Quem Disse Que O Amor Pode Acabar? escrita por Beth


Capítulo 9
Time runs




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Stella gemeu, sua cabeça doía e ela se sentia dopada. Só se lembrava de uma noite em que tivera essa horrível sensação, tinha 23 anos e estava na festa de formatura organizada por sua turma, ela nunca bebera tanto quanto naquele dia.

Diferente de seus amigos ela não usara nenhuma droga, não por que fosse policial e por este fato não devia usar nada ilegal.

Uma coisa que ela não contara pra seus amigos, e que poucos sabiam, a não ser Mac. Ela bufou irritada, parecia que Mac tinha a tendência a saber coisas sobre ela que a maioria não sabia. Ela era realmente muito fraca com bebida, duas taças de vinho e já estava “alegre”.

Naquela noite havia bebido mais champanhe, cerveja e vinho que conseguia se lembrar, e na manhã seguinte se surpreendeu por conseguir ter se levantado, em compensação havia um grande branco na sua cabeça e parecia que nunca mais iria conseguir pensar.

Ela gemeu grogue e tentou abrir o olho, a claridade era forte demais e por instinto ela fechou os olhos e tentou se levantar.

–Devagar ai querida- Uma voz soou, ela abriu os olhos e sua mente levou apenas alguns segundos pra identificar Andrew e mais alguns segundos pra ela se jogar em cima dele- Oah!- Ele a segurou pela cintura e a puxou para baixo dele, Stella tentou soca-lo.

Seus reflexos estavam lentos, mais lentos que o normal. Inferno o que ele havia lhe dado?! Andrew sorriu.

–Eu sei que você está feliz em me ver amorzinho. Mas vamos devagar ok? – Ele falou devagar, a puxando de volta e segurando seu braço atrás do corpo, ela gemeu de dor e ele afrouxou levemente o aperto, apenas o suficiente para não machuca-la.

Mas não o suficiente pra ela se soltar, sua cabeça doía mais ainda depois dessa pequena luta, e começou a rodar, ela gemeu e sentiu seu corpo leve. Ela estava tonta e com vontade de vomitar.

XXXXXXXX

Mac entrou no laboratório de criminalística de New York. Nada havia mudado durante a sua viajem, ainda havia pessoas correndo de um lado para outro contra o tempo tentando colocar pessoas culpadas na cadeia e vingar inocentes.

–Hey você voltou- Lindsay falou sorrindo e o recebendo, Mac acenou em resposta.

–Sim.

–Vai voltar?- Ela perguntou, ele assentiu. Teria que voltar, uma hora ou outra. Mas naquele momento o que realmente queria era distancia de New Orleans.

Passara o voo inteiro pensando sobre a sua situação com Stella, o que era que eles estavam vivendo. Ele precisava de um tempo sozinho e ela também.

–Eu não sei, talvez eu lide com esse caso. Eu liderando daqui e ela de lá- Ele falou. Fora a única solução que lhe ocorrera durante as 3h de voo que ele ficara pensando e repensando sobre a situação que eles viviam.

Era irônico que eles não conseguiam ficar juntos. Sem tentarem se matar, sem quase acabarem odiando um ao outro. Mas também não conseguiam ficar separados, por que acabavam se sentindo perdido e sozinho sem o outro.

–Talvez haja outra opção.- Lindsay tentou argumentar, Mac a encarou duvidando, que outra opção?!- Algo...

–Cara vocês precisam ver isso!- Adam falou abrindo a porta de vidro da sala de convivência, Mac o encarou confuso. Ele parecia assustado, como se visse um fantasma.

Lindsay e Mac entraram na sala. Mac se sentiu congelar ao ver a manchete.

“Chefe do Laboratório de Criminalística de New Orleans é sequestrada.”

Mac encarava a TV confuso e tonto. Não podia ser verdade, ele havia tido com ela fazia o que?! Menos de 10h!

–A Det. Bonasera está desaparecida, sua equipe não quer se pronunciar, a única coisa que sabemos é que seu segundo comando disse a alguns repórteres que fará de tudo para encontra-la. Mas não houve até o momento nenhum pedido de resgate nem qualquer pista sobre o paradeiro da Detetive.- A repórter falava. Lindsay escorregou pelo sofá com a mão na boca, Danny a segurou, tentando dar algum conforto.

Mac encarou a TV. Stella fora sequestrada, ele não precisava de muito pra saber quem havia feito aquilo. E se lembrou da ligação que recebera de Andrew.

O que havia lhe dito? Que iria tocar no que era mais precioso. Ele não fora ao laboratório de criminalística. Não, isso seria muito fácil, previsível. Ele fora exatamente eu seu ponto fraco, ele fora em Stella.

–O que aconteceu?- Jo Danville perguntou entrando na sala, parando ao ver a manchete na TV. Mac olhou ao redor, e percebeu que quase todo o pessoal do laboratório estava ali parado olhando a TV surpreso.

Ele sentiu seus músculos saírem do torpor que pareciam terem entrado. Ele pegou seu celular e digitou o número rapidamente.

