That's no love without hate escrita por Xtraordinary Girl


Capítulo 31
Minha única esperança é ela


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente! Preciso dizer que eu fiquei muito feliz com os comentários lindos de vocês, cada um me emocionou e eu amei responder todos!
Bem vindos os leitores mais novos :)
Não atingimos a meta, mas falamos disso lá em baixo.
Boa leitura!



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A mansão Malfoy estava cheia de pessoas na noite do natal. Narcisa havia convidado sua família inteira e amigos de Lúcio vagavam pelos corredores, todos vestidos de preto e conversando. Se não fosse pelo assunto, a festa até pareceria algo normal. Mas mesmo com toda aquela gente, Draco ainda se sentia completamente vazio. Havia feito a recepção e logo voltado para o quarto, onde deitara na cama e encarara o teto e logo depois um papel solto na escrivaninha.

Ele se levantou e segurou o papel lendo-o com ambas as mãos, repetindo em sua mente as palavras que já haviam sido até memorizadas pelo garoto. Frustrado, bufou e se deitou na cama novamente, olhando para o nada. Ouviu a porta se abrir e tratou de esconder o pergaminho, se sentando.

– Mãe, já disse que não estou com… - ele parou ao ver que não era Narcisa que estava em sua frente. Muito pelo contrário. Era uma garota ruiva, com um vestido azul celeste e olhos verdes. – Alex? O que está fazendo aqui?

– Eu… Briguei com a Astória. – ela foi ao ponto e Draco permaneceu a olhando, como se perguntasse o que o loiro tinha a ver com aquilo. – Queria me desculpar. Eu não fui uma boa pessoa desde que entrei em Hogwarts. Nem com você e principalmente com Hermione. Achei que te devia ao menos isso.

– Certo. – ele assentiu, pensando em suas palavras. Sempre soube que Alex não era de tudo má, mas estava surpreso com a colocação. – Por que brigou com a minha prima?

– Ela queria que eu fizesse algo com Hermione. Algo que eu já fiz uma vez e não estou disposta a fazer novamente. Eu sempre tive inveja da Hermione, já estudamos juntas em um colégio trouxa antes de eu me mudar para Paris. Ela era bonita, tinha amigos e ainda era inteligente. Já fiz muito mal à ela, Draco. É capaz que você venha a descobrir isso. Mas eu gostaria que você soubesse que eu me arrependo muito.

– Acho que você deveria falar isso para ela quando as aulas voltarem. Hermione com certeza te perdoará. – ele concluiu, se contendo sem perguntar o que de mal ela teria feito. – Ela é a garota mais doce que eu já conheci. – a ruiva concordou.

– Era só isso. Tchau, Draco. Feliz Natal.

– Feliz Natal. – ela ia saindo quando o garoto se lembrou de algo. – Alex! Se for para escolher uma de minas primas para fazer amizade, a da Lorena vale muito mais a pena. – a garota já havia aberto a porta e o tom de voz de Draco foi alto o bastante para quem estivesse passando ouvir.

Lorena parou e se encostou na parede ao lado do quarto do primo, suspirando. Alexandra saiu para o outro lado, sem nem notar a presença dela. A morena se recompôs e encarou a porta que por tantos anos ela abriu sem medo ou receio. Nunca tivera medo de ver seu primo bravo ou furioso, pois sua mente, mesmo criança, já sabia que no fundo ele gostava de ter companhia.

Mas agora era diferente. Há 4 anos ela não pisava naquele chão de madeira escura. Há 4 anos ela nem encarava Draco nos olhos sem mágoa ou raiva. E agora era como se tudo tivesse se esvaido com o tempo. Ele nunca poderia corrigir seu erro, mas tudo mostrava que se pudesse, corrigiria. E isso valia, e muito.

Três batidas na porta. Ouviu um barulho no quarto e logo passos, revelando um Draco pronto para expulsar qualquer um que estivesse ali. Mas nunca imaginaria que a “visita” seria quem era.

– Len… Lorena? – ele se corrigiu rapidamente, afinal não sabia como eles estavam.

– Er.. Oi. Posso entrar? – ele pediu educada e o garoto se afastou, abrindo caminho. A prima usava um vestido solto vermelho, caixos no cabelo e uma maquiagem leve, que dava a ela um ar de criança e ao mesmo tempo de adulta.

Ela se sentou no pequeno puff azul no canto da sala sem dizer uma palavra e ele se sentou na cama, sem nem perceber que o papel ainda estava ali.

