix enquanto ele mantinha seus olhos presos nos carros a sua frente tentando dirigir o mais rápido que podia sem causa um acidente. Jonathan que estava ao lado do pai, digitava mensagens furiosamente, provavelmente para seus amigos do San Magno.

Assim que chegaram ao hospital, os três pularam do carro quase ao mesmo tempo, avançando pela recepção, Jonathan passou pelas catracas com seu crachá, mas Félix e Niko foram detidos pelas recepcionistas. Jonathan se deteve, mas Félix indicou que ele fosse atrás da irmã, com um aceno de cabeça ele correu e desapareceu ao virar um corredor.

– Minha filha foi trazida para cá! - Félix quase gritava.

– Senhor pode nós informar o nome da paciente? - Félix estava prestes a esbofetear a recepcionista, Niko segurou em seu braço, tentando acalma-lo.

– Pérola Corona Khoury! - disse com a voz tremendo.

A recepcionista piscou reconhecendo o sobrenome.

– Anda criatura... queremos ver nossa filha!

– Deixem eles passarem! - Niko virou-se, para ver uma moça bonita que se aproximava, ela parecia familiar.

– Paulinha - Félix murmurou ao seu lado, também olhando a garota, mas seu olhar logo se voltou para as recepcionistas - Vocês ouviram o que ela disse... liberem a nossa entrada!

Paulinha sorriu.

– Pérola está bem! - ela disse calmamente, o alivio que Niko sentiu ao ouvir essas palavras quase fizeram suas pernas cederem, as mãos de Félix foram de encontro as suas, apertando seus dedos com força, ao que Niko correspondeu com a mesma intensidade.

A entrada foi liberada para os dois, que seguiram Paulinha até o elevador. Assim que chegaram ao andar da pediatria, viram Fabricio sentado ao lado de outro garoto na sala de espera, seu filho estava com a cabeça baixa olhando para seus pés.

Como se sentisse que estava sendo observado, seu olhar seguiu em direção a Félix e Niko.

– Papai!

Fabricio correu em direção aos pais. Niko e Félix abraçaram o filho juntos, passando as mãos em sua cabeça e costas.

– Pérola caiu da escada! - ele começou seus olhos muito assustados - o Jonathan tá lá dentro com ela - Fabricio mostrou uma porta com a mão.

Félix olhou na direção que o filho apontava, seu olhar se detendo no garoto que minutos antes estava sentado ao lado de Fabricio, agora ele estava apoiado em Paulinha, que tinha os braços em volta dos ombros dele.

Félix sentiu um nó se formando em sua garganta, quando a ideia atravessou sua mente como uma faca afiada. Antes que pudesse afastar a ideia como se afastar uma pessoa impertinente, a porta foi aberta.

Jonathan foi o primeiro a sair, logo ao lado dele, Pérola vinha com o braço imobilizado. Ela sorriu ao vê-los e correu. Mas Félix não conseguiu desviar o olhar, esperando o que viria a acontecer. Os olhos dela foram direto de encontro aos seus.

Uma pequena algazarra se formou na sala de espera, Fabricio e Bernardo começaram a fazer um monte de perguntas a Pérola, Jonathan e Paulinha se aproximaram, e começaram a guiar as crianças para longe dos adultos, falando animadamente. Félix sentiu a mão de Niko em seu ante braços, apertando levemente.

Paloma ainda imóvel, o olhava, como se tentasse descobrir onde tinha visto aquele estranho antes. Os segundos pareceram uma eternidade, sem que nenhum deles se movesse.

Sua voz saiu rouca quando saiu de sua boca.

– Oi Paloma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, cruzando os dedos para o próximo capitulo não demorar mais quatro meses.

Bjos e até o próximo capitulo!!!!