Quem Disse Que O Amor Pode Acabar? escrita por Beth


Capítulo 4
He Doesn't Play For Lose.




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–Bom dia Det. Bonasera- Jhon o porteiro a saudou, Stella sorriu pra ele e assentiu murmurando um bom dia também enquanto andava rapidamente em direção ao elevador.

Assim que chegou no 3 andar Stella o avistou, Mac estava com Diana, ela estava lhe mostrando o laboratório. Ele estava com um terno preto, uma camisa branca por baixo, Stella odiava saber que vê-lo ainda tinha o mesmo efeito sobre si, era como se nada houvesse mudado pra seu corpo, ela ainda se sentia atraída.

Ela estava a apenas 5 passos de ele e Diana quando Bennett a abordou.

–O chefe ligou quando você ainda não tinha chegado, pediu pra passar na sala dele ainda hoje. E Edgar pediu pra você dar uma passadinha lá- Ele falou, Stella assentiu. Edgar era o chefe dos legistas, já que ela tinha que mostrar o laboratório a Mac pra liberar Diana, por que não unia o útil ao agradável?

–Eu vou fazer isso agora.- Ela falou andando outra vez em direção a Mac, que agora havia parado em frente ao laboratório de analises químicas, mas Bennett a segurou- O que foi?

–Você está bem?- Ele perguntou, Stella suspirou levemente. Sabia que ele acabaria fazendo isso, e também sabia que a preocupação visível em seus olhos era verdadeira.

Mas o que ela podia fazer?! Chegar e dizer: Eu apenas tive uma discussão com meu marido?.... Desde quando Mac é meu marido? Hum faz uns 3 anos, e mês que vem vamos fazer 4 anos de casados.

–Vou ficar bem- Respondeu, aquilo era o mais perto que conseguia chegar da verdade. –Hey Diana, Mac- Stella os cumprimentou, estava disposta a fazer seu papel de chefe do departamento e pronto. Não daria a ele o prazer de pensar que a sua chegada a havia afetado mais do que o normal.

–Hey Stell, Hey Ben.- Diana os cumprimentou sorrindo.

–Pode voltar ao trabalho, eu acompanho o Det. Taylor pelo resto do caminho, não se preocupe- Stella falou, Diana assentiu e se despediu de Mac com um sorriso saindo em seguida na direção do necrotério- Você também- Stella se virou pra Bennett, ele encarava Mac.

–Você pode precisar...

–Eu não vou- Stella o cortou, Bennett comprimiu os lábios em desgosto. Stella não sabia o que estava acontecendo ali, mas não importava, a ultima coisa que precisava era de Bennett dando uma de protetor, ela já tinha problemas demais sem ter um garoto que achava que talvez pudesse conquistar um espaço em sua vida.

–Ok- Ele falou se afastando com passos pesados, ela se virou pra Mac, colocando sua melhor cara.

–Aqui ficam os laboratórios de análise, ainda não temos tanta tecnologia quanto o de New York.- Stella falou mostrando as enormes salas brancas, seriam idênticas ao de New York, se não faltasse muitas maquinas- Orçamento apertado.

E antes que ele pudesse fazer qualquer comentário, ela seguiu explicando e andando sem se importar se ele a estava acompanhando ou não, mas sentia seus passos atrás, enquanto ela tentava fingir que nada estava acontecendo.

–Ele gosta de você- Mac falou a encarando, Stella apontou pro elevador.

–Próximo andar, é o necrotério...

–Por que não contou a eles?- Mac perguntou, ela suspirou e o encarou, estava pronta a fingir novamente não ter ouvido o que ele disse. Mas viu que ele realmente queria saber a resposta, e o que havia de mal em responder?

– Eu não queria que me ligassem a você- Ela mentiu, ele pareceu por um momento perceber a mentira- Não queria nada que me ligasse a você, queria esquecer que fui casada com você- Completou, viu um lampejo de raiva nos olhos azuis.

–Com toda a certeza- Ele respondeu cínico, seus olhos se virando para o elevador- Eu acho que nosso passeio não é mais necessário, eu sou capaz de me achar.

–Bom- Stella concordou dando de costas e seguindo pra sua sala.

Ela ficara enfurnada ali pelas próximas horas, recusando o pedido de Diana pra que fosse se juntar a equipe para almoçar, ela continuou analisando as pastas do caso de Alexandro Montez o policial, precisava descobrir algo. Precisava que ele fosse embora.

“-Eu realmente acho que isso não é necessário- Mac murmurou se escorando na parede, Stella sorriu. Ele estava lindo de fraque, ela levantou e deslizou a mão pelo tecido macio.

–Faça por mim, você sabe, eu amo dançar- Ela sussurrou acariciando o pescoço, ele sorriu e deslizou a mão pelas costas dela.- Por favor. Posso recompensa-lo depois.- Stella sorriu maliciosa, Mac sacudiu a cabeça levemente.

–Você com toda a certeza vai me recompensar. Mas poderíamos começar agora- Ele murmurou a beijando.”

Stella sentiu os olhos encherem de lágrimas, o amor que sentia naquela fazia com todas essas lembranças a enchessem de alegria, ansiedade e saudade.