– Então… - ele coçou a nuca, procurando as palavras certas. – Senti sua falta.

– Eu também. – ela ainda não o encarava, brincava com a baia do vestido. – Hermione disse que eu deveria te procurar. Ela disse que você tinha mudado e que merecia uma outra chance.

Draco ficou boquiaberto. Hermione teria feito aquilo? Ela era realmente perfeita. Droga, Draco. Pare de ser tão egoísta, você é fraco. Ainda é um comensal da morte e vai se afastar dela.

– Entendo. – respondeu, expulsando os pensamentos sobre Hermione. Sobre sua Hermione. – E você acreditou nela?

A menina em sua frente deu de ombros, como quem não tinha certeza de o que queria. Logo depois, o encarou pela primeira vez na noite, com instensidade.

– Hermione não tem cara de quem mente. Mas me fale, Draco. Eu deveria acreditar?

– Como você mesma disse, Hermione não mente. – ele respondeu, evitando a enfrentar. – E pelo visto a sua confiança nela é muito maior do que em mim.

– Ela não me deu motivos para perder a confiança.

– Nem eu! – rebateu com raiva.

– Sabe que deu sim, Draco. Talvez não no terceiro ano, mas ano passado. Sinto muito por não ter acreditado em você no terceiro e quarto ano. Minha irmã é uma idiota.

– É de família, eu acho. – ele pensou alto, recebendo um olhar acusatório. – Logicamente, você não se aplica. Estava falando de mim, Lelena.

– Nesse caso, eu condordo. – ela sorriu espontâneamente, o que fez o loiro comemorar. – Mas você não é idiota. Pelo menos não mais.

– Isso quer dizer que você me perdoa?

– Isso quer dizer que você mudou e eu percebi isso. E se eu não te perdoasse aí a idiota seria eu.

E naquele momento, Draco deu o primeiro sorriso verdadeiro daquele natal. O loiro sorriu e puxou a prima para cima, a fazendo levantar. Os dois se abraçaram e a garota se sentiu novamente com 10 anos, no quarto “refúgio”.

Ficaram assim por um tempo até que, de relance, Lorena viu o papel em cima da cama de Draco e se separou do primo, pegando o pergaminho que agora ela já indentificara como carta. Leu cuidadosamente, sorrindo em algumas partes e franzindo a testa ao chegar no final.

– O que você respondeu?

– Nada.

– Como?! – ela quase gritou, mas se conteve pois havia muita gente que não podia ouvir sobre aquele assunto. – Você está ignorando ela, Draco?

– Eu…

– Nada de eu! Ela te ama, você não vê? Ela te ama e confia em você de olhos fechados, não é possível que seja insensível o bastante para abandoná-la assim!

– Eu amo ela também, caramba! – ele alterou a voz também, a encarando com os olhos mais escuros do que o normal. – Eu amo mais a Hermione do que eu jamais amei ou amarei alguém na minha vida! E por isso eu não posso continuar com ela, ela está em perigo! E eu a amo o bastante para preferir vê-la segura e com ódio de mim do que em risco comigo.

– Draco…

– Já está sendo difícil o bastante para ouvir você julgar! Você não entende o que é ter que abrir mão de tudo por uma porcaria de uma escolha errada que você fez! Eu não posso e eu não vou responder essa carta, porque ela tem que estar a salvo durante a guerra, entende? Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse à ela.

– Talvez você devesse contar a ela… - suspirou a prima, tocando seu ombro. Ele negou.

– Você sabe que ela iria querer me proteger. E eu não posso me dar ao luxo de ser protegido por ela, tenho que protegê-la. Por favor, entenda isso. Eu preciso manter ela a salvo. Se algo de bom ainda restou em mim, está nela, Lorena. Eu preciso dela a salvo para ter esperança de que um dia eu vou poder me salvar.


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Notas finais do capítulo

E aí? A raiva do Draco passou, garotas e garotos? Porque estava todo mundo revoltado! Eu tentei mostrar o lado dele também, né?
Sobre os comentários: temos 424. E o capítulo 32: Novas Histórias de Amor, está pronto e revisado. Agora, quando eu vou postar depende de vocês. Se chegarmos a 445, eu posto no dia em que chegar. Se não, só sexta feira. E cada uma das pessoas que comentarem ganhará uma parte do cap, como presente. O cap completo ou sexta ou com 445/450 comentários, estamos combinados? Não vou voltar atrás com essa decisão, então se eu fosse vocês, comentava.