”Quem é?!” A voz irritada e frustrada perguntou.

–Mac Taylor. Eu quero todas as informações do caso, tudo.

“Detetive...” Ele ouviu a voz surpresa de Bennett.

–Olhe. Eu não vou discutir com você. Ou vamos entrar em um caso conjunto, ou eu vou procurar por ela sozinho. Nós temos muito mais tecnologia do que vocês, então enquanto você perde tempo discutindo comigo esse lunático está com a minha mulher!- Mac rugiu, e só se deu conta do que falara depois que saíra da sua boca.

“Sua mulher?” A voz de Bennett estava irritada, Mac não se importava.

–Eu chego em New Orleans em 3h.- Ele falou e não deu tempo a Bennett pra comentar qualquer outra coisa. Ele iria encontra-la, mesmo que sua vida dependesse disso. Ele iria encontra-la. Seus olhos foram em direção a Jo, ela apenas assentiu. Mac a encarou agradecido.

–Assim que eles enviarem os dados, vamos começar a processar.- Jo falou olhando pra equipe- Eu não tenho dúvida alguma que todos aqui vão dar o melhor de si.

–Obrigado- Ele falou olhando pra sua equipe. Lindsay sendo amparada por Danny, Sheldon estava sentado na mesa ao lado de Adam. Sem dizer qualquer outra coisa Mac apenas se virou em direção a porta.

XXXXXXXX

Todo o furor da notícia havia embora durante o voo. Mac olhou pela janela do avião, e sentiu sua garganta se fechar.

Ele se sentia impotente. E com medo, medo de chegar tarde novamente.

Como ocorreu com Claire, medo de perder Stella também. Ele fechou os olhos e afundou na poltrona do avião.

Mas ele não já havia a perdido? Ela estava em outro estado. Ele já havia perdido. Mas entre tê-la morta e tê-la longe, ele preferia sofrer sabendo que pelo menos ela estaria em outro lugar, tendo a chance de ser feliz.

Mesmo que ele nunca pudesse ver seu sorriso, ou sentir os seus braços ao seu redor, ou sentir o gosto dos seus beijos. Pelo menos, restava a sensação de saber que ela estava bem. E agora, nem isso mais restava.

Ele engoliu em seco. Droga! Ele nunca havia parado pra pensar nisso nos últimos meses, ele estava tão irritado e furioso com ela por ter ido embora.

Ele estaria mentindo se dissesse que não sentira saudade dela, ou que a havia esquecido. Não havia como esquecê-la. Pois tudo na sua vida tinha uma lembrança dela.

Sua mesa, ele se lembrava do dia que ela se sentou ali, uma noite em que restava apenas os dois no laboratório deserto, e naquela noite ele havia beijando-a.

Sua casa estava cheia de lembranças dela, das noites que eles passavam sentados no chão da sala nos braços um do outro assistindo qualquer porcaria na televisão.

Eles havia criado a rotina de que sempre que havia um caso particularmente difícil pra um deles, ou mesmo um caso que chegava a um deles. Quando tudo acabasse eles passavam em um supermercado e compravam besteiras, alugavam um filme qualquer numa locadora e se sentavam pra assistir. Não tinha haver com o filme, ou com a intimidade da noite, mas tinha haver com ter os braços um do outro, saber que não importava o que ocorresse do lado de fora.

Eles teriam um porto seguro, seu porto seguro. Eles ficariam juntos, não importava o que acontecesse.

E era por isso que ele não dormia em casa, por que não conseguia suportar a ausência dela. Se lembrar de cada mínima coisa, e saber que elas nunca aconteceriam novamente, não haveriam noites assistindo filmes, não haveriam beijos quando ele chegava em casa. Não haveria o calor um do outro.

Deus.... Ele parou, quando fora ultima vez que fizera uma oração?

Eu sei que não tenho sido muito religioso em toda a minha vida. É só.... Que ela é a única coisa que eu ainda tenho.

Se ela é a única coisa que você tem não cuidou direito disso. Sua mente acusou, Mac suspirou.

Apenas por favor, faça com que ela esteja bem. Por favor. E eu realmente sinto muito por não ter feito o meu melhor pra tentar consertar as coisas. Eu sinto muito. Realmente sinto muito.


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Notas finais do capítulo

Oi!
Eu não morri. Rsrsrsrs.
Como eu já disse no último capítulo, estou com a vida muito atarefada na universidade. E pra ficar legal, fiquei retida em uma matéria, o que me causou um problemão.
Eu tenho o príncipio de que se for pra escrever vou fazer direito, não gosto de escrever qualquer coisa ou de mal jeito só pra postar um capítulo.
Se o capítulo não tá bom pra mim eu não consigo postar ele. Rsrsrsrs.
Eu espero que vocês tenham gostado, comentem sobre o capítulo. Dúvidas, críticas, desde que com educação são sempre bem vindas.
Ps: Qualquer dúvida, ou pergunta podem também me enviar uma mensagem privada. Que eu respondo.;)
Beijos!



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