Por Você escrita por Andye


Capítulo 11
Um Bom Motivo para Sorrir


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Como estão? Espero que muito bem. Finalmente alguns momentos de paz na vida de nosso casal e já não era sem tempo. Quero agradecer demais a cada um de vocês por seus comentários e assim me mostrarem como ela tem sido recebida. :*

Quero aproveitar aqui também para agradecer a Van Vet por ter betado todos os capítulos numa velocidade mágica e indicar a fic dela para vocês, Entre Otakus, uma fique super gostosa de ler, com comédia na medida certa e uma boa dose de romance, e o melhor, com nosso casal preferido, Ron e Hermione. Com certeza vai te cativar.
Não deixem de passar por lá.



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O que se passou nos dias seguintes ao encontro entre Ron e Hermione já era mais do que esperado. A morena estava muito mais alegre que antes, a vida parecia ter recebido uma dose extra de cor inesperadamente. Ela sorria e não mais era vista nos banheiros do hospital se derramando em rios de lágrimas. Seu sorriso havia retornado ao seu rosto.

O ruivo, por sua vez, era só alegria. O brilho feliz e o sorriso largo em seu rosto apenas deixavam claro o quanto ele estava bem. Havia voltado a receber o tratamento, não fazia mais birras ao receber sangue, deixava de boa vontade que todos os exames fossem feitos e voltara a fazer seus típicos galanteios.

A melhor parte de tudo aquilo era que estavam conseguindo manter os encontros em segredo. Gina sempre ajudava. Eles se viam quase todos os dias sob os olhares constantemente atentos dos ruivos cúmplices no caso. Não deixava de ser arriscado, muito mais para Hermione que para Rony, mas eles simplesmente não conseguiam dizer não.

– Eu juro que não consigo entender como você consegue ter essas ideias, cenoura. - Gui sorria conversando com a irmã.

– A culpa da Hermione ter sido afastada do Rony foi minha, você bem sabe disso – a ruiva falou certa – Não poderia deixar que eles continuassem morrendo a míngua sem fazer nada.

– Não acho certo você ficar se culpando assim.

– Você sabe que é verdade. Não abro mão da minha culpa, assim como não abro mão de nada do que estou fazendo, por mais arriscado que seja.

– Você sabe que a doutora pode ser expulsa se descobrirem.

– Sim, eu sei, mas ela mais do que eu também sabe disso, e se não se importa em correr o risco, não serei eu que me negarei.

– Você é a melhor irmã que o Rony e eu poderíamos ter, Gina.

Gui falou enquanto abraçava a irmã, lhe aconchegando sobre seu peito. No momento estavam sentados no sofá da sala de espera que ficava entre o quarto de Rony, a enfermaria e o corredor que dava para os fundos do hospital. Os dois velavam o caminho enquanto Hermione conversava com o ruivo.

– Fico tão feliz em ver como está mais corado, Rony – Hermione tinha as mãos sobre as dele. Os olhos brilhavam emocionados.

– Acho que a Gina tem razão em algumas coisas que diz. - ele respondeu enquanto olhava suas mãos entrelaçadas.

– O que ela te disse?

– Que você é o meu melhor tratamento.

E não podia ser diferente. Havia se passado apenas quatro dias desde que começaram a se ver e a melhora de Rony era significativa. O rosto estava muito mais corado, e ele recomeçou a caminhar sem apoio da bengala. Estava mais forte e um pouco mais gordinho. Hermione sentia o peito encher de alegria ao observar o quanto ele melhorara desde a última vez.

– Não sou seu melhor tratamento – respondeu um pouco tímida.

– Mas é o remédio da minha alma. - ele falou convicto – Se não fosse você, Hermione, não sei como estaria agora.

– Não seja tão radical, Rony.

– É... Puxei bem a minha mãe. Totalmente extremista.

– Sim... - ela sorriu – Digamos que um pouquinho. E por falar nela, é melhor eu ir.

– Já? - o tom era choroso.

– Você sabe que sim. Não podemos nos arriscar demais. Ainda mais, nós já combinamos, um pouquinho todos os dias é melhor que todos os dias sem um pouquinho.

– Sim – ele sorriu – Eu sei. - ela sorriu de volta – Hermione...

– Hum... - ela o incentivou quando ele não continuou.

– Obrigado por ter aparecido em minha vida.

