Apenas Mais Uma de Amor escrita por Yukino Miyazawa


Capítulo 11
Entendendo


Notas iniciais do capítulo

Bem, mas um capitulo. Desculpe pela demora, mas tive um problema com esse capitulo, por um descuido meu, meu sobrinho deletou o capitulo. Então tive que reescreve-lo. Então eu estou com essa sensação que falta alguma coisa. Fica a dica não deixe seu notebook ao alcance dos seus sobrinhos pequenos. O Lilo e o Dudu, pedem desculpa pela demora! Como sempre desconsiderem os erros encontrados pelo caminho.

Bjos!!



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– Anda Fabricio - Pérola disse puxando a mão do irmão para que ele acompanhasse seus passos.

– Tá Pérola... Espera! - Fabricio se abaixou para amarrar o cadarço do seu tênis.

– Vocês demoraram, hein! - Fabricio olhou as pernas de quem estava falando com eles.

– Fabricio estava falando com aquela garota, sabe aquela da sala ao lado da dele! - Pérola disse impaciente.

Fabricio se levantou. Olhando feio para os dois.

– Já estou aqui! Vamos!

– Thais! - Bernardo sussurrou cutucando Fabricio nas costelas

– Cala boca! - disse suas bochechas ficando vermelhas.

– Vamos rápido! - Pérola disse uns passos a frente dos garotos.

– Meu pai vai ligar para seus pais hoje... Será que eles vão deixar vocês irem?

– É claro que vão... Vamos logo antes que a monstrinha chegue primeiro - Fabricio disse quando Pérola sumiu ao virar uma esquina.

– Para alguém tão pequena ela é bem rápida!

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– Adriana estive pensando sobre aquele restaurante que o carneirinho adora... - Félix se interrompeu havia uma garota em sua casa - Quem é você? - a garota não se moveu e ele deu um passo em sua direção, ela o estava ignorando, pois era óbvio que ela tinha lhe ouvido - Hey garota você é surda, perguntei quem é você?

Ela se virou e Félix pode vê-la. Era bonita e seus traços era estranhamente familiar. Onde a tinha visto antes? Onde tinha visto aqueles olhos antes? Olhos tão semelhantes aos da sua... Paulinha!

– Oi tio Félix.

A voz dela pareceu reverberar por toda a sala. Seu cérebro parou de funcionar, não conseguia formar nenhum pensamento coerente. Por um momento chegou a acreditar que estava sonhando, mas não era. A maior prova de todos os seus pecados estava na sua frente.

– Eu devo ser a última pessoa que você esperava encontra na sua sala - ela disse com um sorriso tremulo - Sua família é linda - ela mostrou o porta retrato que segurava.

Alguma coisa apertava sua garganta, impedindo as palavras de saírem. Vê-la parecia surreal demais, quis recuar e sair correndo como uma criança assustada, mais seus pés se recusavam a se mover.

– Eu... eu esperei muito tempo para te encontrar - ela diminuiu a distancia entre eles o abraçando.

Seu corpo ficou rígido com o toque dela, seu primeiro impulso foi repeli-la, mas não pode, ao poucos seu corpo foi relaxando. Era como um abraço de um dos seus filhos, caloroso. Félix se viu levantando seus braços, mas antes que pudesse corresponder foram interrompidos.

– Seu Félix! - Adriana o chamou o tirando do estupor que se encontrava.

Adriana olhava a cena tentando entender o que estava vendo. Paulinha se afastou sorrindo.

– Você... é... como você...

– Como eu cheguei aqui? Eu vim pega uma muda de roupa para o Jonathan. Que deve ser o que você esta segurando.

Adriana balançou a cabeça e entregou a sacola a Paulinha ainda com surpresa estampada em sua cara.

– Você quer beber alguma coisa - perguntou tentando ganhar tempo para por seus pensamentos em ordem. Jonathan a tinha enviado, isso não fazia nenhum sentido.

– Um suco seria legal

– Adriana...

– Pode deixar seu Félix... - ela disse indo em direção à cozinha.

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Adriana ainda lançando olhares para Félix, serviu o suco e saiu deixando os dois sozinhos. Paulinha tomou um gole do suco o olhando como se esperasse.

– O Jonathan enviou você?...- perguntou forçando as palavras a saírem.

– Não. Ele não me enviou. Eu queria ver você. Entender... - Paulinha o olhou fixamente. O quanto ela sabia?

– Entender?

– Estou começando à junta algumas peças desse quebra cabeça... - ela disse estendendo o porta retrato - ... Mas ainda não faz sentindo... Conheço a opinião do vô Cesar sobre... Eu só não entendo por que minha mãe e a vó Pilar... Desculpe - Ela sorriu nervosamente - Às vezes sou um pouco intensa.

Félix respirou fundo. Ela era bonita, não como sua irmã, mas Paulinha emanava essa força que a tornava mais atraente do que a beleza estonteante de Paloma. Por que ela estar aqui? O que ela quer? As perguntas davam voltas em sua cabeça o deixando um pouco zonzo.

