That's no love without hate escrita por Xtraordinary Girl


Capítulo 25
Aula de voo


Notas iniciais do capítulo

Estou atrasada :/ Mas com a nossa derrota na copa fiquei sem astral para nada... Que vexame! Mas ainda acredito muito na seleção Brasileira! #PartiuRussia hahaha enfim, me perdoem pela demora e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/493221/chapter/25

– Bravo! Bravo! – a professora que os observava saudou, batendo palmas freneticamente. – Vocês foram brilhantes, crianças. Esse projeto deu mais certo do que eu imaginei e até acabou com algumas diferenças, não foi? – ela sorriu para Draco e Hermione, que sorriram de volta. – Meus parabéns pelas criativas apresentações. Vocês voltarão para seus quartos convencionais na segunda pela manhã, certo? – foram ouvidos suspiros de frustação.

Todos já estavam acostumados com a divisão dos quartos. Mas o mês de novembro tinha passado e com ele todas as lembranças. Nem parecia que havia um mês que o incêndio tinha ocorrido. Muito menos três semanas que eles tinham começado a “ficar”.

– Professora, não podemos continuar nos quartos? – a tão esperada pergunta partiu da boca de uma Lufana, que não queria sair do quarto que dividia com uma Corvina.

– Infelizmente, não, Srta. Collins. Os quartos serão usados no próximo semestre pelos monitores chefe. Mas eu tenho certeza de que as amizades feitas aqui não se dissolverão com uma mudança!- Draco suspirou pesado e revirou os olhos diante de tanto drama. Não era nem a formatura!

Mas isso não tirava o gosto amargo da garganta do garoto. Ele, sem dúvida alguma, não queria sair daquele quarto. Ah, quantas memórias daquelas quatro paredes. Um mês dividindo quarto com uma pessoa que há tempos era odiada, mas que ele aprendeu a amar. Um mês de ciúmes, de amassos secretos, de revelações. Oh, aquele fora o mês daquele ano.

– Draco? – a namorada o chamou de seus devaneios, sorrindo. – Vamos, estamos liberados.

– Sim, vamos. – ele tomou sua mão e os dois seguiram para os quartos para se prepararem para as próximas aulas. – O que tem agora?

– Aula de Vôo. E você?

– História da Magia- respondeu fazendo uma careta. – Quer trocar?

– Bem que eu queria! Odeio voar! Ficar lá em cima é tão....

– Não sei como não gosta – comentou o namorado, sorrindo. – Se tivesse aulas comigo com certeza gostaria.

– Ta aí algo que seria bem interessante. Mas nem pensar! No máximo assisto aos jogos de quadribol, mas voar? Só nas aulas e olhe lá!

– Minha namorada é uma negação! – ele jogou as mãos para o alto e sorriu. – Eu vou te ensinar a voar, amanhã a tarde, ok?

Ela bufou e negou com a cabeça, pegando a velha vassoura quase aposentada, uma vez que as aulas obrigatórias de voo eram somente 3 vezes no semestre. Draco, por sua vez, não desistiu.

– Vai, marrentinha! Domingo então, que tal? É dia de Hogsmead, ninguém vai ver o seu vexame... – ele disse rindo e ela fechou a cara. – Vai, eu estou brincando. Topa, vai?

– Olha, se eu morrer, a culpa vai ser inteiramente....

– Isso é um sim? – ele sorriu travesso e ela concordou, sorrindo também. – Eu vou ser conhecido por toda a Hogwarts por fazer milagres! – ele completou, levando um soco no ombro. – Ei!

– Você é muito convencido, Malfoy. Agora me deixa ir pro inferno, digo para aula. – ela piscou antes de sair do quarto, deixando o loiro, que se dirigiu à aula.

Chegando na classe, sentou ao lado de sua parceira, Pansy e perto de Nott e Zabine.

– Ei, vamos à Hogsmead juntos Domingo?

– Nem rola, Pann... Tenho que ensinar Hermione a voar. – ele disse simplesmente e os amigos riram. – Ela é um desastre, mas eu vou conseguir!

– Vai é passar vergonha, Draquinho! – ele sorriu para a amiga, que logo completou. – Mas boa sorte com ela.

Os quatro continuaram conversando, sem nem perceber uma cabeleira loira e uma ruiva escura, ambas bem antenadas nas palavras dos Sonserinos.

–----

Domingo pela manhã. O céu estava aberto, como o de quase todos os dias de Dezembro. O último dia em que eles dividiriam aquele quarto.

Draco abriu a porta de correr com cuidado e suspirou ao ver que Hermione ainda dormia. Caminhou lentamente, sorrindo por vê-la tão serena.

– Bom dia, pequena... – ele sussurrou, arrancando um sorriso sonolento da namorada.

– Bom dia... – respondeu, coçando os olhos e olhando o relógio. – Pode me dizer por que estamos acordados às 7h da manhã? É domingo, Draco! – resmungou, afundando a cabeça no travesseiro.

– Temos treino, mocinha. – ela bufou e virou para ele, suplicante. – Sem nem um “mas”, você prometeu. E você não quer ser assistida, não é? Pois é, hoje é domingo, como você lembrou. E ninguém acorda as 7h domingo. Vamos ser só nós dois. Agora levanta daí!

Convencida, a morena levantou da cama e foi até o banheiro, pondo o uniforme de voo da grifinória. Penteou os cabelos cacheados e prendeu a franja em uma faixa, tudo o que faltava era ela não conseguir enxergar.

– Vamos logo. – concluiu, levando o namorado pela mão. Os dois chegaram ao campo de quadribol, Draco carregando sua vassoura e a de Pansy. “Você não pode voar com isso daí”, foi a justificativa dele.

– Primeiro, você sobe na vassoura. Acho que sabe fazer isso, não?

