Kajima Home escrita por Kid Leader


Capítulo 3
Devil Riders




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Luka observava Gakupo dormindo, ela segurava a sua própria boca com a mão para não soltar um sonzinho se quer. Respirou fundo e caminho bem devagar até onde o grosseirão estava, abaixou-se até para ficar a altura dele e observou mais detalhadamente.

Igual a Haku, nem parece ser um idiota quando esta dormindo.

Luka também sentiu um leve cheio de álcool, provavelmente ele passou a noite bebendo em um boteco qualquer. Ela então levantou a mão e retirou uma mecha que estava caída no rosto dele. Tão lindo e ai mesmo tempo super insensível e egoísta.

Alguns passos dali, Haku estava andando pelo corredor e observou com raiva Gakupo deitado em seu sova novo, no qual ela ainda estava terminando de pagar.

– DE NOVO GAKUPO!?

No mesmo instante Gakupo abriu os olhos assustados e viu Luka, que também acabou levando um susto com o grito de Haku.

– AAARH! – Ele sentou rapidamente no sofá e Luka levantou-se e foi em direção a cozinha sem nem se quer olhar para Haku. Mas também, se só pela voz já estava brava, imagina aquele olhar como não ficaria.

– Vou fazer o café! - Disse a rosada passando rapidamente por ela.

– Ha-Haku! Quanto tempo...

– Nos vimos ontem. – Retrucou a quase albina.

– Pois é... A qual o problema, eu moro aqui do lado. Apenas errei o apartamento.

Assim que ouviu aquilo, Luka deixou algumas coisas caírem na pia. Nada quebrou, mas fez um barulho bem alto. Os dois que estavam discutindo olharam para ela rapidamente.

– D-desculpe!

– Haku, você deveria estar acostumada...

– Só... Não destrua o meu sofá novamente. Ok?

– Sim sim.

Haku entrou no banheiro deixando Luka e Gakupo ali, o clima estava ficando estranho. Alguns minutos depois Luka tinha preparado o café e Haku ainda estava no banho.

– Está pronto.

Gakupo viu aquilo e sem sentou em frente a bancada para tomar. Não que tivesse outra escolha, mas como tinha sido feito por Luka era o que tinha naquele momento. Ele deu um gole e fechou os olhos.

– Está horrível.

– O QUE!? – Luka teve que se controlar para não pular em cima daquele homem e arrancar cada fio de cabelo que ele tinha.

– Está muito ruim, mas se bem que uma patricinha como você nem café deve saber fazer. – Ele reclamava, mas continuava tomando o café.

– Patricinha!? Escute aqui seu imb....

– Não perca seu tempo. – Gakupo a cortou – Já estou de saída.

Colocou a xícara na mesa e saiu pela porta, Luka ficou parada apontando para o nada. Ficou naquela posição durante alguns segundos. Deu um leve suspiro e viu Haku sair do banheiro.

– Uhn? Gaupo já se foi?

– Sim... Eu fiz café, gosta?

– Aham, obrigada Luka. – Haku tomou e fez um rosto feliz. –Está muito bom, fazia tempo que não tomava algo assim.

Horrível, até parece...

Luka sorriu para Haku e falou um pouco sobre a noite de ontem. Contou tudo que havia acontecido até o momento que Gakupo as apresentou. Haku se sentira bem em conversar com Luka, fazia tempo que não se abria para alguém daquela maneira.

– Luka, não gostaria de morar comigo?

– Hãn? Mas não vai ficar muito apertado pra você.

– Não, nós dividiremos as despesas e provavelmente sairá mais barato para as duas.

– Eu iria adorar... Só preciso passar em casa para pegar as minhas coisas.

– Tudo bem, tome. – Haku entregou uma chave para ela – É a chave do apartamento, eu tenho que ir para o bar então você pode ir lá e voltar.

– Obrigada!

– Eu vou indo, até mais. – Haku saiu dando um sorriso tímido para Luka. Saiu do apartamento e foi em direção ao elevador.