– Percebi... Você sabia que iria me encontra aqui? Sua mãe saber que você esta aqui?

– Não. Para as duas perguntas. Perguntei sobre você para minha mãe, mas ela se recusou a falar - ela disse francamente - Queria entender esse buraco que tem em nossa família, sempre quis... Quando conheci o Jonathan, quis entender o que estava acontecendo, por que ele sempre ficava tão tenso perto de mim... Como você esta agora. Assim, quando ele pediu a uma amiga para vim aqui, achei que seria a oportunidade perfeita para invadir a casa dele e descobrir seus segredos.

Félix não pode se impedir de abrir um leve sorriso ao ouvi-la dizer sem nenhum pudor que invadiria a casa do filho. Algo que ele também não teria nenhum pudor de fazer.

– Paulinha...

– Seu Félix... - Adriana se aproximou - Esta quase na hora de busca as crianças.

Paulinha se levantou.

– Eu preciso ir também - ela disse se levantando - Jonathan deve esta se perguntando o porquê da demora.

Félix hesitou. Talvez essa era a sua chance de verdadeiramente finalizar tudo que tinha feito, de conseguir perdão.

– Paulinha... você pode voltar?... gostaria de ver você de novo - disse aliviado ao perceber o quanto suas palavras eram verdadeiras.

– Sabe tio Félix. Acho que nos veremos antes do que você imagina.

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– Não quero ser incomodado por ninguém - Eron disse ao passar pela secretaria. Batendo a porta mais forte do que pretendia ao entra no seu escritório.

Desfez o nó da sua gravata tentando diminuir a sensação de sufocamento que sentia. As palavras de Niko ainda ecoando em sua cabeça. Precisava descobrir quem era esse, de quem ele tinha falado com tanto amor. Precisava descobrir quem ele era. E quando descobrisse....

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– Pensa rápido!

Jonathan segurou a sacola antes que acertasse seu rosto.

– Obrigado Malu - ele disse dando um abraço na amiga.

– Ok. Mas agora eu preciso ir... a gente se vê depois.

– Malu... - Jonathan começou impedido a amiga de partir - sobre o jantar... Eu não sei se é uma boa ideia... Você é linda. Eu gosto muito de você... mas não assim - terminou sem jeito.

– Ok. Passo na sua casa as oito - Ela ficou na ponta dos pés e deu um beijo em sua bochecha, com um giro gracioso ela lhe deus as costas e foi embora deixando um Jonathan totalmente confuso para trás.

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– Olá professora

– Seu Félix. Como vai? - a professora disse estendendo sua mão.

– Bem. Obrigado... Me disseram que queria falar comigo. Aconteceu alguma coisa com meus filhos... - Félix perguntou preocupado.

– Oh, não se preocupe. Fabricio e Pérola estão ótimos, se adaptaram mais rápido do que esperado.

– Então...

– Pedi para falar com... Posso chama-lo de você?... Pedir para falar com você, por que iremos organizar um festival, sobre alimentação. Queremos que nossos alunos saibam se alimentar saudavelmente. E deve saber como é difícil convencer crianças a comerem legumes e verduras.

– Claro que sei, nossos filhos comem, mas não sabe o trabalho que deu convence-los a provar.

– A nossa ideia, em um primeiro momento e mostra-los como existem vários tipos de comida ao redor do mundo e que cada um tem o seu sabor. Como seu companheiro tem um restaurante japonês, pensamos se seria possível ele fazer alguns pratos...

– Tenho certeza que Niko iria adora. Podemos marcar um horário para podermos discutir o assunto melhor.

– Perfeito Félix, tenho certeza que as crianças ficaram encantadas.

Félix se levantou, mas se lembrou de algo.

– Desculpe, mas Fabricio e Pérola fizeram um amiguinho... Bernardo

– Sim. Os três estão quase sempre juntos...

– Meus filhos foram convidados para ir a casa dele... Fiquei com dúvida se deveríamos deixa-los ir.

– Não se preocupe. Conheço os pais do Bernardo, são pessoas incríveis, muito presentes aqui na escola.

– Que bom. Então não terá nenhum problema deixa-los ir. E se são pessoas tão incríveis. Não vejo a hora de conhecê-los.

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Ao entra em casa deixou sua bolsa no sofá, ouviu um barulho vindo de cima, provavelmente as crianças deveriam esta aprontando alguma coisa.

– Seu Niko, chegou cedo.

– Oi Adriana, não me sentia muito bem. Resolvi voltar para casa, mas agora já me sinto melhor...

– Que bom, seu Félix esta no jardim... - Ela se interrompeu com uma cara estranha.

– O que foi Adriana? Aconteceu alguma coisa.

– Não, nada... Vou dar uma olhadinha nas crianças

Niko suspirou e seguiu em direção ao jardim.

Félix estava sentado em uma das espreguiçadeiras. Podia ver o seu perfil, ele olhava um ponto a sua frente. Não notou sua presença até colocar a mão em seu ombro.

