Por Você escrita por Andye


Capítulo 18
Minha Vida é a Sua Vida


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, é o seguinte: este capítulo tem o Missing Moment Romione que vocês pediram semanas atrás. Na verdade, ele está pronto faz tempo, mas havia esquecido de postar. Para quem pediu o MM deles, segue o link deste capítulos http://fanfiction.com.br/historia/489219/Private/capitulo/15/

Beijocas e boa leitura neste dia que fui boazinha e dei capítulo em dobro! :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/493988/chapter/18

Gina não sabia mais o que fazer. Não parava de chorar e não conseguia se controlar; as mãos tremiam e o peito doía. Estava tentando falar com o pai e com o irmão, mas estavam em uma reunião no trabalho e todos os contatos haviam sido bloqueados. A mãe havia saído transtornada fazia cerca de dez minutos para um lugar que ela não sabia o qual e esquecera o celular sobre a mesinha no quarto do irmão. Resolveu ligar para Hermione.

– Oi Gina – Hermione respondeu prontamente.

Hermione – Gina chorava desesperada – Eu não sei o que fazer.

– O que aconteceu? - Hermione se alarmou.

É o Rony.

– Gina, para de chorar e me diz o que houve.

Eu não sei. A mamãe saiu. Não consigo falar com ninguém – ela estava em prantos – Eu não sei o que fazer, Hermione, eu não sei o que fazer.

– Gina, se acalma, por favor, e me diz de uma vez o que aconteceu – tentou ser o mais calma possível.

O Rony... estava descansando aqui no quarto e faz uns cinco minutos que levaram ele – chorou novamente – Ele começou a suar muito... e... do nada, não conseguia respirar direito. Entubaram ele e... ele começou a gritar dizendo que os ossos doíam... que estavam queimando – chorou novamente – Eu nunca vi meu irmão assim, Hermione, eu não sei o que...

Gina não conseguiu completar a frase, pois a ligação havia sido interrompida. Sentou sobre a pequena poltrona do quarto e escondeu o rosto nas mãos. Ouviu seus gemidos envolvidos no choro que não conseguia controlar.

– Onde você vai, Hermione? - Luna tentava manter a amiga concentrada.

– Eu não vou mais ficar aqui – Hermione ia de um lado para o outro trocando de roupa.

– Onde você pretende ir?

– Vou para o hospital – disse fechando o zíper da calça.

– Você não pode. Está afastada do Hospital. Você vai ser expulsa.

– Não me importa. Não vou ficar aqui de braços cruzados esperando o Rony morrer.

Hermione ainda ouviu os protestos de Luna, mas era uma voz distante agora. Adiantou-se até o quarto e colocou o casaco sobre a camiseta que vestia. As botas vieram em seguida e em alguns instantes, ela pegava as chaves, a bolsa lateral e o capacete pendurado na parede.

– Ao menos vá de táxi.

– Tchau, Luna.

Luna viu a porta fechar à sua frente e balançou a cabeça negativamente. Não podia aceitar que a amiga fosse expulsa, mas também não tinha como negar que a entendia. Nunca vira Hermione tão envolvida e apaixonada por alguém como estava pelo ruivo.

Sentou-se sobre o sofá cogitando o que fazer. Não conseguiria impedir a amiga independente do que fizesse, então respirou fundo, pegou o celular e ligou imediatamente para a outra amiga que a atendeu rápido.

Oi Luna.

– Van, a Mione tá indo pra aí.

Como é? Ela não pode. Vão expulsar ela.

– E eu não sei. Acho que a irmã do Rony ligou pra ela. Aconteceu alguma coisa com ele, tenho certeza. Ela não me disse nada.

Droga! – a outra exclamou – Mil vezes droga! Vou ficar de olho.

– Certo. Vou desligar que estão na porta.

Ok.

– Me mantenha informada.

Luna desligou e abriu a porta. Não reconheceu a senhora do outro lado.

– Boa tarde – foi simpática.

– Boa tarde. Gostaria de falar com Hermione Granger.