Luka foi para casa, decidiu que iria pegar somente roupas, fotografias e seu violão. Não sabia exatamente se conseguiria ficar bem na casa de Haku, então decidiu primeiro ficar lá como um teste. Se conseguisse se acostumar, moraria de vez com ela. Luka queria mais que tudo mudar dar daquela rotina chata que tinha. Colocou as roupas e outros objetos que necessitaria como escova de dente, óculos e etc em uma bolsa grande. Caminhou até a porta e deu uma última olhada antes para trás antes de partir. Decidiu que só voltaria ali se fosse para pegar o resto das suas coisas ou para voltar para casa. Virou-se e saiu, caminhava pensativa enquanto ia para o restaurante que trabalhava. Mesmo não gostando de trabalhar naquele restaurante, ela tinha feito amizade com uma menina bem mais jovem, mas em busca dos seus sonhos igual a ela.

Luka entrou no restaurante pela porta dos fundos e foi encontrar sua amiga, cumprimentou alguns garçons e cozinheiros que estavam lá. Nada muito íntimo, até conseguir encontrar Miku.

– Miku! – Luka a chamou com um sorriso no rosto.

A menina de mais ou menos 17 anos olhou para trás. Ela usava seu cabelo preso por duas maria chuquinhas longas, em um tom verde água. Seus olhos eram da mesma cor do cabelo. Assim que ela reconheceu Luka, pôs um sorriso no rosto e foi em direção à rosada.

– Luka! Como foi?

– Eu consegui Miku, irei cantar no Kajima Home!

– Waaaaa! – Miku abraçou Luka bem forte – Parabéns, eu sabia que você iria conseguir.

– Obrigada Miku, mas... – Ela dizia se afastando da mais nova. –Eu vim pedir demissão, não quero mais trabalhar de garçonete aqui. O gerente nunca foi com a minha cara mesmo.

– Eu ou sentir sua falta... – Ao ouvir aquilo, Miku colocou sua cabeça no peito de Luka. Ficou ali por uns segundos e voltou a olhar para Luka com um sorriso. – Mas eu desejo toda sorte do mundo a você!

– Obrigada, e você pode me ver cantar assim que conseguir a maior idade – Ela falou tirando sarro da menina.

– Muito engraçada...

Luka voltou ao apartamento de Haku por volta das três da tarde. Ela tinha ficado o que sobrou da manhã até o horário de almoço com Miku. Decidiu que como iria ajudar Haku nas despesas, iria começar dando uma arrumada na casa. Retirou as garrafas que estavam jogadas na sala, limpou os móveis, as janelas e varreu a pequena varanda. Quando se deu conta, Já estava quase na hora de ir ao bar.

Ele entrou no quarto e decidiu pegar uma roupa de sua bolsa. Escolheu um vestido azul que batia mais ou menos a cima dos joelhos, com um cinto branco marcando a cintura, os sapatos eram sandálias que mostravam o quão delicado era os pés dela. Se olhou no espelho e analisou com cuidado.

– Será que pareço realmente uma patricinha?

Luka depois de alguns segundos se deu conta do que havia falando e bufou, parece que as palavras rudes dos grosseirão ficaram na cabeça dela até agora. Ela deu uma última ajeitada no cabelo e saiu rapidamente do apartamento. Aquela seria a primeira noite oficial dela em Kajima Home, seria o primeiro de muitos momentos bons que ela certamente iria ter.

Próxima ao bar, Luka avistou Kaito na portaria conversando com um homem idêntico a ele, somente diferenciado pelo cabelo vermelho. Quando Luka estava abrir a boca para cumprimentar Kaito, sentiu uma trombada em seu braço.

– Ei!

Ela observou melhor e não era nada mais e nada menos do que aquele lindo grosseirão de cabelo roxo, com aquele olhar intrigante e raivosos.

– Olha por onde anda.

– Você só pode estar brincando comigo! Você que esbarrou em mim, peça desculpas!

Gakupou olhou para ela um pouco surpreso. O que aquela maluca havia acabado de pedir? Desculpas? Ela só poderia ser uma patricinha louca para quere um pedido de desculpas dele.

