That's no love without hate escrita por Xtraordinary Girl


Capítulo 36
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Não sei o que dizer. Aproveitem o epílogo, nos vemos lá em baixo.
MIl beijos



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– Mas mamãe, eu quero ir para Hogwarts agora, junto com Rose! Isso é tão injusto! – o pequeno garoto exclamou, irritado. Os cabelos rebeldes cor de fogo caíam sob sua testa, o deixando com um ar ainda mais infantil do que ele tinha, e com a cara do pai.

– Se acalme, Hugo. Daqui a dois anos você e Lily irão. – disse a mãe, calmamente para o mais novo e apontando a prima. – Olhe ali, porque não vai falar com ela e com Tio Harry?

Bastou dizer isso que o garoto correu em direção ao Tio, pulando em seu colo. A mulher sorriu com a cena. Enfim, bem.

– Mamãe… - dessa vez a atenção da morena foi clamada pela filha, que carregava seu malão. Os traços era idênticos aos dela, embora o cabelo ruivo a identificasse como Weasley. Olhos cor de avelã e cachos desarrumados caracterizavam Rose Granger Weasley, que estava prestes a embarcar para seu primeiro ano em Hogwarts. – E se eu não fizer amigos?

– Você vai fazer, querida. Não se preocupe com isso, certo? – a garota asentiu.

– Vou ser uma bruxa tão boa quanto você foi um dia! – ela exclamou antes de ser chamada pelo pai e caminhar em direção a ele.

– Uma mini Hermione, quem diria? – Gina Weasley surpreendeu a melhor amiga, que concordou sorrindo. – Não fique tão apreensiva. Albus está indo com ela, e James, Fred e Molly já estão lá. Vantagens de ter uma família grande. – piscou para Hermione, que soltou uma risada.

Mesmo dezenove anos depois, algumas coisas não mudaram. Claramente, a vida tinha dado alguns desafios para passarem depois que Voldmort foi derrotado. Superar a perda de Alex foi difícil para todos, em especial para Rony. Mas, junto a Hermione, ele encontrou forças para continuar e, juntos, formaram uma família. A verdade é que, com o tempo, aprenderam a se amar e ter um carinho especial um pelo outro. A prova estava nas duas cabeças ruivas saltitantes pela platafoma. Rose e Hugo chegaram no momento certo e, assim como toda a nova geração da família Weasley, trouxeram novos ares para todos.

Gina e Harry haviam permanecido juntos, mesmo depois de tudo, o que Hermione considerava uma história de amor mais do que verdadeira. Os três herdeiros vieram logo. James Sirius, cópia de James Potter, em todos os sentidos. Albus Severo, a mistura certa dos Weasley e os Potter. Cabelos escuros e olhos verdes cor-de-esmeralda. E por ultimo, a caçula Lily Luna Potter, a cara da mãe.

Olhando em volta, Hermione podia citar os que não faziam parte de sua família. É, ela era bem grande. Os dois afilhados, Alex e Bruce, ainda tinham sete anos, mas não perdiam ver o trem passar por nada. Travessos como os pais, ambos davam orgulho a Fred e Lorena, assumindo, junto a Fred II e Roxanne, serem os mais novos “Marotos Weasley”. É, de 2, Fred e George conseguiram quarto ruivos para enlouquecer Hogwarts. Além deles, os mais velhos se espalhavam pelos vagões, conversando e, no caso de algumas das meninas, namorando.

Nem é necessário dizer que todos os pais eram corujas, é? Percy, Fred, George, Ronald, até mesmo Harry era completamente protetor de sua princesinha. A morena rui, pensando o que seria quando todas estivessem namorando. Quando Victorie apresentou Teddy aos pais, o coitado passou por um interrogatório de todos os tios. Mas, sem dúvida, aquele fora um dos melhores almoços de domingo na casa da Sra. Weasley.

É, aqueles anos haviam sido realmente bons.

– ….Entendeu, Rose? Sempre melhor! – Hermione foi retirada de seus devaneios pela voz do marido, que apontava um garotinho loiro para Rose. Ela gelou.

O garoto deveria ter a idade da filha, embora fosse mais alto. Tinha cabelos louro-claros e olhos azuis acinzentados, que realçavam sua pele pálida. Familiar. Familiar demais. Os olhos da mulher percorreram os arredores do garoto, e logo encontraram quem ela queria, porém temia, encontrar.

Draco Black Malfoy não tinha mudado muito desde a última vez que se viram. E já havia muito tempo. Havia se formado e se tornado auror, depois de seguir alguns anos como jogador de Quadribol. A vida não facilitou em nada, mesmo depois que a Guerra acabara.

O nome dos Black, assim como os do Malfoy, ficou manchado e, com razão, a família passou a ser esteriotipada. Mas com o tempo, Draco aprendeu a não se importar, e ensinou o herdeiro, Scorpius. Se casar com Astoria, por pressão dos pais, foi bem difícil, mas como dizem, se aprende a amar com o passar do tempo. Com os anos, o ódio e os erros foram deixados para trás e um sentimento foi nascendo. Mas o loiro nunca poderia dizer que era amor. Pois se há apenas um amor para a vida, ele já havia tido o dele.

Manteve contato com Lorena, que apesar de tudo, se recusou a deixar o casal de fora da vida dos sobrinhos. “Vocês são os tios, e eu quero que eles convivam com vocês”, foi o que ela disse ao apresentar a pequena Alex e Bruce para os dois. Sem dúvida, eram aqueles dois que traziam a maior algazarra a casa de Narcisa. Scorpius também adorava quando os primos os visitavam, já que eram as únicas crianças da família.