– Não me agradeça, Ron. Tudo em nossa vida acontece por algum motivo, e com toda a certeza, há um motivo muito especial para estarmos passando e sentindo tudo isto. Por mais difícil que esteja sendo, eu estou feliz como jamais imaginei que seria.

– Mas é você quem tem me salvado...

– Não, Ron... Foi você quem me salvou – ela sorriu, e lhe dando um beijo rápido, tranquilo e apaixonado, saiu.

***

– Ronald, posso te fazer uma pergunta?

Harry havia acabado de aplicar a anestesia na região da clavícula de Rony e espera o efeito para começar seu trabalho. Estava ali para fazer a troca do tubo de fluidoterapia e conferir se o cateter não saíra, e não conseguiu se controlar ao ver que o paciente sorria bobamente enquanto ele manuseava o aparelho.

– Claro, doutor. - Rony respondeu ainda com o sorriso bobo no rosto.

– Você tem encontrado a Dra. Granger?

Harry foi direto e percebeu momentaneamente o sorriso do ruivo se desfazer. Percebeu que o paciente havia tentando virar o rosto para encará-lo, mas que possivelmente não conseguiu devido a anestesia que fazia efeito.

– Por que a pergunta, Dr. Potter?

– Por favor, me chame de Harry – continuou o moreno – E não me leve a mal, não tenho nada a ver com a situação de vocês, mas acredito que seu sorriso, o brilho apaixonado e a animação em voltar ao tratamento nada tem a ver com meus lindos olhos verdes – ambos sorriram.

Enquanto Harry procurava a veia subclávia de Rony, o observava novamente envolto naquele sorriso abobalhado. Não pôde conter o próprio sorriso reconhecendo os sintomas da paixão correspondida no rapaz a sua frente. Enquanto inseria a agulha pelo bisel no paciente, o observou começar.

– Ela é linda... - o ruivo sorriu novamente antes de continuar – Nunca em minha vida imaginei sentir o que tenho sentido por ela. Ela é como uma droga que eu tenho necessidade constante de tomar, mas que me faz bem. Me sinto bem pelo simples fato de ouvir a sua voz.

"Seu perfume me deixa tranquilo, sua presença me faz sentir no céu, e eu imagino que o céu seja o melhor lugar do mundo. - respirou – E é por isso, por ela, que eu quero viver. Quero melhorar e estar ao seu lado. Quero viver cada um dos momentos que existem reservados para mim ao lado dela, não importa o que tenha que fazer para isto."

Harry sorria enquanto o rapaz falava. Não era muito mais jovem que ele, talvez um ou dois anos, e estava ali, lutando pela vida, sorrindo para a possibilidade de viver algo a mais, de conhecer algo melhor. De sentir coisas novas. Finalizou a fixação do acesso venoso e ajudou Rony a voltar a deitar-se sobre os travesseiros. Respirou profundamente enquanto retirava as luvas e calmamente assentiu.

– Não se preocupe, Ronald - o moreno sorriu e o ruivo ouviu atentamente - Sei muito bem o que é estar apaixonado, e sei como é bom ser correspondido. Eu deduzi que sua melhora e boa vontade repentinas tinham tido o dedo da Dra. Granger, e acabei acertando em cheio.

– Mas eu não confirmei nada...

– Estou te dizendo, não se preocupe. Não vou contar nada a ninguém, e no que depender de mim, tenha certeza, conseguiu um aliado.

– E por que isso? Por que decidiu me ajudar assim?

– Porque, Ronald, a única coisa que realmente vale a pena na vida é o amor, e eu acredito nele. Se você ama, tem de viver este sentimento intensamente, sem se preocupar, sem ter medo. Eu vou ajudar você. Pode contar comigo. - e estendeu a mão.

– Obrigado - Rony apertou de volta.

– Agora vou indo. Você está ótimo se comparado a cinco dias atrás.

– Valeu

O ruivo sorriu. Não tinha como ser diferente. Parece que o seu romance estava alcançando a todos naquele setor e de alguma forma ele se sentia muito bem por isto. Quando o doutor já estava girando a maçaneta, ele o chamou:

– Harry!

– Sim - o doutor se virou o olhando.

– Pode me chamar de Rony. - Harry sorriu assentindo.

– Tudo bem, Rony. Até mais tarde.

– Até mais.


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