– Ah. A Hermione não está.

– Não?

– Não. A senhora quer deixar algum recado?

– Você sabe para onde ela foi?

– Quem é a senhora? - a loira estranhou tanto interesse.

– Molly Weasley. A mãe do Ronald. Preciso falar com a Hermione.

– Oh...! – Luna não conseguiu não abrir a boca – A Hermione foi para o hospital. Parece que aconteceu alguma coisa com o Rony.

– Com meu filho? - a mulher assustou-se e mal esperou a explicação. Saiu em disparada para o carro e seguiu de volta para o hospital.

Hermione estacionou a moto e desceu em disparada enquanto retirava o capacete. Não se importou com os gritos da recepcionista que ela ao menos identificou quem era. Correu pelos corredores em direção ao setor hematológico e foi barrada na entrada pelo segurança.

– Josh, eu preciso entrar – falou contida tentando passar pelo homem muito forte e alto.

– Dra. Granger. A senhora não pode passar – o homem falou – Me desculpe.

– Eu preciso passar, Josh. Isto é muito importante. Você não pode me impedir, eu sou médica.

– Mas está suspensa, Dra. Granger – Luíse falou preocupada por trás do balcão.

– Luíse, por favor, chame a Dra. Fals e diga que estou aqui.

– Não posso, doutora. Me desculpe.

– Mas que droga! – Hermione já chamava a atenção de outros seguranças e das pessoas que esperavam na recepção.

– Por favor, Dra. Granger, se retire – o homem falou novamente.

– Eu não vou embora sem ver o Rony – falou desafiadora.

– A senhora não vai passar – o homem completou.

– Ah... Que ódio! - bufou - Eu preciso passar, Josh.

– Doutora, por favor. Se retire – era Luíse novamente. Falava alarmada – Eu chamo a Dra. Fals, mas preciso que a senhora saia.

– Ok.

Hermione pareceu concordar e deu a volta em direção à porta, mas quando o segurança se distraiu, ela o passou e correu para o corredor. Infelizmente, as pernas não era tão rápidas quanto as do rapaz que rapidamente a alcançou e segurou pela cintura.

Hermione se debatia contra ele enquanto batia em seus braços e mexia suas pernas com força. O rapaz a segurou pela barriga e a levou de volta para a recepção, sem soltá-la desta vez. A garota chorava enquanto sentia as pernas fraquejarem e o corpo se apoiar no rapaz.

– Eu preciso ver o Rony, Josh. Por favor, me deixa passar. – soluçava alto e os acompanhantes na recepção começavam a se comover – Luíse, por favor, o Rony tá mal, eu preciso vê-lo – Luíse tinha os olhos marejados – Será que vocês nunca amaram alguém ao ponto de não conseguir viver sem essa pessoa?

Ninguém respondeu, mas Hermione continuou falando em meio ao choro ainda mais audível. A voz estava ficando pastosa e ela já não fazia nenhum esforço para se soltar dos braços de Josh.

– Você pode não acreditar, Luíse, mas eu o amo. Eu amo o Ronald de todo o meu coração, com a minha alma. Eu nunca imaginei que poderia ser capaz de sentir algo tão forte por alguém. Nunca imaginei que poderia colocar minha carreira em risco por alguém, mas eu o fiz e farei quantas vezes forem necessárias por ele.

– Doutora... - Luíze ia falar algo, mas não conseguiu.

– Por favor, Josh – ela fechou os olhos e forçou novamente o corpo contra o do rapaz – Me deixa ver o Rony pelo menos um pouquinho. Me deixa ver como ele está. Se acontecer alguma coisa com ele eu não vou poder ficar em paz. Por favor – ela implorava em meio ao choro – Eu preciso dele. Eu preciso ouvir a voz dele e olhar em seus olhos. Preciso abraçar o Rony, por favor... Luíse, me deixa passar...

Ela caiu novamente em prantos. O corpo todo mole contra os braços do rapaz. As mãos iam ao rosto tentando conter as lágrimas incontroláveis. A respiração pesada e dolorida pelo esforço que fazia.