– Cala a boca, Draco! Eu sei subir em uma vassoura, ok? – ela respondeu irritada e murmurou o feitiço para a vassoura subiu. Mas ela nem se moveu. Draco gargalhou. – Se você continuar rindo, eu vou embora!

– Ok, ok. – ele se controlou. – Vamos fazer assim. Eu vou com você, que tal. Não precisa levantar a vassoura, já partimos com ela na sua mão. Levanta voo e eu vou com você. Eu prometo, ok?

– E se eu não conseguir?

– Você vai. E só eu vou estar aqui, não vê? – ele rodou os braços pelo local e os olhos da morena o analisaram rapidamente. De relance, ela viu uma garota ruiva.

– Tem alguém aqui.

– Não tem, Hermione! Ninguém está acordado, caramba! – ela rodou o olhar novamente e a ruiva tinha sumido. Ela assentiu rapidamente. – Juntos, tudo bem?

– Juntos. – e os dois subiram nas vassouras, voando.

Hermione vacilou diversas vezes. Ela tremia da cabeça aos pés e se segurava com toda a força a vassoura.

– Você tem que relaxar, senão não vai conseguir. Eu estou aqui e vou te pegar se você cair, eu prometo mesmo. Agora tira uma mão da vassoura.

– NÃO!

– Hermione, confia em mim. Tira uma mão da vassoura e segura aqui. – ele estendeu o braço.

“Confia em mim”. A frase martelava em sua cabeça. Ela tinha que confiar em Draco. Tinha que provar que conseguia. Soltou a mão trêmula da vassoura e agarrou a manga da camisa verde do garoto, que sorriu para ela.

– Não é difícil, viu? Agora vamos lá. – ele a puxou e ambos estavam em uma altura bem baixa. – Está vendo o chão? Estamos baixo, para você ganhar confiança. Eu vou soltar a sua mão... – ele sentiu um aperto maior- Ei, calma. Eu vou soltar e te deixar parada. O equilíbrio depende de você. Um, dois, três!

Ele soltou e ela ficou ali, parada. Bambeou por alguns minutos mas conseguiu finalmente o equilíbrio. Por Merlin, ela tinha conseguido! Ela tinha conseguido !

Os dois ficaram mais duas horas ali, treinando como se portar, como descer, como levantar...

– Eu disse que conseguiria. – sorriu para a garota, a encorajando. – Vamos voar? – ele estendeu a mão, mas ela negou.

– Eu consigo sozinha. – e deu partida, inclinando a vassoura para cima.

Draco não falou nada, só encarou, admirado, a namorada, que voava. E não era de qualquer jeito, ela estava voando bem! No início, acelerara um pouco,

– Draco! – ela berrou, sorrindo livremente, já 20 metros a cima. – Eu consegui, Draco! Eu estou voando!

– Você conseguiu, pequena!- respondeu, subindo até a namorada calmamente, olhando ela ficar sentada na vassoura numa postura exemplar.

Tudo corria bem, até que a vassoura de Hermione apontou os céus e foi, na maior velocidade do mundo, para cima. O controle estava perdido. A morena berrou e se agarrou no cabo de madeira, tentando fazê-lo descer. Mas nada parecia pará-la. Parecia que alguém estava fazendo aquilo acontecer.

Pânico. A garota entrou em total pânico e não largava a vassoura por nada. Sua face já estava inundada por um choro de total terror. Ela iria cair, iria morrer bem ali.

Os gritos eram ouvidos à quilômetros e logo havia uma multidão no campo de quadribol. Milhões de alunos rindo. Rindo não, gargalhando. O choro só aumentou.

– Hermione, solta! – ela ouviu ao longe, mas se recusou à dar valor aquilo. Soltar? Suicídio na certa! – Hermione solta que eu vou te pegar!

Ela ousou abrir os olhos e viu que a vassoura apontava para cima. Ela não iria descer, precisava se soltar. Fechou os olhos fortemente e largou a vassoura, esperando dar de encontro com o gramado. Mas logo sentiu dois braços a recolhendo e a abraçando. A morena logo se deu conta de quem era e enterrou seu rosto no peito do namorado, soluçando.

– Eu disse que iria te pegar. E eu peguei, pequena. Eu sempre vou te pegar.

Hermione não conseguiu responder, somente controlou o choro e olhou para cima, desta vez dando de cara com o namorado. Ele parou a vassoura em que os dois estavam e a abraçou forte, enterrando a cabeça no vão de seu pescoço.

– Nunca mais me assuste assim, viu? Desculpa te forçar a fazer isso. Desculpa.

– A culpa não foi sua... Podemos descer, por favor?

– Agora mesmo. – e ele apontou a vassoura para baixo, descendo em seguida. Nos instantes seguintes ela olhou para baixo e deu de cara com todos os alunos o sexto ano, que riam, com exceção de um pequeno grupo que os olhava preocupados. Humilhada na frente de todos.

Os dois desceram da vassoura e Gina correu até a amiga, a abraçando forte e a questionando sobre tudo. A morena nem teve tempo de responder.

– Astória invadiu o salão do café dizendo que todos tinham que presenciar um show de comédia. – disse a Weasley com escárnio e a garota a olhou abismada. – Chegamos aqui e você estava berrando. O que aconteceu?

– Eu não sei. Draco foi me ensinar a voar e estava tudo correndo bem, até que a vassoura começou a se mover sozinha, como em uma azaração... – ela não chegou a completar a frase e direcionou o olhar para uma das arquibancadas, onde Astória ria com uma garota. A ruiva que ela tinha visto antes do treino.

Alexandra Reichelieu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aqui para quem queria uma atuação da Alex ( não me odeiem, ela ainda vai dar o que falar!)!
E aí? Fortes emoções merecem comentários, não?