Mas agora, elas a enchia de dor. Sentiu as primeiras gotas caírem molhando a pasta. As vezes ela apenas queria que aquilo tudo passasse, queria poder arrancar cada lembrança com as próprias unhas.

Mas ainda havia noites em que sonhava com ele, ainda havia noites em que sonhava com os dois. E era tão real, que parecia que nada do que acontecia agora não fosse nada menos que um sonho, em que os beijos dele eram doces, e nada poderia alcança-la. E ainda ela acordava, e voltava pra realidade.

Não havia mais beijos, não havia Mac, não havia amor, não havia nada. Ela estava sozinha, como sempre esteve durante toda a vida.

–Stella- Ouviu e rapidamente limpou o rosto e ergueu os olhos.

–Sim?- Perguntou, a voz levemente rouca a traindo, Diana a encarava com certa curiosidade.

–Eu testei amostras da cocaína que Mac trouxe, não deu em nada.

–Então temos um policial nova-iorquino morto, com droga, que não é de New York. E quanto as coisas que recolhemos do apartamento?

–Bennett está cuidando delas junto com Mac. E Edgar pediu pra lembrara-la da visita- Diana falou, Stella suspirou e assentiu.

–Eu tinha esquecido, então tente ajudar Mac e Bennett, eu vou ao necrotério- Stella falou se levantando, Diana assentiu e saiu, embora Stella pudesse jurar que havia algo na forma com que ela a olhava.

Já passavam das 23h enquanto Stella analisava o que tinha do caso, segundo Edgar o homem havia sido morto com um tiro, e depois outro fora disparado. Provavelmente o assassino estava se certificando que o homem estava realmente morto.

A cocaína não havia vindo de New York, e Edgar havia encontrado vestígio dela no estomago de Alexandro, logo ele era consumidor, então a cocaína poderia estar ali, e não ter qualquer conexão com o caso.

–Está um pouco tarde- Ela se virou surpresa, Bennett estava com os braços cruzados e a observava despreocupado da porta.- Você deveria ir pra casa.

–Eu estou bem- Ela respondeu se virando pra parede onde várias anotações estavam escritas.

–Você realmente não vai me contar o que aconteceu?- Bennett perguntou, Stella fechou os olhos, sua cabeça latejava. E ela não conseguia ver qualquer ligação aparente no caso, nada fazia sentido, e segundo a única conversa que tivera com Mac depois da discussão ele não encontrava nada que ligasse o homem a nada, a não ser o fato de ser um policial nova-iorquino que estava em New Orleans.

E quanto mais demorasse a investigação, mais tempo ele ficaria aqui. E cada vez que Stella o via tinha vontade de gritar e manda-lo embora! Mas ele não iria, enquanto não resolvessem aquilo, e enquanto não resolvessem o seu problema.

–Nada aconteceu- Ela falou se virando pra frente e focando os olhos nas anotações.

–Stella...

–Nada aconteceu que seja da sua conta- Ela falou se virando e o encarando, viu a magoa brilhar nos olhos dele, mas era melhor assim. Mesmo que sentisse pena de vê-lo daquela forma, não podia deixa-lo pensar que poderia ter algum tipo de esperança, talvez... Talvez Mac estivesse certo.

Ela nunca o havia incentivado, mas não podia deixa-lo pensar que havia alguma chance de algo acontecer.

–Eu vou- Ele falou, Stella se virou pra ele, abriu a boca pronta pra dizer algo que fizesse as coisas fazerem um pouco mais de sentido pra ele, talvez apenas dizer que ela e Mac algum dia...

–Ok, eu vejo você amanhã. Devo concluir que você não vai pro bar hoje?- Bennett perguntou, Stella assentiu, ele suspirou e deu as costas saindo.

XXXXXXX

Stella se escorou no balcão da pequena padaria. Estava com humor o suficiente pra ir pra casa, não o suficiente pra cozinhar. Estava prestes a se sentar quando sentiu um baque em si e algo caindo no chão, se virou a tempo de ver a garotinha correr em direção a um homem alto que a pegou no colo sorrindo

–Me desculpe- Uma mulher murmurou passando por ela indo atrás da menina, Stella sorriu levemente e se abaixou pra pegar seu pager que havia caído.

Ela apenas ouviu, o som era oco, como algo rápido demais passando muito perto. E antes que pudesse sequer analisar ou se dar conta do que estava acontecendo, os vidros se estraçalharam e tudo o que ouviu foi gritaria.


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Notas finais do capítulo

Bom eu queria agradecer a todos pelos comentários! Foram maravilhosos e eu amei cada um deles.
Agredecer mais uma vez a Gabriela pela recomendação! Eu a amei!
Eu acho que vocês já devem ter notado que eu não costumo pedir recomendações, nada contra quem faz, eu apenas acho que isso é algo que deve partir de vocês.
E que vocês devem fazer apenas se realmente gostam da fic, não por que eu estou pedindo ou barganhando.
Então sintam-se a vontade, pra fazerem, ou não.
Bem vindas as leitoras novas!
E quem ainda não comentou, pode fazer. Sugestões, ideias, dicas, críticas, serão sempre bem vindas!
Beijos e até o próximo capitulo!