– Sai da minha frente.- Então ele a cortou, e caminhou para dentro do bar. Mais uma vez Luka ficou com aquela cara de idiota, mais uma vez Gakupo conseguiu irrita-la. Mas ela não iria deixar aquilo acabar com a sua estreia, iria dar o seu melhor para deixar aquele momento especial.

– Luka! – Uma voz conhecida a chamou. – Venha aqui!

Ela foi na direção de Kaito e observou mais de perto o homem que estava com ele. Certamente ele era o tal irmão gêmeo que Haku havia falado. Os dois eram praticamente iguais fisicamente.

– Akaito essa é a menina que irá cantar no bar as noites. A voz dela é linda, você precisa ouvir. – Ele dizia empurrando um pouco Luka para frente.

– Um prazer conhece-la senhorita....?

– Luka, Megurine Luka

Os dois trocaram um aperto de mão, mas o homem parecia não se importar com ela. Assim que soltaram as mãos, a sua companheira chegou por trás da mesma com um pequeno sorriso.

– Olá Lu... – A voz de Haku foi silenciada quando ela viu que Luka estava conversando com Akaito. O rosto dela ficou completamente vermelho, abaixou a cabeça e voltou a andar e indo para dentro do bar.

– N-n-n-nos ve-vemos lá dentro...

Ela não entendeu nada na atitude de Haku, apenas suspirou e voltou o seu olhar para Akaito que dessa vez estava com um olhar diferente. Um olhar de dor e tristeza. Ela ficou surpresa com aquilo, mas evitou comentar algo. Depois perguntaria para Haku se saberia de algo.

– Bom pink girl, vamos entrar. Irei lhe apresentar o resto do time. Akaito, entregue isso para Kyioteru e está livre hoje.

– Tudo bem. – O homem pegou uns papéis da mão de Kaito e saiu andando.

– Vamos Luka, me siga.

– Ok...

Os dois caminharam para dentro do bar. Estava com poucas pessoas ainda, no máximo 30 dentro do local. Eles foram na direção do bar onde estava Gakupo e uma mulher de cabelos verdes preso em um rabo de cavalo.

– Luka, Gakupo você já conhece. Essa é Sonika, eles ficam responsáveis pelo bar.

– Olá novata, seja bem vinda. – Sonika falava com um sorriso no rosto.

– Olá.

Andaram mais um pouco e Kaito apontou para um homem loiro e em seguida para uma mulher com cabelos castanhos ondulados na altura do pescoço.

– Aqueles são Prima e Leon, trabalham na parte do atendimento.

– Entendi....

–E para finalizar a equipe temos Meiko que fica na portaria controlando a entrada e saída de pessoas.

– Meiko? Uma mulher? Não quero parecer grossa mas, não seria melhor colocar um homem forte para controlar esse tipo de coisa.

– E porque você não conhece Meiko ainda, daqui a pouco ela está chegando. Temos também Akaito e Kyioteru, esses preferem trabalhar fora do bar. Haku e Yuuma costumam ficar no deposito com as garrafas de bebidas e afins.

Luka balançou a cabeça como um sinal de que havia entendido tudo. Kaito terminava de dar alguns detalhes para ela quando foi interrompido por um corpo literalmente arremessado para dentro do local. As pessoas dentro do bar olharam para aquilo mas não manifestaram nenhuma reação igual a de Luka que estava atrás de Kaito escondida.

– Luka apresento a você nossa segurança Meiko.

Era uma mulher aparentemente normal, com um belo corpo, cabelos castanhos, lisos na altura da buchecha.

– Não pense que vai saindo assim do nada, seu pedaço de lixo.

– Meiko, essa é Luka. – Kaito falou com um sorriso no rosto, parecia não se importar com aquilo. O que deixava Luka ainda mais assustada.

– AH, oi – Ela dizia enquanto pegava o homem pelo colarinho da camisa. –Legal te conhecer, conversamos mais tarde. – Ela ia andando enquanto arrastava aquele pedaço de lixo humano para fora do local.

Aquilo foi muito bizarro para Luka, Kaito a observou e deu uma risada. Era engraçado vê-la assustada daquela maneira.