– Um beijo pelos seus pensamentos - Niko disse se sentando na espreguiçadeira de frente para ele.

Félix fez um carinho em seu rosto.

– Aconteceu uma coisa hoje... estou tentando processar.

– O que aconteceu?

– Encontrei a Paulinha.

Niko puxou o ar e segurou na mão dele, tentando controla seu coração, mas Félix parecia incrivelmente bem.

– Como? Onde você a encontrou?

– Aqui

– Como assim Félix... explicar isso direito.

– Ela estava na nossa sala. Ela veio busca algumas roupas para o Jonathan.

– Jonathan a mandou aqui?

– Não carneirinho, ele pediu a outra pessoa e ela pediu para vim no lugar. Ela queria entender por que ninguém falar sobre mim.

– Você esta bem?

– Eu não sei. Quando a vi na nossa sala pensei... eu não sei o que pensei... Eu tentava me engana carneirinho, acreditando que nunca encontraria nenhum deles, então a única pessoa que realmente acreditava que nunca cruzaria meu caminho é a que aparece na minha casa - Félix disse sorrindo com a ironia do destino.

Niko também tentava entender o que estava acontecendo. Félix estava calmo, quase sereno.

– Por que você esta me olhando assim

– Achei que você estaria... Bem. Mal, depois desse encontro.

– Mal não... - Félix desviou o olhar para um ponto sobre seu ombro - Envergonhado. Ela é bonita, franca. Deu para perceber que ela é inteligente e esperta. Eu gostei dela... ficou óbvio que ela não sabe o que eu fiz. Tudo de ruim que eu fiz... Vê-la me fez vê que eu estive fugindo... como se alguém pudesse fugir de si mesmo.

Niko queria puxa-lo para seus braços, aperta-lo e dizer que esquecesse, que tudo ficaria bem, mas sentia que ele precisava falar. Foram poucas as vezes que falaram sobre esse passado e sempre superficialmente. Ainda sentia dificuldade de acredita que o homem com quem tinha passado os momentos mais felizes da sua vida, tinha sido capaz de joga um bebê no lixo.

– Esse Félix, por mais que eu tentasse fugir dele, ele sempre me encontrava, com o passar dos anos acho que aprendi a aceitar que não podia fugir dele, mas eu ainda não consigo encara-lo. Parece estranho ouvir isso, não é? Quando eu olho para esse Félix... eu sinto uma mistura de sentimentos que vão desde pena, raiva a medo - Niko apertou sua mão com força ao ver as lágrimas escorrem por seu rosto - Eu fico tentando criar desculpas para ele como se ele não fosse... Eu... seu pai nunca o amou, ele sempre teve que esconder quem ele realmente era. Mas quando eu vi a Paulinha, eu tive que realmente olhar para esse Félix - Félix abaixou a cabeça e chorou, seus soluços faziam seu corpo treme. Com um esforço que pareceu enorme ele levantou a cabeça.

– Tudo que você fez, foi por falta de amor, afeto...

– Mas não justifica... foram minhas escolhas... eu escolhi fazer essas coisas ruins - Ele limpou os olhos com uma das mãos e respirou fundo - Mas eu percebi que eu nunca me perdoei, talvez por que eu nunca pedi perdão. Realmente pedi perdão.

– Eu estou do seu lado não importa o que aconteça. Mas eu quero que você se lembre que você mudou, que as escolhas ruins estão no passado.

– Graças a você e a rainha do hot dog... vocês me salvaram - Ele disse levando suas mãos entrelaçadas ao seu peito.

– Não. Como você disse foram suas escolhas, você poderia ter feitos outras, mas nos escolheu. Você é um homem bom Félix, sempre foi, mas você não conseguia ver por que tinha essa escuridão te impedindo.

Félix abaixou a cabeça e sorriu.

– É por causa do meu lugar sagrado.

Niko o olhou sem entender nunca tinha ouvido sobre esse lugar sagrado.

– Lugar sagrado? Que lugar é esse? - Perguntou curioso, Félix nunca o tinha levado a esse lugar.

Félix olhou para suas mãos entrelaçadas.

– Quando eu ainda morava com a Marcia... eu disse a ela o quanto eu tinha medo de voltar a ser aquele Félix de antes... Como eu sentia que essa escuridão me perseguia... como uma sombra, sempre um passo atrás, roçando seus dedos em mim... Então ela me disse que o mal não podia entrar em lugares sagrados, e que eu deveria encontrar um lugar sagrado onde essa escuridão jamais pudesse me tocar - Ele encontrou seus olhos - Você é meu lugar sagrado carneirinho.

Niko piscou tentando impedir as lágrimas de rolarem por seu rosto, sorriu e encostou seus lábios nos deles, apenas um toque.

– Eu te amo Félix - sussurrou contra a boca dele antes de aprofundar o beijo.


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Notas finais do capítulo

Bem, acho que o próximo capitulo não vai demora. E para quem acompanhar "Meu destino é você", o próximo capitulo esta quase 90% pronto então logo terá novo capitulo.



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