– Hyperion. – Draco chamou o filho pelo nome do meio, o que não era bom sinal. O garoto foi até ele, receoso, mandando um olhar para Nathan Zabine e Helena Nott, seus melhores amigos. – Lembre-se: não ligue para o que dizem de mim ou de você, só saiba quem é.

– Eu sei, papai. Nunca deixar abalar pelo passado. – o pai sorriu, concordando. Logo, o pequeno se dirigiu a ele novamente, dessa vez sem deixar a mãe ouvir. – Olhe que menina bonita, papai. – e ele apontou o dedo indicador para uma cabeça ruiva, que logo virou e fez Draco ficar paralizado.

Se não fosse pelo cabelo, ele poderia jurar que vira outra pessoa. Os olhos cor de avelã da menina, que sorria e conversava com várias pessoas que pareciam ser de sua família, pelo excesso de cabelos ruivos. Dentre os adultos, Draco logo a reconheceu. Os cabelos permaneceram os mesmos, assim como seus olhos intensos e o rosto delicado. E se surpreendeu em perceber que ela também o fitava.

Por um instante, toda a barulhera desapareceu. Todos ficaram quietos e só Draco e Hermione existiam ali. Ela olhou em volta e depois para o loiro, dando de ombros e abrindo um sorriso. Ah, aquele sorriso, que ele tanto sentiu falta. Ele sorriu junto, observando sua família também. A diferença era notável. Mas isso só alargou o sorriso no rosto do homem. Aquilo era tão eles! Tão diferentes. Ela ali, rodeada de familiares, com os melhores amigos, em uma sintonia feliz. E ele ali, com sua pequena, mais valiosa família e os amigos do colégio. Ambos felizes, ambos completos. E, por incrível que pareça, ambos em completa paz um com o outro.

Os dois pararam de se encarar quando um garotinho puxou a saia de Hermione. Definitivamente, era filho de Harry Potter. Ah, meu deus, um Potter não era o suficiente? Ele riu consigo mesmo, se dirigindo ao filho novamente.

– É bonita mesmo, Scorp. Acho que você deveria conversar com ela no trem!

– Sério?

– Claro! – concordou, dando mais uma olhada nos ruivos. – Se quer saber, acho que seus anos em Hogwarts vão valer a pena se você procurar os Weasley e os Potter. E aquela ali é um deles, com certeza.

– Como sabe?

– Digamos que a família Malfoy tem uma relação… Exótica com os Weasley. Só não fale a seu avô, certo? – o mais novo riu, assentindo e correndo em encontro aos amigos, para contar o conselho do pai.

Ele encarou mais uma vez a garota dos olhos cor de avelã antes de se virar para conversar com Nott e Zabine, e percebeu que ela conversava com a filha em sussurros. Sorriu abertamente, balançando a cabeça.

– Qual é o encanto das Granger? – murmurou, antes de voltar a conversa.

Hermione, por sua vez, tentava convencer o marido de que Scorpius Malfoy não era nenhum monstro.

– Pelo amor de deus, Ronald! Eles nem se conhessem!

– E, por mim, nem se conhecerão! Vovô Weasley nunca a perdoará se se casar com um sangue puro, ouviu? – ele exclamou para a filha e foi logo tirado dali por Harry, que quase morria de rir.

– Não ouça seu pai, querida. Ouça seu coração. E, se quer saber, não me surpreenderia se você e Scorpius virassem amigos. – ela comentou, deixando a pequena intrigada.

– Mas papai disse…

– Não ouça ele, já disse, Rose. Conheça-o primeiro, depois julgue.

– E por que acha que vamos nos tornar amigos? – perguntou por fim, fazendo a mãe soltar uma risada fraca e um suspiro logo em seguida.

– Digamos que os Malfoy tem um certo efeito na nossa família, Rosinha. – respondeu Gina, rindo.

Rose não entendeu o que a tia dizia, mas resolveu não contestar. Deu um beijo nos pais e entrou no trem, seguida de Albus e Roxy, que também estavam ali pela primeira vez. Como a cabine era de seis e os mais velhos não quiseram ficar com eles, se acomodaram em um dos lados, imaginando que ficariam daquele modo. Mas cerca de cinco minutos depois, uma cabeça loira adentrou a cabine.

– Podemos sentar com vocês?

– Claro! – foi Albus que tomou a palavra e o garoto entrou seguido de uma menina e um menino. – Prazer, Albus Potter.

– Helena Nott.

– Nathan Zabine.

– Roxy Weasley.

– Rose Granger. – sem saber o porquê, ela usou o sobrenome da mãe.

– Scorpius Malfoy. – se apresentou o loiro, sorrindo para a garota em sua frente. Rose sentiu algo estranho, como borboletas no estômago, mas não comentou nada.

É, mais uma vez, a tênue linha de ódio entre as duas famílias rivais seria ameaçada. Afinal, o destino não se cansa de brincar com o amor e o ódio, principalmente quando essa brincadeira inclui uma boa dose de Malfoy’s e Granger’s.

THE END.


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Notas finais do capítulo

Cara, eu to emocionada demais para poder dizer algo que preste. Obrigada por tudo, vocês são os melhores. Nos vemos nos agradecimentos. Comentem e mil beijos