– Hermione – ouviu a voz da amiga e sentiu as mãos em seu rosto.

– Van – chorou ao abraçar a amiga – O Rony, Van...

– Eu já sei de tudo, Mione – a amiga acariciava seus cabelos a acalentando – Fique calma e veremos o que podemos fazer.

– Eu preciso ver o Rony, Van. Eu preciso ver o Rony...

– Hermione – a amiga tentava controlá-la – Você sabe que não pode.

– Por que eu não posso ficar com o homem que amo, Van? - quase gritou – Por que querem separar a gente? Por quê?

– Será que eu posso conversar com você um minuto, Dra. Granger?

Hermione sentiu um soco no estômago antes de se virar e confirmar que a voz que ouvira era a de quem realmente imaginava que fosse. Levou as mãos aos olhos e enxugou o pranto antes de encarar a senhora Weasley que a observava impassível. Se aproximou e seguiu a senhora até uma área mais distante, ainda sob os olhos de Vanessa, Luíse, Josh e todos os outros que estavam na recepção.

– Dra Granger – a ruiva começou – Eu quero dizer que nada do que fiz foi contra você. Eu só queria proteger o Ronald. Nunca imaginei que uma pessoa como você fosse capaz de se interessar de verdade por meu filho.

– Uma pessoa como eu? Por que não, senhora Weasley?

– Você é jovem, saudável... Tem toda a vida pela frente.

– A senhora cometeu um grande erro ao me julgar dessa forma, Sra. Weasley. Jamais me aproximaria de seu filho ou de quem quer que fosse se não houvesse um sentimento verdadeiro.

"Sei que o Rony está doente, sei que está debilitado, mas também sei que tudo o que mais quero é que ele melhore, estar ao lado dele e lhe ajudar com tudo isso porque eu sei que eu posso. E eu realmente compreendo o medo que a senhora tem. Entendo que faça o possível para que seu filho não seja magoado, não sofra nem se decepcione, mas é a senhora quem faz tudo isso quando tenta impedi-lo de viver.

A mulher ficou calada, os olhos fitavam Hermione intensamente e permitiu que a morena falasse tudo aquilo que queria, as palavras que a incomodavam fazia meses.

– Não sou ninguém para falar de seu filho para a senhora, afinal, a senhora o deu a vida e esteve ao seu lado sempre, mas além de ser seu filho, o Rony é um homem. Ele tem sentimentos, ele se entristece e, infelizmente, é cabeça dura o suficiente para renegar todo o tratamento que tem apenas para tentar mostrar o mal que a senhora o tem feito.

"Se nosso namoro daria certo ou se nos decepcionaríamos mais pra frente, só o tempo poderia dizer, mas seria por algo que vivemos, por um sentimento que nós mesmos alimentamos, mas infelizmente fomos obrigados a sofrer, não por nós mesmos, e isso foi mais doloroso que o fim.

"E me desculpe por essas palavras, senhora Weasley, não quero ofendê-la, mas se pretendia fazer com que o Rony não se decepcionasse e sofresse, foi a senhora mesma quem fez com que ele sentisse toda essa tristeza."

– Você tem razão – a mulher falou e pegou Hermione de surpresa – Quero te pedir desculpas, Hermione. Sei que tem todo o direito de me odiar para sempre, mas peço que tente, ao menos, me desculpar.

– Não há o que desculpar, senhora Weasley – Hermione falou firme, embora ainda surpresa – A senhora agiu por amor e cegou seus olhos aos desejos do seu filho enquanto tentava protegê-lo. Não há o que desculpar. É uma boa mãe.

– Você realmente é uma grande garota.

– E eu amo o seu filho, senhora Weasley.

– Eu sei. Agora eu sei. Vi o que você fez e disse na recepção e vou pedir que a administração do hospital deixe que você o veja quantas vezes quiser.

– Obrigada! – ela chorou e num impulso de alegria, abraçou a senhora que apenas chorou junto com ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Por Você" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.