– Viu como Meiko da conta do trabalho?

– Si-sim....

– Preciso ir para a cozinha Luka, pode ir para aquele cômodo atrás do palco se estiver se sentindo um pouco deslocada. Você pode subir ao palco daqui a meia hora.

– Ok, eu vou lá.

Novamente havia chegado aquele momento em que ela queria, a sensação de subir ao palco novamente. Pegou o microfone deu umas batidas e começou a cantar algumas músicas lentas. Nem todos prestavam atenção nela, mas uma boa parte aplaudia a cada música que ela terminava de cantar.

Após uns vinte minutos no palco, ela desceu para um intervalo. Precisava tomar pelo menos uma água. Foi no balcão e para a sua tristeza só Gakupo estava atendendo no momento, infelizmente teria de pedir para ele. Respirou e tomou coragem.

– Gakupo!

O homem de cabelos roxos estava com a cabeça abaixada, terminando de limpar o copo até ouvir aquela voz, que para ele era a coisa mais irritante do mundo. Ele apenas levantou um pouco a cabeça e a olhou de uma maneira desprezível. Luka parecia sentir uma aura maligna vindo do outro lado do balcão, era algo realmente assustador.

– O que você quer, garota?

– Água. – Ela respondeu seca e firme, tentava não aparecer nervosa para ele.

Os dois se olhavam de uma maneira bizarra, como se a qualquer momento fossem matar um ao outro. Luka nunca tinha odiado tanto alguém na sua vida, e Gakupo nunca tinha achando alguém tão irritante.

Antes de começarem a discutir, ouviram uma discussão bem bruta vindo do lado de fora do bar. Parecia ser algum tipo de confusão, entre Kaito e um homem bem forte. Os dois pararam o pequena discussão que tinha e Gakupo pulou a bancada enquanto Luka apenas se levantou e foi correndo para a porta.

Lá fora, Kaito estava cercado por um circulo de pessoas. Ele parecia estar tentando acalmar os ânimos de um homem bêbado. Luka tentava se apoiar na ponta dos pés, mas nem assim conseguia enxergar. Gakupo um pouco preocupado com aquilo, decidiu abrir caminho sendo seguida por Luka.

– Você realmente não pode entrar senhor, está muito alterado...

– Cala essa boca! Eu vou entrar nessa espelunca e você vai mandar a sua garçonete mais gostosa me atender.

– Kaito, deixa que eu resolvo. – O azulado ouviu a voz de Gakupo e deixou por conta dele.

– Só não o machuque muito, não quero pagar mais conta de hospital. Já não basta Meiko... – Kaito saiu andando e voltou para o bar.

As pessoas que formavam o circulo agora em volta de Gakupo e o homem já estavam começando a cochichar. Luka percebeu que a maioria falava de Gakupo, apontava e até mesmo tiravam foto. Será que ele é algum famoso? Ela lembrou também que um dos caras que a atacou no beco sabia quem ele era.

– Olha o que temo aqui, se não é o lendário Kamui Gakupo.

– E você é....?

– Está brincando comigo seu merdinha, eu sou o líder dos Devil Riders. Aoki.

– Não que eu me importe qual seja o seu nome, já que daqui a 5 minutos eu vou esquecer. – Assim que ele deu o primeiro passo, um vulto rosa entrou na sua frente.

– Você vai querer brigar aqui? Com toda essa gente olhando? FICOU LOUCO!?

– Shh. – Ele tampou a boca de Luka, não queria ouvir mais nenhum pio. – Pega isso aqui, segura e espera ali no canto. Conte até três minutos pra mim.

Luka assentiu, e ficou bem constrangida com aquilo. O toque de Gakupo na pela dela deu um leve arrepio na mesma, fazendo a garota por um momento pensar que ele poderia ser uma pessoa boa. Ela caminhou para o canto e começou a contar.

– Vamos acabar com isso logo, tem uma mulher lá dentro querendo me pagar uma bebida.

– SEU LIBERTINHO DE MERDA!


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Notas finais do capítulo

Três minutos né? Acho melhor eu cantar uma música, praticamente o mesmo tempo.



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